Pages

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Atrás do biombo

Ex-prefeito Tião Miranda (PTB), que deverá ter seu nome homologado como candidato a uma vaga na Assembléia Legislativa do Estado, definiu como “um carguinho aí”, sem muita importância ou autonomia, a função de deputado estadual. Para ele, a atividade legislativa importa somente na subserviência a grupos e interesses políticos pré-estabelecidos, sem nenhum poder de decisão, e nem sempre correspondentes com os anseios da região em que o político foi eleito. Tião Miranda expôs seu entendimento numa conversa franca com quatro interlocutores - todos ligados à faina advocatícia – em uma tarde amena de fim de semana no começo da orla que o governo federal financiou e construiu, embora não a tenha concluído, em sua administração. Indagado sobre o suposto estremecimento da sua relação com o deputado estadual João Salame (PPS), admite que sua candidatura, de fato, desagradou o parlamentar marabaense, embora isso seja irrelevante. É que o ex-prefeito contabiliza como seus “25% dos votos válidos em Marabá” (ou seja, descontados os nulos e ausências, algo em torno de 30 mil de um universo de 130 mil), e isto ameaçaria outros candidatos locais. Não descarta, porém, a reeleição de Salame: “Afinal são 41 vagas e só estou pleiteando apenas uma”, ironiza. João Salame foi o candidato a prefeito, em 2008, apoiado por Miranda e derrotado por Maurino Magalhães (PR). À época, vozes dissonantes atribuíram a derrota de Salame à falta de empenho de Tião, argumento que ele contesta. Diz que seu candidato natural seria seu vice Ítalo Ipojucan, mas este, consultado, “demorou em definir-se”. De outro lado, havia o assédio do deputado, por quem ele afinal optou, “porque não apoiaria Maurino de jeito nenhum, por tratar-se de pessoa sem estrutura ou capacidade pessoal para gerenciar o município”.

Muito estranho

Pelo menos 23 proprietários de lotes urbanos na Folha 30 quadra 4 da Nova Marabá, em frente à Casa da Cultura, estão preocupados com a demora da Secretaria de Desenvolvimento Urbano em liberar seus alvarás de construção, solicitados e pagos há três meses. Coincidentemente, é a área que a prefeitura aluga irregularmente para acampamento de ciganos e que agora vai ser locada, segundo uma fonte, ao Circo Brother, esperado para junho próximo.

Agora são 123 obras

Piadinha que rolava domingo passado depois do jogo no Zinho Oliveira: só porque o Maurino entrou em campo com a camisa do Águia, vai colocar na propaganda que foi ele quem fez os dois gols em cima do Remo.

Falta do que fazer

A Turma Recursal Criminal do Estado do Rio Grande do Sul decidiu absolver mulher que manteve dois papagaios charão em cativeiro por cerca de 11 anos, além de conceder a posse definitiva das aves. O entendimento é de que o delito não existe mais, pois o tempo em que os animais permaneceram presos foi suficiente para domesticá-los, de modo que não são mais considerados silvestres e não podem mais se adaptar ao meio original. A denúncia foi feita pelo Ministério Público. Em primeira instância, foi determinada a substituição da pena de seis meses de detenção em regime aberto por prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa, além da apreensão dos animais pelo Ibama.

Serra Pelada

O Ministério da Fazenda terá 30 dias para encaminhar à Comissão de Minas e Energia informações sobre a eventual posse, pela Caixa Econômica Federal, de recursos relativos a sobras de ouro e paládio oriundas da finalização das atividades do garimpo de Serra Pelada. Caso não cumpra o prazo, o órgão poderá responder por crime de responsabilidade. A iniciativa de solicitar as informações foi da deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA). Ela explica que, segundo associações e sindicatos de garimpeiros do Pará, os recursos não teriam sido repassados aos seus proprietários legais, com conseqüências negativas para os trabalhadores e as suas famílias.

Que tal até os 30?

Tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei 7008/10, do deputado William Woo (PSDB-SP), que aumenta o período mínimo de internação de adolescentes infratores punidos com pena de reclusão. A proposta, que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), torna obrigatória nesses casos à internação até os 21 anos de idade. A medida visa a atingir os jovens que cometem atos infracionais graves. Ato infracional grave é aquele que envolve o uso ou a ameaça de uso de violência. Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que a internação não pode exceder três anos, em todos os casos. A proposta do deputado William Woo mantém essa regra apenas para os crimes cuja pena não é de reclusão. A desinternação também continuará dependendo de autorização judicial, depois de ouvido o Ministério Público. O projeto será examinado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (inclusive no mérito). Depois, será votado pelo plenário.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Saiu o empréstimo

Deu agora mesmo no blog da Franssinete: Foi um parto e daqueles de gravidez de alto risco, mas o empréstimo de R$ 366,7 milhões do governo do Estado ao BNDES foi aprovado hoje à tarde pela Alepa, em longa sessão ordinária, seguida de extraordinárias, com direito a intervalo para o almoço, que ninguém é de ferro e todo mundo tinha fome. A nova redação do Projeto de Lei 259/2009 destina 51% dos recursos aos municípios paraenses; 33% para despesas de capital - incluídas aqui emendas que serão aplicadas em vários municípios -; 4,5% para livre aplicação pelo governo e 11.5% para aplicação, em valores iguais, nas emendas parlamentares. O dinheiro vem do Programa Emergencial de Financiamento aos Estados e será utilizado em obras de infraestrutura e despesas de capital, completando investimentos que o Estado vem fazendo com recursos próprios. O chefe da Casa Civil, Everaldo Martins, acompanhou toda a discussão e votação em plenário.

Piso para ensino básico

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou terça-feira (25) substitutivo do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) a projeto de lei do Executivo alterando a forma de reajuste do piso salarial nacional dos professores da educação básica. A matéria ainda será examinada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), antes de ser encaminhada ao Plenário. Pelo texto aprovado, o reajuste do piso profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado anualmente, no mês de janeiro, a partir de 2011. Tal atualização será calculada usando o somatório da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 últimos meses e a variação entre as receitas nominais totais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Esse cálculo, de acordo com o projeto, inclui a complementação da União no que diz respeito aos dois últimos períodos de 12 meses, descontado o INPC de duas variações aferidas em 30 de junho do ano anterior. Cristovam Buarque disse que o substitutivo à proposta (PLC 321/09) resultou de negociações e estudos técnicos com o ministro da Educação, Fernando Haddad e com representantes do magistério. A proposta também atualiza para R$ 1.200 o valor do piso nacional da categoria. Na avaliação da presidente da CE, senadora Fátima Cleide (PT-RO), a aprovação da matéria é importante para a valorização do profissional da educação.(Agência Senado)

Imprensa paraense - Jornais sem grandeza

Por Lúcio Flávio Pinto Agora não há mais dúvida: o Diário do Pará, de Jader Barbalho, do PMDB, faz oposição sistemática ao governo do Estado, do PT, e apóia quase incondicionalmente a prefeitura de Belém, do PTB. Já O Liberal, da família Maiorana, que não tem partido (mas se considera um partido à parte), se tornou governista (e petista) desde criancinha, fazendo as vezes de porta-voz de Ana Júlia Carepa, e abomina Duciomar Costa. Até recentemente as posições estavam invertidas ou embaralhadas. Por que mudaram tanto? Se o leitor for atrás de um esclarecimento nas páginas editoriais dos dois jornais, vai terminar desorientado. Assim como não disseram por que apóiam, as duas folhas também não explicaram por que passaram a desapoiar. Os motivos nada têm a ver com programa de governo, visão de mundo ou quaisquer razões de fundo. São impulsos comerciais e políticos no sentido de usufruto do poder. Além de razões concorrenciais, como os decorrentes da opção de Duciomar Costa de seguir o exemplo de outros políticos com desejos expansionistas, criando seu próprio jornal (embora sem assumir diretamente a criatura). A falta de idéias não é, porém, privilégio das empresas jornalísticas. Na campanha eleitoral que mais tem movimentado os bastidores em todos os tempos, sem se exibir na arena pública, a anemia programática é um mal corrosivo e profundo na pré-campanha eleitoral. O Pará parece que virou uma bacia das almas, ou um açougue de dignidades e coerências. (Jornal Pessoal nº 464, 1ª quinzena/maio 2010)

