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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Descaso provoca debandada na saúde


Sem estrutura, médicos vão deixar a prefeitura
Pelo menos sete dos 12 postos de saúde da área urbana de Marabá não estão atendendo desde ontem (16). O motivo da paralisação é a absoluta falta de condições de trabalho para os profissionais de saúde do município. E a situação ainda pode piorar. Cerca de 35 médicos, alguns concursados, já decidiram que vão deixar a prefeitura por causa dessa falta de estrutura.
O desejo coletivo foi manifestado durante duas reuniões realizadas ontem e na quarta-feira. Os médicos se queixam de que, aliado a esse problema, estão os baixos salários e também uma recomendação do Ministério Público, para que eles permaneçam por quatro horas no posto de saúde.
Os médicos Marcos Jová Santos da Silva e Daniel Cardoso de Azevedo deixaram claro que não seria problema nenhum ficar as quatro horas no posto de saúde, desde que houvesse condições mínimas de trabalho e o salário fosse pelo menos perto do piso salarial definido pela federação da categoria. Mas isso não ocorre. Para se ter uma ideia da precariedade da saúde em Marabá, esta semana sete médicos chegaram a registrar ocorrência policial para denunciar a falta de coisas básicas no Hospital Municipal de Marabá (HMM), como soro fisiológico, Buscopan, esparadrapo, morfina e defeito no aparelho de raios x.
O médico Marcos Jová também mostrou ofícios, desde 2011, cobrando material para trabalho tanto no hospital quanto nos postos de saúde, onde a situação é ainda mais precária. A maioria dos pacientes não consegue fazer os exames, o que impede a continuidade do atendimento. médico. Marcos Jová explica que mesmo sem estrutura, caso algum paciente morra sem atendimento, eles poderão responder por omissão, segundo prevê o Código de Ética Médica. Por isso, é melhor deixar o serviço público.
A assessoria de comunicação da Prefeitura que “Com relação aos médicos que estariam dispostos a deixarem seus serviços na rede municipal, até o momento a Secreataria Municipal de Saúde (SMS) não recebeu nenhum comunicado oficial da categoria”. São 130 médicos no município. (Diário do Pará)

Viola no saco

Há quatro meses os alunos de música da Fundação Casa da Cultura estão sem aula por um motivo prosaico: o desprefeito Maurino Magalhães não paga os professores da instituição.
Eita cidade triste!...
E ainda faltam 135 dias para essa desgraceira ter fim!

Jogos de azar não dão sorte

Sorteios do “Carimbó da Sorte”, no Pará, continuam impedidos pela Justiça
Concurso estava vinculado à compra de área da Amazônia que já pertencia ao grupo Aplub, responsável pela loteria

O sorteio da loteria “Carimbó da Sorte”, do Pará, continuará suspenso, decidiu o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) nesta terça, 14. O órgão manteve a medida liminar que paralisou as atividades da loteria, e rejeitou os recursos da Promobem Pará Administração e Prestação de Serviços LTDA, Associação dos Profissionais Liberais do Brasil (Aplub) e da Associação Aplub de Preservação Ambiental (EcoAplub), empresas responsáveis pelos sorteios televisivos em que os jogadores disputavam prêmios por meio de cartelas compradas em bancas de revista e camelôs.
A ação, proposta pelo MPF/PA, narra que a Aplub, em conjunto com a EcoAplub e a Promobem exploraram ilegalmente loteria em Belém e na região metropolitana, com o pretexto de que teriam sido autorizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) a comercializarem plano de pecúlio e/ou seguro de vida ao qual estava associado o sorteio do Carimbó da Sorte.
No entanto, segundo o Ministério Público, as empresas pretendiam mascarar atividades de jogo de azar. A ação afirma que não há vinculação do sorteio a nenhum plano de previdência, e sim a uma suposta arrecadação revertida para a preservação ambiental na Amazônia, que não está prevista no regulamento disponibilizado no site do sorteio nem no verso das cartelas distribuídas.
O procurador regional da República Carlos Frederico Santos acrescenta que “a nobre finalidade ambiental se resume em adquirir uma área da Amazônia que já pertence ao grupo Aplub, reforçando-se, assim, o aspecto ilícito do sorteio, uma vez que os recursos seriam revertidos, em forma de ganho econômico,  para a própria empresa”.
A sentença da Justiça concordou com o pedido do MPF e determinou o cancelamento imediato dos sorteios, sob pena de pagamento de multa no valor de R$ 1 milhão, o que fez as empresas recorrerem ao TRF1.
Em parecer oferecido ao Tribunal, a Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1), órgão do MPF, pediu que a sentença fosse mantida e o recurso, negado. Segundo o órgão, a EcoAplub utilizou-se da autorização da Susep indevidamente, por via transversa, para a prática de jogos de azar”, finaliza Carlos Frederico Santos.
A decisão unânime dos desembargadores da 4ª turma manteve a sentença anterior. Com isso, os sorteios continuam suspensos.

