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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Descarrilamento pode ter causado danos ambientais

Não foi um simples descarrilamento de trem da Vale, o que aconteceu à madrugada de 8 de junho na Estrada de Ferro dos Carajás, à altura do km-640, entre as cidades maranhenses de São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.
Na verdade, segundo reportagem de Márcio Zonta, do Brasil de Fato, dois vagões transportando óleo diesel explodiram e outros dois perfurados no acidente vazaram no local. Cada composição tem capacidade para carregar 118 mil litros de combustível.
“Até o momento não temos elementos para dizer sobre os impactos ambientais desse acidente, mas sabemos que foi próximo a pequenos cursos de água, o que inevitavelmente poderá sofrer contaminação”, explicou o gerente executivo do Ibama de Imperatriz, Orlando de Assunção Filho. Para uma primeira perícia, foi necessário o uso de helicóptero, pois o calor do fogo não permitia a chegada dos analistas do Ibama até o local.
Um dos objetivos da perícia no local é avaliar o Plano de Emergência Ambiental da Vale, (PEA), além das responsabilidades da mineradora diante do ocorrido. Para a engenheira de Recursos Hídricos e Ciências Ambientais, do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran de Açailândia (CDVDH – BC), Mariana de La Fuentes, o perigo que a Vale traz às comunidades é eminente, “Já estamos alertando há um bom tempo sobre o perigo da Vale carregando inseticida e combustível, a mineradora não poderia nunca cortar os povoados carregando produtos tóxicos,com certeza isso poderá acarretar em graves conseqüências ambientais.”, conclui.
Até o momento a Estrada de Ferro de Carajás está interditada, sem previsão de liberação, conforme informa o Ibama.

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