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sábado, 6 de abril de 2013

Marabá comemora 100 anos com saldo positivo de empregos



Município foi um dos que mais gerou empregos em todo o Pará.
Saldo positivo foi de 823 novos postos de trabalho.

Do G1 PA

O município de Marabá, sudeste do estado, apresentou um crescimento de 2,15% no saldo de empregos formais criados entre março de 2012 e fevereiro deste ano. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), este aumento foi provocado pelo crescimento dos setores comércio, extrativo mineral e serviços em Marabá. O município, que comemora 100 anos nesta sexta-feira (5), está entre as 10 cidades paraenses que mais geraram empregos com carteira assinada em todo o estado.
De acordo com o Departamento, entre março de 2012 e fevereiro de 2013 foram feitas 22.020 admissões no setor formal da economia, contra 22.197 desligamentos. Esta diferença gerou um saldo positivo de 823 postos de trabalhos, o que equivale aos 2,15% de crescimento.
Neste mesmo período, segundo o Dieese, o comércio foi o setor que mais cresceu: foram 705 novos postos de trabalho. O setor extrativo mineral foi o segundo que mais gerou novos empregos, com saldo de 352 postos de trabalho.
Apesar deste crescimento, o Dieese também registrou queda nos setores da construção civil e da indústria de transformação. O primeiro teve saldo negativo de 169 postos de trabalho, enquanto que o segundo apresentou menos 88 postos de trabalho.
Confira o saldo de empregos formais de outros setores na tabela abaixo:
  •  
Setores EconômicosAdmitidosDesligadosSaldo
Extrativo Mineral554202352
Indústria de Transformação2.6092.697-88
Serv. Indust. de Utilidade Pública770
Construção Civil4.2504.419-169
Comércio7.8117.106705
Serviços6.0195.95465
Administração Pública110
Agropecuária769811-42
Total22.02021.197823

Djavan: O artista certo no lugar errado

SHOW DO DJAVAN - UM GRANDE ARTISTA PARA UM PÚBLICO ERRADO


Sem dúvida que Djavan é um grande artista e foi uma excelente escolha de quem tem bom gosto para música. Carreira invejável não só como intérprete da MPB, mas também como compositor. O secretário de Cultura e o prefeito estão de parabéns por ter proporcionado aos ouvintes da MPB um grande artista desse quilate. Desde 1976, quando estreou com disco "O disco, a voz, o violão de Djavan", um disco de samba sacudido, sincopado e diferente de tudo que se fazia na época, até 2007 quando parou de compor para realizar um outro sonho, gravar músicas de outros compositores, o disco "Ária", lançado em 2010, esse brilhante artista deliciou nossos ouvidos com melodias de diversos ritmos. 
Na virada da madrugada de hoje, quando nossa cidade relicária fez seus 100 anos, os ouvintes da boa música de nossa MPB que lá estavam puderem ter o prazer, após uma espetacular queimas de fogos, ouvir esse grande cantor.
 Pena que esses ouvintes da boa música de nossa MPB parece que estavam em números bem reduzidos, pois o que se via, com exceção de duas músicas que Djavan contou acompanhado de milhares de vozes, que foram temas de novelas, era uma plateia completamente alheia ao que acontecia no palco. Muitos grupos bebiam e conversavam como se não estivesse ali um grande ícone de nossa música. Outros, bastante jovens, debochavam da performance do artista em palco. Fiquei preocupado com uma rapaz que dormia encostado no alambrado do alto de um camarote. Era agoniante ver o cantor dando o máximo de si e pessoas apáticas a ele. 
Foi um artista certo, escolhido para os ouvintes da boa música de nossa MPB se deleitarem no centenário de Marabá, o público é que pareceu errado.  Estavam ali milhares de pessoas que amam uma "boa música", mas não no estilo Djavan, ficou claro. Uma plateia popular ávida por um batidão, um brega, um "Leque, leque, leque", talvez, não sei, uma dessas coisas que chamam "Sertanejo universitário", ou uma daquelas cuja moda agora é falar de carro. 
Foi o que vi, foi o que observei. Valeu prefeito por nos proporcionar Djavan Caetano Viana, esse nordestino de Maceió, que conquistou o mundo com seu talento de compositor e sua voz belíssima. (Blog do Aurismar)
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Acho que não seria de outra forma a reação de pessoas sem alternativas culturais desde a extinção do Fecam, o fim das discussões coletivas sobre qualquer tema, e do início da crescente lavagem cerebral fundada na ideia de que você não precisa estudar para se dar bem na vida. Ou chegar à presidência da República.  

