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sábado, 9 de janeiro de 2010

Memórias do cotidiano

Limpando a gaveta de 2009 Posse na Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará
Campanha vitoriosa para a reeleição à Diretoria da OAB Marabá Homenagem da Casa da Cultura no seu III Sarau Literário na Biblioteca Municipal

Nosotros...

Um francês, um inglês e o Sr. Azul Manhattan estão no Louvre, diante de um quadro de Adão e Eva, no Paraíso. Dizia o francês: - Olhem, como os dois são bonitos! Ela alta e magra, ele másculo e bem cuidado; devem ser franceses! E o inglês: - Que nada! Veja os olhos deles, frios, reservados... só podem ser ingleses! E o Sr. Azul: - Discordo totalmente! Olhem bem!... não têm roupa, não têm casa, só possuem piqui pra comer e ainda pensam que estão no paraíso. Só podem ser marabaenses, mesmo!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Faxina

Tirando a poeira da parede e dando um brilho devido para 2010...

Mercúrio: enigma ignorado de Serra Pelada

Serra Pelada, no vizinho município de Curionópolis, estará na ordem do dia este ano, com a autorização de lavra a ser dada em breve para a extração mecanizada de supostas 33 toneladas remanescentes de ouro naquele garimpo. Pelo menos 45 mil garimpeiros, em regra sexagenários pobres e doentes, mantêm acesa a esperança de algum benefício decorrente da parceria entre a cooperativa de mineração Coomigasp, que os representa, e a empresa canadense Colossus Geologia e Participações Ltda, braço da Colossus Minerals Inc., especializada em exploração de ouro, que estima investir R$ 100 milhões para faturar 2,31 bilhões de reais. A parceria com a Colossus substituiu a anterior, de 2004, firmada com a empresa norte-americana Phoenix Gems - que, de acordo com a Coomigasp, não honrou os compromissos financeiros do contrato. A Secretaria de Meio Ambiente do Estado já aprovou o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima), que libera a extração mecanizada do ouro, prevista já a partir do ano que vem. O projeto parece benéfico para as partes, mas há uns senões. Primeiro, a quantidade enorme de organizações – sindicato, cooperativa, associações - que representam moradores e ex-garimpeiros de Serra Pelada e que vivem em litígio permanente entre si. A Coomigasp, por exemplo, tem sua legitimidade contestada pelo Singasp (Sindicato dos Garimpeiros de Serra Pelada) e a Coogasp a acusa de ter-lhe usurpado o CNPJ. Atualmente, a Coomisp (Cooperativa de Mijneradores de Serra Pelada) acusa a Coomigasp de “ter nome sujo na praça” e de não poder receber dinheiro. Por isso, ela criou uma empresa, a SPE, cujos cinco donos seriam três da Coomigasp e dois da Colossus, como teria dito um diretor da Coomisp ao Diário do Pará. O sindicato vai mais longe: diz que o acordo com a mineradora canadense (51% dos lucros para ela e 49% para os 45 mil sócios da cooperativa) ainda prevê descontar dessa porcentagem os investimentos feitos pela Colossus, de sorte que aos garimpeiros sobrará “ menos de um décimo do lucro obtido”, segundo o presidente Raimundo Benigno. Silêncio sobre o mercúrio Para além dessas questões internas há uma outra – gravíssima - que até agora não mereceu qualquer atenção das autoridades federais ou estaduais. É a referente à poluição resultante do uso intensivo de mercúrio nos cerca de cem hectares que constituem o território de Serra Pelada. A partir de 1981, com a descoberta do garimpo, dizia-se que ali chegaram a reunir-se até 100 mil garimpeiros. Para efeito demonstrativo, suponhamos que eles fossem apenas 50 mil que se utilizaram, cada qual, de um mínimo de dez gramas de mercúrio/ano ao longo de pelo menos meia década, vida útil da garimpagem manual. Somada e multiplicada por cinco anos, essa quantidade de mercúrio de origem ignorada chegaria a 2,5 toneladas precipitadas em todo ecossistema de Serra Pelada. No garimpo, o trabalhador usava então uma espécie de cadinho para derreter o ouro com fogo de maçarico e misturava o mercúrio para formar amálgama. Até onde se sabe, nenhuma pesquisa científica foi feita sobre a contaminação por mercúrio nos garimpeiros de Serra Pelada, embora exista o registro de mortes súbitas, loucura e doenças degenerativas entre eles. Tragédia previsível? Pós-graduado em Segurança do Trabalho, Carlos Alberto Marangon (areaseg.com.br) diz que durante este processo de amálgama ocorrem três tipos de contaminação por mercúrio: a) aquecido, é inalado pelo garimpeiro (intoxicação por via respiratória); em contato com a pele, devido a técnicas precárias de manuseio, causa intoxicação por via cutânea; e o mercúrio perdido, ou ate mesmo jogado fora, causa danos ambientais a plantas e animais que quando ingeridos causam doenças às pessoas que os consomem. “À medida que o mercúrio passa ao sangue, liga-se as proteínas do plasma e nos eritrócitos distribuindo-se pelos tecidos concentrando-se nos rins, fígado e sangue, medula óssea, parede intestinal, parte superior do aparelhos respiratório mucosa bucal, glândulas salivares, cérebro, ossos e pulmões. (…) No organismo todo, enfim, o mercúrio age como veneno protoplasmático”. No meio ambiente, o mercúrio é devastador: “Quando um curso de água é poluído pelo mercúrio, parte deste se volatiliza na atmosfera e depois torna a cair , em seu estado original com as chuvas. Uma outra parte absorvida direta ou indiretamente pelas plantas e animais aquáticos circula e se concentra em grandes quantidades ao longo das cadeias alimentares. Alem disso, a atividade microbiana transforma o mercúrio metálico em mercúrio orgânico, altamente tóxico.” A intoxicação de mercúrio ocorre com maior freqüência no Brasil que em outros países, porque o garimpo clandestino nos rios da Amazônia utiliza o mercúrio para separar impurezas, e depois separa-se o ouro do mercúrio, pelo aquecimento e fundição do metal. Parte deste mercúrio vai de volta aos rios, e o peixe, que é muito curioso, ingere aquele metal brilhante, que logo vai impregnar suas carnes, que, a partir daí, já não servem para consumo humano, diz a Folha Online. Sobre Serra Pelada, presumivelmente a Colossus terá de esgotar o grande lago em que se tornou a cava resultante da lavra manual e com pelo menos cem metros de profundidade. Essa água e o mercúrio nela contido vão chegar aos inúmeros córregos, igarapés e grotas que integram a microbacia dos rios Parauapebas e Verde, ambos tributários do rio Itacaiúnas. Até agora, entretanto, nenhuma autoridade parece ter prestado atenção à possibilidade deste formidável desastre ambiental.

