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sábado, 3 de julho de 2010

Hitler, quem diria, acabou em Marabá!...





Sob fogo cruzado, Maurino quer ser blindado 
O prefeito Maurino Magalhães adotou, já há algum tempo, a prática das reuniões semanais com todo o seu secretariado. As primeiras foram amigáveis e inconseqüentes: o Maurino nada sabe de administração pública, não tem qualquer interesse em aprender, e as coisas se limitavam a orações obrigatórias iniciadas por ele, no culto lá dele.
Como alguns começaram a faltar, até por terem mais o que fazer, Maurino aloprou. Disse que suas ordens eram taxativas e exigiu: nenhuma dificuldade, inclusive as de saúde, justificaria a ausência de ninguém. Essa era a vontade de Deus.
Desse estágio em diante, os encontros que deveriam servir para discussão e encaminhamento dos problemas de cada setor da administração passaram a ser usados por Maurino para revelar algumas facetas da sua porção mais sórdida e autoritária: aos gritos, deu de cobrar aos secretários sujeição absoluta e fidelidade canina à sua triste figura. Aí começou a pontuar que quem manda aqui é ele, que o prefeito é ele (e precisava dizer? É só ver o abandono da cidade...), e é ele que detém o poder sobre a permanência de cada servidor nos quadros municipais (não é bem assim, mas vamos deixar que ache).
Depois da vaia histórica, memorável e ensurdecedora que tomou no terreno baldio da Alpa, e que atribuiu as duas ou três dezenas de servidores em greve presentes ao evento, quando na verdade foi um fenômeno geral entre as duas mil pessoas que lá estavam, Maurino Magalhães surtou.
Um surto psicótico, diz a psiquiatria, é caracterizado pela perda da noção de realidade e por uma desorganização do pensamento. É causado por doenças como a esquizofrenia, ou por um trauma muito grande. Há outras causas, mas fiquemos somente nessas, por enquanto. Durante um surto psicótico ocorre a perda de realidade, onde não há diferenciação entre o mundo real e o imaginário da pessoa. "Quando a pessoa está em uma crise psicótica, ela confunde os pensamentos internos dela com o mundo real. Ela não consegue distinguir o que são os pensamentos dela e o que realmente está acontecendo no mundo." 
Deu-se, então, que Maurino Magalhães surtou. Agora, além do flagelo aiatolesco da oração obrigatória de uma seita em particular, mesmo que o ouvinte seja católico ou judeu, as reuniões semanais incluem uma extensa pauta de coices morais.
“Vocês têm a obrigação de me blindar! Se vocês tivessem competência e controle sobre os funcionários, eles não teriam me vaiado! Quem não me defender e me blindar, que caia fora da prefeitura! Eu não preciso de vocês, posso encontrar gente melhor do que vocês para me servir.”
E nisso ele está certo. Afinal, ele colocou quase cinco mil apaniguados na folha de pagamento, destruindo o precário equilíbrio das contas públicas, e o que deve ter de baba-ovo nessa horda dá para imaginar.
Furibundo, apoplético, sufocado na própria gosma sulfurosa, Maurino disse numa reunião recente, pos-tsunami alpino, ter acatado sugestão de seus luxuosos alter-egos tocantinos (são tantos!) e determinou a criação de um Serviço de Captura de Informação, Análise e Espionagem de funcionários (SACANAGEM) para expurgar dissidentes da administração. Ato contínuo, determinou à sua assessoria que requisitasse cópia das filmagens feitas pela televisão para análise e identificação dos servidores que lá estavam e sua demissão sumária. Diz uma fonte que Maurino, Rei dos Apupos, quer que os trabalhadores se ajoelhem publicamente para lhe pedir perdão. “Coisas de Deus, eu acho”, disse a fonte.
Ora, quando um prefeito perde a estabilidade emocional e, por incompetência, perde também o respeito de servidores e administrados, seu governo chegou ao fim. O município, a cidade e suas comunidades só não se ressentem porque Maurino Magalhães não lhes tem qualquer serventia. Maurino só tem servido para dificultar a vida de quem tem direito a ruas limpas, obras públicas dignas, professores remunerados decentemente, merenda escolar e transporte público de qualidade – pagos, vale lembrar com recursos da população.
Como Maurino Magalhães sucumbiu a seus próprios terrores e acabou, alguém deveria decretar sua interdição. Com urgência. Pelo bem de todos nós.

