Pages

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vale tenta coagir OAB em Marabá


valelogo.jpg

Manifestantes do movimento independente “A Alpa é nossa”, que semana passada interditaram a ferrovia Carajás e, por isso, foram objeto de queixa-crime apresentada pela Vale no Judiciário de Marabá, estão cada vez mais perplexos com a desfaçatez da mineradora multinacional.
É que eles foram buscar apoio na Subseção da OAB, pleito acatado pelo presidente Haroldo Gaia, que destacou advogado para acompanhar o processo, e agora tomaram conhecimento que defensores da Vale foram até Belém denunciar a entidade local à OAB estadual.
“Eu fiquei surpreso, diz Haroldo Gaia, porque isso é tentativa de cerceamento de direitos fundamentais tanto do movimento quanto da subsecional. Por acaso eu estava na sede da Ordem quando soube da denúncia graciosa. Na mesma hora fui informado também que nosso presidente Jarbas Vasconcelos disse aos advogados da Vale que a OAB Marabá é independente e ele pessoalmente apoia essa atitude em favor do direito dos manifestantes”.
Parece que as tentativas de retaliação da Vale têm por alvo agora qualquer pessoa que tente confrontá-la. Recentemente, ela apresentou queixa-crime contra o advogado Ricardo José Regis Ribeiro, que defende o ex-gerente de Inteligência André Almeida no caso das denúncias de espionagem praticadas pela empresa. O pedido de investigação foi protocolado na Delegacia da Praia do Canto, em Vitória. Para Ribeiro, o objetivo da Vale é intimidar, ameaçar e retirar sua independência profissional. “Assim como meu cliente, hoje temo por minha própria vida”, enfatizou.
A Vale alega que o advogado prestou informações à imprensa que “depõem contra sua imagem”. Para embasar seu pedido, refere-se apenas a uma matéria publicada no site Gazeta On Line, no dia 24 de abril deste ano, e replicada no jornal A Gazeta, logo após ter estourado o escândalo revelado por Almeida na imprensa nacional e internacional.
 Embora as denúncias (inclusive de monitoramento da Vale a lideranças no Estado) tenham sido divulgadas primeiro pela coluna Radar, da Veja, e posteriormente pelos principais veículos nacionais como o Valor Econômico, O Globo, Estadão e Folha de S. Paulo, a Vale estabeleceu como único foco o Espírito Santo, área de atuação do advogado Ricardo Ribeiro, que concedeu entrevistas à imprensa na condição de porta-voz do ex-gerente, como estabelecido em procuração assinada por Almeida em 25 de março deste ano.


Violência contra advogados

A Polícia Federal vai auxiliar a polícia paraense nas investigações sobre a morte do advogado Jorge Pimentel, baleado em um bar em Tomé-Açu em março último. A ajuda virá ainda no combate a outros casos de violência contra advogados paraenses. Promessa do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, e uma comitiva de conselheiros Federais da entidade foram recebidos em audiência no MJ para tratar da situação de violência contra advogados no Pará. Os representantes relataram ao ministro as dificuldades em efetuar a prisão dos supostos mandantes do crime contra o advogado, ocasião em que também foi morto a tiros o empresário Luciano Capácio.

De acordo com os conselheiros, há clima de terror em diversas regiões do Estado, dada a impunidade de criminosos e mandantes em diversos crimes, que têm  entre suas vítimas inclusive juízes.

Feriadão

A pretexto do feriado da adesão do Grão-Pará à independência nacional, através de portaria o Tribunal de Justiça do Pará determinou a suspensão do expediente forense, dos prazos processuais, das audiências e do  atendimento ao público em todos os órgãos do Poder Judiciário nos dias 15 e 16 de agosto, sem prejuízo do plantão judicial e dos serviços essenciais.

A suspensão das atividades dia 16 será compensada com uma hora além da jornada legal entre 7 e 14 deste mês. 