Lúcio Flávio Pinto prepara novo dossiê sobre o poder e a grilagem no Pará



Capa dossiê 6_Pará
Arte: LuizPê
O jornalista Lúcio Flávio Pinto nos envia a seguinte nota sobre o novo dossiê com a marca do Jornal Pessoal, que deverá chegar às bancas na semana que vem. Confira.
JP especial: justiça estadual apoiou a grilagem no Pará
Espero colocar nas ruas, nesta quarta-feira, 10, o 6º dossiê doJornal Pessoal. Com 60 páginas, R$ 10, tem por título “O Pará parou (quem defende o Pará?)”. Essa edição especial parte de um caso concreto, o meu. Mas tenta mostrar que há um interesse muito maior por parte daqueles que tentam impedir que eu continue a exercer o jornalismo que pratico. Não querem que as informações que veiculo se tornem acessíveis. Sem essas informações, a sociedade fica desinformada e ainda mais à mercê daqueles que tomam as decisões de interesse coletivo, voltados para a satisfação de pessoas, grupos ou empresas, não do povo.
Além de denunciar o papel nocivo desempenhado pela justiça nessa história, exemplifico situações em que, mais bem informado, talvez o povo paraense tivesse conseguido impedir que se consumassem atos lesivos aos seus direitos, que lhe estão a causar perdas contabilizáveis em dezenas e dezenas de bilhões de reais. Lesão que responde pela triste situação do Estado, privado dos recursos que lhe possibilitariam, se bem utilizados, sair da condição de inferioridade em que se encontra, no velho modelo colonial.
Espero que o objetivo desta publicação seja alcançado: protestar contra a ignomínia que me foi imposta pelo poder judiciário do Pará, de pagar R$ 25 mil de indenização ao maior grileiro do mundo, o empresário Cecílio do Rego Almeida, justamente quando a grilagem fica comprovada no âmbito de outra instância judicial, a federal. Do protesto, este dossiê passa a uma atitude mais geral: a de servir a uma melhor história para o Estado e a Amazônia.
Lúcio Flávio Pinto

Ignorado pela imprensa, acabou bienal do FSM

De um lado, a esperança; do outro lado, o medo

Immanuel Wallerstein, do Outras Palavras
O Fórum Social Mundial (FSM), que acaba de encerrar sua edição atualmente bienal, aconteceu este ano em Túnis. Foi vastamente ignorado pela imprensa mundial mainstream. Muitos de seus participantes eram céticos que falavam de sua irrelevância, algo que acontece a cada encontro desde sua segunda edição, em 2002. Foi marcado por debates sobre sua própria estrutura e esteve repleto de polêmicas sobre qual a estratégia política correta para o mundo da esquerda. Apesar disso, foi um enorme sucesso.

Uma maneira de medir seu êxito é relembrar o que ocorreu no último dia do último FSM, em Dakar, em 2011. Neste dia, Hosni Mubarak foi forçado a abandonar a presidência do Egito. Todos no Fórum aplaudiram. Mas muitos disseram que esse ato em si provava a irrelevância do encontro. Algum dos revolucionários na Tunísia ou no Egito buscou inspiração no evento? Eles ao menos tinha ouvido falar sobre o Fórum Social Mundial?
Mas, dois anos depois, o Fórum reuniu-se em Túnis, a convite dos próprios grupos que iniciaram a revolução na Tunísia. Parecem ter considerado que sediá-lo em sua capital ampliaria a força de sua luta para preservar as conquistas da revolução, contra as forças que, acreditam, estão agindo para domá-la, e levar ao poder novamente um governo opressivo e anti-secular.
O slogan de longa data do FSM é “outro mundo é possível”. Os tunisianos insistiram em adicionar um novo, exibido com igual proeminência no encontro. A palavra era “Dignidade” — nos crachás de todos, em sete línguas. De muitas maneiras, o slogan adicional enfatiza o elemento essencial que une as organizações e indivíduos presentes no Fórum — a busca por igualdade verdadeira, que respeita e aumenta a dignidade de todos, em todos os lugares.