Cuiu-cuiu na caceia


Em busca de uma liderança que jamais possuiu, Maurino Magalhães armou em torno de si uma teia monstruosa cujos fios vão acabar por enredá-lo. Por exemplo:

1.      A ex-deputada estadual Elza Miranda está hoje no Partido da República (PR) a convite de Maurino, que lhe prometeu uma secretaria – promessa não cumprida, para variar. Mas assegurou apoio a ela, candidata outra vez a Assembléia Legislativa.
2.     Erismar Sampaio, líder de Maurino na Câmara, e com o qual possui ligações especiais, está candidatíssima a um mandato de deputada, com apoio dele, ainda prefeito.
3.     Deputada Suleima Pegado (PSDB), pretendente à reeleição, foi uma das articuladoras da campanha de Maurino. Inimiga do projeto de emancipação do Estado de Carajás, Pegado acabou de transferir seu domicílio eleitoral para esta cidade. Vocês sabem como é... Vai que acontece a criação de Carajás ela já estará por aqui, candidata a qualquer coisa. Com ela veio outro artista contrário à emancipação: o deputado petista José Geraldo, parceiro de Bernadete tem Caten na perseguição aos funcionários do Incra que não apóiam sua reeleição. Daqui há pouco Zé Geraldo é cidadão marabaense, como Maurino e outros aventureiros.
4.     O suplente de vereador Leodato Marques (PP), ligado à igreja evangélica comungada por Maurino, pode também sair candidato à Assembléia Legislativa. Ninguém aposta na sua eleição, mas o que ele quer mesmo é ficar em evidência e assegurar seu retorno à Câmara em 2012.
5.     Deputado Gerson Peres (presidente do Diretório Estadual do PP) sempre foi apoiador de Maurino e espera seu apoio como candidato à reeleição para a Câmara Federal.
6.     Ítalo Ipojucan, ex-vice-prefeito de Tião Miranda, ex-presidente municipal do PDT, de onde saiu para o PR e para a Secretaria de Indústria a convite de Maurino, afirma que seu nome está à disposição do partido. Mas disse ao jornalista que sua eventual candidatura sairia sem qualquer apoio ou participação do prefeito, que lhe caiu no descrédito.
7.     O deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB), amigo de Maurino e que com ele itinerou pelo Ministério Público e Juizados quando da ameaça (ainda não afastada) de degola no processo da caixa-dois, também espera o apoio do prefeito, caso se recandidate. É que Wandenkolk está com Simão Jatene, aspirante ao governo do Estado, e do qual já foi secretário especial de governo e de Agricultura.

Por tudo isso, várias questões se impõem: a) a não ser que ainda tenha recursos insuspeitos do caixa-dois de que é acusado, ignora-se como Maurino vai bancar a campanha de tantas candidaturas díspares; b) qual será o posicionamento do PR, seu partido, cujo presidente regional é Anivaldo Vale, candidato a vice na chapa de Ana Júlia Carepa.
E por fim, mas não por último, quem terá coragem de  subir num palanque ao lado do Rei dos Apupos?  

