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sábado, 4 de dezembro de 2010

Mais um

Já lhes falei que às vezes, não raro, acho que Marabá é uma grande enseada onde tudo aquilo que não presta acaba ancorando aqui. Há exceções, claro! Mas, a regra é a regra.
Quem aportou agora na casa da mãe joana foi o tarado e pedófilo Luis Seffer .
Veio  com sócio e tudo para fechar a compra de antigas instalações do Araçagy Clube., no bairro da Liberdade, para erguer onze blocos residenciais.
Triste cidade...

Troque seu político

O tópico aí de baixo me lembrou historieta contada pela artista plástica Vitória Barros, faz algum tempo. Não sei se tem relação mas, com as adaptações de praxe,  conto pra vocês:

Certo dia, um florista foi ao barbeiro. Após o corte do cabelo, perguntou o valor do serviço e o profissional repondeu: - Não posso aceitar seu dinheiro, porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê na porta, com uma dúzia de rosas e uma nota de agradecimento do florista.
Mais tarde, no mesmo dia, chegou um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao fazer gesto de pagamento, o barbeiro disse-lhe: - Não posso aceitar seu dinheiro, porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, o barbeiro encontrou um cesto com pães e doces, na porta, e uma nota de agradecimento do padeiro.
Naquele terceiro dia, apareceu um vereador para cortar o cabelo. Ao pedir a conta, o barbeiro disse-lhe: “Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.”
O vereador ficou feliz e foi embora.
No outro dia, quando abria a porta do seu negócio, o barbeiro encontrou uma dúzia de vereadores fazendo fila para cortar cabelo.

Decoro parlamentar

Quem viu o arranca-rabo disse (textualmente, aliás) que "foi pena pra todo lado" - seja lá o que quis dizer com isso, talvez uma briga com travesseiros.
Foi na quarta-feira à tarde, 1º de dezembro.
Direção da Câmara Municipal reunia-se no gabinete da presidência com representantes comunitários,  quando a atenção de todos voltou-se para a balbúrdia instalada na escadaria do prédio.
Eram, segundo a fonte, as vereadoras Vanda Américo e Irismar Sampaio que, aos gritos, trocavam insultos e empurrões, em flagrante quebra do decoro parlamentar. Que na sua mansidão e tolerância, a direção da Casa sequer vai mandar apurar e punir.
- Não fosse o DNA das litigantes, diria que foi surto de TPM, explicou a testemunha.
- DNA?
- É... Data de Nascimento Antiga das duas, o que exclui a segunda causa...

Até que enfim!...

 A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal vai preparar um projeto para delimitar a responsabilidade na construção de eclusas no Brasil. A determinação foi feita na última quinta-feira, 3 de dezembro, pelo presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTB-AL), após ouvir a preocupação de senadores sobre a navegabilidade dos rios nos trechos em que estão sendo construídas usinas.
Durante a audiência pública realizada pela CI ontem, Collor também pediu a elaboração de uma proposta que reduz os prazos concedidos aos órgãos de meio ambiente para realizarem estudos e oferecerem pareceres relativos à liberação de obras. O objetivo, segundo Collor, é que as obras não fiquem indefinidamente sem conclusão.
Durante a audiência, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) disse que uma lei específica deveria obrigar a instalação de eclusas em todos os rios navegáveis nos quais estão sendo construídas usinas. A audiência na CI foi realizada para discutir os preparativos, as expectativas e previsões acerca do atendimento da malha de transporte em função dos grandes eventos que o Brasil sediará em breve: em 2012, a Rio + 20, Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente; 2014, a Copa do Mundo; e 2016, os Jogos Olímpicos. (Agência Senado)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Férias, doces férias...

Recesso na Câmara dura o ano inteiro...

