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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Escravos na Agropecuária Santa Bárbara

Antes não tinha? Agora tem!Foto meramente  ilustrativa

Fazenda com escravos é controlada por família de Daniel Dantas
Cinco pessoas, incluindo um adolescente, foram resgatadas em área isolada em condições degradantes. Documento comprova ligação de irmã e ex-cunhado de banqueiro com Agropecuária Santa Bárbara.
A irmã do banqueiro Daniel Dantas, Verônica Dantas, seu ex-cunhado, Carlos Bernardo Torres Rodenburg, e o ex-diretor do Grupo Opportunity, Rodrigo Otávio de Paula, são os responsáveis pela fazenda onde foram libertadas 5 pessoas em situação análoga à de escravos no Pará. Entre os resgatados estava um adolescente de 16 anos que construía cercas manuseando instrumentos cortantes, tarefa que consta na lista de piores formas de trabalho infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A libertação foi realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Polícia Rodoviária Federal em fevereiro deste ano. A participação dos três na direção da Agropecuária Santa Bárbara, empresa que administra terras na região, foi confirmada em documento protocolado por advogados do grupo no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, em 28 de março, após exigência da Justiça.
O flagrante da exploração dos trabalhadores e das condições degradante a qual eles eram submetidos foi documentado com fotos e depoimentos colhidos na ocasião pelas autoridades. Apesar de concordarem em pagar as indenizações relativas ao dano provocado aos trabalhadores, os advogados e representantes da Santa Bárbara fizeram questão de classificar o pagamento como “a título de liberalidade”, recusando-se a receber a denúncia de trabalho escravo e tentando desqualificar o resgate.
Para a coordenadora da fiscalização, a auditora fiscal Márcia Albernas de Miranda, trata-se de uma estratégia para evitar que o grupo Santa Bárbara entre para o cadastro de empresas flagradas com trabalho escravo, a Lista Suja, e sofra restrições comerciais de compradores que fazem parte do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. A JBS-Friboi, que costuma comprar gado na região, é integrante do acordo de combate ao trabalho escravo e teria que cortar relações com o grupo se este for incluído na relação, por exemplo.
Condições degradantes
 “A operação foi filmada e gravada do início ao fim. Não adianta eles quererem dizer que não era trabalho escravo. Os trabalhadores estavam presos àquela situação, não tinham condição de sair de lá, estavam a muitos quilômetros de distância da cidade mais próxima, que é São Félix do Xingu (PA). E, nessa época, com estradas intransitáveis, eles não tinham a menor possibilidade de sair do local”, afirma o procurador do Trabalho José Manoel Machado, que participou da fiscalização. “Além disso, estavam submetidos a condições que atentavam contra a dignidade humana. Eles viviam em moradia coletiva, sendo que um dos casais tinha uma criança de dois anos e nove meses exposta a estas mesmas condições. Eram barracos de madeira sem a menor proteção”, completa.
A moradia coletiva era constituída de apenas três cômodos, nos quais habitavam dois casais e mais três trabalhadores. As autoridades tiveram o cuidado de incluir entre os resgatados apenas os que efetivamente trabalhavam, e não todos os que habitavam o local. A habitação era feita de madeira retirada da mata virgem sem nenhum tratamento ou vedação, com presença constante de insetos, inclusive peçonhentos. O local não dispunha de instalações sanitárias e a água utilizada pelo grupo era a mesma consumida pelo gado na região.
O adolescente resgatado trabalhava como ajudante de cerqueiro, manuseando instrumentos cortantes, e também auxiliando na entrega de marmitas em frentes de trabalho de moto. Quando foi encontrado pela fiscalização, ele portava uma espingarda calibre 20, que utilizava para se proteger dos animais da região. Segundo as autoridades, em depoimento, um dos resgatados relatou que a administração da fazenda sabia que o adolescente trabalhava, e que, em certa ocasião, ao passar dando um rasante com um avião em uma das áreas em que era levantada uma cerca, um gerente não só viu o rapaz cavando e erguendo toras, como, mais tarde, questionou os demais se “só ele trabalhava”.
Com exceção do adolescente, todos os resgatados eram registrados pela empresa. A equipe de fiscalização visitou também outras frentes de trabalho e encontrou problemas, mas não trabalho escravo. Em comunicado, os representantes da Santa Bárbara questionam a denúncia e, como estratégia para desqualificar a libertação, afirmam ter declarações públicas registradas em cartório dos resgatados negando o que foi dito nos depoimentos.
O empreendimento
Estima-se que o conjunto de fazendas administrado pela Agropecuária Santa Bárbara na região envolva cerca de 100 mil cabeças de gado espalhadas por cerca de 500 mil km², uma área maior do que a de municípios como Porto Alegre (RS), por exemplo. A pecuária extensiva conta com ampla infraestrutura, incluindo pistas de pouso e postos de gasolina dentro das fazendas. “O empreendimento tem envergadura, dinamismo. A situação que encontramos não era aquela em que o proprietário vive em precariedade tanto quanto os outros trabalhadores. Na sede da fazenda, os administradores e veterinários vivem bem”, afirma o procurador José Manoel.
Ele conta que foi difícil mensurar o terreno, bem como identificar os reais proprietários. Tanto o MPT quanto o MTE reclamam da falta de informações precisas sobre o tamanho e o controle da empresa. Ao formalizar a denúncia de trabalho escravo, as autoridades consideraram os três diretores como os possíveis responsáveis, utilizaram como base documentos reunidos no processo aberto pelo Ministério Público Federal referente ao desmatamento de 51 mil hectares de Floresta Amazônica.
A participação do banqueiro Daniel Dantas não é direta no empreendimento e nem clara, mas a Justiça já considerou, anteriormente, sua ligação com as terras. Em julho de 2009, 27 fazendas na região foram confiscadas no processo decorrente da Operação Satiagraha, que resultou no seu indiciamento, de sua irmã Verônica, do diretor Carlos e de mais 9 pessoas. A família obteve decisões favoráveis na Justiça e conseguiu reaver as propriedades.
A confusão sobre a posse não é de hoje. Segundo denúncia de 2008, o conjunto de fazendas controlado pela Santa Bárbara é formado por áreas que eram públicas e estavam cedidas para a família Mutran para colonização e extrativismo. Elas não poderiam ser vendidas sem autorização do Governo do Pará, que chegou a reclamar sua retomada, mas agora negocia a cessão definitiva. O valor pedido levou a Comissão Pastoral da Terra a denunciar a operação, afirmando que terras públicas estavam sendo vendidas a preço de “banana”.
Responsabilização civil e criminal
A exigência de que os responsáveis pela administração da Santa Bárbara fossem identificados foi feita pelo juiz Abeidar dos Santos Soares Júnior após a primeira audiência entre representantes da empresa e o MPT em 22 de março. No documento protocolado em 28 de março, apesar de indicar os diretores responsáveis, os advogados não especificaram quem são os reais proprietários da Agropecuária Santa Bárbara.
Questionada sobre a posse da fazenda pela Repórter Brasil, a assessoria de imprensa do grupo limitou-se a informar que a Agropecuária Santa Bárbara pertence à “Araucária Participações S/A e Alcobaça Consultoria e Participações Ltda”. Sobre quem está por trás dos dois fundos, a assessoria informa apenas que eles “reúnem investidores pessoas físicas e jurídicas”, cujos nomes “não estão disponíveis”. A assessoria confirma que “acionistas do Opportunity têm participação” e que Carlos Rodenburg é um dos acionistas, além de diretor-presidente.
A confirmação é importante porque, além de serem responsabilizados na esfera administrativa, os culpados pela situação encontrada podem também responder criminalmente. Trabalho escravo é crime previsto no artigo 149 do Código Penal e pode resultar em cadeia, com agravante quando a exploração envolve adolescentes.
O processo criminal depende do Ministério Público Federal que, até o momento, não recebeu os autos relativos ao flagrante. O MTE, que deve fazer a comunicação, diz que isso acontecerá em breve. O processo na Justiça do Trabalho terá andamento em nova audiência marcada para 10 de maio. Na primeira, de acordo com Bruna Bonfante, a procuradora do Trabalho de Marabá, que ficou responsável pelo andamento do processo, os representantes da Santa Bárbara apresentaram 81 laudas de contestação e um calhamaço de documentos, além de tentarem desmerecer de todas as formas o trabalho da equipe móvel.(Por: Daniel Santini, Repórter Brasil)