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sai estudo para porto de Marabá

Já foi expedida a ordem de serviço para a empresa Laghi Engenharia Consultoria e Projetos, vencedora da licitação pública, dar início à elaboração de estudos ambientais (Eia-Rima) e projeto básico para a implantação do porto de Marabá – plataforma logística intermodal de transporte – na margem esquerda do rio Tocantins, na BR-230.
A ordem de serviço foi assinada pelo secretário de Integração Regional, André Farias, na terça-feira (30). De acordo com a ordem de serviço, o valor do contrato é de R$ 5.579.472,57, com prazo de execução de 180 dias. A vigência do contrato é de 29 de junho a 29 de dezembro de 2010.
O porto público interligará o futuro pólo da verticalização mineral do Pará ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena, estabelecendo uma importante alternativa de escoamento da produção e de recebimento de insumos através da hidrovia Araguaia-Tocantins.
A plataforma será construída em área de 370 mil m2, à margem esquerda do rio Tocantins, altura do km-14 da Transamazônica (BR-230), próximo ao Distrito Industrial de Marabá e da Aços Laminados do Pará (Alpa). A estrutura vai integrar a hidrovia à Transamazônica e também à Estrada de Ferro Carajás, proporcionando um novo sistema de transporte que vai potencializar a indústria paraense e também dos estados do Centro-Oeste.
A construção do porto tem custo total estimado de R$ 100 milhões, e será executada pelo governo do Estado, através da SEIR, em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Ele disponibilizará dois terminais de carga de granéis sólidos, sendo um para produtos agrícolas e outro para minérios; um terminal de cargas de granéis líquidos, no caso, combustíveis; e outro terminal de cargas gerais. (Paulo Jordão – SEIR)

Filipão na seleção

Resultado da pesquisa do site da Lancenet, até às 19h55 de hoje:

  
 
Com a queda de Dunga, quem deve ser o novo técnico da Seleção?
Mano Menezes (Corinthians)5415 votos - 12,6%
Luiz Felipe Scolari (Palmeiras)19399 votos - 45,14%
Dorival Júnior (Santos)2604 votos - 6,06%
Muricy Ramalho (Fluminense)3736 votos - 8,69%
Joel Santana (Botafogo)2060 votos - 4,79%
Abel Braga (Al Jazira-EAU)417 votos - 0,97%
Paulo Autuori (Al-Rayyan-QAT)504 votos - 1,17%
Vanderlei Luxemburgo (Atlético-MG)3317 votos - 7,72%
Adílson Batista (Sem clube)651 votos - 1,51%
Leonardo (ex-Milan)3074 votos - 7,15%
Algum treinador estrangeiro1800 votos - 4,19%
Total:
42977 votos

Cinco motivos para a eliminação do Brasil na Copa

A derrota do Brasil por 2 a 1 para a Holanda nas quartas de final da Copa do Mundo eliminou a Seleção Brasileira da Copa. A Seleção dominou todo o primeiro tempo, mas, no segundo, a equipe caiu muito de rendimento e acabou sendo derrotada.
O Brasil saiu da Copa com nove gols marcados, quatro gols tomados e uma campanha com três vitórias, um empate e uma derrota.
Mas os motivos para a derrota na Copa começaram na convocação da Seleção, passaram pela preparação e pela concentração na África do Sul e culminaram na partida contra a Holanda. O LANCENET! levantou cinco aspectos da Seleção que foram definitivos para a saída precoce do Brasil da Copa do Mundo. Confira abaixo:

1 - Falta de opções no banco

O primeiro erro aconteceu na convocação para a Copa. Dunga preferiu manter no time jogadores contestados, como Julio Baptista e Kléberson, a chamar jogadores experientes, como Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos, e jovens talentos que se destacavam em seus clubes, como Neymar e Paulo Henrique Ganso. Assim, Dunga ficou sem opções no banco de reservas. Um exemplo dessa falta de opções é que o técnico teve de improvisar o lateral Daniel Alves no meio após a contusão de Elano.

2 - A relação tensa com imprensa

Todas as coletivas de Dunga na Copa foram marcadas pela guerra entre o técnico da Seleção e a imprensa. Em uma coletiva, Dunga chegou a xingar o repórter da TV Globo, Alex Escobar. O conflito com os jornalistas pode ter ofuscado os problemas do time e Dunga, preocupado em responder de maneira arrogante a todas as críticas da imprensa, acabou esquecendo de ver os defeitos do seu time.