Câmara devolve à Prefeitura orçamento 2011 porque eivado de inconsistências, erros e besteiras. Quer urgência nas correções para apreciar até 22 de dezembro. Os vereadores estão com pressa por causa do recesso, onde todos continuarão sem fazer nada mesmo.
Já o ainda prefeito bem que poderia, com pompas e as honras cabíveis, devolver ao Tocantins o Gênio responsável pelas cagadas orçamentárias.

Estádios barrados

O municipal Zinho Oliveira está barrado. Culpa de quem?

Como virou rotina nos últimos tempos, os bastidores do futebol paraense rendem mais do que quando a bola rola. O episódio da vez é a determinação do Ministério Público Estadual que decidiu recomendar à Federação Paraense de Futebol que impeça a presença de público nos jogos que forem realizados no Mangueirão, Curuzu e Baenão em Belém; Zinho de Oliveira em Marabá; Jader Barbalho em Santarém e Parque do Bacurau em Cametá. A orientação se dá em virtude dos responsáveis por esses estádios não terem enviado cópias da complementação dos Laudos de Verificação de Engenharia (LVE) ao MPE, por esquecimento, segundo o presidente da FPF, Antonio Carlos Nunes.
Dessa forma, os jogos programados para acontecer nesses estádios, enquanto não for resolvida a pendência, serão realizados de portões fechados. “Eles estão cobrando esses laudos (LVE) e, até que os proprietários os entreguem, a FPF não pode permitir torcedor nesses campos. Alguns não fizeram (Parque do Bacurau), mas o Mangueirão fez, que eles estão exigindo uma complementação e, em virtude de ser um estádio do Governo Estadual, isso requer uma certa burocracia”, esclarece.
Segundo Nunes, em outubro desse ano os responsáveis pela Curuzu, Baenão, Zinho de Oliveira e Jader Barbalho enviaram a complementação dos LVE para a FPF, mas não encaminharam cópia ao MPE, o que gerou a proibição. “Esses laudos foram encaminhados pela FPF para a CBF. Nós não encaminhamos ao Ministério Público, porque julgamos que os responsáveis haviam remetido essas cópias para o órgão”, comentou.
Para resolver o mal entendido, Nunes levará as cópias dos LVE hoje ao Ministério Público Estadual, mas adianta que o Re-Pa de amanhã, pelo campeonato Sub-17, será com os portões fechados. “ tirei as cópias e vou entregar ao promotor. Esse Re-Pa vai acontecer sem público”. (Diário do Pará)

MPF/PA processa Eletronorte por danos da UHE Tucuruí aos índios

Impactos foram reconhecidos pela própria empresa em 2006, mas até agora não concretizou nenhuma das medidas de compensação necessárias

