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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Penitência pra burro

Um peregrino cristão muito devoto, a caminho de Fátima, caminhando há vários dias, pernoita em uma casa que encontra no caminho. Nessa casa morava somente uma mulher, ainda jovem e muito linda. Era, porém, viúva, vivia isolada e sozinha no sítio em que o peregrino parou para pedir ajuda. No meio da noite, a viúva o procura, linda, maravilhosa, toda nua! Ele, com medo de pecar, foge e vai confessar-se. O padre: - Meu filho, não siga sua jornada, volte para casa e que coma 5 quilos de capim. - Padre, que é isso! Eu não sou um cavalo! - Mas é burro! Primeiro deveria ter comido a viúva e depois ter vindo se confessar!

Família

Uma fervorosa militante política colocou os nomes em seus trigêmeos de Lula, Petê e Brasília. Certo dia, o marido metalúrgico ligou do trabalho pra saber noticias dos filhos: - Estão todos bem, disse a militante, Lula brincando com seu aviãozinho, Petê quietinho mamando, só Brasília é que está toda cagada.

Pequeno olhar para lugar nenhum

No sertão de Carolina, no Maranhão, fotografei esta criança com seus olhos perdidos em uma distancia que talvez jamais chegará a ela, olhos lá no Planalto Central de onde saem bolsas isso e bolsas aquilo,criando uma legião de acomodados (excluam-se os idosos e deficientes) que poderia muito bem ser uma força produtiva, mantida inerte, por objetivos sobretudo políticos, atitude governamental que só mais tarde, daqui há muitos anos, fará sentir o seu nefasto resultado na produção do País. Gerar emprego, por o povo para trabalhar, honestamente e bem remunerado, isso é que deveria estar sendo feito, para crescer e desenvolver o Brasil. No mesmo sentido, incentiva-se a luta de classes com a instituição de cotas raciais. Facilita-se o acesso à Universidade, porém não se pode facilitar o acesso ao mercado de trabalho, pois este é alcançado em concursos e disputa classificatória que quase sempre não pode ser manipulada e dificilmente obtida por quem não lutou para entrar na faculdade.De que adianta fazer doação de grau universitário se o diploma apenas servirá para adornar a parede? Tudo é uma cortina de fumaça para tentar esconder a falência do ensino público patrocinada pelo Governo. Lembras de como o Paes de Carvalho era o grande celeiro da intelectualidade e lideranças políticas do Pará? Considero também meio estranho falar-se apenas em negritude em um País predominantemente de mulatos. Veja a reforma agrária, tão badalada e com a qual se gastou e gasta tanto dinheiro e até hoje nada de concreto apresentou, pois em uma região como a nossa, com mais de 480 assentamentos, até o quiabo e o maxixe que crescem como mato, vem de fora. Na década de 60, Carlos Lacerda disse: " Há uma reforma agrária ser feita neste País, mas ela não se fará apenas nos Cartórios, simplesmente transferindo a titularidade da terra, mas sim, revolucionando os métodos de produção agrícola." Tudo muito atual, não achas? A verdade é que continuamos, ao longo dos tempos, não importando quem seja o eventual inquilino do Palácio do Planalto, a jogar para a arquibancada.De que adianta propagar o crescimento do País se o parâmetro é apenas a comparação com os governos anteriores e ficamos na poeira quando comparados com as demais Nações? (Plínio Pinheiro Neto)