3 - Seleção 'fechada'

Para tentar evitar a repetição dos excessos da preparação da Seleção na Copa de 2006, Dunga estabeleceu como regra o isolamento da equipe. Fechou os treinos, proibiu os jogadores de darem entrevistas, proibiu que os atletas recebessem visitas, tomou uma série de medidas que acabaram deixando os jogadores 'presos' na concentração. Isso pode ter sido uma das razões para o nervosismo da Seleção em alguns momentos nessa Copa.

4 - Falta de reação no jogo contra a Holanda

Jogando um primeiro tempo superior ao da Holanda, o Brasil entrou confiante na segunda etapa. O gol logo no início do segundo tempo acabou sendo um baque para a Seleção, que jogava mal e não conseguiu reagir. Após o segundo gol, os jogadores se perderam completamente e a virada ficou impossível.

5 - Partida ruim da defesa e nervosismo

O Brasil chegou à Copa com uma das melhores defesas do mundo. Mas, no jogo contra a Holanda, a defesa brasileira estava irreconhecível. Tomou dois gols bobos e deixou o time exposto aos ataques holandeses, podendo ter tomado até mais gols. A péssima partida da zaga da Seleção aumentou o nervosismo de todo o time, que via na defesa a base das boas atuações do Brasil nos últimos anos.
Mas, na internet, os torcedores acharam um outro culpado para a derrota da Seleção. O pé frio Mick Jagger, que já havia torcido para os Estados Unidos na eliminação para Gana e para a Inglaterra na eliminação para a Alemanha, fez mais uma vítima. O vocalista da banda Rolling Stones disse que torceria para o Brasil a partir das quartas de final e estava no estádio na derrota do Brasil para a Holanda. Agora é só esperar que ele escolha a Argentina para torcer! (Tiago Ribas, in Lancenet – 15.:22 02.07.2010)

Agora, só em 2014. Isto, sem Dunga

Eu disse há quase um mês: A SELEÇÃO B DO DUNGA NÃO CHEGA ÀS QUARTAS DE FINAL.
Tai: Holanda 2 x 1 Seleção do D.
Quando o Dunga "esqueceu" Ronaldinho, Roberto Carlos,  Pato e Ganso, e só chamou volantes (8!) e deixou Nilmar no banco - não restou dúvida que:
1. Dunga não era técnico nem treinador;
2. Os convocados, salvo exceções, estavam todos na reserva de seus respectivos times europeus - logo, não dava para esperar muito deles;
3. Dunga é burro.
E se a CBF insistir com ele, como faz o o Águia com o Galvão, nem daqui a quatro anos se ganha outra copa devido a tanta burrice.

Galvão: falho, mas barato, vira eterno




Achei o site do (ainda) Águia de Marabá, e lá estão as justificativas do Ferreirinha, bem esfarrapadas, aliás, para a sobrevivência do “técnico” João Galvão na equipe. Assim como o Galvão não convence mais ninguém, o Ferreirinha também não me convenceu, nem aos amigos a quem mostrei as queixas e razões dele, presidente do time. Destaquei uns tópicos aí, por minha conta, para destacar o que pareceu importante no discurso. Vejam aí:

Amigos internautas e torcedores do Águia de Marabá uso este espaço para esclarecer razões que levaram a diretoria e o Conselho Deliberativo a manter o João Galvão à frente do comando técnico da equipe.
Primeiro,  não acreditamos que a troca de um treinador mude, de uma hora pra outra, a pujança de um time de futebol.  Avaliando o nível de treinadores disponibilizados no Pará, com faixa salarial compatível com as condições do Águia, considerados o Galvão igual ou superior a todos, quanto ao entendimento de formação de um time.
Há vários exemplos de equipes que trocam de técnico, no meio de uma competição, sem ganhar absolutamente nada em relação ao desempenho anterior.
Se fossemos buscar um treinador com mais cancha e experiência no futebol, teríamos que pagar salário bem acima do que planejamos para o nosso time.
Afora o desapontamento de alguns torcedores do Águia e esse clima ruim criado para que o nosso treinador seja trocado, garanto a todos vocês que, internamente, o espírito de nossos jogadores está excelente, num processo de construção e de muita vontade de acertar o mais rápido possível.  Todos se mostram, claro, chateados por não termos feito uma boa campanha no primeiro turno do Paraense, mas confiam nas condições reais de se mudar esse cenário já a partir dos primeiros jogos do segundo turno.
Eu quero que a nossa torcida dê um voto de confiança ao João. Nós precisamos desse apoio, não apenas ele, mas todo o time.
Quero que todos vocês saibam que eu tenho amor imenso pelo Águia e, sonho, a cada ano, em ajudar a transformar nosso time numa agremiação não apenas campeã do Pará, mas, e, principalmente, com capacidade de ascender às fases mais elevadas do Campeonato Brasileiro.
Procuramos administrar o clube com o máximo de cuidado, pagando jogadores em dia, e fornecedores, além de não cansarmos da luta de construir o quanto antes nosso Centro de Treinamento.
O mesmo sentimento tem o João Galvão, pessoa que vive e respira o Águia 24 horas.
Portanto, a paciência de todos é que mais pode construir, neste momento, para o time acertar.
Se os jogadores, o Galvão e todos nós sentirmos o carinho e os aplausos de vocês neste momento de tanta ansiedade e desconforto com o desempenho reprovado do time, tenham certeza de que todos ganharemos.
Acredito que a maioria dos torcedores aprova o nível dos jogadores contratados, que infelizmente, não puderam chegar ao mesmo tempo e com período necessário às adaptações de praxe e entrosamento.
É preciso dizer ainda que o projeto do Águia, é bem maior do que muitos pensam.
A marca, de tão forte e simpática a todos os paraenses que aprenderam a respeitar suas atuações em campeonatos recentes, abre perspectivas para que possamos trabalhar o nome de forma profissional, contribuindo para o desenvolvimento da cultura regional, a conquista de jovens novos torcedores em todos os municípios, abrindo horizontes apara que em pouco tempo nosso Águia seja uma equipe com torcida tão apaixonada e numerosa como os dois outros grandes do Estado – Remo e  Paissandu.
O Águia, vencedor, pode, sim, até ajudar na formação de um sentimento regionalizado de união em torno da proposta de criação do Estado de Carajás.
Portanto, nossos sonhos são bem maiores do que apenas fazer do Águia um time coadjuvante dos campeonatos.
Claro, para que isso tudo ocorra, o time tem que ser vencedor, disputar títulos. E ganhar, ser campeão.
Nós queremos o Águia sempre campeão.
Dirigir um time de futebol do tamanho a que chegou o Azulão, é preciso ganhar também experiência em muitas áreas. Saber se relacionar com Federação, dizer Não na hora certa, enfrentar o bairrismo da imprensa da capital que tudo faz para que apenas Remo e Paissandu sejam os  finalistas dos campeonatos estaduais, enfrentar com competência o mercado de contratação de jogadores, sempre  comandado por empresários que visam apenas seus interesses sem se preocupar com o clube.
Nunca deixamos nos enganar por pressão de empresários oferecendo esse ou aquele jogador. Enfim, há um conjunto de atitudes que  se não tivermos a capacidade de adotá-las na hora certa, perde-se todo um trabalho,
Eu, particularmente, confio nesses jogadores atuais do Águia, e na capacidade do Galvão formatar a equipe.
Peço, encarecidamente, que todos vocês tenham paciência nesse momento, e nos ajudem a elevar a auto-estima de nossos atletas, dando mais um voto de confiança no Galvão.
Nós vamos acertar. O time vai acertar e voltar a vencer jogos decisivos.
Meu abraço fraterno em vocês, amigos torcedores.
Sebastião Ferreira, Presidente do Águia

quinta-feira, 1 de julho de 2010

“Maurino é fraude eleitoral”

Valdinar Monteiro de Souza é procurador da Câmara Municipal, Conselheiro Titular da Subseção da OAB Marabá, homem culto, estudioso, e uma das nossas raríssimas reservas morais. Em comentário a texto postado em Quaradouro, mandou a nota seguinte que, por seu conteúdo e validade histórica, dou o destaque merecido. 
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“A verdade é o apanágio do pensamento, o ideal da filosofia, a base fundamental da ciência. Absoluta, transcende opiniões e consensos, e não admite incertezas” (Gen Ex Maynard Marques de Santa Rosa).