O Ministério Público Federal em Marabá (PA) iniciou processo contra a Eletronorte para obrigar a empresa a compensar e mitigar os danos causados aos índios Assuriní com a construção da hidrelétrica de Tucuruí.  A Terra Indígena Trocará, dos Assuriní, vem sofrendo desde então inúmeras invasões e outros impactos diretamente relacionado com a usina e com o aumento populacional decorrente do empreendimento.
Segundo relatório de danos confeccionado pela própria Eletronorte com a colaboração da Fundação Nacional do Índio (Funai), em atendimento a recomendação do MPF, a saúde, a segurança alimentar e a integridade do povo Assuriní entraram em colapso com a redução de peixes e caça, a multiplicação de doenças sexualmente transmissíveis, casos de alcoolismo, tabagismo, a substituição da língua nativa pelo português, constantes investidas de invasores e degradação ambiental de diversas ordens.
No total, foram listados 51 impactos, mas nenhuma medida de compensação foi tomada pela Eletronorte.  Agora, o MPF quer que a Justiça Federal de Marabá obrigue a empresa, em caráter urgente, a implementar as medidas mitigadoras e compensatórias identificadas no prazo de 60 dias, além de condená-la a indenizar a comunidade indígena pelos danos materiais e morais causados.
O MPF pede julgamento urgente, porque risco de consequências ainda mais trágicas para o povo Assuriní.  “A empresa não honrou nenhum dos compromissos assumidos, o que frustrou as expectativas dos indígenas que aguardam o atendimento dos seus pleitos por mais de 20 anos.  Nãocomo tolerar tal situação e, caso alguma medida não seja adotada, a tragédia, há muito anunciada, consumar-se-á definitivamente”.
O relatório de impactos foi entregue ao MPF em 2006.  O documento revelou “nítidos e inquestionáveis danos contínuos, de natureza permanente” e comprovava que, “sem nenhuma dúvida, a construção da usina hidrelétrica de Tucuruí foi o empreendimento de maior impacto na vida dos assurinís após o contato ocorrido em 1950”, afirma o procurador da República Tiago Modesto Rabelo, que subscreveu a ação.
Para compensar e mitigar os impactos, o estudo prevê 32 ações mitigadoras e compensatórias, que foram aprovadas pela comunidade Assuriní do Trocará.  Em sucessivas reuniões, entre 2006 e 2009, acompanhadas pelo MPF e pela Funai, foi elaborado um plano de trabalho, mas até agora a Eletronorte não cumpriu com o que lhe competia e nada foi implementado.
Impedimentos eleitorais - No último mês de julho, o MPF promoveu nova reunião com a Eletronorte em Marabá e advertiu a empresa sobre o reiterado descumprimento dos compromissos assumidos e a demora na efetiva implantação do programa de compensação dos impactos.  “Ficou estabelecido que o início do mês de agosto de 2010 seria a data limite para apresentação do programa e do cronograma de execução, para fins de dar-se início às ações, sob pena de ajuizamento das medidas judicias cabíveis”, diz o procurador Tiago Rabelo, um dos responsáveis pelas negociações que se arrastavam há aproximadamente quatro anos.
A ação judicial narra quemais uma vez a Eletronorte nada fez e, instada recentemente a manifestar-se sobre a demora, informou problemas burocráticos, aduziu impedimentos de natureza eleitoral e recusou-se a participar de nova reunião agendada para o último dia 12 de agosto”, lamenta o procurador da República.
À Justiça, o MPF pergunta: “de quantos anos mais e quantas eleições por vir precisará a Eletronorte para se valer de pretextos e impor, continuamente, os males causados por suas ações à comunidade indígena Assuriní?”
O processo tramita na Subseção Judiciária Federal de Marabá e ainda não recebeu numeração.
Veja alguns dos impactos mais graves da construção de Tucuruí sobre os assurinis:
- Ações indigenistas inadequadas
- Construção do ramal da Transcametá para a aldeia Trocará
- Construção da linha de transmissão Tucuruí/Cametá no entorno da Terra Indígena, afetando as cabeceiras do rio Trocará
- Construção de linha de transmissão da Celpa atravessando a Terra Indígena
- Instalação de fazendas e de assentamentos de colonos no entorno da Terra Indígena; a invasão constante e progressiva da TI Trocará por terceiros
- Fragmentação da paisagem no entorno da Terra Indígena Desmatamento e degradação das cabeceiras e margens dos recursos hídricos que banham a Terra - Indígena, com conseqüente assoreamento e alteração da qualidade da água
- Uso inadequado de energia elétrica na aldeia Trocará, e outros equipamentos
- Ingresso de recursos pelos programas governamentais assistencialistas
- Perda do conhecimento tradicional da arte da pesca e da ictiofauna
- Uso de novas tecnologias implicando em considerável impacto na pesca
- Aumento do alcoolismo e tabagismo
- Substituição da língua nativa pelo português e o prejuízo cultural decorrente
- Sistema de educação inadequado à cultura Assuriní
- Crescimento da população da cidade de Tucuruí, trazendo doenças como: gripe, tosse, DST, alcoolismo e outras
- Invasão da Terra Indígena pelo gado das fazendas instaladas nos seus limites. (Fonte MPF_