Herói moderno

Valdivino Luiz Antunes foi assassinado com três tiros na cabeça em plena luz do dia 14 de maio recente, no Bairro da Paz, em Parauapebas. Até o momento, nenhuma informação foi levantada sobre as razões do crime e quem o praticou, exceto que a obra, para a polícia, foi feita por profissional competente. Valdivino Antunes, diz a imprensa, atualmente era homem dado à Bíblia, avesso a confusões, dono da fazenda São Luiz, de 410 alqueires, na "Serra do Rabo", em Canaã dos Carajás, ali perto. Quando solicitado, também dedicava-se à cobrança de dívidas difíceis de recuperação, para o que adotaria métodos poucos convencionais. Era com essa roupagem que ele se fantasiava no esforço de fazer esquecerem a fama que o cercava como “Divino Boca Quente”, vítima de duas tentativas de homicídio (numa delas tomou 12 tiros), autor da morte do ex-candidato a vice-prefeito em Canaã dos Carajás, Daniel Gonçalves de Oliveira, crime ocorrido no dia 2 de outubro de 1996, e assassino de Vanderlei Oliveira Pereira em maio de 2000. Por esse crime, ele foi condenado a 29 anos de prisão, mas passou apenas seis no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), em Marabá. “Divino Boca Quente” foi sepultado dia 15 de maio, após ter o corpo velado no salão nobre da Câmara Municipal de Parauapebas. Talvez, quem sabe, pelos reluzentes serviços prestados à população...

Edmilson se defende

Sobre a acusação de improbidade na administração de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo o prefeito de Belém, Duciomar Costa, o ex-prefeito Edmilson Rodrigues e cinco ex-secretários municipais de saúde, feita pelo Ministério Público Federal (MPF)e no valor de R$ 68,5 milhões, recebi do jornalista Aldenor Jr., da assessoria de Rodrigues, o pedido de publicação da seguinte nota: “O professor, arquiteto e ex-prefeito Edmilson Rodrigues, tendo tomado conhecimento pela imprensa da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre supostas irregularidades na gestão dos recursos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), tem a declarar o seguinte: 1. Declara que foi no Governo do Povo (1997-2004) que Belém viu ser construído o segundo Pronto-Socorro desde sua fundação. Foi também neste período que a população teve acesso ao Programa Família Saudável, à construção de dezenas de Unidades de Saúde, sobretudo nos bairros periféricos, e à implementação de outras tantas políticas públicas de grande impacto, como aquelas voltadas à saúde da criança e do idoso. 2. Expressa sua mais firme convicção acerca da lisura, honestidade e absoluto respeito ao patrimônio público que caracterizaram seus mandatos, estando à disposição, neste sentido, para apresentar junto à Justiça ou quaisquer outras instâncias todas as informações, técnicas e jurídicas, que comprovarão o adequado uso de cada centavo aplicado durante sua passagem pela Prefeitura de Belém. 3. Aproveita a oportunidade para reiterar sua confiança nos atos e procedimentos adotados pelos membros de sua equipe de governo na Sesma, especialmente na economista Esther Bemerguy de Albuquerque e no médico Everaldo Martins Filho, que já estão adotando as medidas necessárias ao pleno esclarecimento das questões levantadas na ação do MPF. 4. Entende, finalmente, quanto às acusações que recaem sobre o atual gestor municipal, reiteradamente denunciado em inúmeros processos judiciais, que o caos da saúde pública de Belém fala por si só e recomenda o mais rigoroso e imediato processo apuratório com vistas à punição de todos os implicados nessa imoral e escandalosa malversação de recursos essenciais à preservação do direito à vida da população da capital paraense.”

terça-feira, 25 de maio de 2010

Aeroporto de Marabá

Deu no blog da Franssinete Florenzano, nesta terça-feira: A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, da Câmara Federal, vai convidar o presidente da Infraero, representantes da Anac e das empresas aéreas e o prefeito municipal para que prestem esclarecimentos sobre a ampliação do aeroporto e a possibilidade de aumento da frequência de voos para Marabá. O terminal de lá é vergonhoso para uma cidade que abriga o polo siderúrgico do Pará.