De água, luz e propaganda

Cerca das oito da noite de segunda-feira estourou um transformador da Celpa no sistema da Cosanpa, paralisando todo o abastecimento d’água na cidade. Mesmo avisada, a Celpa só foi cuidar da pane na manhã de terça-feira, de modos que ao meio dia tornou o bombeamento e distribuição da água, que não atingiu vários bairros.
Na quarta-feira, ocorreu a mesma pane às 19h30, mas a Celpa apareceu por lá às 13h00 da quinta-feira (08/08). E quando reativou o sistema, os fusíveis queimaram por causa dos picos de energia.
Uma fonte da Cosanpa disse que o problema foi remediado na quinta à noite, mas a água só chegaria a partir da manhã de sexta-feira na casa dos consumidores situados em áreas mais baixas. Pelo menos até ao meio dia de ontem milhares de consumidores continuavam sem água e sem qualquer informação ou esclarecimento. Da Celpa (falida, porém que ganhou aumento de quase 12% da Aneel pelo desserviço que presta) e da própria Cosanpa.

Enquanto isso, no Novo Horizonte e cercanias, a companhia das águas enterra tubos de 150mm para coleta e escoamento de dejetos humanos no rio Tocantins, com inteiro financiamento do PAC federal, mas lá estão as placas atribuindo ditas obras ao governo de Simão Jatene.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Pondo o pingo nos ii

No Parsifal Pontes

Repassar hospital público para OS é privatização

Shot029
O governador está equivocado: qualquer ato de concessão, permissão, terceirização, autorização ou o que o valha, é uma espécie do gênero privatização.
Não é o pagamento do serviço que caracteriza se um bem ou serviço está privatizado. A Cosanpa não está privatizada, mas o usuário paga para receber os seus serviços. Se a definição do governador fosse verdadeira o Estado teria que fornecer água de graça.
O equívoco conceitual equivale a afirmar que gatos não são felinos.
> Privatização material e formal
A privatização, seja ela material ou formal – no caso das OSs ela é formal, pois não há transferência patrimonial; diferente da venda da Celpa, uma privatização material, pois houve transferência de patrimônio – não deve ser vista, a priori, como prejudicial. Em algumas ocasiões ela melhora a prestação do serviço, mas privatizar não é sinônimo de melhorar.
> Sem fins lucrativos…
No caso das OSs, sempre critiquei o processo pela forma e não pelo conceito. Não me quedo à falácia do franciscanismo que elas pregam e, por conveniência, alguns acreditam: entidade sem fins lucrativos é a Fundação Bill e Melinda Gates, que tem bilhões de dólares em caixa, doados pelos próprios bilionários mantenedores.
No Brasil, o “sem fins lucrativos” é engodo legislativo e manobra contábil, pois tudo o que sobra depois da aritmética, chamem como queiram chamar, de fato é lucro. Ademais, os diretores dessas empresas não têm a capacidade de se alimentar por fotossíntese e eu não conheço nenhum que pertença à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.
> Construam hospitais com recursos próprios
Se a Pró-Saúde, ou quem a valha, quer gerir hospital com dinheiro público que construa um hospital, ofereça os serviços ao Estado e receba por eles, como fazem muitas outras empresas de saúde.
Pegar um hospital no qual o Estado investiu R$ 100 milhões, mudar-se para dentro e receber, adiantado, para prestar o serviço, mais que uma privatização, é uma simbiose com a proporção maior do benefício ficando com a locatária.
> Precarização dos hospitais da administração direta
Ainda, não é correto dar à benção às OSs com a novena inteira e dedicar aos hospitais da administração direta apenas um tento do terço, pelos mesmos serviços.
Agindo assim, a ladainha de que os serviços prestados pelas OSs são melhores que os oferecidos pelos hospitais da administração direta transforma-se em uma reza desonesta, porque dispensa a relatividade que deveria ser emprestada à proporção.

Lóbi irresistível



Devo um pedido de desculpas à grande imprensa nacional. Me desculpe, grande imprensa nacional. Quando li a matéria da “IstoÉ” sobre o cartel consentido formado em São Paulo para a construção de linhas de trem e metrô sob sucessivos governos do PSDB e as suspeitas de um propinoduto favorecendo o partido, comentei com meus botões (que não responderam porque não falam com qualquer um): essa história vai para o mesmo pântano silencioso que já engoliu, sem deixar vestígios, a história do mensalão de Minas, precursor do mensalão do PT.

