sábado, 5 de julho de 2008
OAB repudia condenação de advogado
A Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Marabá divulgou hoje uma nota na imprensa local repudiando a condenação do advogado José Batista Gonçalves a 2,5 anos de prisão pela Justiça Federal.
“O Ministério Público (Federal) inquinou o advogado José Batista Afonso da prática de cárcere privado, entre outras coisas, como se a presença dele no encontro de trabalhadores sem terra com representantes de institutos agrários objetivasse a mera agitação e não a busca efetiva do respeito aos direitos humanos, o equilíbrio entre os interesses, a mediação consensual entre as partes”, diz a nota.
“Inconformada, acrescenta, a Subsecional da OAB em Marabá manifesta a sua mais profunda preocupação com o que pode ser considerado uma forma de obstrução de prerrogativas daquele profissional do Direito e disponibiliza sua Comissão de Defesa das Prerrogativas para acompanhamento do processo e das providências necessárias à recomposição da Justiça.”
O poético necessário
Soltando os bichos
(Para Luanda, Heloísa, Bárbara,
Renata e Andréas - crianças)
O galo
O sanduíche de milho
É o preferido do galo;
pena que lhe falte grana
para poder comprá-lo.
A galinha
Essa galinha pedrês
adora milho cozido;
mas tem medo de, depois,
botar seus ovos mexidos.
O bode
- Comigo ninguém pode,
diz, maroto, o velho bode.
- Digo isso e cá não erro:
cabra se ganha é no berro.
O calango
- Tangolomango, vou pra ilha
do comandante Fidel!,
diz o esperto calango.
Lá usarei um chapéu
mandado vir de Sevilha.
Depois aprendo um tango,
alisto, viro soldado,
pra caçar gato abusado
que me persegue a familia.
Boi avua, sumano!...
Lá pelos idos do século 19, o antiqüíssimo parlamentar cametaense Gerson Peres contava já ter visto tanta coisa esquisita em política no Pará, que só faltava boi voar. Se ele viesse aqui, hoje, tempo de feira agropecuária e de (in)definição política, certamente encontraria zebus carrancudos, nelores mochos e guzerás de chifres enormes cruzando, com asas magníficas, o céu azul zebrado de julho. O fenômeno vem desde o acerto de candidaturas e fechamento de coligações, semana passada, com vista à sucessão municipal.
Nessa espetacular revoada planetária, o deputado federal Asdrúbal Bentes vive um turbilhão astral que bem algum fará à sua saúde política.
Descartado por Tião Miranda, a quem paparicou até à undécima hora em busca de apoio à sua candidatura (e logo do Tião, que o detesta desde 2004, quando o identificou como um dos responsáveis pela perda do mandato), Asdrúbal itinerou pela seara petista, sondou Maurino, acabou se integrando ao exército Brancaleone do guseiro Demétrius Ribeiro, da ex-deputada Elza Miranda, do ex-prefeito cassado Nagib Mutran Neto. A coligação PMDB/PSDB afronta qualquer lógica.
Asdrúbal sabe que se ficar fora do páreo, do ostracismo nunca mais sairá. Ao apelar para o vale-tudo da sobrevivência política, aceita o mando de Demétrius e vai de seca à meca ao sabor da maresia. Até quinta-feira à noite já lhe tinham arranjado dois vices de chapa. De sexta para sábado, a indefinição voltou a suscitar-lhe desespero: já não tinha vice. Sondada, Elza Miranda ficou de ouvir a família, mas é quase certo que não trocaria a segurança de uma eleição tranqüila à Câmara pela angústia de uma candidatura que não decola
Criatividade
O professor Félix Urano, o Tibirica, que também é artista performático, sai este ano candidato à Câmara pelo PSOL. Dia desses uma senhora foi procurá-lo no Galpão de Artes, onde ele também dá plantão.
Eu quero falar com o professor Durango, informou.
Professor Urano, alguém corrigiu. É aquele moço ali, o Tibirica...
Sim, é esse mesmo, o Siririca...
Na noite da convenção do PT, numa rodada de divertidos amigos, Urano anunciava seu slogan de campanha:
“Com siririca ou sem siririca, vote no Tibirica”.
“Reflexões marabaenses”
Com esse título, o professor universitário e promotor público Júlio César Costa inaugura blog na internet com inescondível amor por esta cidade e esta região. Sempre que lhe permitem o tempo e suas atribuições , posta ele notas sensatas sobre as nossas carências e vem coberto de razões.
Afinal, o rosário das nossas desditas inclui o tratamento de cão que os bancos, todos, nos concedem; o congestionamento monstruoso e diário na Transamazônica, no coração da cidade; os agentes públicos que, volta e meia, são apanhados nos achaques a que nos submetem; a falta d'água da Cosanpa, empresa irresponsável e irremovível; o achincalhe das telefonias móveis; a exploração dos mototaxistas, todos clandestinos, que cobram o que querem dos passageiros e vivem atulhando as vias com suas reivindicações insensatas e inconstitucionais. São, de fato, São quase infinitas as contas desse nosso rosário.
Um bom exemplo do descaso com o cidadão: faz quinze dias que empresa agindo em nome da Celpa entulhou a frente da casa de um cidadão na Folha 17, e nunca apareceu para retirar os galhos e folhas agora secas.
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