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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Rondon: projeto de US$ 3,3 bi


A Votorantim Metais (VM) discute com autoridades do Pará a instalação de um megaprojeto em Rondon do Pará. Com investimentos previstos de US$ 3,3 bilhões, o projeto integrado inclui o desenvolvimento de uma mina de bauxita e a construção de uma refinaria para a produção de alumina.
O complexo terá capacidade para extrair e beneficiar, por ano, 7,1 milhões de toneladas de bauxita e 3 milhões de toneladas de alumina a partir de 2016/2017, e deve criar 1.600 empregos num município de 47 mil habitantes.
Se aprovado – a Votorantim ainda não tem licença ambiental -, o projeto será o primeiro do setor de alumínio da empresa na região Norte. Ele faz parte de um amplo planejamento estratégico de expansão da VM, que programou desembolsos de R$ 6,5 bilhões entre 2011 e 2013, e está mais voltado para a área de mineração, pela maior rentabilidade.
A Votorantim será a quarta grande empresa a atuar na mineração da bauxita na região. A Mineração Rio do Norte (MRN), de um consórcio de empresas liderado pela Vale, em Oriximiná, inaugurou a exploração do minério no Estado, seguida da multinacional americana Alcoa, com mina no município de Juriti. A norueguesa Norsk Hydro, por sua vez atua próxima onde será a produção da VM, em Paragominas.
Ao todo, são cerca de 30 milhões de toneladas de bauxita, 6 milhões de toneladas de alumina e 460 mil toneladas de metal primário produzidas no Estado. (Fonte: Valor Econômico)

Sintepp vai à luta


 O sindicato dos professores públicos resolveu chutar o pau da barraca. “Estamos todos no nosso limite. Nosso salário está sendo apropriado pela Prefeitura Municipal de Marabá”, protesta em nota pública
Por conta disso, sua diretoria aprovou em reunião extraordinária a convocação para assembleia geral dia 10 de agosto, na Câmara Municipal, para expressar sua revolta.
Ofícios foram enviados para a Mesa de Negociação Permanente, gabinete do prefeito e do secretário municipal de Educação deixando claro que não vão tolerar mais atrasos no pagamento nem no vale-alimentação.
Outras reivindicações são: 1. regularização imediata do pagamento da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, dos Empréstimos Consignados; 2. pagamento urgente da Unimed, Brasilcard e de todos os convênios de descontos realizados no contracheque dos servidores; 3. fim dos atrasos nos repasses das filiações do Sintepp; 4. não formalização de qualquer tipo de contrato  com a empresa Brasil on line, BGX ou qualquer outra sem antes discutir com o Sintepp as prioridades das escolas.
Alerta o sindicato que lousas digitais não são prioridade nas escolas e, sim, climatização das salas de aula e a instalação de quadros brancos.
“Informamos que todos estes problemas serão denunciados aos Ministério Público Estadual e a Câmara Municipal de Marabá. A Câmara precisa cumprir com o seu dever Constitucional ou perderá a sua necessidade de existência! Durante os quase quatro anos de governo do prefeito Maurino Magalhães, o mesmo recebeu o apoio da maioria dos atuais vereadores. Vamos exigir que todos sejam responsabilizados”, conclui a nota.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Filial do Bataclã

No Terra do Nunca:


"Virgindade" à venda na Praia do Tucunaré

Quando a gente pensa que já viu de tudo, em matéria de repugnância, eis que o ser humano nos apresenta mais uma traquinagem.
Na manhã de segunda-feira, durante divulgação dos resultados de mais uma etapa da Operação Eirene, em Marabá, autoridades da área de segurança pública começaram a destrinchar os crimes flagrados para repórteres de diversas emissoras.
Até aí tudo bem. Mas de repente o inusitado: foi denunciado que o DJ de uma barraca que promove festas à noite na Praia do Tucunaré estaria colocando “à venda” a virgindade de meninas, ainda adolescentes, que freqüentam o ambiente.
Teve gente que riu, gente não acreditou, gente que vomitou, mas não consigo me lembrar de ninguém que tenha ficado indiferente ao assunto.
Onde é que estão os pais ou responsáveis por essas meninas? Em que lugar da infinita highway os caminhos deles se separaram tão irremediavelmente?
Ninguém sabe ao acerto qual é o cerne disso tudo.
O certo é que situações como esta mostram o quanto o ser humano possui uma criatividade quase irrefreável quando o assunto é ferir de morte a dignidade humana.

Cachoeira, o "preso político"...