A força da deputada: Pelos poderes de Grayskull!





No blog do Hiroshi Bogéa:
Pressão de Bernadete força DNIT a publicar resultado da licitação de asfaltamento da BR-155


O DNIT vinha embromando a publicação  do resultado do julgamento  das propostas de preços referentes  a Edital 043/12 para pavimentação da BR-155, de Marabá a Redenção. Empurrava com a barriga, sem prestar esclarecimento das razões de tanta demora.
Foi preciso um chega pra lá da deputada estadual Bernadete ten Caten (PT)  junto a Superintendência Regional do DNIT.
Semana passada, Bernadete deu prazo até a próxima quinta-feira, 16,para que o superintendente  David Wilkerson Bessa da Luz publicasse no Diáro Oficial o resultado de certame, sob risco da parlamentar denunciar o órgão junto ao Ministério Público Federal.
Três dias antes de vencimento do prazo concedido pela parlamentar marabaense, o Dnit anunciou a empresa vencedora.
Trata-se da  Guizard Jr. Construtora e Incorporadora Ltda, que abocanhou três ,lotes da rodovia.
Lote 1, no valor de R$ 18.640.195, 48;
Lote 2, valor de R$ 20.008.167,73;
Lote 3, valor de R$ 15.416.082,23.
Passado o prazo aberto para recursos sem que  nenhuma empresa perdedora  tente melar o certame, as obras de pavimentação da BR-155 iniciarão antes de outubro.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O descaso do governo e a extensão da greve

No Parsifal Pontes:


Greve já atinge 370 mil servidores públicos federais

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Iniciadas em julho, as paralisações dos servidores federais incrementaram em agosto e, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), a greve já atinge a Polícia Federal, o Incra, a Anvisa, o Arquivo Nacional, a Receita Federal, os ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça e mais dez agências reguladoras.
> Ideli Salvatti: não é prioridade
Sem saber ao certo como lidar com o movimento sem borrar o pretérito do lulo-petismo, a presidente Dilma navega nas brechas que encontra para debelar o movimento sob a batuta de frases soltas a ermo, por membros do governo: a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti declarou que “a greve não é prioridade para o governo”.
Deveria ser, pois é insosso ao contribuinte pagar 370 mil servidores federais sem que eles estejam prestando os serviços para os quais foram contratados, mormente depois que se percebe que a maioria dos grevistas fazem parte da elite salarial do funcionalismo federal: não é possível afirmar que um salário de R$ 10 mil seja pouco.
> Governo começou a negociar ontem
Depois de quase dois meses, ontem pela manhã (14) a greve passou a ser “prioridade” para o governo: após uma reunião com a presidente Dilma, os órgãos que sofrem o movimento começam a receber os comandos para “conversar”.

Mau gestor desrespeita vivos e mortos

No CORREIO DO TOCANTINS
Funcionários do cemitério sofrem com descaso  


Imagine ter de trabalhar sem qualquer condição oferecida pelo contratador? É assim que os coveiros do Cemitério da Saudade, localizado na Folha 29, estão passando os últimos dias em seu ambiente de trabalho. O transtorno da vida dos dois coveiros, dos vigias e até de quem faz trabalhos particulares nos túmulos do local começa na falta de água para ser empregada no trabalho, em aguar as plantas e até mesmo para utilização do banheiro.

A Reportagem esteve no cemitério na tarde de quinta-feira (9) e apurou que há quatro meses não escorre água nas torneiras do local. Segundo informações de terceiros, seria por falta de pagamento à Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e o atraso seria de 10 anos.
Procurado, o agente administrativo do cemitério, Francisco Rodrigues de Sales, declarou que já enviou documentação para a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos solicitando informações acerca do problema, mas este ainda não foi resolvido. “Estamos levando tudo no jeitinho e contando com a colaboração dos vizinhos que nos fornecem água quando precisamos”, disse Francisco.