Os parlamentares do Pará e a Vale

No Parsifal Pontes

Sopa de pedras

sopa
O Planalto continua seguindo o script de “enrolar” os parlamentares que, com razão, pressionam o Governo Federal pela continuidade das obras da Hidrovia Araguaia-Tocantins, mais especificamente, mas não é somente isto, o derrocamento do Pedral do Lourenço.
Mas o Governo precisa combinar o prato para que todos cozinhem as mesmas desculpas, ou a comida azeda.
> Desencontros
Quando o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), mês passado, saiu do gabinete da Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, dando tiros de confete (ele acreditou mesmo nela...) a conversa era uma.
Ontem (11) a bancada federal do Pará ouviu do Ministro dos Transportes, Paulo Passos, que o projeto executivo da obra já estava em andamento.
Os jornais de hoje (12) fazem chamadas anunciado que a Vale irá contratar o projeto executivo do derrocamento (por um valor de R$ 9 milhões: isto é muito e tem empresa que faz por menos, mas a Vale é rica e pode pagar 90).
Ou os jornais estão cozinhando pedra ou o Ministro Passos pedras cozinha, ou ambos estão na beira do fogão, pois se o projeto executivo já está em andamento como é que a Vale ainda vai contratá-lo?
> O fato
Volto a minha previdência: seja quem for que faça o projeto executivo, seja quem for que faça a obra, se quisermos vê-la em 2014, que a nossa gloriosa bancada federal se vire para colocá-la no Orçamento Geral de 2013 e cuide para que o valor não seja contingenciado.
Neste ínterim, não há problema algum em ir bebendo cafezinhos com toda a Esplanada dos Ministérios, para que eles não se esqueçam das pedras.
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É por causa de coisas assim, enrolações como essa, que está causando surtos de riso a história de que no encontro com a Vale, no Rio de Janeiro na quarta-feira, os parlamentares do Pará vetaram a proposta da mineradora de escoar o aço da Alpa por ferrovia até o Maranhão.
Quem disse que os políticos paraenses possuem alguma ascendência sobre a Vale?
Quem disse que alguém manda na Vale? 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Começa a corrida rumo à Câmara Municipal



Corrupção tira aliado de Jader do Incra em Santarém

Clonado do Manoel Dutra:





Francisco Carneiro (foto) foi exonerado ontem do cargo de superintendente do órgão em Santarém, no Pará, que tem sido alvo de denúncias de corrupção

O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lacerda, exonerou nesta terça-feira, 10, o superintendente regional do INCRA em Santarém (PA), Francisco dos Santos Carneiro (foto). A resolução, publicada no Diário Oficial, não explica a razão do afastamento do executivo, indicado pelo PMDB. Segundo assessores da instituição, a decisão está ligada a denúncias de corrupção.
Carneiro ficou no cargo apenas sete meses. Sua demissão contraria frontalmente o grupo político do senador Jader Barbalho (PMDB), que controla a superintendência de Santarém. Após uma longa disputa por cargos de segundo escalão no Pará, onde operam três superintendências do Incra, o PT ficou com poderes sobre as regionais de Belém e Marabá, cabendo ao PMDB as cadeira de Santarém - que cobre todo o oeste do Estado.
A superintendência, que será temporariamente dirigida pelo servidor Hugo Lima, tem sido alvo de constantes denúncias de irregularidades. A que derrubou Carneiro envolve desvio de verbas para instalação de trabalhadores nos assentamentos. (Roldão Arruda, O Estado de S.Paulo)

Novas buscas e apreensões na Alepa

No Parsifal Pontes, ontem (10/04):