E não é que eu estava enganado? A matéria vem repercutindo em toda a grande imprensa. Com variáveis graus de intensidade, é verdade, em relação ao tamanho do escândalo, mas repercutindo. Viva, pois, a nossa grande imprensa. Já se começava a desconfiar que o Brasil, onde inventam tanta novidade, tinha adotado, definitivamente, dois sistemas métricos diferentes.

A propósito, ou mais ou menos a propósito, li na revista “The Nation” que só a Associação de Banqueiros Americanos tem noventa e um lobistas em Washington defendendo os interesses dos bancos e lutando para revogar a regulamentação do setor aprovada no Congresso, recentemente. Isto sem falar em outras associações de banqueiros e nos próprios gigantes financeiros, como o Goldman Sachs (cinquenta e um lobistas) e o JP Morgan (sessenta lobistas).

O cálculo é que existam seis lobistas do sistema financeiro para cada congressista americano. Os bancos querem derrotar a regulamentação e evitar as reformas para continuar as práticas, vizinhas do estelionato, que provocaram a grande crise de 2008 e continuam a lhes dar lucros obscenos enquanto o resto da economia derrapa.

O lóbi é uma atividade legítima, ou ao menos uma deformação legitimada pelo uso. A questão é saber quando a presença de mil e tantos lobistas em torno de um Congresso deixa de ser uma pressão e se transforma num cerco.

E como se pode falar em democracia representativa quando o poder do voto é substituído pelo poder de persuasão de seis lobistas, três em cada ouvido, prometendo presentinhos para a patroa?

O que tudo isso tem a ver com o cartel em São Paulo? Nada, a não ser que, talvez, sirva de consolo para quem sucumbiu ao encanto de muito dinheiro, levado pelo lóbi mais irresistível que existe, o da cobiça. Mesmo sendo daquele tipo de pessoa sobre o qual não se pode dizer que também é corrupto sem ouvir um “Quem diria...”(Globo.com)

Procurador-geral pede cassação da governadora Roseana Sarney

Em parecer enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, opina pela cassação do mandato da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). A assinatura do parecer ocorreu no dia 30 de julho, entretanto, foi divulgado apenas nesta quarta-feira (7).

A ação a que Roseana responde no TSE diz respeito a um suposto abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2010. Quem assina a autoria da ação é o ex-governador José Reinaldo Tavares, que também já foi ex-ministro de Transportes e aliado da família Sarney. Em 2010, José Reinaldo foi candidato a senador pelo Maranhão em uma chapa de oposição ao grupo da família, contudo não foi eleito, ficando em terceiro lugar.
A argumentação de Tavares no processo é de que a governadora celebrou convênios "com desvio de finalidade" às vésperas do período eleitoral em 2010, durante a sua candidatura de reeleição. De acordo com ele, entre outras coisas, ela teria distribuído bens por intermédio de programas sociais e fez gastos de campanha não contabilizados, o que caracteriza a prática de caixa dois.
O argumento apresentado pela defesa da governadora foi a de que José Reinaldo não tem legitimidade para questionar o mandato da governadora. "Seja por ausência de interesse direto, seja na condição de mero eleitor", afirmou o seu advogado. Outra afirmação da defesa foi a de que nenhum convênio foi celebrado em período eleitoral e que o programa de distribuição de casas populares estava previsto em lei e em execução orçamentária desde o ano anterior.
Parecer
Com a liberação do parecer pelo procurador, o TSE já poderá julgar a ação, entretanto, a data ainda será definida. Gurgel acredita que houve irregularidade nos contratos firmados pelo Governo do Maranhão. "No caso em exame, não se pode afirmar que a celebração dos convênios constituiu ato normal ou regular de governo. Houve, na ação governamental, um desbordamento. Quase todos os convênios e transferências aos municípios, no ano de 2010, foram realizados no mês de julho (período que seria vedado. Essa ação tinha um objetivo claro e imediato: interferir no processo eleitoral em curso e beneficiar as candidaturas dos recorridos", afirma o procurador no parecer.
Ele afirma ainda que a governadora teria transferido "recursos elevadíssimos aos municípios, especialmente no mês de junho e nos três dias anteriores à convenção [que definiu o nome da governadora para concorrer à reeleição]".
"Para se ter uma noção mais exata, no mês de junho houve a celebração de 979 convênios envolvendo recursos na ordem de R$ 391.290.207,48", destacou. Segundo ele, do total de convênios, 670 foram publicados três dias antes da convenção partidária, no valor de R$ 165 milhões.
Gurgel diz que durante o ano de 2010 o governo de Roseana efetuou transferências a municípios maranhenses que somaram R$ 407 milhões contra transferências de R$ 160 milhões no ano anterior.
Segundo a avaliação realizada por ele, a ação da governadora, na época candidata à reeleição, "tinha um objetivo claro e imediato: interferir no processo eleitoral em curso e beneficiar as candidaturas dos recorridos, dando a eles condições diversas dos demais candidatos".
"Pelo elevado número de convênios assinados pelo agente público e o montante dos recursos financeiros transferidos a dezenas de municípios, em período tão curto do processo eleitoral, pode-se afirmar com segurança que houve abuso do poder econômico e político apto a comprometer a legitimidade da eleição e o equilíbrio da disputa".
Em nota, a Secretaria de Estado de Comunicação Social do Maranhão informou na noite desta quarta-feira que a governadora ainda não tem conhecimento do teor do parecer e que está, neste momento, em São Paulo acompanhando o pai, senador José Sarney, que está internado. De acordo com a assessoria, ela somente se pronunciará após receber oficialmente a notificação. (Fonte: Jornal O Imparcial)