Segurança
Na mesma visita foi constatado que os coveiros estavam trabalhando sem qualquer proteção e um deles estava abria uma cova vestindo apenas bermuda e de chinelos. O trabalhador, que pediu para não ser identificado porque é contratado e teme sofrer represália, declarou que não tem uniforme. “A nossa roupa de todo dia é o nosso uniforme e a gente ainda fica com medo porque está trabalhando em área contaminada, sem proteção. Não sei do que a pessoa morreu e se ela pode ter qualquer doença contagiosa”, desconfia.

Pelas informações colhidas no local, as roupas e acessórios foram furtados do quarto onde ficam guardadas, próximo ao portão de entrada, em uma noite na qual o vigia faltou ao trabalho. Os responsáveis pelo furto entraram no cemitério, quebraram o cadeado da construção e levaram os equipamentos.

Outra reclamação do funcionário é em relação às ferramentas de trabalho que, segundo ele, estão em situação de abandono e impróprias para o uso. “Onde o solo é mais duro a gente chega a trabalhar quatro horas abrindo uma cova porque as ferramentas não prestam. Se tivéssemos equipamentos bons trabalharíamos mais depressa e com mais vontade”. Os cavadores, picaretas, pás e enxadas estão todos sucateados e os coveiros frequentemente precisam desmontar e remontar as peças para conseguir algo que ainda sirva. “A gente tira o cabo que ainda está bom de uma, por exemplo, e coloca em outra”, explica.

O agente administrativo confirmou que havia o equipamento de proteção, mas que eles se perderam há aproximadamente dois meses. “Eles tinham uniforme, botas e luvas e eu já fiz a documentação solicitando a reposição desses materiais”, comentou, sem saber ao certo quando eles serão entregues. 

Na quinta-feira, operários começaram a roçar o matagal que estava tomando conta da área. Geralmente esse trabalho é feito apenas uma vez ao ano e chega a tomar os túmulos construídos no local. “Eles costumam limpar só na véspera do Dia de Finados –2 de novembro – mas se anteciparam neste ano. Em uma semana estará tudo limpo”, declarou o agente administrativo.

Contraste social
Caminhando por alguns minutos entre os túmulos fica nítido que mesmo na morte a situação social que existe em vida se reproduz. Não há, por exemplo, uma organização eficaz. Muitos espaços são mal utilizados, já que não há uma separação precisa dos lotes. Percebe-se também que alguns terrenos estão vazios, ou seja, foram comprados antes da morte das pessoas em questão, mas possuem grades em torno, demonstrando o medo dos proprietários em terem seus lotes invadidos. Lembra muito do que acontece em alguns bairros de Marabá.

A disparidade social também fica em evidência e se reflete na morte. Enquanto alguns descansam ostentando grandes túmulos decorados e bem conservados, contando, inclusive, com cercas de proteção e peças em mármore, para outros tudo o que restou ao fim da vida foram as simples covas cobertas por terra e identificadas por uma cruz de madeira.

O espaço no cemitério também começa a se tornar um problema e fica nítido que é cada vez menor a área livre. “Nos cemitérios da Cidade Nova e da Velha Marabá nós não temos mais espaço e aqui ainda há poucos terrenos virgens. Daqui a pouco tempo teremos sério problema com a falta de espaço, mas dizem que existe um projeto para a abertura de uma nova área aqui na Nova Marabá”, declarou o agente. A cultura de sepultamento disseminada no país também contribui para esse panorama. Enquanto muitos países investem na cremação e em túmulos horizontais, no Brasil se mantém a prática de enterrar os cadáveres deitados na vertical. 

A compra de um terreno no cemitério custa atualmente R$ 18 o metro quadrado e só pode ser conseguida mediante a certidão de óbito do morto. Com o documento expedido pelo médico ou Instituto Médico Legal e ir ao cartório retirar a Certidão de Óbito. Com ela carimbada, a pessoa deve procurar ao cemitério onde é emitida outra guia. Dali basta seguir à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e pegar o boleto a ser pago em qualquer agência bancária. Pelo trabalho do coveiro a família não paga nada. 