Anistia a camponeses do Araguaia

A comissão especial sobre leis de anistia a servidores realiza amanhã (26/05), às 14 horas, audiência pública para discutir a suspensão de indenizações concedidas a 44 camponeses que atuaram na Guerrilha do Araguaia (1972-1975). As indenizações foram autorizadas em junho do ano passado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e variam de R$ 80 mil a R$ 142 mil. Em setembro do ano passado, o juiz José Carlos Zebulum, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, suspendeu liminarmente o pagamento das indenizações e das aposentadorias de dois salários mínimos que também foram concedidas como parte da anistia. A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão. O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) sugeriu a audiência para ouvir esclarecimentos sobre o caso. Foram convidados o advogado-geral da União (AGU), Luis Inácio Lucena Adams; o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão; e o advogado João Henrique Nascimento de Freitas, autor da ação popular que resultou na suspensão dos efeitos das anistias. Critérios técnicos A decisão do juiz José Carlos Zebulum foi uma liminar concedida a partir de ação popular impetrada pelo advogado João Henrique Nascimento Freitas, assessor do deputado estadual do Rio Fábio Bolsonaro (PP). Segundo informações divulgadas pela imprensa, o advogado afirmou na ação que não houve critérios técnicos precisos para apurar o dano causado aos camponeses durante a Guerrilha do Araguaia. O advogado também apontou suspeitas de que os depoimentos dos camponeses teriam sido manipulados por integrantes da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Em resposta, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, declarou à imprensa que os depoimentos colhidos na região do Araguaia foram acompanhados por representantes da sociedade civil, de outras áreas do governo e do movimento dos perseguidos políticos. Nesses depoimentos, colhidos em três visitas feitas durante os anos de 2008 e 2009, foram relatados casos de tortura, perda de pequenas propriedades e mortes durante a ação dos militares contra a guerrilha. Leis de anistia A comissão especial sobre leis de anistia a servidores foi criada para apurar a aplicação das leis 8.878/94, que concede anistia a servidores exonerados e demitidos irregularmente entre 16 de março de 1990 e 30 de setembro de 1992; 10.790/03, que concede anistia a dirigentes ou representantes sindicais e trabalhadores punidos por participação em movimento reivindicatório; e 11.282/06, que concede anistia a trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) punidos em razão da participação em movimento grevista. A comissão também acompanha a aplicação da Lei 10.559/02, que regulamenta o artigo 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, definindo, por exemplo, quais os direitos do Regime do Anistiado Político. O presidente da comissão é o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA). O relator é o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).

Eu não sabia...

Vocês sabem porque fazem espingardas de dois canos? Pra matar dupla sertaneja.

1º tempo

Águia 1 x Remo 0. Sabe-se agora porque o Azulão de Carajás jogou bem, mandou em campo e despachou o Leão de Antônio Baena. É que pouco antes da partida, os jogadores amarraram e amordaçaram João Bocão no vestiário, de onde só foi liberto para a festa da vitória. Pra não dar pitaco nem mandar o time recuar

2º tempo

Águia 2 x Remo 0. Meio Pará de luto. Jornalistas esportivos de Belém encharcados de remédio tarja-preta. Carajás em festa. Eu choooooro!...

Sai pra lá!

E por falar em vitória, o que deu de picareta e pára-quedistas políticos sem escrúpulos puxando as penas do rabo da Águia, não está escrito. É de se indagar por onde andavam quando o time estava na corda bamba. Quando se fala na necessidade de um novo estádio, os safados fazem cara de paisagem. Chega de aventureiros políticos! Não vote em para-quedistas!