Detran: uma parada no inferno de Dante


Lúcio Flávio Pinto
Adital
O Detran é uma galinha dos ovos de ouro entregue, na maioria das vezes, aos cuidados de raposas vorazes. As maiores são apanhadas em flagrante delito, de vez em quando. As menores nunca deixam de circular pelo cenário, interesse de raposas felpudas que agem nos bastidores. Elas mudam, mas o Detran continua o mesmo: um órgão corrupto, ineficiente, ultrajante.
Suas qualidades estão à mostra mal se divisa sua sede, ao lado do estádio Mangueirão, na avenida Augusto Montenegro. Qualquer cidadão cioso dos seus direitos há de se perguntar: por que os serviços do Detran não são descentralizados? Por que seus usuários têm que ser submetidos à odisseia de ir até aquele local dantesco? Por que não são abertas sucursais do departamento em pontos estratégicos da cidade? A quem favorece essa absurda centralização?
Vencida a primeira perplexidade, apresenta-se o portão de entrada, adornado por atravessadores que oferecem chapas e outros benefícios de sua intermediação. Ultrapassados os corretores prestimosos, uma buraqueira antecede a área de estacionamento asfaltada, que é menor. O cenário é de precariedade, uma marca que aparecerá em outros ambientes do local.
No interior do prédio, é preciso entrar numa longa fila para obter uma senha de atendimento. Depois de alguns minutos de espera, emerge outro questionamento: qual a razão dessa primeira parada? Por que a fila para tirar uma senha e não o autoatendimento à entrada do prédio, por ordem de chegada, sem fila?
Afinal, em seguida ao tiro de passagem por uma única funcionária que fornece as senhas, vai-se para um salão atrás dela para aguardar o anúncio dos números. Há 26 guichês de atendimento. A maior parte deles é ocupada por funcionários de idade mais avançada, certamente às vésperas da aposentadoria. Podiam estar trabalhando em função de menor pressão, que exigisse menor destreza e maior experiência. Na retaguarda, evidentemente.
Uma senhora se levanta e some por uma porta situada atrás dos guichês. Não volta mais. Outra conversa com uma colega (a maioria das atendentes é mulher). Uma terceira, que estava descansando, recebe a visita de funcionário de outro setor, com quem também trava animada dialética. Uma quarta, depois de atender um usuário, passa um longo tempo sem apertar o controle de chamada de senhas.
Só quando uma pessoa, que estava nas cadeiras reservadas ao público, levanta seu celular e começa a filmar a cena, se dá conta da sua prolongada inércia. Mas debocha da iniciativa. Observa para quem está ao seu lado que está sendo filmada e, com cinismo, dá adeus para a pessoa que a filma. Há microcâmeras espalhadas pelo salão, mas talvez sua única serventia seja controlar o público, não os funcionários desidiosos, incompetentes ou venais. Parece que jamais ensejaram uma punição. A postura dominante sugere essa constatação.
A moral decorrente parece ser a de que a incúria de um é compensada pela conivência de outro. Ou: me deixa fazer o que quero, e como quero, e te deixarei fazer o mesmo. Quebra o meu galho e quebrarei também o teu. Quanto ao público, este vem depois.
Embora seja ele o responsável pela arrecadação milionária de todos os dias do Detran, é maltratado em quase todas as seções. Uma vez preenchidas as exigências burocráticas, que podiam ser atendidas em boa parte pela internet, dirige-se para o local do teste de direção em motos (cada vez mais numerosas), automóveis ou caminhões, e a prova de legislação.
É um cubículo aberto, pequeníssimo, maltratado, com bancos corridos de concreto, que sugerem tudo, menos se tratar de um órgão público de atendimento de massa numa capital de Estado com 1,5 milhão de habitantes. A maioria dos usuários fica em pé, do lado de fora, sujeita ao sol e à chuva, como se não tivesse pagado para ser servido por aqueles funcionários públicos que a maltrata.
Claro que há gente honesta, aplicada, cumpridora dos seus deveres e atenciosa. Mas ouso dizer: essa é a exceção no Detran de Belém do Pará. E por que é assim? Porque o mau exemplo vem de cima, sempre, como regra. Enquanto esse padrão não mudar, vamos ter que conviver com esses abusos, revoltantes e inaceitáveis depois de uma jornada de várias horas para começar a ser atendido.
Reclamar ao papa?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Viva Che!