Fim dos mitos

Sob o título “Justiça mantém a penhora do Baenão”, jornal O Liberal do último domingo (03/01) publica de Leandro Lage uma reportagem definitiva sobre a situação de Clube do Remo e Paysandu Sport Club: as dívidas do primeiro chegam a R$ 6 milhões e a R$ 4 milhões as do segundo. “Hoje, os “gigantes” paraenses só tem conseguido administrar as volumosas dívidas trabalhistas com os R$ 60 mil depositado mensalmente pelo Banpará em cada conta. Desde janeiro de 2009, a maior fatia do montante usado para quitar as reclamações contra Leão e Papão na Justiça do Trabalho vem do bolso do contribuinte.” Livrando-se dos anéis, duramente conquistados ao longo da sua história vitoriosa, à força das más gestões o Clube do Remo vai se desfazendo de seu patrimônio sem qualquer possibilidade de recuperação, como a venda da sede campestre. O Baenão, pelo qual foram oferecidos R$ 33,2 milhões pela construtora Leal Moreira e pela Agra Incorporadora, está penhorado na 7ª Vara do Trabalho. Enquanto isso, a imprensa esportiva de Belém insiste em chamar os dois clubes de “grandes” (no débito, certamente) e de “titãs”, como eram chamados aqueles deuses da mitologia grega que não sobreviveram à modernidade e à razão.