Clima tenso na ocupação São Miguel

Contrariados com a decisão da justiça, que mandou reintegrar lotes desocupados situados na invasão São Miguel da Conquista, vários moradores tentaram resistir, na manhã de ontem, ao Mandado expedido pelo juiz César Dias de França Lins, da 1ª Vara Cível de Marabá.  O tumulto começou logo nas primeiras horas da manhã, quando um grupo de moradores impediu que o oficial de Justiça continuasse afixando as placas com os dizeres "Desocupado por decisão judicial".  Além disso, muitas placas que haviam sido afixadas foram retiradas e rasgadas.
Como o oficial estava acompanhado por apenas quatro policiais, ele se retirou do local, voltando mais tarde, acompanhado do próprio magistrado.  Aos poucos, os populares foram se acalmando.  O juiz deixou claro que não estava ali para mandar despejar ninguém.  Paciente, o magistrado disse que apenas os lotes invadidos, onde não havia pessoas morando, seriam reintegrados.
A medida, segundo o juiz, visa impedir a especulação imobiliária, que muitas pessoas apenas demarcam os lotes, para vender mais tarde.  Apesar do proprietário da área, Aurélio Anastácio de Oliveira, ter deixado claro que existe interesse em negociar os lotes com os ocupantes, os moradores do bairro temem ser retirados da área a força.
Apesar do prefeito da cidade, Maurino Magalhães, ter declarado a área como de interesse social, o juiz César Lins disse aos moradores que o decreto do executivo terá valor legal se a prefeitura depositar em juízo os valores correspondentes à desapropriação.  "Enquanto isso não ocorrer a lei tem que ser cumprida", falou o magistrado, lembrando que existe um processo de reintegração de posse tramitando na comarca de Marabá.
Ocupadoquatro anos, o bairro São Miguel da Conquista tem hoje cerca de oito mil habitantes, que residem em 1.800 lotes. (O Liberal)

Livre-pensar

E bote grana no ralo!

Entre as cartas marcadas e lançadas ao lixo, há uma indicando quem levará o troféu para São Paulo. (Malos, 03)

De nada servem ciência e religiosidade num mundo de ignóbeis!

Numa sociedade produtora de inimagináveis constructos teóricos-científicos-tecnológicos, onde informações de todos os tipos circulam livremente em conexão global e são acessadas a baixo custo em qualquer casa digital, vivemos um tempo de profunda contradição: “os livros das estantes parecem servir para qualquer coisa, menos para serem lidos!”.
Não, este não é um discurso contra as tecnologias e em defesa da forma secular de sistematização e socialização de conhecimento, escrita à tinta no papel [livros!]. É uma tentativa da defesa do uso sábio das idéias! Tanto livros como computadores são instrumentos que de nada servem se os usuários não possuem capacidade real para manuseá-los na leitura e produção de idéias que levem a tomada de atitudes e ações humanas sensatas, criticas e criativas [a tal racionalidade!] sobre o mundo e na construção de uma sociedade mais justa e com melhores condições de vida para todos [o tal desenvolvimento!].
Da negação dos postulados científicos sobre a crise ecológica à afirmação do progresso sob olhos fechados aos impactos sócio-ambientais, por entre a construção de florestas de eucalipto carvão-em-pé surda aos alertas sobre os perigos da extinção da biodiversidade, diante do descaso geral sobre a expropriação do subsolo para interesse estrangeiro que gera a multiplicação de
sem-terras, sem-teto, sem-empregos, sem-renda, sem-futuro e trabalho escravo... Nesta região são tantos os exemplos das contradições que marcam à chamadaSociedade da Informação e do Estado de Direitos”!
Tantas são que algumas delas parecem inexpressíveis: em Marabá, no núcleo da Cidade Nova, no trevo da Avenida Tocantins com Rua Castelo Branco, sem consultar os moradores, árvores com 20 anos de idade [assim me disse uma moradora] foram derrubadas, trabalhadores do comércio popular e seus carrinhos de lanches desalojados, banquinhos de praça destruídos...
Pra quê?
Para instalar ali um quiosque de biblioteca pública! No trevo em meio ao barulho e a alta circulação de carros!
Sobre o sepulcro das árvores!
Sobre o desrespeito com a população!
Sobre a irresponsabilidade com os trabalhadores informais!
E no mínimo como ato de ignorância sobre as condições de segurança e acesso, logística e ambiente necessário a organização de um espaço de leitura pública! Tudo poderia ser feito em outro lugar, sem tais transtornos, ali mesmo, na esquina do SESI, aproveitando as calçadas largas, combinando o quiosque com a pequena árvore de flores vermelhas que habita e democratizando o acesso aos livros de forma sábia...
Mas talvez fosse pedir demais a inteligência dos que administram o município. São nos pequenos [inexpressíveis] atos que se constata a incapacidade de feitos grandiosos [governança]!
Quando os livros servem apenas de adorno na estante, as folhas caem, as árvores padecem, o povo sofre e, talvez por isso, até mesmo a Bíblia, lida mas não entendida, é tomada à justificativa deinsanidades e incompetências governamentais. Se Deus existe, por favor, nos socorra, Marabá e esta região precisa de uma ajuda extra-humana! (Evandro Medeiros - Professor da UFPA – Campus de Marabá)