Operação Fukushima

fukus
O Ministério Público Estadual deflagrou no raiar desta manhã (10) a “Operação Fukushima”, nomenclatura referente ao acidente na usina de Fukushima, no Japão, causado pelo tsunami que abalou aquele país em 11.03.2011.
> Desdobramento de investigações iniciadas há 1 ano
O tsunami preparado pelo MPE é um desdobro da operação similar ocorrida há um ano (19.04.2011) quando se fizeram buscas e apreensões e prisões para apurar fraudes ocorridas na Alepa.
Desde ali se reviraram as entranhas do Poder Legislativo: o MPE vasculhou sob todos os tapetes da Casa e arredou todos os móveis para varrer a poeira.
> Apuração de fraudes em convênios
A operação de hoje, efetivada por 10 promotores, 9 delegados e mais de 20 policiais, cumpriram determinação judicial de busca e apreensão de documentos e equipamentos nas sedes da “Associação dos Moradores do Bairro do Guamá”, do “Movimento Voluntário Fé para Mudar”, da “A Mão Amiga” e da “Associação Beneficiente Pará em Ação”.
Cumpriram-se 4 mandados de prisão temporária: Gilberto Silva e Karla Marques, contadores; Silvana Silva, chefe de gabinete do Deputado Pastor Divino (PRB) e Maria Nascimento, servidora lotada no gabinete do Pastor Divino. Todos, segundo o MPE, diretamente envolvidos nas fraudes relativas a convênios firmados pela Alepa.
Segundo o MPE a operação culmina “investigações em mais de 50 convênios firmados pela Alepa na gestão do ex-deputado Domingos Juvenil, que atingiram o montante de mais de R$19 milhões.”.
Declara o MPE que os convênios tiveram a sua execução fraudada. Afirma ainda o promotor de Justiça Nelson Medrado que “a Alepa não pode fazer convênio. Não é o objeto da instituição fazer trabalho de assistência social”.
> Convênios seriam simples transferência do erário ao privado
Tenho reservas com as contratações de convênios feitas entre a Alepa e entidades civis. Fico à vontade para comentar o assunto porque jamais fiz, ou pleiteei, qualquer convênio à Mesa. Todavia, não é assunto conclusivo que o Poder Legislativo não possa contratar convênios com entidades civis e não é esta formalidade, a meu ver, o objeto das investigações do MPE.
O que o MPE apura é a execução dos convênios contratados, onde, segundo se declara, ocorreram fraudes ao erário. Os recursos repassados não cumpriram a finalidade descrita no termo: os convênios, por suposto, se prestavam a repasses criminosos do erário para o particular.
> Serviços de cunho social é prerrogativa do Legislativo
A Alepa pode fazer trabalhos de cunho social com recursos de sua ordenação: esta é uma das suas finalidades essenciais. Em tendo alguns se havido desta finalidade para praticar delitos, que se apurem as condutas e se identifiquem os culpados.
Não é possível, todavia, retirar do mandato as prerrogativas parlamentares a ele adstritas, em função de condutas delituosas específicas e individuais por alguns praticadas.
Foto: O Liberal

Acaba o mandato dos deputados e a Alepa não vai a julgamento

Outra do blog de Florenzano:


Cadê os resultados?


No próximo dia 19 vai fazer um ano que estourou o escândalo de corrupção na Alepa, com prejuízo aos cofres públicos que passa dos R$ 100 milhões. 

Os promotores de justiça Nelson Medrado e Arnaldo Azevedo já examinaram milhares de documentos, ajuizaram 16 ações civis e criminais, envolvendo 68 pessoas, de funcionários a ex-presidentes,laranjas, empresários e parlamentares. Mas alguns dos processos até hoje nem foram movimentados no TJE-PA, porque vários juízes alegaram suspeição para julgar o feito. O TCE-PA, que aprovou todas as contas, até agora nem tchuns sobre a auditoria.

Agora, o MPE lança luz sobre o buraco negro de convênios firmados pelo Legislativo com entidades assistenciais. Vem chumbo grosso aí. 

O presidente da Alepa, deputado Manoel Pioneiro(PSDB), conserta o avião em pleno voo. Tem se desdobrado para atender todas as solicitações do MP e manter a Casa funcionando tanto na parte administrativa quando legislativa. Atua pessoalmente para garantir quorum nas sessões plenárias e até nas reuniões das Comissões de Constituição e Justiça e de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

As federais e federalizadas da região de Carajás não têm importância...

No blog da Franssinete Florenzano:



Rodovias do Pará em debate


Amanhã a Alepa realiza sessão especial para debater a situação da malha rodoviária do Pará. Foram convidados o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o diretor geral do Dnit, Ernesto Pinto Fraxe, o superintendente regional do Dnit, João Cláudio Cordeiro, o secretário especial de Infraestrutura e Logística do Pará, Sérgio Leão, e o secretário de Transportes, Eduardo Carneiro.

A iniciativa é dos deputados Aírton Faleiro e Zé Maria (PT). Em pauta, a precariedade da PA-167 (da Transamazônica a Senador José Porfírio), PA-415 (Altamira/Vitória do Xingu), PA-151 (entre Igarapé Miri e o rio Meruú); Transgarimpeira (do distrito de Morais Almeida, em Itaituba, a garimpos da área), Transfordlândia (Aveiro/Rurópolis) e Transuruará (Uruará/Santarém), além da PA-254, que interliga dez municípios da Calha Norte, e que nunca foi asfaltada. Aliás, sempre digo que quem cumprir essa promessa, que foi feita por 10 entre 10 políticos nas últimas três décadas, vai ser endeusado na região. E diante da dívida histórica do governo federal para com o Pará, não custa nada financiar a obra, fundamental e estratégica, tanto pela logística de transportes que permitiria o escoamento da produção e surgimento do outros negócios,  quanto pela garantia constitucional do direito de ir e vir da população.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Prefeita de São João vai a júri popular