Não significa que houve total acordo no Fórum. Longe disso! Uma maneira de analisar as diferenças é observá-las como reflexo do contraste entre a ênfase na esperança e a ênfase no medo. Em sua composição, o FSM tem sido sempre uma grande e inclusiva arena de participantes, que situam-se desde a extrema esquerda até o centro-esquerda. Para alguns, isso tem sido sua força, permitindo educação recíproca entre pessoas e organizações ligadas diversas tendências, ou com foco em distintos temas — uma educação mútua que levaria a médio prazo a unir ações, para transformar nosso sistema capitalista existente. Para outros, isso parece ser o caminho da cooptação por aqueles que desejam meramente atenuar as desigualdades existentes, sem fazer nenhuma mudança fundamental. Esperança versus medo.
Outra fonte de constante discussão foi o papel dos partidos políticos de esquerda no processo de transformação. Para alguns, não é possível fazer mudanças significativas, tanto em curto quanto em médio prazos, sem partidos de esquerda no poder. E uma vez no poder, essas pessoas sentem que é essencial mantê-los lá. Outros resistem a essa ideia. Sentem que, mesmo se ajudarem tais partidos a chegarem ao poder, os movimentos sociais devem permanecer de fora, como controle crítico destes partidos, que com a prática quase certamente descumprirão suas promeessas. Mais uma vez, esperança versus medo.
A atitude a adotar diante dos novos países emergentes — os chamados BRICS e outros — é outra fonte de divisão. Para alguns, os BRICS representam uma importante contra-força ao norte clássico — Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão. Para outros, eles levantam suspeitas sobre um novo grupo de poderes imperialistas. O papel da China na Ásia, África e América Latina hoje é particularmente controverso. Esperança versus medo.
O estado concreto da esquerda mundial é outra fonte de debate interno. Para alguns, o FSM tem sido bom na negação — oposição ao imperialismo e neoliberalismo. Mas está, lamentavelmente, atrasado na formulação de alternativas específicas. Essas pessoas clamam pelo desenvolvimento de objetivos programáticos concretos para a esquerda mundial. Mas para outros, a tentativa de fazê-lo serviria primariamente para dividir e enfraquecer as forças unidas no Fórum. Esperança versus medo.
Outra discussão constante é sobre o que tem sido chamada de “descolonização” do FSM. Para alguns, ele está exageradamente, desde seu início, em mãos de gente do mundo pan-Europeu: de homens, pessoas mais velhas, das chamadas populações privilegiadas do mundo. O Fórum tem, como organização, buscado estender-se além de sua base inicial — espalhando-se geograficamente, procurando fazer suas estruturas refletirem cada vez mais demandas a partir da base. Isso tem sido um esforço contínuo, e ao comparar cada edição sucessiva do Fórum, percebe-se que ele tem se tornando, neste aspecto, cada vez mais inclusivo. A presença em Túnis de todos os tipos de “novas” organizações — Occupy, Indignados etc — é prova disso. Para outros, este objetivo está longe de ser alcançado, a ponto de produzir dúvidas sobre se há uma real intenção de cumprir este objetivo. Esperança versus medo.
O FSM fundou um espaço de resistência. Doze anos depois, permanece o único lugar onde todas partes destes debates reúnem-se para continuar a discussão. Existem pessoas que estão cansadas dos mesmos debates contínuos? Sim, é claro. Mas também parece sempre haver novas pessoas e grupos chegando, que buscam participar e contribuir para a construção de um mundo de esquerda eficaz. O Fórum Social Mundial está vivo e está bem.
(Canal Ibase)