Sintepp vai à guerra

A queda de braço entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Pará (Sintepp) e o governo do Estado continua. Reunida ontem em Belém, na sede da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças – Sepof para definir as diretrizes do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração unificado (PCCR) em fase de elaboração, a Comissão Permanente de Negociação entre as partes acabou com indicativo de possível greve no início do período legislativo. Enquanto o sindicato avalia que o governo não avançou no retorno do conteúdo econômico da proposta do PCCR, para o qual apresentou propostas há três meses, o governo insiste que a definição do plano só será apresentada em 15 de março à Assembléia Legislativa, quando se tornará público. O Sintepp considera que alguns eixos do PCCR unificado são fundamentais para garantir a valorização da carreira e diz que não abrirá mão de direitos já garantidos na legislação federal, tais como: piso salarial com base em 100h em torno de R$ 2.005,00, para o professor com formação em nível médio; jornada de trabalho com garantia da hora atividade, para planejamento escolar; progressão vertical automática da carreira para o novo título; garantia da progressão horizontal por tempo de serviço; gratificação do aprimoramento profissional, especialização, mestrado e doutorado; dentre outros pontos, além de garantir a inclusão dos funcionários da educação. Para que estas propostas sejam viabilizadas no processo de discussão com o governo e com os deputados estaduais, o sindicato prepara um calendário de lutas que começará em 16 de março com debate sobre políticas educacionais, assembléias gerais de trabalhadores dia 24 nos municípios, e dia 31 com paralisação estadual.

Herança maldita

A Prefeitura de Bom Jesus do Tocantins acaba de propor, na Justiça federal, Ação Ordinária de Obrigação de Fazer, com tutela antecipada, contra a Caixa Econômica Federal, para receber R$ 250.000,00 ali depositados e destinados à reforma do estádio municipal e de quadra poliesportiva, os quais a CEF “tem se negado realizar a liberação”, a pretexto de que o município encontra-se em situação de inadimplência. Tecnicamente, este é só mais um dos problemas que padece o prefeito Sydney Moreira de Souza, desde que assumiu a gestão em 2009. Segundo ele, são tantas as irregularidades deixadas pela ex-prefeita Luciene Geralda Rezende Veras, que foi necessário propor contra ela uma ação civil pública por improbidade administrativa e representação junto ao Ministério Público Federal. Da mesma forma, ajuizou ações contra os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente para garantir a liberação de verbas decorrentes de convênios, “buscando a retirada do município da condição de inadimplente no Siafi, Cadin, Cauc”, por força das irregularidades praticadas na gestão passada.

É ruim, hein!?

A delegada Nilde Rosa está acumulando as delegacias de São Domingos do Araguaia (1398,559 km²), São João do Araguaia (1301,739 km²) e Brejo Grande do Araguaia (1162,399 km²). São quase 3.900 km² com pelo menos 50 mil habitantes na área de influência da Transamazônica com as fronteiras dos Estados do Maranhão e Tocantins.

Aqui não é casa de mãe joana!

Sob o título acima, o blogueiro Ribamar Ribeiro publicou hoje a seguinte matéria: Importante empreendimento lançado na noite de ontem (25), ainda não foi apresentado no Conselho Gestor do Plano Diretor para análise e aprovação. Considerando que todo grande empreendimento deve ser regulamentado de acordo com a Resolução 02/2008 do CGPDP. De acordo com resolução que regulamenta a aprovação dos empreendimentos, o empreendedor deve condiciona o projeto do empreendiamnto a análise do conselho, após uma série de tramitação de documentação. Entre estes, deve ter um Estudo de Impacto de Vizinhança para que o conselho dê o parecer. Base Legal: Os empreendimentos que deverão submeter à aprovação no Conselho Gestor do Plano Diretor estão estabelecidos nos art. 111 e 112 da Lei n°17.213/06, conhecida como Lei do Plano Diretor Participativo de Marabá. Como pré-requisito, os empreendimentos devem:  Estar dentro da macro-zona urbana, conforme art. 14;  Obedecer ao estabelecido no título IV (dos parâmetros para o uso, a ocupação e o parcelamento do solo);  Obedecer ao estabelecido no título V (dos instrumentos da política de desenvolvimento municipal) capítulo II (da outorga onerosa do direito de construir) e capítulo VI (do impacto de vizinhança);  Comprovar a titularidade do imóvel, por meio de escritura ou termo de posse emitido por cartório de registro de imóveis. --------------- Por conta disso, indaguei-lhe (como indago a quem puder me responder) o que vai acontecer com a rua que começa ao lado da extinga GL Pneus, passa pelo escritório da Leolar, e sai ao lado do Banco da Amazônia. Foi privatizada? Incorporada ao patrimônio do futuro complexo comercial Portal de Marabá, com torres gêmeas e tudo? Quem vendeu ou deu o patrimônio público a terceiros? Cadê o Ministério Público?