Inocentados de novo

Tribunal de Justiça do Estado do Pará levou 17 anos para decidir, por unanimidade, que ação penal movida pela Justiça Pública contra ex-funcionários públicos de Marabá, acusados de improbidade administrativa, não procedia porque eles jamais praticaram o suposto delito pelo qual foram denunciados. “Em se encontrando configurada nos autos a inexistência de conduta criminosa, em face da documentação acostada nas defesas preliminares, rejeita-se a denúncia por crimes de improbidade administrativa”, diz o Tribunal em decisão publicada nesta quinta-feira no Diário da Justiça, edição nº 4701/2010.
A ação remonta a 1994, quando vereadores de oposição ao prefeito eleito Haroldo Costa Bezerra denunciaram ele mesmo e vários servidores por improbidade administrativa. Os acusados foram, além de Haroldo Bezerra, o hoje deputado estadual João Salame Neto; o deputado estadual recentemente eleito Sebastião Miranda Filho; Francisco Arraes Almeida, Salim Moussallem Quadros, Ademir Braz, Lucídio Collinette, Josiane Bogaz Collinette, Mauro André da Silva, Manoel Nogueira, Benedito Mário de Brito, Nilo Costa de Souza, Israel Borges e Luis Henrique de Oliveira.
Aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), à época, a própria Câmara Municipal apurou que a denúncia era infundada e inocentou a todos os acusados. Ainda assim, os denunciantes formularam queixa-crime ao Ministério Público, que iniciou a ação penal ora rejeitada.  quem estude, entre  as vítimas da delação infundada e graciosa, a possibilidade de processar os ex-vereadores por danos morais.   

Eleições 2010


O custo total da campanha dos candidatos nas eleições de 2010, considerando apenas o primeiro turno, chegou a R$ 2,77 bilhões, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O valor equivale à metade de tudo que será gasto em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para a reforma dos aeroportos visando a Copa do Mundo de 2014.
As prestações de contas apresentadas ao TSE apontam gasto médio de R$ 20,41 por eleitor, mas a conta não inclui os candidatos que concorreram no segundo turno à Presidência da República e ao governo de oito Estados e do Distrito Federal.
Os números, no entanto, são maiores do que o divulgado, que a pesquisa não inclui despesas de comitês financeiros e partidos políticos, as chamadas doações ocultas.
E o eleitor? Será que lembra em quem votou?
Outra pesquisa do TSE informa que 23% dos eleitores não sabem para quem deram o voto de deputado estadual e 21,7% também não recordam a escolha para deputado federal. No caso de senador, o esquecimento ficou em torno de 20,6% dos entrevistados. A pesquisa, imaginem, ocorreu entre os dias três e sete de novembro, apenas um mês após o primeiro turno.
Ora, se o sujeito não lembra sequer em quem votou, naturalmente não vai fiscalizar o comportamento do eleito, que estará livre e leve para dar uns jeitinhos de corpo...