No Liberal on line
Prefeita vai a júri popular por homicídio culposo
ATROPELAMENTO
TJE acata denúncia do Ministério Público contra Marlene Correa Martins
As Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça do Pará (TJE) decidiram, ontem, receber a ação penal proposta pelo Ministério Público do Estado contra a prefeita de São João do Araguaia, Marlene Corrêa Martins (PMDB). Ela é acusada de ter atropelado uma pessoa em Belém, em 2006, e não ter prestado socorro. A partir do recebimento da denúncia, dará início à ação de julgamento contra a prefeita.
Marlene Martins responderá pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, sem prestar socorro à vítima. A ação começou a tramitar na Justiça comum, porém, como em 2009 a acusada tomou posse como prefeita de São João do Araguaia, o caso foi reencaminhado para segunda instância por conta do foro privilegiado propiciado pelo cargo.
De acordo com os autos, no dia 2 de março de 2006, um carro trafegava em marcha ré, na contramão e em alta velocidade quando atingiu Sandra Maria de Pereira Furtado, na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira. A vítima morreu posteriormente em um hospital. Testemunhas que estavam no local do acidente anotaram a placa do veículo e as características do carro, que depois foi identificado como de propriedade de Marlene.
Em sua defesa, Marlene Martins alegou que houve um equívoco por parte das testemunhas ao anotar a placa do carro e garantiu que há muitos anos não dirige. Disse também que mora em Conceição do Araguaia e que vinha muito pouco à capital.
Ontem, entretanto, o desembargador Milton Nobre, relator do processo, rechaçou os argumentos ponderando que a alegação de que não morava na cidade, não assegurava que ela não estivesse no local no dia do crime. Além disso, ele disse que os depoimentos das testemunhas ouvidas foram fortes no que diz respeito às características do veículo e a placa. "Não tenho dúvidas de que há indícios suficientes para que pelo menos se receba a ação penal para auferir a culpabilidade da prefeita neste episódio", justifica.
O voto foi seguido por unanimidade pelos demais integrantes das Câmaras Criminais Reunidas.
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Não conheço dona Marlene Martins nem tenho procuração para defendê-la. Mas acho que há equívoco do Ministério Público, do Tribunal, e da reportagem. Dessa última, ao menos quando afirma-se que Marlene Martins reside em Conceição do Araguaia. 

PLIP quer apoio de 1,4 milhão de pessoas

No blog do Patrick Roberto:


A luta pela redivisão territorial do Pará, com a criação dos estados do Carajás e do Tapajós, a partir do desmembramento das porções sul e sudeste e oeste do Estado acaba de ser oficialmente retomada com uma iniciativa que vem dando o que falar, mas que pode chegar com força e representatividade ao Congresso Nacional. Baseado no exemplo da Lei da Ficha Limpa, o movimento emancipacionista quer apresentar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) propondo esse desmembramento.
A população pode participar da elaboração de leis através dos PLIPs. Eles consistem na apresentação de um abaixo-assinado à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. No caso dos dias atuais, são necessários 1,4 milhão de assinaturas.
Esse tipo de projeto segue a mesma tramitação no Congresso Nacional que os projetos de iniciativa de um parlamentar. São submetidos à aprovação dos deputados, senadores e do Presidente da República como todos os outros projetos de lei. Os projetos de iniciativa popular são regulamentados pela Lei 9709/98, que também rege os plebiscitos e referendos. Estes dois são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre assuntos de grande relevância de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
A diferença entre eles é que o plebiscito é convocado com antecedência a um ato legislativo ou administrativo, deixando a cargo da população a decisão sobre o rumo que o assunto tomará, enquanto o referendo é um instrumento que vem depois do ato, cumprindo ao povo ratificar ou rejeitar a decisão.
Lista
No último dia 8 de abril entrou no ar o principal instrumento para a divulgação da iniciativa, o site carajasetapajos.com.br, também acessado pelo endereço tapajosecarajas.com.br. Lá, qualquer pessoa pode baixar livremente uma cópia do formulário da lista e imprimir para ajudar a recolher as assinaturas em sua comunidade, cidade ou estado. É o que explica o grupo Carajás e Tapajós Vivos!, principal entusiasta da campanha, após mobilização iniciada na internet, por meio de redes sociais como o Facebook.
O jurista Marcos Pimenta explica que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular objetiva o desmembramento do Estado Pará em três, com a consequente criação dos estados do Carajás e Tapajós, com a confirmação pela população diretamente interessada, na visão dele a população da área que pretende se desmembrar ou emancipanda. Para tanto, ele recorrer ao art. 18, § 3º da Constituição Federal, em conformidade com o anteprojeto constitucional Afonso Arinos,prevista no artigo 7º da Lei nº 9.709/96.
Participação
Em resposta ao questionamento sobre como participar, o site explica ao usuário que a campanha é livre a todos que acreditam na causa, os quais acessam o site e imprimem a lista em uma folha em branco. “É fundamental o cuidado para que todos os campos sejam preenchidos corretamente, sob pena de invalidar a assinatura da pessoa que estiver assinando”, ensina.
A partir da impressão da lista e da coleta de assinaturas nas listas, as mesmas são recolhidas em postos que estão listados no próprio site ou enviadas pelo Correio à Caixa Postal nº 173 - CEP: 68.508-970 - Marabá - PA .
O texto da nota de abertura do PLIP diz que os abaixo-assinados também nomeiam e constituem como seus advogados os causídicos Marcos Pimenta Rocha, e Cláudia Chini, com os poderes específicos constante do artigo 38 do CPC, exclusivamente para o fim da proposta de Lei.
A última iniciativa dessa monta e que teve sucesso foi a que originou a “Lei da Ficha Limpa”. No caso do PLIP do Carajás e Tapajós a opção é por assinaturas presenciais, sem o recurso da assinatura eletrônica, para não deixar brechas a contestações. Seus idealizadores confiam que a força do clamor exposto pelos cidadãos que assinarem tornarão o projeto de lei muito forte no Congresso, frente aos parlamentares.
Plebiscito
Em dezembro de 2011, por autorização do Congresso Nacional, após longa batalha naquele poder legislativo, o Pará foi o primeiro Estado da federação a ouvir a sua população em plebiscito sobre a redivisão territorial. No caso do Carajás 2.363.561 votos (66,6% do total) foram contra a criação, enquanto 1.185.546 votos (33,4%) foram a favor. Já quanto ao Tapajós, houve 2.344.654 votos (66,1%) contra e 1.203.574 votos (33,9%), a favor da proposta. 1.246.646(25,7%) dos eleitores não compareceram às urnas.