Unesco reconhece vida e obra de comunista como patrimônio da humanidade

[Revista Biografia]

Unesco reconhece vida e obra de comunista como patrimônio da humanidade

O argentino nascido em Rosário, Província de Santa Fé em 14 de Junho de 1928, Ernesto Che Guevara fez de sua vida uma das maiores contribuições para a libertação dos povos da América latina e do mundo. Agora a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, reconhece os escritos do revolucionário como Patrimônio da Humanidade. Os documentos foram incluídos no Programa de Memória do Mundo. Este programa que possui em seu registro 299 documentos e coleções dos cinco continentes agora conta com 431 manuscritos do Che, 567 documentos sobre sua vida e obra, assim como uma seleção de materiais iconográficos, cinematográficos, cartográficos e objetos para museu. Para Juan Antonio Fernández, presidente da Comissão Nacional Cubana da UNESCO, esta decisão reconhece a “contribuição do Che ao pensamento revolucionário latino-americano e mundial, que o converteram em símbolo de rebeldia, de liberação e internacionalismo”. 
O exemplo do guerrilheiro heróico ultrapassa as barreiras do tempo e até hoje inspira os revolucionários do mundo. Che, como era carinhosamente chamado entre os guerrilheiros do movimento 26 de Julho, ficou conhecido por utilizar de suas próprias atitudes para demonstrar como deve se comportar um revolucionário frente a diversas situações, seja da vida cotidiana, seja no front de batalha. Ernesto nunca se recusava a uma tarefa e defendia que um revolucionário deve estar onde a revolução necessita. Enquanto Ministro da Indústria foi um grande entusiasta do trabalho voluntário como emulação comunista, ele próprio se dedicou durante anos ao trabalho voluntário na produção, uma vez por semana.


Sobretudo, Che era um internacionalista e ao cumprir com suas tarefas em Cuba, foi construir a revolução no mundo. Passando pela África e por fim voltando à América Latina o guerrilheiro foi assassinado na Bolívia sob orientação e apoio da CIA em 9 de outubro de 1967. Ainda assim, Che vive, nas lutas dos povos do mundo para libertarem-se da opressão. Suas ideias estão mais vivas do que nunca. Seu exemplo arrasta milhões todos os anos para as lutas. Sobre Che, não há melhores palavras do que as de seu amigo e camarada Fidel quando diz, “Se queremos um modelo de homem, um modelo de homem que não pertence a este tempo, um modelo de homem que pertence ao futuro, de coração digo que esse modelo, sem uma mancha em sua conduta, sem uma só mancha em suas atitudes, sem uma só mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: queremos que sejam como Che!”