Origem da “guerra” no Rio

Serviços de inteligência nacional e do exterior têm informações seguras de que a onda de violência no Rio de Janeiro resultou de um impasse nas negociações financeiras entre policiais corruptos e representantes de chefes de quadrilha. Os bandidos teriam quebrado o pacto de não-agressão porque se recusaram a reajustar a tabela de propinas pagas às autoridades.
A informação é do site montedo.com, queinformações de caserna, e para o qualnão passa de mero ilusionismo a versão do governo Serginho Cabral de que a onda de violência foi provocada pelo Comando Vermelho por causa da implantação de Unidades de Polícia Pacificadora, as famosas UPPs”.
Ainda segundo o informativo, o sociólogo Luiz Eduardo Soares, autor dos livrosElite da Tropa I e II”, descarta a hipótese de que os ataques do narcotráfico ocorreram em resposta à implantação das UPPs.
“Enigmático, acrescenta o site, o ex-secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro governo Lula, adverte que a verdade surgirá ao fim de investigações - que correm em segredo de Justiça. Luiz Eduardo conhece muito bem como funciona a relação entre policiais corruptos e políticos da mesma espécie, porque foi derrubado do governo por este esquema narcopolíticomafioso”.

Saberes da Terra



O Prof. Evandro Medeiros, do campus da Universidade Federal do Pará em Marabá, abordou nesta quinta-feira (02/12) a importância e o significado da Medalha Paulo Freire com que o Ministério da Educação premiou o Programa Saberes da Terra da Amazônia Paraense - 2006 a 2008. Além de Marabá, o programa alcançou também os municípios de Breves, Concórdia do Pará, Igarapé-Miri, Ipixuna do Pará, Juruti, Medicilândia, Moju, Paragominas, Portel, Santa Luzia, S. Sebastião da Boa Vista, Viseu, Uruará e Xinguara, atendendo inicialmente a 760 jovens agricultores. “A premiação é o agraciamento por esta história e atuação da UFPA na Educação do Campo, o reconhecimento de sua liderança, competência  e compromisso como universidade envolvida na construção de uma sociedade mais justa e sustentável no contexto da Amazônia”, disse Medeiros.
A cerimônia de entrega aconteceu no último dia  29 de novembro, em Brasília, durante a  II Semana da Educação de Jovens e Adultos, organizada pelo MEC, Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos e Fóruns de Educação de Jovens e Adultos e estiveram presentes, além de Evandro Medeir5os,  também os professores Romier Souza [Campus de Castanhal/ IFPA], Edinaldo Feitosa  (Diretor Geral do Campus de Castanhal/IFPA), o prefeito de Moju, Iran Lima, e a presidente da Undime no Pará, Sandra Helena Ataíde.
A UFPA desenvolve projetos de Educação do Campo, numa ação integrada com movimentos sociais, desde 1998, através de cursos de graduação (Pedagogia, Agronomia e Letras), cursos de ensino médio (magistério, técnico agropecuário e técnico de saúde), cursos de ensino fundamental e alfabetização, financiados pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (Pronera) e realizados em diversos campis, mobilizando diferentes Faculdades e também o NPI. Além disto, a universidade possui uma licenciatura especifica para formar educadores do campo (Licenciatura Plena em Educação do Campo) e organiza cursos de especializações sobre Educação do Campo em Belém e Marabá.
Tem sido a UFPA juntamente com a Escola Agrotécnica Federal de Castanhal (hoje IFPA), a principal instituição na organização de iniciativas pedagógicas em educação do campo e na mobilização dos debates sobre a necessidade de uma política publica que atenda as demandas de escolarização dos povos do campo, se colocando a UFPA como uma das instituições coordenadoras do Fórum Paraense de Educação do Campo.
Como uma ação constituída a partir de uma rede de parcerias, o Programa teve como coordenadores os professores Jacqueline Serra Freire [ICED/UFPA], Evandro Medeiros [FACED/UFPA Marabá], Evanildo Estumano [ICED/UFPA] e Romier Souza [EAFC/IFPA].
Entre seus vários objetivos, o programa forma jovens agricultores em nível de ensino fundamental, qualificação social e profissional inicial para atuar junto às suas comunidades no que se refere à diversificação das atividades da agricultura familiar; qualificá-los social e ambientalmente, a fim de valorizar e fortalecer o modo de vida do campo e buscar a melhoria da qualidade de vida das famílias camponesas, potencializando assim a pluralidade de seus saberes e dos conhecimentos técnicos e científicos.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Boiolagem emplumada