Os entraves da Alpa em Marabá

Na reunião prevista para a tarde de hoje, no Rio de Janeiro, entre parlamentares paraenses e representantes da Aços Laminados do Pará (Alpa), é provável que a Vale os informe de que está investindo, este ano, US$ 150 milhões na continuidade das obras – emperradas pela indefinição em torno do lote 11, onde há concessão do DNPM para exploração de uma fonte de água mineral – e no estudo de alternativa ferroviária para o escoamento da produção via porto de Itaqui (MA).
É que a meta da mineradora de construir três usinas no país até 2014 – negócios de US$ 9 bilhões em unidades de aço no Ceará, Pará e Espírito Santo – vem sofrendo revezes e atrasos. Até agora, apenas a unidade do Nordeste está saindo do papel.
Segundo o jornal Valor Econômico de segunda-feira (9), “no projeto de aços longos no Pará, a construção esbarra na ausência de soluções logísticas, o que teria impedido a inclusão da empreitada no orçamento da companhia para este ano. Apesar dos entraves na usina paraense, Corbellini assegurou a continuidade das obras. Ao contrário da previsão feita para usina a ser instalada no sul capixaba.”
Apenas a usina de Pecém (CE), entre as três siderúrgicas planejadas pela Vale, está avançando, reitera o Valor Econômico. A Companhia Siderúrgica de Pecém firmou um contrato de US$ 4,4 bilhões com a Posco Engineering Construction, braço de construção pesada da Posco, o que tornou o projeto "equacionado", segundo o diretor global da Vale para a área siderúrgica, Aristides Corbellini. Para tocar a usina de Aços Laminados do Pará - a ser erguida em Marabá - falta uma solução logística, o que impediu até agora que o conselho de administração da Vale aprovasse o projeto. "A solução logística está em mãos dos governos federal e estadual", explicou Corbellini.
De trem
A alternativa de mandar produtos da Alpa por ferrovia para o porto maranhense foi admitida para o jornalista, no aeroporto de Marabá, pelo diretor da Aços Laminados, José Carlos Gomes Soares. “A Alpa vai sair, disse ele, mas não podemos ficar dependendo do derrocamento do Tocantins. Por isso, estamos estudando o equacionamento da exportação do aço via ferrovia, inclusive da logística de recebimento, estocagem e transporte do carvão mineral que virá da China pelo porto de Itaqui.”


CPI? Que CPI?

Do jornal Opinião de 05/04, quinta-feira , em matéria de Chagas Filho, sobre a tentativa de se abrir CPI na Câmara para apurar a tragédia da saúde pública na casa da mãe Joana:
“... a vereadora Elka confidenciou a um amigo que chegou à sessão de terça-feira decidida a assinar o pedido de abertura da CPI, mas foi convencida pela procuradora do município, Aurenice Botelho, a dar mais um voto de confiança ao prefeito Maurino Magalhães, que estaria empenhado em agilizar as licitações para compra de material e equipamentos necessários para o funcionamento das unidades de saúde de Marabá.
Chagas Filho elenca a seguir os probleminhas na saúde municipal: falta de material no HMM, e possível paralisação do SAMU por falta de ambulâncias em condição de uso e principalmente a morte de recém-nascidos no HMI.
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Agora vamos por parte, como diria Jack estripador:
1.      A vereadora Elka, vale recordar, é a speedy race que andou esmerilando carro locado pela Câmara no interior do Estado de São Paulo, tratando de interesses não especificados, portanto obscuros, e que não sofreu qualquer punição do Legislativo mindim.
2.     Não consta, entre os deveres da Procuradoria Geral do Município, atividades como esse inconcebível tráfico de influência, em nome do Executivo, sobre uma integrante do Legislativo, a quem cabe exatamente fiscalizar os atos do primeiro.
3.     Dar um voto de confiança a quem arruinou um dos municípios mais importantes do Pará é exatamente trair a confiança dos eleitores que sufragaram a cidadã como sua representante na Câmara Municipal, com o objetivo de pugnar pela transparência e decência na aplicação dos recursos públicos.
4.     Já entre as desgraças da saúde, faltou acrescentar a falta de dentistas, remédios e materiais nos postos de saúde e tratamento digno às pessoas nos hospitais materno-infantil e municipal.
   

Historiadora avalia a arte poética de Ademir Braz

A Poética de Ademir Braz:
Canto de memória que conspira outros tempos


Profa. Dra. Idelma Santiago da Silva
[UFPA/ Campus de Marabá]

A poesia pode constituir-se em prática de significação fundamental na produção de sentidos à existência individual e coletiva. Sob meu olhar de historiadora, é assim que encontro a poética de Ademir Braz: instauradora de realidade! Canto de memória que conspira outros tempos.
Em Minha cidade, minha vida encontro o poeta em diálogo com a cidade, mas também com sua própria vida e seus pertencimentos: “Eu vivo imerso para sempre neste/ e nas coisas deste e dos outros mundos”.
No poema História Natural [1978] tem-se refletida a subjetivação de um contexto histórico de abruptas transformações econômicas e sociais no sudeste do Pará. A palavra surge insubmissa como documento cultural de tradução de um tempo de dilaceramento de identidades e outras tragédias. O próprio Ademir Braz definiu-se como “trabalhador cultural, militante numa área de conflitos, de desenfreada e selvagem exploração capitalista, de destruição criminosa da natureza” e assumiu a perspectiva crítica e prospectiva de sua poesia: “Ora, uma pessoa é uma pessoa mais as suas circunstâncias. Logo, a produção cultural dessa região longínqua não poderia ser outra senão aquela voltada para o questionamento de sua realidade imediata – naturalmente trágica – e para o desejo de mudança no sentido de uma alternativa mais humana e mais digna de existência” (Roteiro crítico para a fronteira do inferno, 1988).
Na poesia de Ademir Braz os deslocamentos culturais e sociais decorrentes dos processos de ocupação da região são temas recorrentes, revelando um enraizamento crítico no tempo presente. Essa inserção temática nas circunstâncias imediatas e no cotidiano [uma poesia que não se faz isolada da realidade] revela não somente uma poética que toma a palavra na sua função social, mas também engendra uma estética enriquecida: é “poeta que sabe chamar o pão de pão e o vinho de vinho” (Pablo Neruda) numa estética que dialoga com o coração e a consciência.
Nos versos de Símbolos avessos de àbaraM a apreensão irônica da dialética dos pertencimentos: a musa [cidade] e o poeta se consomem numa luta de negação e cumplicidade. Palavras que trabalham o material ácido da realidade e o faz retornar, instaurando para o poeta seu lugar no combate, como em Minha cidade, minha vida:

A voz tonitroante – e inútil, cidade –
do poeta ressoa nos casebres
e na praça mouca dos poderes
(mas nem por isso cessarei o alarde).
[...]
Sim, são ácidos esses dias,
quando até o amor se exila.
Então a poesia sai de mim aos gritos [...]