Rotina ingrata

A Pro-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal da Universidade Federal do Pará mais uma vez abriu inscrição para candidatos interessados em participar do Processo Seletivo Simplificado para Professor Temporário (Visitante e Substituto). Todo ano é a mesma coisa, apenas mudando de unidade acadêmica, após o que os aprovados lecionam um ano e podem ser recontratados para novo e igual período. Por que não faz, de uma vez, o concurso para professor efetivo para todas as áreas? Não seria prejudicial aos alunos esse permanente rodízio de temporários?

Genialidades

O Plano Plurianual da prefeitura aportou em dezembro na Câmara para apreciação, assinado por um certo Gênio Benvindo. Dizem que o redator da peça esqueceu de pôr um “l” no nome do gênio que a assinou... Aliás, segundo uma fonte da área de planejamento municipal, o gênio importado de Palmas andaria se queixando que não usa 10% da sua massa cinzenta e capacidade criadora, porque se acha cercado de hipossuficientes mentais. O gênio, eu presumo, é meio chegado ao Sartre para quem “o inferno é o outro”. Além de Marabá, é claro...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Bastidores

Quem presta atenção para o jornalismo local na televisão já pôde observar que o informativo da Rede TV! apresentado por Jorge Beliche não dá uma única palavra sobre as atividades do Águia de Marabá. Dizem que é represália do Belige porque o hotel de um parente dele não é lembrado nem indicado pela direção do clube para hospedar as equipes que vêm cumprir tabela na cidade. Bem que o apresentador poderia fazer algum esclarecimento. (Alceu Belgrado)

Entreguismo e crime de lesa-pátria

O prefeito Azul Maurino estaria em vias de assinar um acordo com a Companhia Vale do Rio Doce (que faturou 13,2 bilhões de dólares em 2008, provavelmente o maior lucro do mundo) em que, a pretexto de colaborar com a instalação da siderúrgica da empresa, a Aços Laminados do Pará (Alpa), a prefeitura de Marabá vai deixar de cobrar Alvará de Licença, Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), reduzirá de 5% para 2% de Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS), e ainda vai se responsabilizar pela instalação dos sistemas de água, esgoto, energia elétrica e pela pavimentação do sistema viário do distrito industrial criado exclusivamente para a multinacional. Em termos histórico, e caso o acordo venha a ser celebrado, inclusive com a aprovação da Câmara de Vereadores, será o maior crime a ser perpetrado contra os interesses e a economia do município. "Isto nunca foi feito em Marabá!"

Surtou

Não bastava o ainda prefeito Maurino Magalhães ter pintado com a sua cor de partido e campanha eleitoral todas as obras que encontrou no município, e relatá-las como suas, agora a (péssima) propaganda dele na televisão dá como suas também a realização, em 2009, da Feira Agropecuária (Expoama - feita anualmente pelo Sindicato Rural de Marabá); da Feira da Indústria, Comércio e Artes (Ficam – iniciativa histórica da Associação Comercial e Industrial); e a duplicação da Transamazônica e construção da ponte sobre o Itacaiúnas (notórias obras do governo Federal, via DNIT). Nessa andar, Azul Maurino vai acabar se dizendo pai das eclusas de Tucuruí; das obras de derrocamento e sinalização da Hidrovia Araguaia-Tocantins; das desapropriações no Quindangues e construtor da Aços Laminados do Pará, a siderúrgica da Vale do Rio Doce. É como diz a própria publicidade: “Isto nunca foi feito em Marabá!”

Rotina

A Pro-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal da Universidade Federal do Pará mais uma vez abriu inscrição para candidatos interessados em participar do Processo Seletivo Simplificado para Professor Temporário (Visitante e Substituto). Todo ano é a mesma coisa, apenas mudando de unidade acadêmica, após o que os aprovados lecionam um ano e podem ser recontratados para novo e igual período. Por que não faz, de uma vez, o concurso para professor efetivo para todas as áreas? Não seria prejudicial aos alunos esse permanente rodízio de temporários?