Sociedade alternativa

Empresas de ônibus protestam contra a aprovação do táxi-lotação, até aqui agindo em folgada clandestinidade. Dizem que terão mais prejuízo. A população, que ganha mais uma alternativa de transporte, entende que moto-táxis e táxis-lotação estão aí justamente por conta do péssimo serviço prestado há muitos anos pelas duas únicas empresas existentes na cidade. Há até quem recorde que Parauapebas, por exemplo, só usa o transporte alternativo: as vans.

Mercado de luxo

Falando em transporte público, é de até R$ 40 mil (preço de um bom carro zero km) o valor cobrado por uma placa de táxi no mercado clandestino. As placas, para quem não sabe, pertencem à prefeitura, que organizou sua concessão aos profissionais em 1974, governo Pedro Marinho de Oliveira. Já as placas de moto-táxis giram em torno de R$ 5 mil. Principalmente essas novas, sorteadas recentemente para clandestinos. É que existiriam contemplados que sequer vão poder comprar a moto que precisarão para seu trabalho.

Saldo da guerra

Treze corpos necropsiados no final de semana passada. A valorosa e indefectível colaboração marabaense foi de dois mortos a tiros, um a facadas, um atropelado. De Parauapebas, o cadáver de um menino de 21 anos, morto a tiros. A contabilidade desta semana aponta o crescimento da mortandade. Em Xinguara, cinco pessoas foram executadas à noite de domingo (23). jogavam dominó quando os pistoleiros chegaram de moto e fizeram a festa. Perfil das vítimas: Eliete, 25 anos, grávida; Walace, 23; Alcione, 19; Renan, 20 anos. Todos jovens. Assim, semanalmente, vamos exterminando a força de trabalho no país.

O caso Ana Karina - Fazenda de pecuarista deve ser vasculhada

Se depender da disposição do delegado André Luiz Nunes Albuquerque a fazenda Boa Sorte, em Parauapebas, pertencente ao pecuarista Alessandro Camilo de Lima, o Macarrão, 35, deve ser em breve vasculhada. Para esta missão, agentes da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (Deca) devem auxiliar nas buscas por se tratar de área de fazenda, assim como cães farejadores e até mesmo militares do Corpo de Bombeiros. O pecuarista é apontado como um dos autores do desaparecimento da comerciária Ana Karina Guimarães, 19, que no dia 10 de maio sumiu repentinamente de Parauapebas, embora estivesse grávida de nove meses. O pecuarista era apontado como sendo o pai da criança que a jovem carregava no ventre. Ela foi vista entrando numa camionete dele e desde então nunca mais deu notícias a parentes e amigos. Na semana passadas houve manifestação em Parauapebas onde as pessoas cobram da Justiça esclarecimento deste caso que enseja diversos comentários em todos os cantos da cidade. Alessandro Camilo de Lima, por conta do suposto envolvimento, teve a prisão preventiva decretada e atualmente está preso no Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama) em Marabá e nega qualquer envolvimento neste caso. Porém muitas perguntas precisam ser respondidas. Entre elas, o que levaria uma mulher, jovem saudável e grávida sumir e não fornecer nenhum tipo de informação, ou notícias a parentes a amigos, se estava totalmente satisfeita com a gravidez? Preventiva – O caso está sendo investigado pelo delegado André Luis Nunes Albuqueque, que no dia 19 protocolou pedido de prisão preventiva contra a noiva do pecuarista, Grasiela Barros de Almeida, que também sumiu de forma misteriosa da cidade. A Polícia suspeita que ela tenha algum envolvimento com o desaparecimento da comerciária. Por sua vez a mãe de Ana Karina Maria Iris Guimarães, mãe de Ana Karina informou à imprensa de Parauapebas que deve recorrer a todas as raias da justiça a fim de esclarecer o que de fato aconteceu com a filha dela, inclusive citou que está inclinada a procurar ajuda do promotor paulista Francisco Cembranelli que atuou no caso da morte da menina Isabela Nardoni. “Vou onde for preciso para ver esse caso esclarecido quero a minha filha de volta, viva, ou morta, para que possa fazer um sepultamento decente”, sentencia reafirmando também que a Justiça puna os envolvidos no caso. “Quero Justiça e que os culpados sejam punidos”, afirma. (Edinaldo Sousa)