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Neuton

Neuton Miranda foi meu amigo de Ginásio Santa Terezinha, entre 1960/1964. Éramos uma turma enorme: Nelson Rossi, Antônio Pinheiro, Antônio Pacheco, Irenice, as Terezinha(s) Maranhão e Rodrigues, Ari Pires, Hernanes Primo, Jacques Coelho, Maria do Rosário Mathias... 35 figuras inesquecíveis. Muitos já se foram: Devaldino, Antônio Coutinho, Félix Belcan... Agora o Neuton. Inteligente, alegre, sensato, uma ironia fina e leve. O maior político marabaense contemporâneo e o único da família Miranda.

Neuton Miranda, a partida do companheiro da boa política

A blogosfera paraense se reuniu como algo orquestrado para tratar do falecimento de Neuton Miranda, político filiado ao PCdoB há 38 anos, presidente estadual do partido no Pará. Este blog não poderia deixar de abordar este triste fato, primeiramente pela importância e reconhecimento do trabalho de Neuton; segundo por comungar e admirar o líder comunista paraense. Acometido por um infarto fulminante, o companheiro Neuton, nos deixa, para acampar sua luta em outros lugares, em outro plano. Neuton era um ícone da esquerda paraense, por ser fiel aos seus ideais, suas propostas e ideologia política. De fala e jeito calmo, manso, mas um gigante quando estava em jogo a discussão sobre o Pará, seu desenvolvimento e o futuro de seu povo. Estava a cinco anos à frente da Superintendência do Patrimônio da União, onde liderou uma verdadeira revolução na questão da regularização fundiária em áreas de marinha, algo que poucos se intrometiam em mudar, melhorar e conceder aos mais necessitados. Neuton fomentava o sonho da casa própria e do direito à regularização da terra a milhares de famílias. Nunca abriu mão de exercer sua ação política e de seu partido, o PCdoB, agremiação política de pouca estrutura no Pará, o que rendeu a Neuton diversos convites à ingressar em outros partidos de esquerda de maior visibilidade e estrutura, mas ele sempre relutou em acreditou no fortalecimento dos comunistas sob seu comando. Nas eleições de outubro, Neuton tentaria voltar ao parlamento paraense, concorrendo a uma cadeira na Alepa, por isso, agilizava seus trabalhos na Superintendência da União, para se dedicar ao seu partido e a sua candidatura. Neuton iniciou sua militância política ainda durante a ditadura militar. Foi dirigente da UNE, foi preso e depois mergulhou na clandestinidade. Sempre no PC do B, com a abertura política Neuton começou a organizar o partido no Pará. Dele foi presidente estadual por vários anos. Neuton foi também deputado estadual, candidato ao senado federal, presidiu a Cohab no primeiro governo de Almir Gabriel, com quem rompeu de forma digna após o massacre dos trabalhadores sem terra em 17 de abril de 1996. Neuton mostrou dignidade em sua atitude, mostrando que as alianças políticas transcendem o interesse pragmático da ocupação de espaços na máquina do estado. A morte de Neuton é uma perda imensurável a boa política, ao bom debate, a coerência de posicionamentos, a defesa de ideais, do trabalho social, da política como instrumento de mudança e ajuda aos mais necessitados. Neuton se vai, mas deixa uma história, uma lição de vida, uma grande obra construída em prol da sociedade paraense. (Prof. Henrique Branco, 22.02.2010)