Audiências públicas mobilizam o Pará contra projeto que pode aumentar impunidade



Brasil Contra a Impunidade
00:00:32
Adicionado em 26/03/2013
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Belém, Santarém e Redenção terão eventos da campanha nacional contra a PEC 37


Entidades representativas dos vários ramos do Ministério Público estão mobilizando toda a sociedade paraense para participação em audiências públicas sobre a Proposta de Emenda Constitucional nº 37 (PEC 37), que tem o objetivo de tornar a atividade de investigação criminal exclusiva das polícias Federal e Civil. A mobilização objetiva unir forças para que a proposta – que tira o poder de investigação do Ministério Público e reduz o número de órgãos de fiscalização – não seja aprovada.
As audiências serão realizadas em Belém, Redenção e Santarém e fazem parte da Semana Nacional de Mobilização contra a PEC 37, que será realizada em todos os Estados e no Distrito Federal de segunda a sexta-feira da semana que vem. A primeira audiência no Estado será em Redenção, nesta segunda-feira, dia 8, na câmara municipal. Em Santarém será no dia 11, quinta-feira, também na câmara municipal. Na sexta-feira, dia 12, é a vez de Belém. Na capital a audiência pública será realizada no auditório do Ministério Público do Estado, na Cidade Velha.
Estão sendo convidados para os eventos representantes dos poderes legislativo, executivo e judiciário nas esferas municipal, estadual e federal, de associações profissionais, sindicatos,  de conselhos de gestão pública, de escolas, unidades de saúde, de entidades da sociedade civil organizada (ongs, fóruns, grêmios, associações, dentre outras), autoridades religiosas, imprensa  e sociedade em geral.
Relatórios sobre os principais pontos debatidos nos eventos serão encaminhados aos membros do Congresso Nacional e para a coordenação nacional da campanha contra a PEC da Impunidade, a cargo da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), da Associação Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT), da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e da Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM). No Pará, a iniciativa ainda conta com o apoio da Associação do Ministério Público do Estado do Pará (Ampep).
Internet - No final de 2012 o Ministério Público lançou um abaixo-assinado eletrônico contra a PEC. A petição eletrônica está disponível no endereço
www.change.org/pec37 e pode ser assinada por qualquer pessoa. Mais de 70 mil pessoas já aderiram. Após a coleta de assinaturas, o documento será entregue ao Congresso Nacional. 
De autoria do deputado federal Lourival Mendes, a PEC 37 está em tramitação na Câmara. Se aprovado em plenário, em dois turnos, por pelo menos 3/5 dos deputados, o texto segue para votação no Senado. 
Confira dez motivos para dizer não à PEC 37:
1. Retira o poder de investigação do Ministério Público, como instituição responsável pela defesa da sociedade. 
2. Reduz o número de órgãos para fiscalizar. Além de impedir o Ministério Público, as investigações de órgãos como Ibama, Receita Federal, Controladoria-Geral da União, COAF, Banco Central, Previdência Social, Fiscos e Controladorias Estaduais poderão ser questionadas e invalidadas em juízo, gerando impunidade.
3. Exclui atribuições do MP reconhecidas pela Constituição, enfraquecendo o combate à criminalidade e à corrupção.
4. Vai contra as decisões dos Tribunais Superiores, que já garantem a possibilidade de investigação pelo Ministério Público. Condenações recentes de acusados por corrupção, tortura, violência policial e crimes de extermínio contaram com investigação do MP, nas quais a polícia foi omissa.
5. Gera insegurança jurídica e desorganiza o sistema de investigação criminal, já que permitirá que os réus em inúmeros procedimentos criminais suscitem novos questionamentos processuais sobre supostas nulidades, retardando as investigações e colocando em liberdade responsáveis por crimes graves.
6. Vai na contramão de tratados internacionais assinados pelo Brasil, entre eles a Convenção de Palermo (que trata do combate ao crime organizado), a Convenção de Mérida (corrupção), a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, que determinam a ampla participação do Ministério Público nas investigações.
7. Define modelo oposto aos adotados por países desenvolvidos como Alemanha, França, Espanha, Itália e Portugal.
8. Polícias Civis e Federal não têm capacidade operacional nem dispõem de pessoal ou meios materiais para levar adiante todas as notícias de crimes registradas. Dados estatísticos revelam que a maioria dos cidadãos que noticiam ilícitos à Polícia não tem retorno dos boletins de ocorrência que registram, e inúmeros sequer são chamados a depor na fase policial. Percentual significativo dos casos noticiados também jamais é concluído pela Polícia. Relatório da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (ENASP) aponta, em relação aos homicídios que apenas 5 a 8% das investigações são concluídas.
9. Não tem apoio unânime de todos os setores da polícia. A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) afirmou em nota que “a despeito de sua condição de policial, manifesta-se contrariamente à PEC em atenção à estrutura interna da polícia federal e aos dados sobre a eficácia do inquérito policial no Brasil, com baixos indicadores de solução de homicídios em diversas metrópoles, que, a seu ver, evidenciam a ineficácia do instrumento, e desautorizam que lhe seja conferida exclusividade” .
10. Impede o trabalho cooperativo e integrado dos órgãos de investigação; um exemplo é a ENASP, que reuniu esforços de policiais, delegados de polícia e de membros do Ministério Público e do Judiciário, ensejando a propositura de mais de oito mil denúncias, 100 mil inquéritos baixados para diligências e mais de 150 mil movimentações de procedimentos antigos.



Vídeo da campanha:



Detalhes sobre as audiências públicas:



Belém
Dia: 12/4 (próxima sexta-feira)
Hora: 9:30h
Local: Ministério Público do Estado do Pará (rua João Diogo, nº 100, Cidade Velha - auditório Natanael Farias Leitão)
Página do evento no facebook:



Redenção:
Dia: 8/4 (próxima segunda-feira)
Hora: 9h
Local: Câmara municipal 



Santarém:
Dia: 11/4 (próxima quinta-feira)
Hora: 14h 
Local: Câmara municipal

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Lascou-se!

Via O Mocorongo:

'Nossa vida virou um inferno', diz Chimbinha sobre polêmica de Joelma

Após a declaração polêmica de Joelma em uma entrevista, em que ela comprarou gays a drogados, Chimbinha disse que a vida do casal, que faz parte da Banda Calypso, ficou de pernas para o ar. "Nossa vida virou um inferno, ficou ruim pra caramba. Joelma nunca falaria nada que desrespeitasse nossos amigos e fãs. Convivemos há muito tempo com gays, inclusive dentro da nossa própria casa. Nossos costureiros, cabeleireiros, além de nossos fãs, que são tudo pra gente. Joelma não quer mais comentar nada, pois tudo o que ela fala é mal interpretado", disse Chimbinha.

O cantor reiterou que não acredita que o anúncio do casamento de Daniela Mercury com a jornalista Malu Verçosa tenha sido um protesto contra Joelma. "A vida da Daniela Mercury só diz respeito a ela mesma. Ela e Joelma se conhecem há anos, estão sempre conversando nos camarins dos shows, sempre se deram bem. Queremos que ela seja feliz", afirmou Chimbinha. 

