Pages

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Mal de Chagas

Entre os tantos males que assolam o Estado, a vigilância sanitária estadual e municipal não podem descartar a possibilidade da ocorrência do Mal de Chagas em Marabá e região, onde já foram pesquisadas e registradas nove espécies de “barbeiros” (heteroptero triatominae), onde, entre os capturados, pelo menos 20% apresentaram contaminação por Trypanosoma cruzi, o protozoário transmissor da doença endêmica presente desde o México até a América do Sul, com até 11 milhões de pessoas infectadas. No Brasil, existem cerca de 116 espécies diferentes desses triatomíneos que proliferam na mata e que podem adaptar-se em casas de condições precárias, como paredes de barro ou teto de colmo, de modo que pessoas das áreas rurais são as que têm maiores riscos de contrair a doença. A migração da floresta para as casas se dá em razão do desmatamento. Quem faz o alerta é o biólogo Noé von Atzinten, superintendente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, e que há mais de vinte anos se dedica a pesquisas entomológicas no sudeste paraense. Dessa atividade resultou a identificação de uma nova espécie – a rodnius jacundaensis – na região do lado de Tucuruí. A doença de Chagas -- também conhecida como mal de Chagas, chaguismo e tripanossomíase americana -- é uma infecção cujo contágio se dá através do contato com as fezes do barbeiro, que se alimenta sugando sangue humano e de animais. A doença de Chagas, mostram as pesquisas, tem uma fase aguda e outra crônica. Se não for tratada a infecção pode durar a vida toda. A fase aguda ocorre logo após a infecção, pode durar de algumas semanas a meses, e parasitas podem ser encontrados na circulação sanguínea. A infecção pode ser moderada ou assintomática (sem sintomas). Pode ocorrer febre ou inchaço ao redor do local da inoculação (onde o parasita entrou na pele ou membrana mucosa). Em raras ocasiões, a infecção aguda pode resultar em inflamação severa do músculo cardíaco ou do cérebro e seu revestimento. O diagnóstico pode ser feito através da observação do parasita em exame microscópico de amostra de sangue. Porém, esse método de diagnóstico somente funciona bem durante a fase aguda da infecção. O diagnóstico da fase crônica é feito após achados clínicos do paciente, assim como sua probabilidade de ter sido infectado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é sério cara . Merece atenção das autorudades do estado.

Ademir Braz disse...

Concordo, parceiro, em genero,número e grau. Então eu sugiro aos colegas da imprensa que façam uma pauta aprofundando o tema, ouvindo as autoridades da saúde pública etc. No meu entender, em Marabá e região não se tem a menor infraestrutura sanitária para enfrentar um surgo de Mal de Chagas, ou de dengue ou Gripe A.
Nossa Secretaria Municipal (ruim) de Saúde é um exemplo clássico da falencia da sanidade pública