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Larissa e Lili se casam em Fortaleza

Clonado de O Mocorongo:

Aposentada desde o ano passado, a hexa campeã do Circuito Mundial de vôlei de praia, Larissa, casou no último sábado com a também jogadora Lili, que atualmente joga ao lado da Bárbara Seixas, em Fortaleza (Ceará). Larissa e Lili estavam vestidas de noivas e carregavam um buquê cada uma.
No Facebook, Lili escreveu "Amo muito!!!". Em seguida, Larissa comemorou o sucesso da cerimônia e se declarou a amada: "Estava tudo perfeito! Vc me faz muito feliz, te amo!"
Em seus respectivos perfis numa rede social, as atletas já aparecem com status de "casadas". Larissa e Lili tornaram o namoro público em julho, ao publicarem fotos e declarações de amor mútuas no Facebook.

A Vale, sempre a Vale...

Projetos da Vale serão instalados em área de reserva ambiental
Adital
O Projeto Serra Sul (S11D) da Vale recebeu licença para instalar uma mina e uma usina de beneficiamento de minério de ferro em parte da reserva ambiental da Floresta Nacional de Carajás. Segundo o informativo Cá pra nós, da Associação Agroecológica Tijupá, a licença foi concedida pelo Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (Icmbio), ambos do governo federal.
O S11D encontra-se nos limites dos municípios a sudeste do Pará, Canaã dos Carajás e Parauapebas. Com o projeto a mineradora irá incrementar a produção de ferro em 90 milhões de toneladas por ano, mas com capacidade de dobrar a produção. O mercado asiático tem sido o destino do minério de ferro de excelente teor das terras dos Carajás, em particular a China e o Japão. A previsão é que a usina inicie as operações até 2016. A iniciativa que inclui mina, duplicação da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), ramal ferroviário de 100km e porto está orçada em US$ 19,5 bilhões.
As quase três décadas de extrativismo mineral em Carajás não representam uma alteração da qualidade de vida das populações do Maranhão e Pará, estados impactados pelo projeto. Iguais em desgraça, ambos ocupam lugar de destaque no mapa da pobreza do país. No Maranhão 1,7 milhão da população, do total de 6,5 milhões de habitantes sobrevivem abaixo da linha da miséria, ganhando R$70,00 por mês.
A EFC possui 892 km e corta 25 localidades, sendo 21 só no Maranhão. Dados do relatório da Campanha Justiça nos Trilhos (Jnt) indicam que o projeto de duplicação da EFC prevê a construção de 46 novas pontes, 5 viadutos ferroviários e 18 viadutos rodoviários. Em picos da construção, canteiros chegam a ter mais de dois mil operários. Defensores dos direitos da criança e do adolescente têm denunciado a prostituição infantil na EFC por conta das obras. Outro passivo social provocado pela ferrovia é o embarque clandestino de vulnerável.
A Vale incorporou uma faixa de território de 40 metros de cada lado da (EFC) dos territórios quilombolas (foto). E para tanto chegou a pedir judicialmente a impugnação do reconhecimento das terras como de remanescente de quilombo. As comunidades buscam desde 2005 o reconhecimento do território, prestes a receberem o documento do governo federal foram surpreendidas pela ação da mineradora.
A duplicação da via férrea interferirá ainda em territórios indígenas, entre eles, a aldeia Mãe Maria, do povo Gavião, localizado no estado do Pará. No Maranhão poderá causar impactos nos territórios indígenas Caru (Guajajara e Awá-Guajá), Alto Turiaçu (povos Urubu Ka’apor, Timbira e grupos de awá-Guajá, nômades e isolados), Pindaré, entre Bom Jardim e Santa Inês (povo Guajajara e algumas famílias de Guaranis).
Com informações de Rogério Almeida e Lilian Campelo (http://www.aatijupa.org)

domingo, 4 de agosto de 2013

Saúde

Falta até agulha em hospital de Tailândia. A queixa é de uma senhora, que não quis identificar-se, frustrada pela falta de atendimento num posto de saúde. Outra paciente também encontrou o mesmo problema e teve de ir comprar agulha numa farmácia local.