Comunicado oficial - Após a polêmica, Joelma publicou um comunicado oficial dizendo que suas declarações na entrevista foram deturpadas. "Foi publicada neste final de semana, em revista de circulação nacional, entrevista com a cantora, na qual constam declarações que não refletem o pensamento de Joelma. Em momento algum a cantora comparou homossexualidade à dependência química. O que foi relatado foram depoimentos, feitos a ela, de amigos e fãs sobre a dificuldade que sentem - quando assim o desejam - de mudar sua opção sexual e que, eles mesmos, compararam tal dificuldade à dificuldade do dependente químico. Embora a religião seguida por Joelma não apoie o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a cantora respeita e aceita a opção sexual de todas as pessoas, fãs e amigos, não tendo por ninguém preconceito de religião, sexo e cor."  (Fonte: Ego)

"El tuerto e la terca"


No Parsifal Pontes:

Pior que o vesgo


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O presidente do Uruguai, José Mujica, cometeu uma gafe e uma extrema indelicadeza com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e com o seu falecido marido Néstor Kirchner, que era estrábico.
Ontem (04), durante o intervalo de uma entrevista na cidade de Florida, no interior do Uruguai, Mujica, sem perceber que o microfone continuava aberto, comentava com o interlocutor ao lado que “para conseguir alguma coisa da Argentina era preciso primeiro falar com o Brasil”.
Até aí tudo bem, mas prosseguiu Mujica: em alto e bom tom:
"Esta vieja es peor que el tuerto. El tuerto era más político, esta es terca.". Em tradução livre, “Esta velha [Cristina] é pior do que o vesgo [Nestor]. O vesgo era mais político. Esta é rude.”.
O áudio virou Trending topic nas redes e foi manchete no “El País”, o principal jornal da Argentina.

Providências

Diante da extensão e gravidade da denúncia recebida por este blog, informa ao anônimo autor que a enviei, com pedido de conhecimento e providências, ao prefeito João Salame Neto, secretaria de Administração e Ministério Público.
Tomara que seja devidamente apurada. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Arquivo público: mais respeito com documentos


A proximidade entre humanos e pombos, diz a Medicina Veterinária, pode acarretar doenças ao homem, em especial se houver contato com as fezes secas da pomba doméstica (columba livia). Inalá-las com a poeira urbana pode trazer de uma simples alergia de pele à sérios problemas de respiração e, até mesmo, afetar o sistema nervoso central. Tudo isso de forma praticamente invisível.
O contato com as fezes secas contaminadas por fungos pode provocar micoses e problemas respiratórios semelhantes à meningite, como histoplasmose e criptococose ou a clamidiose (bactéria), que causa sintomas variados, de febre à problemas na respiração.
Alimentos contaminados por fezes de pombos, que contém a bactéria Salmonela, trazem grandes prejuízos à saúde ao comprometer o aparelho digestivo com uma intoxicação alimentar. Além disso, ácaros de pombos provenientes de aves e ninhos podem causar dermatites em contato com a pele do homem.
A colônia cresceu à vontade
Apesar dessas advertências, uma quantidade crescente de pombos alojou-se no prédio que abriga o Arquivo Público Municipal desde 2010, sem que a defesa sanitária ou a secretaria de saúde tomasse qualquer providência para salvaguardar a integridade dos servidores daquele setor.   
Em pouco mais de dois anos, diz o coordenador Narciso Francisco da Silva, que trabalha no arquivo desde 2009, a colônia multiplicou-se em dezenas, centenas talvez de aves, confortavelmente alojadas sob o telhado sem forro ou em repouso nos cabos de aço com que o governo passado amarrou, por dentro, numa gambiarra, as paredes inseguras da construção mal feita e que ameaçavam desabar.
Narciso acompanhou a invasão das aves
A consequência, naturalmente, foi uma prolongada torrente de fezes sobre armários e caixas que deveriam guardar, com segurança e zelo, documentos que contam parcialmente a história de sucessos e desmantelos de uma cidade que chega aos cem anos maltratada pelo descompromisso de muitos administradores.

Fezes por toda parte
Novo secretário de Administração, Ademir Martins olha desconsolado o estrago que herdou no arquivo público: “Não sei como alguém pode deixar ficar assim documentos tão importantes para a história do município”, lamenta. Admite que a saída é a digitalização do que resta, antes que acabe. “Imagine, diz ele, que esses arquivos estavam jogados no outro prédio, em cima de uma fossa sanitária e pegando água de infiltração”.
Desolado, Ademir Martins folheia arquivo histórico
Neste buraco estavam os arquivos
Pelo menos por enquanto o patrimônio está a salvo dos pombos: com a ajuda da mão-de-obra municipal foram vedadas as brechas entre o alto das paredes e os caibros do telhado, de sorte que agora as aves não mais conseguem entrar. Mas ainda restam as fezes e sua ameaça maléfica e invisível espalhada entre e sobre estantes, caixas de papelão, pastas suspensas e o chão que causa embrulhos no estômago.