No poema História natural, o próprio título uma ironia, assim como a “desculpa” que atravessa o texto, mistura verso e prosa e possui características interdiscursiva e intertextual. Pelo lado de uma relação contratual [com os iguais da “tribo”], os percursos temáticos principais tratam da relação equilibrada cultura-natureza e da herança comum com suas virtudes, desigualdades e “mistérios”. Do outro lado, da relação polêmica, têm-se os temas da invasão e dominação do estranho [atores da frente capitalista] que deslocou os sentidos da cultura local e a transformou em “museu”. A tragédia do semiocídio vitimou a “tribo”.
Esse poema reflete a experiência do descentramento das identidades, práticas culturais e de sociabilidades locais. Nele, o elemento da cosmovisão é marcante e levanta a questão da existência [naquele presente] de duas ordens humanas de relacionamento com a realidade. De um lado, uma cultura do encantamento e das aparências, referência para as interações comunitárias e do saber construído na relação com a natureza. De outro, uma perspectiva cultural baseada em separações e hierarquizações das dimensões da realidade. É um discurso que vê na circunstância dos deslocamentos a imposição da segunda perspectiva cultural, através da dominação que se exerce especialmente por meio de novas formas de ocupação e uso do território e dos “conhecimentos” da realidade implicados nessas novas práticas: a verdade instrumental e desencantada do mundo. Conforme constatou Paes Loureiro (Cultura amazônica, 1995, p. 413), “vem ocorrendo na Amazônia a prevalência progressiva das relações fundadas da exploração do trabalho, no agravamento das desigualdades entre os homens, no desapossamento cultural. Emerge, no conjunto dessas mudanças, uma cultura da exclusão, que se nutre de uma racionalidade linear e prática, em lugar da cultura fundada no poético”.
O poema História natural é encerrado com um epílogo, uma síntese de seu percurso temático. A forma de ocupação da região, neste período, tem significado uma tragédia para as populações locais, suas formas de vida e sua cultura. Os “cavaleiros” que entraram portas adentro não são qualquer migrante, mas sim a frente pecuarista que vinha, desde fins da década de 1960, ocupando a região. Narrativa de uma “tragédia”, mas poética que deseja instaurar um horizonte de possibilidades para os “sobreviventes”:

ei parceiro
tem um pássaro verde no teu ombro
e uma flor de sapucaia em teus cabelos.

não os espante, parceiro.
não os destrua, parceiro.
           
No poema Ao largo [2008], àqueles que aqui estiveram desde tempos deslembrados juntam-se outros recém-chegados, os errantes da pobreza, da imigração à procura de trabalho. Seguem como excluídos das memórias e realizações da cidade, da qual também o poeta se põe ao largo: “Já não te amo mais cidade minha. [...] Um gigantesco mar nos põe ao largo/ e singro, em velames, a esquecer teu cais”. Pôr-se ao largo, para Ademir Braz, é retornar à poesia insubmissa e crítica sobre um tempo e a cidade presentes, arremeter contra a frequente ideia de que já estão selados os destinos de sua gente e de seus sonhos humanos:

Para onde irão a seguir (além da cerca do latifúndio
e da cova anônima de indigentes sem luto),
sob o céu encauchado no forno das siderúrgicas?

Eis uma possibilidade para a poética de Ademir Braz: documento cultural de um tempo de tragédia e de uma palavra impregnada de humanidade. Uma releitura para refletir os sentidos das experiências humanas nesta região.

Calandrini agora sabe...

No CORREIO DO TOCANTINS
10/04/2012
 Disney assume Semed no lugar de Calandrini
 
O professor Ney Calandrini de Azevedo não é mais o secretário municipal de Educação. Depois de ter sido exonerado pelo prefeito Maurino Magalhães, ele deixou a Semed ontem, segunda-feira, 9, e em seu lugar assumiu Antônio Disney Almeida de Souza, que atuava como secretário adjunto.
Ney teria sido surpreendido ao chegar para trabalhar nesta segunda-feira e encontrado a portaria de sua exoneração no gabinete. Vários políticos ligados ao prefeito Maurino teriam tentado fazer o prefeito voltar atrás de sua decisão e manter Calandrini no cargo, o que não aconteceu.
À tarde, a reportagem do CT entrou em contato com o prefeito Maurino, o qual garantiu que não exonerou Ney da Secretaria de Educação, mas que este assinou um pedido após uma reunião na quinta-feira da última semana, em que outros nove secretários pediram para se desincompatibilizar do cargo para concorrer a vereador. “Ele se filiou ao PR, meu partido, para ser candidato, e eu aceitei seu pedido”, explicou o prefeito.
O professor Antônio Disney, formado em Pedagogia, atuou como diretor de Recursos Humanos da Semed e acumulou a função de secretário adjunto, tem grande prestígio no governo, inclusive é membro da Comissão Gestora do Município, criada pelo prefeito Maurino Magalhães. Nos bastidores, ele foi um dos principais articuladores do atual PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) do Magistério.
Outros secretários
Outros secretários que o prefeito disse que pediram para deixar o cargo para concorrer a uma vaga para vereador são João Tatagiba (Indústria), Regivaldo Carvalho (Serviços Urbanos), Miguel Gomes Filho (SDU), Elza Miranda (Esportes), Luana Bastos (Sine), Antônio Araújo (Segurança Institucional, Joab Pontes (Defesa Civil) e José Scherer (Meio Ambiente).
Ontem, o prefeito realizou uma cerimônia em seu gabinete para dar posse a Débora Pontes como nova secretária de Segurança. “Os secretários adjuntos ou assessores diretos vão responder pelas secretarias até colocarmos titulares em cada pasta, o que deve acontecer em até dez dias”, explicou o prefeito, que não descartou que possam ocorrer novas mudanças nas secretarias nos próximos dias. (Ulisses Pompeu)
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E você, leitor, consegue adivinhar para onde pretendem ir os ex-secretários?