Baixos níves de mercúrio na dieta de machos da garça ibis branca fazem com que os pássaros se acasalem entre eles --e não com fêmeas. O resultado disso é que os bichos não conseguem se reproduzir.
Esta é a primeira vez que uma substância poluente altera a preferência sexual de um animal.
Muitos produtos químicos podem acentuar comportamentos femininos entre os machos ou reduzir a fertilidade deles, mas ainda assim eles continuam preferindo as fêmeas. Mas este não é o caso do mercúrio.
O mercúrio é extremamente tóxico --especialmente na forma de metilmercúrio-- por coibir a reprodução de aves selvagens. Isso ocorre pela interrupção de seu instintos naturais de gerar filhotes.
Os pesquisadores Pedro Frederico, da Universidade da Flórida (EUA), e Jayasena Nilmini, da Universidade de Peradeniya (Sri Lanka), capturaram 160 jovens íbis branco do sul da Flórida, que foram alimentados com metilmercúrio e monitorados de perto, para descobrir se o mercúrio também afetou o acasalamento.
Ao que tudo indica, não. Em três grupos de pássaros que receberam a dosagem, houve mais machos homossexuais. Os casais de machos fizeram a corte entre eles, construíram ninhos e viveram juntos por várias semanas. Doses mais altas de metilmercúrio aumentaram esse efeito.
Os efeitos do metilmercúrio seriam graves para a perpetuação dos animais alerta o pesquisador. "No pior cenário, a produção de jovens cairia 50%", diz.
Outras aves provavelmente poderiam também ser afetadas pelo mercúrio, embora não está claro de quais espécies. Nãoainda qualquer evidência que o mercúrio tenha o mesmo efeito em seres humanos.
Fonte: Folha.com

Após renunciar, Jader avisa que vai disputar nova eleição

Por Ana Cláudia Barros

A renúncia ao mandato de deputado federal, ocorrida nesta terça-feira (30), mal foi anunciada e Jader Barbalho (PMDB-PA) concentra esforços em outra empreitada: conseguir nova eleição para senador no ParáEm entrevista a Terra Magazine, o parlamentar reiterou que vai lutar na Justiça Eleitoral por novo pleito sob o argumento de que cerca de 60% dos votos foram anulados em razão da Lei da Ficha Limpa.
Vetado pela nova regra, apesar de conseguir abarcar a preferência de 1 milhão e 800 mil eleitores, Barbalho recorreu ao Supremo, que, sem chegar a uma conclusão sobre o caso, resolveu manter a impugnação determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda sem digerir a decisão e com muita indignação acumulada, o ex-parlamentar afirma que a renúncia ao mandato, que se encerraria no dia 2 de fevereiro, foi uma forma de protesto.
- Nãonenhum tribunal civilizado no mundo, onde havendo empate não seja em favor do requerente, do cidadão.  No caso de empate, o requerente é quem tem voto de qualidade.  Eu não tive.  Considero uma forma de protesto (a renúncia).  Não vou continuar deputado federalNão me imagino um cidadão híbrido.  Sou metade elegível, metade inelegível.
Esbanjando confiança e com o sarcasmo sempre em dia, o ex-deputado e quase senador avisa que, na hipótese de uma nova eleição, vai se candidatar:
- E vou ter mais voto do que nessa.  Aliás, para ser ministro do Supremo não precisa ter tanto votoBasta ter um currículo de bacharel em Direito e, depois, amigosAgora, para ser senador da República, é preciso - desafia.
Confira a entrevista.