A secretaria de Saúde informou que o material já foi comprado, mas o fornecedor é que ainda não entregou o produto, segundo registro informado à reportagem.
----------
Se fosse só lá... 

Começam as obras da S11D


A construtora mineira Andrade Gutierrez deu início, nesta semana, às obras de terraplenagem e fundações do platô que vai abrigar a usina de tratamento de minério de ferro desenhada para atender ao megaprojeto S11D da Vale em Canaã dos Carajás, sudeste do Pará. Com orçamento de US$ 19,7 bilhões (com base no câmbio de R$ 2 por dólar), o empreendimento é considerado o maior em implantação na indústria mineral de ferro no mundo, contemplando a maior mina em capacidade inicial de produção do planeta, planejada para 90 milhões de toneladas por ano, diz reportagem de Marta Vieira, convidada especial da Vale.
As também mineiras Usiminas e Usiminas Mecânicas trabalham nas obras já iniciadas de montagem eletromecânica fora dos limites da Floresta Nacional de Carajás. Os valores dos contratos não foram divulgados. O primeiro canteiro de obras emprega 5.200 pessoas de um contingente que deverá chegar a 9 mil pessoas em 2015, ano de pico da construção de início dos testes da operação. A nova reserva inaugura a mineração na porção Sul da Serra de Carajás, com uma estimativa de 10 bilhões de toneladas em reservas provadas e recursos ainda a ser confirmados. O projeto contempla mina, plantas de processamento, expansão da Ferrovia de Carajás e do porto de São Luís (MA).
Segundo a Bloomberg News, o projeto S11D, o maior da história da Vale e da mineração, prevê a exploração de apenas uma parte das 45 formações de minério de ferro que compõem a cordilheira Serra Sul, em Carajás. Serra Sul, que integra a Serra Nacional dos Carajás, tem potencial maior do que a vizinha Serra Norte, onde já está localizada a maior mina de ferro do mundo.
"O S11 é o maior dos corpos de minério que identificamos em Serra Sul. Vamos começar pela área que justifica o investimento", afirmou o executivo responsável pelo projeto, Jamil Sebe, explicando que a letra "D" representa uma área dentro do corpo 11 da Serra Sul.
O corpo 11, como é chamada a formação de minério que dará lugar a mina com capacidade de produção anual de 90 milhões de toneladas --quase o que a Vale já produz em toda a Serra Norte--, possui 30 quilômetros de extensão e uma reserva estimada em 10 bilhões de toneladas.

Para retirar tanto minério, serão necessários pelo menos 40 anos de exploração, segundo a companhia.

Bancos privados demitem 5 mil

As empresas privadas do ramo financeiro fecharam quase cinco mil postos de trabalho no primeiro semestre do ano. Os bancos com carteira comercial contrataram 15.173 bancários no primeiro semestre e desligaram 20.230. Ou seja, deixaram de repor 4.890 profissionais, segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A reportagem é de Jorge Américo, no jornal Brasil de Fato.
Os números, divulgados na sexta-feira (26), estão na contramão dos índices nacionais de desemprego. Dados do Ministério do Trabalho Emprego demonstram que o mercado abriu perto de 830 mil postos de trabalho com carteira assinada no mesmo período.
O Itaú Unibanco, com lucro de R$ 3,4 bilhões, lidera a lista, com 6.679 desligamentos. Na sequência, vem o Bradesco, com 2.309.
Os sindicalistas consideram a rotatividade de mão de obra uma maneira "perversa" de reduzir a renda. O salário médio dos admitidos no primeiro semestre foi de R$ 2.896,07. Já aqueles que foram desligados recebiam salário médio de R$ 4.523,65.

Em geral, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36% inferior à dos que saem. A Contraf-CUT também destaca que as mulheres contratadas recebem salário médio 25% menor que os homens.