No Parsifal Pontes:

Plantando vento

Shot010
Além de Cachoeira ter explosões de ódio a cada indeferimento dos seus pedidos de liberdade, uma divergência operacional foi um ponto de discórdia capital entre Carlinhos Cachoeira e a banca de Márcio Thomaz Bastos, que renunciou ontem (31) a defesa do bicheiro.
> Preso político
Conta a colunista da “Folha”, Mônica Bergamo, que Cachoeira insistia que a banca o apresentasse nos tribunais como preso político.
O argumento do “empresário de jogos” é que o seu calvário é protagonizado pelo PT, como vingança por ter sido ele o “pivô do escândalo Waldomiro Diniz", um dos muitos da era Lula. O fato ocorreu em 2004.
> Delírio de cativeiro
Não creio que o PT, enquanto instituição partidária, tenha conspirado dessa forma contra Cachoeira: isso não passa de um delírio provocado pela longa hospedagem em cativeiro.
Mas a jornalista Bergamo reaviva um detalhe já esquecido de muitos: foi Cachoeira o autor da gravação que estourou na imprensa, ondeaparece Waldomiro Diniz pedindo propina ao próprio Cachoeira, dizendo que era para ajudar a campanha do PT e do PSB.
Dizia o meu avô Samuel que não tem como plantar milho e colher melancia, agora se alguém plantar vento corre o sério risco de colher tempestade.

Só Galvão fica...


Torcida do Águia desaparece das arquibancadas

Por Marco Gaiotto, Futnet
Após conquistar  um empate no clássico contra o Paysandu, o Águia de Marabá volta a jogar (sábado, 4) no estádio Zinho de Oliveira contra o Salgueiro/PE, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro da Série C, porém, um problema, entre muitos, vem preocupando os jogadores em campo: a falta da torcida. No último jogo, contra o Guarany/CE, o Águia tinha o mando de campo, e atraiu apenas 811 torcedores.
Para saber os principais motivos do breu visto nas arquibancadas marabense, foram ouvidos os torcedores, jogadores, e dirigentes do clube. Diversos fatores foram reclamados, e até a concorrência com praias locais estão no meio do bolo. Outros problemas são os horários dos jogos, preços dos ingressos, e alguns muitos já perderam a confiança no time.
O volante do time, Analdo, reconhece que o time está devendo para a torcida, mais de um ano sem títulos, e estão cobrando o acesso à série B e o campeonato estadual.
"Estamos todos pedindo a confiança da torcida. Os resultados não vieram, mas o apoio de todos é fundamental", reforçou o volante.

Suspensas obras da UHE Teles Pires


O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) em julgamento nesta quarta, 1, manteve a suspensão das obras da Usina Hidrelétrica de Teles Pires, na divisa entre Pará e Mato Grosso, conforme recomendou parecer do Ministério Público Federal. A decisão, proferida pela totalidade dos desembargadores da 5ª turma ainda determinou a aplicação de multa diária de R$ 100 mil, caso as obras sejam retomadas.
A Justiça Federal do Mato Grosso havia concedido liminar, a pedido do MPF que invalidou a licença de instalação e suspendeu as obras, em especial as detonações de rochas naturais no Salto Sete Quedas, região tida como sagrada pelos índios que lá habitam. Para os procuradores do MPF no MT e no Pará que acompanham o caso, a Companhia Hidrelétrica descumpriu a Constituição Federal, já que não houve autorização prévia do Congresso Nacional para a realização da obra em terras indígenas.
Contra essa decisão, a Companhia Hidrelétrica Teles Pires S/A (CHTP) recorreu ao TRF1, pedindo a derrubada da liminar e a continuidade do empreendimento. O recurso alegava que as comunidades indígenas foram ouvidas e que foram cumpridas todas as condicionantes impostas para a concessão da licença de instalação.
Em parecer enviado ao Tribunal, o Ministério Público Federal pediu a manutenção da sentença e da suspensão das obras, por acreditar que a falta de consulta prévia às comunidades indígenas e a ausência de cuidado em relação ao Salto Sete Quedas mostram que não foram atendidas as recomendações da Funai. Segundo o MPF, a validade da licença do Ibama está condicionada ao cumprimento dessas recomendações. Além disso, alegou que a exploração de recursos hídricos em terras indígenas só podem ser efetivadas com autorização do Congresso, por meio de reuniões e audiências públicas com as comunidades afetadas, o que não ocorreu.
“A realização da obra, nessas condições, causará dano irreversível às comunidades indígenas afetadas pelo empreendimento. Daí a necessidade de sua suspensão até que as condicionantes relacionadas ao componente indígena sejam integralmente cumpridas”, explica o procurador regional da República Antônio Carlos Bigonha.
Ao analisar o processo, o relator, desembargador federal Souza Prudente, destacou que a decisão proferida pelo Juízo de primeiro grau não merece ser reformada. A 5ª Turma, por unanimidade, seguiu o voto do relator e manteve a decisão que suspende a licença de construção da usina e determina a imediata paralisação da obra.

Verdadeira mamata

Deu n'O Mocorongo:
Deputados querem trabalhar só 2 dias no mês para
participar de campanha

Os deputados voltaram ao trabalho ontem e a primeira missão pós recesso será decidir sobre a redução ainda maior das sessões sob a justificativa de que precisam atuar nas campanhas eleitorais municipais. Uma das propostas já posta na mesa é limitar os encontros em plenário a uma vez a cada quinze dias. Apesar da jornada de dois dias mensais, eles continuariam recebendo os mesmos vencimentos.

O presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Manoel Pioneiro (PSDB), anunciou ontem que tratará do assunto com as lideranças dos 17 partidos com assento no legislativo após a sessão da próxima terça-feira. Ele disse a jornada será definida pela maioria.

Uma das propostas já manifestadas a Pioneiro partiu da deputada Bernadet ten Caten (PT). Ela sugeriu que as sessões passem a ser quinzenais. A parlamentar não é candidata, mas seus deslocamentos para Marabá são constantes por causa da campanha de seu marido, Luiz Carlos Pies, candidato a prefeito de Marabá. Outra proposta é eliminar as sessões de terça-feira para que, durante o segundo semestre, os deputados só sejam obrigados a comparecer ao plenário às quartas. Pioneiro disse achar a redução desnecessária, mas justificou que há um apelo de outros deputados. "Eles acham que eu estou muito próximo de Ananindeua, mas tem uns que estão mais distantes", disse sobre os apelos se sustentarem no fato dele ser candidato pela cidade vizinha a Belém, enquanto outros disputam prefeituras em municípios distantes da capital paraense.

Dos 41 deputados, nove são candidatos a prefeito, sendo dois à prefeitura de Belém, três à de Ananindeua, dois à de Marabá, um à de Castanhal e um à de Santarém. Os demais apenas apoiam aliados, comportamento que, na avaliação de Pioneiro, é natural porque todos vivem de eleições. "A política não ocorre só de quatro em quatro anos", frisou. Atualmente, os deputados eleitos para a tarefa parlamentar só precisam comparecer às sessões de terças e quartas-feiras, entre as 9h e as 13h. Esse regime é permitido pelo Regimento Interno da Alepa, mas apenas como excepcional para os anos de eleições. Um acordo de lideranças já fez com que ele se tornasse regra. Ontem, a primeira sessão do semestre e única desta semana reuniu 20 dos 41 deputados.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eleitor de Canaã é do bem


Pesquisa encomendada pelo jornal O Pioneiro, a primeira depois do registro das candidaturas, a prefeito de Canaã dos Carajás, apontou que 74% dos entrevistados não votariam em candidato que foi contra a criação do Estado do Carajás.

Suspensa duplicação da Estrada de Ferro Carajás


Uma decisão histórica interrompe o maior dos investimentos da Vale. O juiz federal reconheceu que o licenciamento da duplicação dos trilhos é ilegal e que todo o processo tem que ser refeito, consultando inclusive em audiência pública todos o 27 municípios impactados. Decisão em anexo.
Na tarde de sexta-feira 27 de julho, dezenas de comunidades impactadas pela mineração comemoraram a imediata suspensão das obras de duplicação da Estrada de Ferro Carajás. Representantes dos estados do Maranhão e Pará participavam do IV Encontro Regional dos Atingidos pela mineração, quando receberam a notícia de que o Poder Judiciário determinou a suspensão da duplicação da EFC.
A decisão foi tomada pelo juiz Ricardo Felipe Rodrigues Macieira, da 8ª Vara Federal, em São Luís (MA). A Ação Civil Pública foi movida pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e pelo Centro de Cultura Negra do Maranhão.
O processo de duplicação da estrada de ferro já havia sido autorizado pelo IBAMA de maneira ilegal, em um processo de licenciamento simplificado, desrespeitando as regras básicas de licenciamento, e deixando de levar em conta os interesses de mais de 100 comunidades que vivem nos 27 municípios recortados pela ferrovia.
De acordo com Igor Almeida, advogado da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, a iniciativa surgiu da parceria entre a Sociedade Maranhense, o Centro de Cultura Negra do Maranhão e o Conselho Indigenista Missionário em articulação com a Rede Justiça nos Trilhos.
“Essas instituições entraram com uma ação pública contra a Vale e o IBAMA para suspender todo o processo de duplicação da EFC que estava acontecendo de forma ilegal, sem o conhecimento das comunidades atingidas pela e sem a realização de audiências públicas. Esta é uma ação muito importante que fortalece a luta das comunidades na defesa do cumprimento das leis ambientais. O Juiz acatou todos os pedidos que foram feitos e até que empresa recorra, o andamento do processo de duplicação da Estrada de Ferro Carajás está proibido”, enfatizou.
Segundo Sislene Silva, membro do Grupo de Estudos, Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA-UFMA), o resultado desta ação “é um reconhecimento daquilo que as comunidades já vinham falando sobre a forma de atuação da empresa Vale que causa inúmeros danos e prejuízos. A Justiça Federal está escutando a voz das comunidades que durante muito tempo denunciavam os impactos da EFC e já apontavam os impactos que serão acentuados caso a duplicação tenha continuidade”, relata.
A decisão judicial garante a proibição de qualquer atividade que possa dar continuidade à duplicação da Estrada de Ferro Carajás. “Determino a realização de estudos de impactos ambiental com a análise detalhada de todas as comunidades existentes ao longo da estrada de ferro”, relata o documento.
A ação estabelece à empresa Vale e ao IBAMA que sejam cumpridas todas as exigências necessárias para a construção de um grande empreendimento como é a duplicação e que este não seja tratado como um processo simplificado. (Justiça nos Trilhos)