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domingo, 8 de abril de 2012

Uma tsunami em Goiânia

No Correio do Brasil
Perillo contrata hackers para bloquear oposição nas redes sociais, denunciam ativistas
Na esteira dos escândalos que atingiram o governador de Goiás, Marconi Perillo, ativistas do movimento Fora Marconi Perillo denunciaram ao Correio do Brasil, nesta quinta-feira, a ação de hackers na página mantida por eles em uma rede social como forma de mobilizar a população goiana para a série de movimentos em curso no Estado em favor do impedimento do atual chefe do Executivo. A prática da interceptação de mensagens eletrônicas foi uma prática adotada por Carloso Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o qual Perillo e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) estariam envolvido para a prática de crimes, segundo investigações da Polícia Federal.
“O movimento continua firme e forte, mas hackers foram contratados para desarticular o evento na rede social. Estamos lutando para que o movimento continue e cresça, pois dessa o Estado não escapa. A população quer justiça e teremos a nossa vontade feita”, disse o ativista identificado apenas por Dann. “O governo (Perillo) domina todos recursos de divulgação local e estadual das sujeiras e vergonhas que vêm acontecendo, cada tentativa de fazer o movimento ser suprimido ou fragmentado é mais um motivo para nos unir e fortalecer. Tomou banho de Cachoeira agora segura o tsunami de eleitores indignados com as injustiças e a forma como tudo isso tem ocorrido. Queremos a nossa justiça e o Fora Marconi será apenas o começo”, acrescenta.
Outro ativista, com o codinome Caio, denuncia também a truculência do governo Perillo contra os manifestantes e a censura praticada, possivelmente, por agentes do governo goiano:
“Marconi tem se valido de práticas chinesas de censura à internet, ao tentar desarticular o grupo do Facebook. Vários foram expulsos por hackers do governo. O movimento está com 8 mil pessoas, mas era para ter mais de 9 mil. Tem havido bloqueio à participação”, garante.
Edson Freitas, codinome de outro ativista do movimento Fora Marconi, reafirma a ação de hackers contratados para dificultar o acesso da oposição ao governo Perillo às redes sociais:
“Como goiano e participante do movimento Fora Marconi, estamos sendo impedidos de postar livremente os evento no facebook, com certeza isso parte de membros do governo que estão entrando em nossas páginas e nos bloqueando. Divulguem isso a nível nacional, o governo vai querer impedir os cidadãos goianos de fazer este manifesto”, alerta.
Interceptação
Segundo relatórios da Polícia Federal, divulgados nesta quinta-feira, agentes da PF e do Ministério Público encontraram ligações entre Cachoeira e uma empresa formada por arapongas (espiões contratados a soldo particular), em um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. A firma, de propriedade do agente aposentado da Polícia Federal, Joaquim Gomes Thomé Neto, era encarregada de inteceptar mensagens eletrônicas de rivais e inimigos de Cachoeira e seus associados, entre eles o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
A empresa foi um dos alvos de busca e apreensão durante a Operação Monte Carlo, deflagrada pela PF entre fevereiro e o mês passado, na qual Cachoeira aparece como líder de um grupo que explorava o jogo ilegal e pagava propinas a agentes públicos, parlamentares e integrantes do alto escalão do governo de Perillo. Esta mesma operação permitiu que a PF flagrasse conversas de Cachoeira com o senador Demóstenes Torres, que após as denúncias deixou o seu partido, o DEM, e corre o risco de ter o mandato cassado.
Caso Cachoeira: depois de Demóstenes, Marconi Perillo vira alvo de denúncias
Escutas telefônicas relacionam Cachoeira a chefe de gabinete do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo; a assessora pediu exoneração do cargo e diz que denúncias são equivocadas
Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo – A estreita ligação do bicheiro Carlos Cachoeira com parlamentares e políticos de primeiro escalão parece não ter fim. Depois de as investigações envolvendo o bicheiro atingirem o senador Demóstenes Torres, que foi desligado do DEM e segue sem partido, o alvo agora é o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Com a divulgação de conversas entre a chefe de gabinete de Perillo, Eliane Gonçalves Pinheiro, e Cachoeira, as suspeitas de que o governador goiano tenha envolvimento no esquema de jogos ilegais no estado foram reforçadas. Na noite de ontem (3), a chefe de gabinete pediu exoneração do cargo explicando que se tratava de outra “Eliane” e que está sendo vítima de um grande equívoco.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou há pouco que não pretende tomar atitude em relação ao caso e disse também que os vazamentos têm sido “seletivos” e sempre voltados para a oposição. “O partido não enxerga muita coisa, uma funcionária está envolvida nessas fitas gravadas. Nós estranhamos que essas fitas sejam seletivas, sempre voltadas para a oposição. A gente tem muita calma. O que houver para investigar vamos investigar. O que houver para esclarecer vamos pedir esclarecimentos. Reiteramos, de maneira muito tranquila, a confiança no governador de Goiás”, disse Sérgio Guerra.
No entanto, Guerra disse que, se for o caso, o PSDB apoiará a proposta do DEM de instalar uma comissão parlamentar de inquérito para investigar as denúncias sobre o bicheiro e o envolvimento dele com outros parlamentares. “O Democratas teve uma atitude exemplar na questão que envolve o senador Demóstenes Torres. Sempre que eles defendem algo, nós, normalmente, apoiamos”, disse o presidente tucano.
Carlinhos Cachoeira foi preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal e permanece na cadeia desde então. Durante as investigações, a PF gravou inúmeras conversas dele, que é considerado o controlador do jogo do bicho e de outros jogos ilegais em Goiás, com Demóstenes Torres e os deputados Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Lereia (PSDB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).
Envolvimento com o senador
De acordo com o advogado de Demóstenes Torres, Antonio Carlos Almeida, o senador sairá de Brasília nas próximas horas para preparar sua defesa e analisar documentos. O advogado deve entrar no Supremo Tribunal Federal na segunda-feira (9) pedindo a anulação das escutas entre o senador e Cachoeira. O advogado alega que o Ministério Público Federal e a Justiça Federal deveriam ter pedido autorização ao STF para fazer as gravações telefônicas, porque Demóstenes Torres, na condição de parlamentar, tem foro privilegiado.
Com informações da Agência Brasil

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