A Reportagem entrou em contato por telefone com a comunicação social da Semsur ainda na tarde de quinta e enviou as questões por correio eletrônico, mas até à tarde desta sexta-feira (10) não havia recebido a resposta. (Luciana Marschall)

Chacina do Ubá: desculpas resolvem?


 Brasil pede desculpas a familiares de vítimas da chacina da Fazenda Ubá

A União e o Estado do Pará pedirão desculpas a familiares de vítimas de um crime contra trabalhadores rurais, que ficou conhecido como “Chacina da Fazenda Ubá”. A cerimônia para formalização do pedido de desculpas será realizada nesta quinta-feira, 16 de agosto, às 9h, no Assentamento Fazenda Ubá, em São João do Araguaia, sudeste do Pará.
Devem participar da cerimônia representantes do governo federal, estadual e de movimentos sociais ligados à luta pela terra, além de organizações que denunciaram o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH/OEA): a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil), a Comissão Pastoral da Terra e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
O pedido de desculpas é um dos compromissos assumidos pelo Estado Brasileiro no “Acordo de Solução Amistosa”, assinado junto à CIDH em março de 2010. Além desse pedido, o Estado também foi obrigado a indenizar as famílias das vítimas, conceder uma pensão vitalícia e construir um memorial em homenagem à luta pela terra, entre outros compromissos.
“Esse acordo obriga o Estado brasileiro a reconhecer sua responsabilidade internacional por ter violado direitos humanos desses trabalhadores. O pedido de desculpas é um ato simbólico de extrema importância no nosso contexto de luta pela terra, onde ainda hoje os trabalhadores rurais são vítimas de violência e os crimes permanecem impunes”, diz o presidente da SDDH, o advogado Marco Apolo Santana Leão.
Chacina - Em junho de 1985, oito agricultores, entre eles uma mulher grávida, foram mortos por pistoleiros na ocupação da Fazenda Ubá, onde hoje é um assentamento de reforma agrária com o mesmo nome. O julgamento do mandante das mortes, o fazendeiro José Edmundo Vergolino, foi realizado 21 anos após o crime, em dezembro de 2006. Outros dois acusados de participação foram julgados em 2011, à revelia de sua presença, e continuam foragidos.
João Evangelista Vilarina, Francisco Pereira Alves, Januária Ferreira Lima, uma mulher conhecida apenas como Francisca (grávida e que jamais foi identificada) e Luís Carlos Pereira de Sousa foram executados no dia 13 de junho de 1985. Cinco dias depois, os mesmos pistoleiros executaram José Pereira da Silva, Valdemar Alves de Almeida e Nelson Ribeiro. Suas casas foram queimadas e os corpos amarrados e afundados no rio.
Na justiça brasileira, o processo levou 26 anos até o julgamento de todos os réus. Essa demora se deve a longos períodos de completa inatividade processual e prazos abusivos. Pode-se citar, por exemplo, o imenso prazo no qual se deu a fase de alegações finais, que perdurou por 1.280 dias, sendo que o prazo legal seria de 25 dias.
O caso foi denunciado à CIDH em 1999. Na denúncia, a sociedade civil acusava o Estado de violar a Convenção Americana de Direitos Humanos, por não proteger os trabalhadores rurais da violência sistemática de que são vítimas e também pela não prestação jurisdicional adequada, permitindo que a impunidade se estabeleça. A CIDH entendeu como válida a denúncia e em 2010 foi assinado um acordo com os familiares das vítimas da chacina, no qual o Estado reconhece sua responsabilidade.