É lógico que a decisão de zerar o contracheque dos professores e demais servidores da Educação em greve foi ilegal e absurda, uma vez que a GREVE NÃO FOI DECLARADA ILEGAL e o EXERCÍCIO LEGAL do direito de greve é garantido expressamente pela Constituição Federal.
Foi, sim, um abuso absurdo do Prefeito! Votei no Maurino e pedi que votassem nele, mas me arrependo amargamente de tê-lo. Diante dos absurdos a que se testemunhado desde o início desse mandato infeliz, não tenho dúvida de que VOTAR NO MAURINO FOI A ÚNICA FRAUDE ELEITORAL de que já participei!
Ele precisa mudar, deixar de ser tolo, deixar de ser pretensioso e desrespeitoso com a coisa pública (greve é coisa séria!), deixar de ouvir apenas os puxa-sacos irresponsáveis que o rodeiam. Precisa pôr os pés no chão, ouvir pessoas sérias e descomprometidas que não vão dizer as coisas apenas para agradá-lo, deixar de perpetrar coisas como essa, como a da merenda escolar e outras do mesmo jaez!
Eu, sinceramente, jamais pensei que ele pudesse chegar tão longe. E ele, certamente, pagará muito caro por isso. Não basta chamar o nome Deus, é preciso provar com boas e justas ações que se respeita e honra a Deus. É, no mínimo, um contra-senso chamar pelo nome de Deus com tanta veemência e em seguida cometer tamanha injustiça!
Li nos jornais que os servidores entraram com um mandado de segurança contra o corte ilegal do ponto e espero, sinceramente, como advogado voltado para o Direito Administrativo e pós-graduando em Direito Constitucional, que o Poder Judiciário, com independência e cumprindo a Constituição da República, conceda a segurança impetrada, como decidiu recentemente o Superior Tribunal de Justiça.
A matéria é polêmica? É! É discutível? É! Mas é inquestionável que vencimentos, salário e coisa que o valha são verba alimentícia e NÃO PODEM JAMAIS SER CORTADOS O PONTO E ZERADOS OS CONTRACHEQUES, sem que a greve tenha sido DECLARADA ILEGAL pelo Poder Judiciário. É a doutrina abalizada. É a jurisprudência. É a lei. É a Constituição! E eu jurei defender as leis, a Constituição, o direito e a justiça. 
O Maurino, também jurou!