Servidores admitem: muito melhor agoranar legenda
Mas se você imagina que o prejuízo acaba aí, enganou-se. Inaugurado em 21 de maio de 2008, pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia (governo Ana Júlia) com apoio do então prefeito Tião Miranda, o NavegaPará chegou a ensinar rudimentos de informática a algumas dezenas de interessados entre setembro de 2009 a outubro de 2010. Depois encalhou: seja por desinteresse do prefeito de plantão ou da nova administração estadual.
O Infocentro, agora, é só um amontoado de computadores sem serventia, a entulhar uma sala que poderia ter melhor aproveitamento.
Para Ademir, falta definir a quem pertence a sucata

A solidariedade entre os mortos-vivos

Em solidariedade ao Leão moribundo, o Aguialinha sem moral e sem time 
tomou porrada em Manaus, terra onde há décadas o futebol acabou:
Naciona 2 x 0

Judiciário não cresce. Só as despesas...


Judiciário aumentou em 43% os gastos com diárias em 2012


 Marina Dutra, de Contas Abertas 



O Poder Judiciário gastou R$ 100 milhões com diárias no ano passado. O montante é 43% maior do que o desembolsado em 2011 – R$ 69,7 milhões. O valor não envolve outras despesas de viagens, como passagens e outros meios de locomoção. Ao todo, o Judiciário possui 104,9 mil servidores.
Das 66 unidades orçamentárias integrantes do Poder, 39 aumentaram os pagamentos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi o órgão em que os dispêndios com diárias mais cresceram. O TSE elevou em R$ 26,3 milhões os desembolsos. Os dispêndios cresceram principalmente em razão das eleições municipais que aconteceram no ano passado.
Os gastos passaram de R$ 4 milhões em 2011, para R$ 30,3 milhões em 2012. O aumento significativo pode ser explicado pela ocorrência das eleições municipais.
O TSE pagou ao Banco do Brasil, por exemplo, R$ 16,6 milhões em diárias referentes à prestação de serviços em zonas eleitorais do interior, suporte técnico para as eleições em diversas localidades e despesas com diárias referentes às revisões biométrica realizadas durante o exercício.
Outros R$ 456,4 mil foram pagos pela Secretária de Estado de Segurança Pública e Justiça de Goiás (SSP-GO) para diárias relativas à prestação de serviço de logística, escolta, segurança e guarda e armazenamento das urnas eletrônicas, nos primeiro e segundo turnos das eleições 2012 em todo o estado goiano.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) também contribuiu para o aumento de gastos com diárias em 2012. A Corte quase dobrou os dispêndios com diárias. De 2011 para 2012 as despesas aumentaram em R$ 2,3 milhões, passando de R$ 2,5 milhões para R$ 4,9 milhões.
Na contramão do crescimento dos gastos, 27 unidades orçamentárias do Judiciário diminuíram esse tipo de despesa no ano passado. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, desembolsou R$ 2,4 milhões a menos. Os dispêndios com o pagamento de diárias aos servidores foram de R$ 2,6 milhões em 2012. Em 2011, o Conselho pagou R$ 5 milhões para o mesmo fim.
O Supremo Tribunal Federal (STF) foi outro que resolveu economizar nos dispêndios. O órgão gastou R$ 674,5 mil em 2012, R$ 365,8 mil a menos do que no ano anterior – R$ 1 milhão.
Todos os Poderes
Ao todo, a União desembolsou no ano passado R$ 1 bilhão com diárias para os servidores do Executivo, Judiciário e Legislativo. O valor é 24% superior ao pago em 2011 – R$ 826,9 milhões. 
No início de 2012, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou que estava aperfeiçoando o sistema de pagamento de passagens e diárias dos ministérios, com simplificação de procedimentos, e que o controle seria mais rígido. Na época, contingenciamento de mais de R$ 55 bilhões no Orçamento pretendia reduzir também os gastos com esse tipo de despesa, o que não aconteceu. O Executivo lidera os dispêndios com diárias, tendo gasto R$ 915,5 milhões em 2012, aumento de 22% em relação ao ano anterior – R$ 749,5 milhões.
Dentre os Poderes, o Legislativo é o que menos utiliza diárias, porém, também apresentou aumento nos gastos. Os desembolsos no ano passado foram de R$ 9,3 milhões, valor R$ 1,6 milhão maior que o pago em 2011 – R$ 7,6 milhões.
O Contas Abertas enviou indagações ao TSE, TST, CNJ e STF, mas possivelmente devido ao feriado antecipado no Judiciário (veja matéria), até o fechamento desta matéria não recebemos respostas. (Blog do Servidor Público)

Apaixonado pelos torturadores

No Giba Um:

Outros tempos
O governo quer trazer médicos e engenheiros de Portugal, Espanha e França para trabalhar no Brasil. O setor produtivo estaria reclamando da falta de engenheiros no mercado e os médicos deverão trabalhar em áreas mais distantes, sempre recusadas pelos profissionais brasileiros.
Para quem tem memória curta: durante anos, dentistas brasileiros foram humilhados em Portugal e nos últimos tempos, antes da crise européia, turistas brasileiros ficavam presos em aeroportos espanhóis e devolvidos ao Brasil, depois de horas sem comer e incomunicáveis.