Produto genuinamente belenense


A Carminha do tecnobrega

Por Milton Cunha - colunista do jornal O Dia:
Joelma, palmo de minissaia e carnes coxudas de fora, defensora dos bons costumes quando à sua religião isto interessa, foi flagrada aconselhando um jovem a deixar de ser gay e parar de ceder seu chimbinha. Assim que a bomba estourou na net, amedrontada pelos reflexos econômicos que a debandada das bichas iria causar em seu cofrinho, a cacheada gema de ovo apressou-se em dizer que adora tais homossexuais, ainda que estes não sejam homens, inclusive seu melhor amigo é um destes (só faltou dizer que cria algumas destas bichinhas em uma jaula confortabilíssima no seu quintal paraense). Nós também adoramos os heterossexuais, Jojô, mas alguns não são humanos e precisam virar gente civilizada urgente, nisto você incluída, filha da floresta.
Bicharada amiga, temos, sim, que virar homens de bom gosto (só devemos gostar de quem nos respeita como diversos) e jamais comprar de novo um ingresso ou um disco sequer da supracitada artista (perdão, mas cantora para mim é Maria Callas, Maria Bethânia e Ivete, não posso perfilar a messiânica nesta constelação). Desta forma, mostraremos para a Assembleiada com quantos paus (ui!) se faz uma canoa.
Já imaginaram um boicote do arco-íris? E se ela não tiver mais dinheiro para o tonalizante, o descolorante e o henê-maru, o que esta mulher vai fazer além de rebolar e gritar Brasil afora? Se esta Chayene de Almeirim está interessada em orgulho aos pais, será que os genitores dela não ensinaram que devemos ser fraternos, generosos, tolerantes? E os filhos dela, como se sentirão com a mãe representante da máxima "melhor filho bandido que filho veado"?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Só faltou nevar no Peba...

No blog do Waldir Silva


Parada Gay reúne centenas de pessoas em Parauapebas

Fotos: Bariloche Silva

Organizada pelo Instituto Abraço à Diversidade (IAD), a Parada Gay de Parauapebas atraiu no último domingo (12) centenas de pessoas para acompanhar a passeata do movimento LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) do Bairro Rio Verde até o Bairro Cidade Nova, onde houve grande concentração de populares para assistir a shows das bandas musicais Legionários, de Parauapebas, e Batidão, de Belém do Pará.
Irreverência e humor marcaram a passeata, que teve início às 18 horas na Praça da Cidadania, no Bairro Rio Verde, percorreu as ruas Rio de Janeiro, N, 16, Rodovia PA-275 até a Praça de Eventos, no Bairro Cidade Nova, culminando com animado show musical, que encerrou na madrugada desta segunda-feira (13).
Ao longo do percurso da caminhada, a pé, em carro, moto ou em trios elétricos, os participantes trajando roupas coloridas ou quase sem roupa chamavam a atenção do público que corria às calçadas para ver a caravana passar. Enquanto algumas pessoas aplaudiam o movimento, outras “torciam o nariz”, como que repudiando o que consideram como “pouca vergonha”, como revelou uma senhora para a reportagem.
Como o próprio nome já diz, a parada era composta de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transexuais (LGBT) e simpatizantes da classe, a maioria trajando roupas em destaque.
Durante o percurso, a organização distribuía preservativo para o público, alertando que a camisinha não era para fazer balão, como insistiam alguns, mas para usar com muita responsabilidade por pessoas adultas. Agentes do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) orientaram a passeata do Rio Verde até o Bairro Cidade Nova.
ATO POLÍTICO
De acordo com Cristina Carmona Leitão, presidente do Instituto Abraço à Diversidade, a Câmara Municipal de Parauapebas será alvo de um ato político a ser feito dentro da programação da Parada Gay deste ano. “Vamos colocar na fachada da Câmara de Vereadores uma bandeira gigante da classe LGBTT, uma demonstração de que estamos presentes", afirmou Cristina Carmona.
Segundo os membros do IAD, a Parada Gay de Parauapebas é muito importante para o movimento, tendo em vista que, através do evento, lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis podem namorar, dançar, conversar e sentir-se livres para viver suas respectivas afetividades “sem reações discriminatórias da sociedade com ares de hipocrisia”.

Cara de pau ilimitada

No Contraponto Marabá:


Governo Jatene vai instalar IML em

 Parauapebas, mas quem paga a conta

 é a prefeitura!