Agora sim, saúde travou de vez!

No CORREIO DO TOCANTINS:
10/04/2012
Samu entra em greve hoje por condições de trabalho
 
Às 7 horas desta terça-feira, 10, na troca do plantão, os cerca de 50 servidores do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Marabá entram em greve por tempo indeterminado. A deliberação aconteceu na noite de ontem, segunda-feira, 9, após um prazo de 72 horas dado pelos funcionários para que a Secretaria Municipal de Saúde sentasse com uma representação dos servidores para solucionar as demandas pendentes.
Ontem à noite, por telefone, a reportagem do CT conversou com Adalgisa Kally Coutinho, enfermeira intervencionista do Samu, a qual confirmou o início da greve, após uma reunião ocorrida no final da tarde de ontem, na sede do Samu. “Entregamos um documento ao secretário de saúde (Nilson Piedade) há uma semana, dando uma prazo de 72 horas, que encerrou na última sexta-feira, mas ele não se manifestou.  Ontem à noite, representantes do Sindicato dos Servidores da Saúde tentaram marcar uma reunião com o secretário, mas não conseguiram. Alegaram que a agenda estava lotada”, lamentou.
Adalgisa explicou que apenas duas das cinco ambulâncias estão funcionando, e uma destas está em condições precárias, podendo ocasionar um acidente a qualquer momento. “Fizeram meia boca na que estava pior para passar o final de semana. Mas continuamos sem material para trabalhar”, observa.
Para legitimar a paralisação, os servidores do Samu pretendem manter funcionando apenas a ambulância de suporte avançado, para atender apenas casos muito graves, em que houver risco de morte.
No documento entregue ao secretário de saúde e vereadores, os servidores do Samu alertam quanto à falta de ataduras, colares cervicais e até medicamentos básicos. Recentemente, as equipes que estão em atividade abandonaram um curso disponibilizado pelo governo federal para representantes de todos os Samus do País por falta de apoio logístico da Secretaria Municipal de Saúde, descumprindo o que é preconizado pelo Ministério da Saúde.
O secretário de Saúde, Nilson Piedade, disse ontem à noite ao CT que não sabia da greve nem das reivindicações da equipe do Samu e ainda que não havia recebido o documento que eles protocolaram sob o número 445, no dia 3 deste mês, no gabinete dele, com cópia para o MP. (Ulisses Pompeu)

Rondon seria origem do tráfico humano no Pará

No Perereca da Vizinha:


Rondon do Pará na rota da CPI do Tráfico Humano

Nesta terça-feira, às 15horas, no Auditório João Batista da Assembleia Legislativa do Pará, a CPI do Tráfico Humano irá ouvir pessoas vitimadas no Caso das Imigrações Ilegais com origem em Rondon do Pará.
Informações colhidas na Cidade de Rondon do Pará dão conta que aquele município há muito vem se consolidando com ponto de tráfico de pessoas com destino a outros países, em especial para os EUA. 
É feito o aliciamento das pessoas que, seduzidas pela possibilidade de uma vida melhor em outro país, são convencidas a sair do Brasil de forma clandestina, a partir de empréstimos em dinheiro de agiotas. 
Os recursos são emprestados a juros altos e com promessa de que ao chegar ao país de origem (EUA) seria feitos desembolsos mensais e contínuos para cobrir a dívida impagável. 
A dívida serviria para garantir custos de passagem e despesas pessoais, inclusive o pagamento do “coiote” (Nos EUA, os coiotes são famosos por agir na fronteira com o México transportando pessoas de todas as partes do mundo). 
O deslocamento das pessoas dá-se com a saída de Rondon do Pará até a cidade de São Paulo, deslocando-se para o México, Guatemala e atravessando para os EUA.
Em pesquisa na Delegacia do Polícia de Rondon do Pará, verifica-se que no intervalo de 2011 não houve registro de ocorrências que tipificassem Tráfico Humano, o que demonstra o receio que as vítimas têm de fazer os registros. 
(Fonte: Gabinete do deputado estadual Carlos Bordalo)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mudanças na URE

No Ribamar Ribeiro Jr:


4ª URE tem nova direção!

Foto: Fonte- Aurismar Queiroz

A professora Heide Castro, assume no lugar do professor Pedro Sousa (PPS), que se afasta para disputar uma vaga na Câmara Municipal de Marabá. Heide Castro é formada em letras pela Ufpa e caloura do curso de direito, também na Universidade Federal do Pará.

Falta muito, gente!

Hoje, 9 de abril, estamos a exatos 100 dias do ano de 2012.
Mas ainda faltam 266 pro desprefeito Maurino cair fora do governo da nossa cidade.
Ô tempo longo, meu Deus!!!

Calandrini: exonerado e não sabe?

 No Terra do Nunca:

Semed: Ney Calandrini exonerado
Ney Calandrini de Azevedo não é mais o secretário municipal de Educação. A notícia foi confirmada no final desta manhã e pouca gente na prefeitura tem conhecimento do assunto ou mesmo dos motivos que levaram o prefeito Maurino Magalhães (PR) a tomar essa decisão.
A primeira informação é de que a saída de Ney Calandrini teria sido motivada por articulação política, pois o prefeito teria negociado o controle da Secretaria Municipal de Educação (Semed) com o PT, para que a legenda se coligasse com o PR para o pleito de 7 de outubro.
Mas o presidente do Diretório Municipal do PT, Luiz Bressan, disse no início da tarde que nunca houve tal proposta e que ele ainda não estava sabendo da exoneração de Ney Calandrini do comando da Semed.
Pela manhã, Calandrini disse que desconhece sua exoneração e se mantém como titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed). “Não pedi pra sair; ainda sou secretário”, afirmou naquele momento.
Ele, por outro lado, confirmou que recebeu realmente a proposta de ser candidato a vereador, mas depois de avaliar a situação junto com a sua família, decidiu não se lançar candidato.
Mas, à tarde, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura (Ascom) confirmou que o secretário havia sido realmente exonerado. Mas o nome do novo secretário ou qualquer outra informação ainda não poderia ser repassada à Imprensa ainda.
De acordo com uma fonte ligada à Semed, a portaria de exoneração de Ney Caladrini está datada do dia 4 de abril, portanto, quarta-feira passada.