D. Costa e Edmilson encalacrados

O prefeito de Belém, Duciomar Costa, o ex-prefeito Edmilson Rodrigues e cinco ex-secretários municipais de saúde foram acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade na administração de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Caso condenados, eles poderão ser obrigados a devolver R$ 68,5 milhões aos cofres públicos e a pagar multa, perderão a função pública, perderão bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio e terão seus direitos políticos suspensos por até dez anos. Entre as irregularidades apontadas pelo MPF estão o desvio de recursos do SUS, falta de pagamento aos prestadores de serviços do SUS, descumprimento de decisão judicial que determinou a realização dos pagamentos, ausência de comprovação de pagamentos e pagamentos com atrasos, além de prestação de informação falsa à Justiça. A ação, assinada pelo procurador da República Bruno Araújo Soares Valente, foi encaminhada à Justiça Federal nesta segunda-feira, 24 de maio. Os cinco ex-secretários de saúde acusados são: Esther Bemerguy de Albuquerque, Everaldo de Sousa Martins Filho, Cleide Maria Ferreira da Fonseca, William Lôla Mendes e Manoel Francisco Dias Pantoja. Irregularidades detalhadas - Na ação judicial, o procurador da República relata que em 2004 e 2005 houve atrasos do repasse de recursos do SUS pela prefeitura à Santa Casa, ao Hospital das Clínicas Gaspar Viana, ao Instituto Ofir Loyola e à Universidade Estadual do Pará. Embora a dívida tenha sido paga posteriormente, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) constatou que os pagamentos foram feitos com recursos de novos repasses do SUS. "Havendo a constatação de que o gestor público recebeu verba para tal finalidade a não a aplicou da forma que deveria, deve o mesmo, a menos que comprove que o recurso foi usado em outra finalidade pública - o que já é, em si mesmo, grave irregularidade - responder com seu patrimônio pessoal pelo recurso desviado, sob pena de se estar simplesmente transferindo, de um departamento para outro da Administração Pública, o prejuízo gerado pelo recurso desviado", defende Soares Valente. Como o município havia informado à Justiça que os pagamentos foram feitos de maneira correta quando na verdade utilizou indevidamente recursos do próprio SUS, o procurador da República denunciou uma nova ilegalidade: prestação de informação falsa em juízo. O MPF também aponta na ação que o município descumpriu decisão judicial que dava prazo de 90 dias para a quitação da dívida com todos os estabelecimentos. Em vez de atender a determinação da Justiça, a prefeitura apresentou cópias de acordos feitos só com alguns dos credores, sem inclusive ter comprovado o cumprimento desses acordos. Desvios - O MPF também relata na ação que a Controladoria-Geral da União (CGU) verificou que, dos R$ 106 milhões repassados pela União no período de abril a dezembro de 2006, relativo ao financiamento de procedimentos do SUS de média e alta Complexidade, foram gastos apenas R$ 86 milhões. No entanto, dos R$ 20 milhões que deveriam ter sobrado, na conta do programa haviam apenas R$ 3 milhões. "Eventual alegação de que esta diferença foi aplicada em uma outra finalidade pública - o que, por si só, já se constitui em grave ilegalidade - deve ser devidamente comprovada, já que, não havendo a desincumbência deste ônus processual a conclusão a que se deve chegar é a do desvio em proveito pessoal", argumenta o procurador da República. Acusações: Desvio de recursos do SUS Falta de pagamento aos prestadores de serviços para o SUS Descumprimento de decisão judicial que determinou a realização dos pagamentos Prestação de informação falsa à Justiça Ausência de comprovação de pagamentos Pagamentos com atrasos ------ Só o Maurino que ninguém pega!?!