Em seu site, o senhor argumentou que sua renúncia ao mandato de deputado federal era "por uma questão de princípio".  O senhor pode explicar?

Jader Barbalho - Não posso admitir ser um cidadão híbridoNão posso ser elegível para ser deputado federal e inelegível para ser senador da República.  É uma situação extravaganteDepois de duas eleições para deputado federal, 2002 e 2006, passando pelo crivo da Justiça Eleitoral, sem nenhum obstáculo, sou deputado até o dia 31 de janeiro do ano que vem, porque sou um cidadão elegível.  E, no dia 1º de fevereiro, teria o direito, e acredito que ainda tenha, de exercer o mandato de senador que 1 milhão e 800 mil me concederam.  , não posso ser porque fui considerado inelegível, apesar de que a tal inelegibilidade encerra no dia 31 de janeiroDia 1º de fevereiro, estou elegível, mas não posso assumir o mandato que 1 milhão e 800 mil paraenses e brasileiros me deram.
Sua renúncia foi um protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)?
ClaroEu fiquei esperando a nomeação do novo ministro, que não veioNão ia ser nomeado para desempatarEu perder num empate, você imaginou?  Nãonenhum tribunal civilizado no mundo, onde havendo empate não seja em favor do requerente, do cidadão.  No caso de empate, o requerente é quem tem voto de qualidadeEu não tive.  Considero uma forma de protesto (a renúncia).  Não vou continuar deputado federalNão me imagino um cidadão híbrido.  Sou metade elegível, metade inelegível.
Quais são os seus planos?  O que o senhor pretende fazer?
Estou com recurso na Justiça Eleitoral do meu Estado (Pará) por uma nova eleição, que cerca de 60% dos votos foram considerados nulosMeu 1 milhão e 800 mil e os 1 milhão e 700 do Paulo Rocha (PT).  Não vou aceitarComo vou aceitar?  Vou lutar por uma nova eleição.
Essa será sua principal motivação agora?
ClaroEm uma nova eleição, não tenha dúvida que terei mais votos ainda espero que não seja criada mais uma lei com efeito retroativo, que é outra coisa absurdaEm qualquer país civilizado e organizado, não há irretroatividade de leiElas entram em vigor a partir da data de sua publicação.  Aliás, na primeira semana de qualquer curso de Direito se aprende issoNão precisa chegar ao Supremo Tribunal Federal.
Aqui, sou apanhado por uma renúncia de 10 anos atrás, depois de ter sido eleito duas vezes deputado federal, depois de ter passado pelo crivo da Justiça Eleitoral, sem sofrer nenhuma impugnação.
Então, caso haja nova eleição, o senhor pretende se candidatar.  É isso?
ClaroNão tenha a menor dúvida.  E vou ter mais voto do que nessa.  Aliás, para ser ministro do Supremo não precisa ter tanto votoBasta ter um currículo de bacharel em Direito e, depois, amigosAgora, para ser senador da República, é preciso.  A tal da Lei da Ficha Limpa teria alcançado 1 milhão e 300 mil (número de assinaturas de apoio ao projeto).  E eu não sei como elas foram conseguidas.  Não quero discutir a legitimidade delas.  No meu caso, os eleitores saíram de casa, com carteira de identidade, título de eleitor, assinaram lista de votação, votaram secretamente.  Foram 1 milhão e 800 milEles foram completamente desprezados.
Eu pensei que o voto de qualidade seria meu, mas foi contra o cidadão.  Foi para prestigiar decisão recorrida do tribunal inferiorPaciênciaQue posso eu fazer nesses tempos estranhos? (Fonte: Terra Magazine, 01.12.10)