Bandido com Ficha Limpa

Há três eleições, José Geraldo Riva é o deputado estadual mais votado do Mato Grosso. Em 2002, proporcionalmente, ele liderou essa estatística em todo o país. Riva responde a mais de cem processos na Justica, entre dezenas de ações de improbidade administrativa, processos penais e acusações de crime eleitoral. Mas nenhuma dessas ações deve impedir que ele tente o quinto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa. 
Apesar de já ter sido condenado quatro vezes na primeira instância, sob acusação de liderar um esquema milionário de desvios de recursos da Assembleia, o deputado está livre para concorrer nas eleições de outubro. Isso porque a Lei da Ficha Limpa, aprovada recentemente pelo Congresso, veta a candidatura de políticos condenados por órgão colegiado (a partir da segunda instância).
Riva aguarda o julgamento de recursos no TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso), que atualmente enfrenta uma greve de servidores e está com 10 desembargadores a menos. Quatro deles foram aposentados compulsoriamente pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), acusados de desvio de recursos do Tribunal, dois foram afastados por suspeita de venda de sentenças e outros quatro se aposentaram por idade.
Segundo o Ministério Público do Mato Grosso, José Geraldo Riva é o principal responsável pela montagem de um esquema de desvio de recursos que provocou um prejuízo aos cofres públicos que passa de meio bilhão de reais, em valores atualizados.
Ele está afastado das funções administrativas e financeiras da Assembleia, o que na prática, significa que ele não pode assinar cheques, mas continua presidindo as sessões da Casa. por decisão judicial e teve seus direitos políticos cassados por cinco anos. Ontem (29/6), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou o bloqueio de seus bens.
Autoridades locais chegam a qualificá-lo como o “comendador institucionalizado”, em referência a João Arcanjo Ribeiro, o “comendador”, apontado como chefe do crime organizado no Mato Grosso, que foi preso pela Polícia Federal em 2003. Arcanjo ganhou este apelido justamente por ter recebido uma comenda da Assembleia, que na época já era presidida por Riva. 
De acordo com o MP, na factoring Confiança, braço financeiro do grupo de Arcanjo, foram descontados centenas de cheques da Assembléia destinados a empresas fantasmas. O poder acumulado por Riva nas últimas duas décadas, quando sempre esteve na mesa diretora da Assembleia —ora como presidente (quatro vezes), ora como primeiro secretário— o alçou à figura central na política matogrossense.
Apesar das denúncias e de estar formalmente afastado do comando da Casa, seu apoio é considerado fundamental na sucessão de Blairo Maggi (PR). O deputado cogitou entrar na corrida para o Senado, mas deve concorrer a uma nova reeleição.
A reportagem de Última Instância entrou novamente em contato com a assessoria de José Geraldo Riva na terça-feira (30/6), mas ainda não houve retorno. A assessoria do TCE-MT informou que o conselheiro Humberto Bosaipo está em férias e que ele prefere não se manifestar. (William Maia, de Última Instância)

PODEROSO:Presidente da Assembleia do Mato Grosso pela 4ª vez, José Geraldo Riva é chamado de "comendador institucionalizado"

Riva aguarda o julgamento de recursos no TJ-MT (Tribunal de Justiça do Mato Grosso), que atualmente enfrenta uma greve de servidores e está com 10 desembargadores a menos. Quatro deles foram aposentados compulsoriamente pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), acusados de desvio de recursos do Tribunal, dois foram afastados por suspeita de venda de sentenças e outros quatro se aposentaram por idade.
Segundo o Ministério Público do Mato Grosso, José Geraldo Riva é o principal responsável pela montagem de um esquema de desvio de recursos que provocou um prejuízo aos cofres públicos que passa de meio bilhão de reais, em valores atualizados.
Ele está afastado das funções administrativas e financeiras da Assembleia, o que na prática, significa que ele não pode assinar cheques, mas continua presidindo as sessões da Casa. por decisão judicial e teve seus direitos políticos cassados por cinco anos. Ontem (29/6), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou o bloqueio de seus bens.
Autoridades locais chegam a qualificá-lo como o “comendador institucionalizado”, em referência a João Arcanjo Ribeiro, o “comendador”, apontado como chefe do crime organizado no Mato Grosso, que foi preso pela Polícia Federal em 2003. Arcanjo ganhou este apelido justamente por ter recebido uma comenda da Assembleia, que na época já era presidida por Riva. 
De acordo com o MP, na factoring Confiança, braço financeiro do grupo de Arcanjo, foram descontados centenas de cheques da Assembléia destinados a empresas fantasmas. O poder acumulado por Riva nas últimas duas décadas, quando sempre esteve na mesa diretora da Assembleia —ora como presidente (quatro vezes), ora como primeiro secretário— o alçou à figura central na política matogrossense.
Apesar das denúncias e de estar formalmente afastado do comando da Casa, seu apoio é considerado fundamental na sucessão de Blairo Maggi (PR). O deputado cogitou entrar na corrida para o Senado, mas deve concorrer a uma nova reeleição.
A reportagem de Última Instância entrou novamente em contato com a assessoria de José Geraldo Riva na terça-feira (30/6), mas ainda não houve retorno. A assessoria do TCE-MT informou que o conselheiro Humberto Bosaipo está em férias e que ele prefere não se manifestar. (William Maia, de Última Instância)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Contraponto

Quando eu era menino, e Don'ana lavava trouxas de roupas alheias no rio Itacaiúnas, tinha sempre uma rã por perto ou debaixo do quaradouro.
Bateu saudades da infância ecológica.