domingo, 8 de abril de 2012

Uma tsunami em Goiânia

No Correio do Brasil
Perillo contrata hackers para bloquear oposição nas redes sociais, denunciam ativistas
Na esteira dos escândalos que atingiram o governador de Goiás, Marconi Perillo, ativistas do movimento Fora Marconi Perillo denunciaram ao Correio do Brasil, nesta quinta-feira, a ação de hackers na página mantida por eles em uma rede social como forma de mobilizar a população goiana para a série de movimentos em curso no Estado em favor do impedimento do atual chefe do Executivo. A prática da interceptação de mensagens eletrônicas foi uma prática adotada por Carloso Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o qual Perillo e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) estariam envolvido para a prática de crimes, segundo investigações da Polícia Federal.
“O movimento continua firme e forte, mas hackers foram contratados para desarticular o evento na rede social. Estamos lutando para que o movimento continue e cresça, pois dessa o Estado não escapa. A população quer justiça e teremos a nossa vontade feita”, disse o ativista identificado apenas por Dann. “O governo (Perillo) domina todos recursos de divulgação local e estadual das sujeiras e vergonhas que vêm acontecendo, cada tentativa de fazer o movimento ser suprimido ou fragmentado é mais um motivo para nos unir e fortalecer. Tomou banho de Cachoeira agora segura o tsunami de eleitores indignados com as injustiças e a forma como tudo isso tem ocorrido. Queremos a nossa justiça e o Fora Marconi será apenas o começo”, acrescenta.
Outro ativista, com o codinome Caio, denuncia também a truculência do governo Perillo contra os manifestantes e a censura praticada, possivelmente, por agentes do governo goiano:
“Marconi tem se valido de práticas chinesas de censura à internet, ao tentar desarticular o grupo do Facebook. Vários foram expulsos por hackers do governo. O movimento está com 8 mil pessoas, mas era para ter mais de 9 mil. Tem havido bloqueio à participação”, garante.
Edson Freitas, codinome de outro ativista do movimento Fora Marconi, reafirma a ação de hackers contratados para dificultar o acesso da oposição ao governo Perillo às redes sociais:
“Como goiano e participante do movimento Fora Marconi, estamos sendo impedidos de postar livremente os evento no facebook, com certeza isso parte de membros do governo que estão entrando em nossas páginas e nos bloqueando. Divulguem isso a nível nacional, o governo vai querer impedir os cidadãos goianos de fazer este manifesto”, alerta.
Interceptação
Segundo relatórios da Polícia Federal, divulgados nesta quinta-feira, agentes da PF e do Ministério Público encontraram ligações entre Cachoeira e uma empresa formada por arapongas (espiões contratados a soldo particular), em um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. A firma, de propriedade do agente aposentado da Polícia Federal, Joaquim Gomes Thomé Neto, era encarregada de inteceptar mensagens eletrônicas de rivais e inimigos de Cachoeira e seus associados, entre eles o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
A empresa foi um dos alvos de busca e apreensão durante a Operação Monte Carlo, deflagrada pela PF entre fevereiro e o mês passado, na qual Cachoeira aparece como líder de um grupo que explorava o jogo ilegal e pagava propinas a agentes públicos, parlamentares e integrantes do alto escalão do governo de Perillo. Esta mesma operação permitiu que a PF flagrasse conversas de Cachoeira com o senador Demóstenes Torres, que após as denúncias deixou o seu partido, o DEM, e corre o risco de ter o mandato cassado.
Caso Cachoeira: depois de Demóstenes, Marconi Perillo vira alvo de denúncias
Escutas telefônicas relacionam Cachoeira a chefe de gabinete do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo; a assessora pediu exoneração do cargo e diz que denúncias são equivocadas
Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo – A estreita ligação do bicheiro Carlos Cachoeira com parlamentares e políticos de primeiro escalão parece não ter fim. Depois de as investigações envolvendo o bicheiro atingirem o senador Demóstenes Torres, que foi desligado do DEM e segue sem partido, o alvo agora é o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Com a divulgação de conversas entre a chefe de gabinete de Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, e Cachoeira, as suspeitas de que o governador goiano tenha envolvimento no esquema de jogos ilegais no estado foram reforçadas. Na noite de ontem (3), a chefe de gabinete pediu exoneração do cargo explicando que se tratava de outra “Eliane” e que está sendo vítima de um grande equívoco.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou há pouco que não pretende tomar atitude em relação ao caso e disse também que os vazamentos têm sido “seletivos” e sempre voltados para a oposição. “O partido não enxerga muita coisa, uma funcionária está envolvida nessas fitas gravadas. Nós estranhamos que essas fitas sejam seletivas, sempre voltadas para a oposição. A gente tem muita calma. O que houver para investigar vamos investigar. O que houver para esclarecer vamos pedir esclarecimentos. Reiteramos, de maneira muito tranquila, a confiança no governador de Goiás”, disse Sérgio Guerra.
No entanto, Guerra disse que, se for o caso, o PSDB apoiará a proposta do DEM de instalar uma comissão parlamentar de inquérito para investigar as denúncias sobre o bicheiro e o envolvimento dele com outros parlamentares. “O Democratas teve uma atitude exemplar na questão que envolve o senador Demóstenes Torres. Sempre que eles defendem algo, nós, normalmente, apoiamos”, disse o presidente tucano.
Carlinhos Cachoeira foi preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal e permanece na cadeia desde então. Durante as investigações, a PF gravou inúmeras conversas dele, que é considerado o controlador do jogo do bicho e de outros jogos ilegais em Goiás, com Demóstenes Torres e os deputados Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Lereia (PSDB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).
Envolvimento com o senador
De acordo com o advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos Almeida, o senador sairá de Brasília nas próximas horas para preparar sua defesa e analisar documentos. O advogado deve entrar no Supremo Tribunal Federal na segunda-feira (9) pedindo a anulação das escutas entre o senador e Cachoeira. O advogado alega que o Ministério Público Federal e a Justiça Federal deveriam ter pedido autorização ao STF para fazer as gravações telefônicas, porque Demóstenes Torres, na condição de parlamentar, tem foro privilegiado.
Com informações da Agência Brasil