Com o atraso habitual e depois de inúmeros pedidos formulados por autoridades municipais, finalmente o Governo do Pará resolveu atender aos apelos e Parauapebas terá um núcleo avançado do Centro de Perícias Criminais (CPC) "Renato Chaves". A "obra", claro, será de Jatene, mas a prefeitura de Parauapebas pagará a conta. Veja porquê.
É isso que prevê o Termo de Acordo de Cooperação Técnica entre o “Renato Chaves” e a Prefeitura Municipal de Parauapebas aprovado hoje (14) pelo Comitê Integrado de Gestores da Segurança Pública (Cigesp).
Poderão ser feitos no núcleo os procedimentos realizados pelo Instituto Médico Legal (IML), que disponibilizará os serviços de Perícia no Vivo como lesão corporal e crimes sexuais, além de Perícia no Morto, com os trabalhos de necrópsia e remoção cadavérica. Já o Instituto de Criminalística (IC) oferecerá as perícias de local de crime contra a vida, dosagem alcoólica e constatação e definitivo de drogas, para fins de flagrante. Perícias mais específicas, que precisem de análises mais detalhada, continuarão a ser encaminhadas à sede do Centro, em Belém.
Pelos termos do convênio, a Prefeitura de Parauapebas deverá ceder um espaço físico, com estrutura e adaptações necessárias para a realização dos serviços de perícias IC e IML, além de disponibilizar 26 servidores públicos, entre auxiliares de Enfermagem, motoristas, vigilantes, assistentes administrativos, peritos criminais e médicos para a qualificação e capacitação dos técnicos que vão atuar no órgão.
Com os cofres do Parazão cada vez mais vazios, Jatene cria uma espécie de "franquia" com as prefeituras endinheiradas. O Governo do Estado entra com o "treinamento" e o "nome de fantasia"; as prefeituras (só aquelas que podem, é claro) entram com prédio, funcionários e custos de manutenção. Coisa que chegará perto de milhão de reais ao ano.
É o preço que Parauapebas terá que pagar para livrar as famílias dos falecidos da indignidade de ver o de cujus sendo levado de Parauapebas para Marabá, onde o cadáver espera por horas a fio a necropsia, para só então ser liberado para velório e sepultamento.
Quando em dezembro do ano passado mostrávamos o Parazão quebrado, sem recursos e sem vontade para investir na região do Carajás, a turma de Jatene tentava por todos os meios desqualificar os números que exibíamos.
Infelizmente, a cada dia que passa fica mais patente a inviabilidade do Parazão. Sem dinheiro sequer para manter um mísero núcleo do IML, Jatene acaba de inventar o "franchising público". 
Lógico que Jatene incluirá o Núcleo do CPC de Parauapebas entre suas realizações. Deve ser uma delícia fazer aceno com chapéu dos outros! Jatene "faz" a obra, o candidato dele à prefeito de Parauapebas espera capitalizar algum voto com isso e a prefeitura de Parauapebas paga a conta.
Como diria seu Chico, dono do boteco aqui do lado, "muito bonito, isso..."



A falência do ensino médio na rede pública. Pará no meio.


Ideb cai em nove estados no ensino médio

O ensino médio piorou em nove estados brasileiros na comparação com 2009. É o que mostra o Índice deDesenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Os estados que tiveram nota menor que a observada há dois anos são: Acre, Pará, Maranhão, Paraíba, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul. Outros sete estados se mantiveram estáveis, sem qualquer evolução. 
O ministro da educação, Aloizio Mercadante, admitiu que, mesmo os estados que conseguiram boas pontuações na avaliação doensino fundamental, não obtiveram desempenho equivalente no ensino médio. “O ensino médio continua sendo um grandedesafio ao sistema educacional”, afirmou.
A média nacional subiu apenas 0,1% e ficou em 3,7. Nenhuma região superou a meta, sendo que o Sul do país diminuiu o seu índice de 4,1, em 2009, para 4, em 2011. Mercadante justificou odesempenho pífio do país com o “sobrecarregado” currículo escolar desta fase, que tem 13 disciplinas obrigatórias e, em algumas escolas, diz ele, chegam a 19. “Isso não contribui para o aluno focar nas disciplinas tradicionais, como matemática, português e ciências”, diz.
Ele também citou como impeditivos ao crescimento a falta deprofessores com qualificação adequada à matéria que lecionam e o fato de muitos alunos estudarem à noite, já cansados após trabalharem o dia todo. Outros, repetentes, ansiariam por entrarem logo no mercado de trabalho.
Para o ministro, a falta de qualidade do ensino médio poderia ser resolvida com “educação em tempo integral”. “É a granderesposta. A rede vai avançar a medida que o ensino integral avançar”, diz. Ele ponderou, porém, que ainda são necessários estudos sobre os custos que tal medida acarretaria aos cofres públicos.
Diferentemente do ensino fundamental, em que todas as escolas são avaliadas, os dados do ensino médio são feitos por amostragem. Dos 2,2 milhões de estudantes, 70.000 passaram por avaliação.