O tamanho do cabide

Via Parsifal Pontes:


Presidente, governadores e prefeitos têm 568 mil assessores lotados em seus gabinetes

Matéria do “Estado de S. Paulo” reporta, como base em pesquisa realizada pelo IBGE em 2012, que o Governo Federal emprega 4.445 pessoas sem concurso público, os 27 governadores de estados empregam 74.740 e os municípios 489.019. Isso somente nos respectivos gabinetes da presidente, governadores e prefeitos.
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O campeão em contratações sem concurso, em números absolutos, é Goiás: Marconi Perillo (PSDB) tem 10.175 assessores lotados no seu gabinete. Em 2º lugar vem o petista Jaques Wagner, governador da Bahia, com 9.240 assessores.
Quando se divide a festa pelos três principais partidos do Brasil, o PSDB ganha o 1º lugar com 37,6 mil assessores; em 2º vem o PT com 23 mil e em 3º o PMDB com 21,6 mil.
> Prática precisa ser tipificada como crime contra o erário
Enquanto a prática não for tipificada como crime contra o erário, tanto para o contratante quanto para o contratado, a locomotiva continuará a todo vapor, pois isso é moeda de troca para sustentação política e eleitoral.
Eu não tenho isenção moral para o texto: nas duas vezes em que fui prefeito contratei da mesma forma. O Poder Legislativo é cumplice no processo: aprova as leis que autorizam as contratações temporárias (que acabam sendo eternas) porque terá a sua parte no quinhão.
Opino, todavia, que essas coisas precisam ser apresentas à sociedade, para que essa, conhecendo as alcovas, sinta-se apropriada do problema para tentar buscar uma equação que o resolva.

> Enquanto isso…
A moçada que queima a pestana dia e noite, noite e dia, para fazer concurso público, quando passa, observa temporários sendo contratados e o concurso caducando.
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Vale lança livro de memória sobre Marabá

A obra foi produzida a partir dos depoimentos de representantes de famílias que constituíram a cidade

A Vale lança nesta quinta-feira-feira, 4, o livro "Marabá, ontem e hoje", uma homenagem pelos cem anos do município. A obra é um resgate à história coletiva da cidade, contada a partir de relatos dos familiares dos primeiros habitantes nascidos em Marabá ou que escolheram o a região para fixar moradia. A publicação é também um compromisso social da Vale pela instalação do projeto Aços Laminados do Pará (Alpa). O lançamento será realizado às 19 horas, desta quinta-feira, na sede da Fundação da Casa da Cultura (FCCM), parceira da iniciativa. O evento contará com a presença de representantes institucionais, autoridades e demais convidados.
O livro "Marabá, ontem e hoje" nasceu do projeto homônimo, que durou um ano, envolvendo as etapas de pesquisa, entrevista e seleção de material. Para execução do trabalho, a Vale contratou os serviços de uma empresa de consultoria. A Fundação Casa da Cultura de Marabá, parceira do projeto, foi responsável pela orientação do tema e roteiro das entrevistas, junto com o Museu da Pessoa, que por sua vez, ministrou as oficinas de formação de pesquisadores aos bolsistas selecionados.
Durante dez meses, o grupo de entrevistadores reuniu 120 horas de depoimentos, que somaram 2040 páginas transcritas. O produto final foi o livro  com 224 páginas sobre a cidade, sua gente, sua economia, seus fatos marcantes e traços da sua cultura.
As memórias relatadas pelos entrevistados foram divididas em duas fases. De 1910 a 1950, conta a história de Marabá da primeira metade do século XX, envolvendo a formação da cidade, a atividade garimpeira, a economia da castanha e o comércio, a usina de força e luz, os arraiais, os cordões, as lendas e os "causos" de assombração, entre outros.  De 1960 em diante, o livro narra o fim do ciclo da castanha, a chegada da pecuária, a Guerrilha do Araguaia, Serra Pelada e os garimpos de diamante, a grande enchente de 1980, a energia firme e a expansão da cidade para outros núcleos urbanos.
Noé Von Atzingen, presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, no prólogo do livro, conta a primeira impressão que teve sobre o projeto. "(...) fiquei ao mesmo tempo surpreso e preocupado. Como fazer um livro assim? Teria a mesma consistência, valor histórico e seria também interessante? (...) Quando ficou finalmente pronto, foi para mim uma grande surpresa, pois este formato de livro torna a história mais viva, vibrante e essencialmente mais humana. Noé é autor do "Vocabulário Regional de Marabá" e foi agraciado, em 1980, com o título "Cidadão Marabaense".
Amintas Freitas, um marabaense de 102 anos, está entre os personagens ouvidos no projeto. Entre outros assuntos, ele fala sobre o ciclo da castanha e sobre o garimpo no rio Tocantins.  Seu Amintas testemunhou a chegada da primeira bicicleta em Marabá nos idos de 1914. Já o comerciante Benedito Barbosa Macias, que reconta a história de seu pai Lourival Macias, fala sobre as enchentes, a expansão da cidade, motivada pela descoberta do garimpo de Serra Pelada.
O diretor-presidente do projeto Aços Laminados do Pará (Alpa), João Coral, destaca a importância dos relatos que constituem a obra. "Os depoimentos aqui registrados são valiosíssimos. Merecem ser lidos pelos mais jovens para que conheçam suas origens e dela retirem orgulho e aprendizado; e pelos mais velhos para que não permitam que seus valores se percam no tempo, perpetuando traços importantes de sua rica cultura", destaca.
A tiragem do "Marabá, ontem e hoje" é de 3 mil exemplares. Os livros serão doados a instituições municipais e estaduais, bibliotecas públicas e escolares da cidade para que possam ser consultados pela população em geral.

Serviço:
Lançamento do livro "Marabá, ontem e hoje"
Data/Hora: quinta-feira, 4 de abril, às 19h
Local: Fundação Casa da Cultura de Marabá - Folha 31, Quadra Especial, Lote 1- Nova Marabá

Começa julgamento de acusados da morte do casal de extrativistas


Brutalidade matou José Cláudio e Maria do Espírito Santo
Previsto para iniciar às oito horas de hoje, até às nove e meia desta manhã ainda não haviam sido definidos os sete jurados que participarão do julgamento  dos três acusados de participação no assassinato do casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, crime ocorrido  em maio de 2011 por disputa de terra em Nova Ipixuna, sudeste do Pará. São acusados José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento, presos preventivamente desde dezembro de 2011.
Agora mesmo, profissionais da imprensa não conseguem ter acesso ao interior do salão de júri, mesmo credenciados, e comenta-se que apenas dez credenciais foram disponibilizadas para os inúmeros jornalistas vindos de diversas partes do país e do exterior. Também estão proibidas filmagens e gravações de áudio durante a sessão.
Na parte externa do fórum, centenas de manifestantes – do MST e de entidades de defesa dos direitos humanos – aguardam por Justiça, vigiados por cerca de 40 policiais militares do Estado.
Preside o júri o  juiz Murilo Lemos Simão.   
Diz o promotor Danilo Pompeu Colares existirem nos autos provas robustas de que José Rodrigues foi o mandante da execução do casal, enquanto o irmão dele, Lindonjonson, dirigiu a moto de onde Alberto Lopes efetuou os disparos.
A defesa dos réus se diz confiante: “Não há testemunha ocular, e os acusados estão presos por supostos indícios de caráter dúbio", diz o advogado Vandergleyson Fernandes.
“Sensibilidade”
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, divulgou nota ontem sobre este julgamento e disse esperar que “os jurados tenham a sensibilidade e a firmeza em defender os Direitos Humanos”.
Leia a íntegra da nota:
“A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) vem a público manifestar-se sobre o julgamento de José Rodrigues Moreira, Lindonjonson Silva Rocha e Alberto Lopes do Nascimento, acusados pelo assassinato dos extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, em maio de 2011, em um assentamento em Nova Ipixuna (PA). O júri popular se reúne nesta quarta-feira (3), no Forum de Marabá (PA), para analisar o processo e dar o veredicto.
Diante disso, a SDH/PR espera que os jurados tenham a sensibilidade e a firmeza em defender os Direitos Humanos e tornar esse caso um exemplo na consolidação da Justiça e um marco na proteção dos defensores de Direitos Humanos. Que os assassinos sejam punidos com rigor, evitando a perpetuação da impunidade no país.
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República se manterá atenta no combate à violação dos Direitos Humanos de pessoas que lutam por causas justas. Mais do que isso, cuidaremos para que o debate em torno da Reforma Agrária no país seja construído dentro dos limites de civilidade, em busca de um país mais paritário para todos os brasileiros e brasileiras.
Ministra Maria do Rosário Nunes
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República”
Mortes no campo
Pela primeira vez em 25 anos, Rondônia superou o Pará em número de mortes por disputa de terra. Foram nove casos em 2012, contra dois no ano anterior --aumento de 350%.
Os números da violência no campo em 2012 integram um balanço preliminar e inédito da CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço agrário da Igreja Católica no Brasil.
Em todo o país, segundo a comissão, houve 36 homicídios em 2012 em conflitos agrários --avanço de 24% em relação aos 29 casos de 2011.
O Pará registrou seis mortes por disputa agrária em 2012, um dos números mais baixos desde o início dos registros da CPT, em 1985. Apenas em 1986 o Estado não liderou a estatística da violência no campo, perdendo naquele ano para Mato Grosso.
As mortes no Estado foram sobretudo de integrantes de acampamentos que reivindicam terras. Houve também assassinatos de pessoas que denunciavam extração ilegal de madeira.Em Rondônia, especialistas relacionam a violência a três fatores: expansão do agronegócio no sul do Estado (divisa com MT), presença de madeireiros no norte (divisa com AM) e, principalmente, grilagem (apropriação indevida de terras públicas).