Nem Deus dá jeito!

Recebi do Sintepp, e publico tal qual:

"Lamentavelmente a ameaça, a perseguição e a retaliação são instrumentos muito bem utilizados pelo atual gestor de Marabá que ultimamente birra que  não senta pra negociar com ninguém nesse município e ainda se diz um servo de Deus. “Hoje “os trabalhadores da educação em greve têm nas mãos a concretização das ameaças:-” O CONTRA CHEQUE ZERADO”.
Falta de aviso não foi o prefeito jurou se vingar das vaias que recebera na frente do presidente. Vaia a qual atribui apenas ao servidor da educação que não passavam de vinte pessoas dentro do local, pois os outros foram barrados pela segurança do presidente por estarem com faixas, nariz de palhaços e outros apetrechos não permitidos no evento. Segundo ele, o prefeito, foi os trabalhadores em educação quem orquestraram a vaia dele na frente do Lula. Se tivesse sido ele não deveria ter se vingado de maneira tão baixa e mesquinha. Agora pergunto o que será que ele vai fazer com os trabalhadores da Saúde que também estavam lá e o vaiaram? Os sem teto? Os garimpeiros?Os universitários? Os estudantes secundaristas? E os empresários? Será que só vai ter tronco para o pessoal da educação?
Em greve desde o dia 2 de junho os que se aventuraram a tirar o extrato do contra cheque custam a acreditar que tiveram seus direitos violados. O Ministério Público recomendou ao prefeito que não descontasse os dias parados e sentasse com os grevistas para por fim na greve, mas ele afrontou o Ministério Público mais uma vez, essa não é primeira, e mandou cortar o ponto dos trabalhadores da educação. Como já vinha fazendo desde o inicio de seu mandado afronta o Ministério Público e não atende a recomendação de uma promotora. Será que nessa Terra não existe "JUSTIÇA”? Nem a justiça divina parece que funciona contra esse prefeito."
-------
Ora, se nem Deus dá jeito será que?...

PT no Maranhão

O post é do blog de Josias de Souza e já tem um tempinho, mas vale pela atualidade e originalidade. Reparem.

Lições de Lula que o PT-MA insiste em não aprender


 Última cidadela do ex-PT, o Maranhão tornou-se démodé. A ideologia do petismo local saiu de moda. Lula a substituiu por um modelito prêt-à-porter.
O chique agora não é a ética incondicional, mas a moral de conveniência eleitoral. Num ambiente assim, coerência é como cabide em casa de nudista.
Em vez de resistir, gente como o deputado Domingos Dutra (PT-MA) deveria ajustar-se aos novos tempos.
Interessado em ajudar, o signatário do blog, um formador de opinião em decadência, relaciona cinco ajustes a que os teimosos precisam se submeter:
- Coisas que o PT do Maranhão não precisa mais fazer:
1. Lembrar que Lula já chamou Sarney de ladrão.
2. Vestir a camiseta de Che Guevara.
3. Cultivar a barba.
4. Ler Neruda.
5. Honrar pai e mãe.

- Coisas que o PT do Maranhão é obrigado a fazer:

1. Rezar pelos Sarney antes de dormir.
2. Procurar uma camiseta da Roseana.
3. Aderir ao bigode.
4. Ler Marimbondos de Fogo.
5. Honrar pai, mãe, tios, tias, sobrinhos, sobrinhas, filhos, filhas, netos, netas, namoradas dos netos e namorados das netas com cargos públicos.

Para facilitar a adaptação, o repórter sugere ao petismo maranhense três dias e três noites de audição de boa música. Aqui, a Rádio Iraniana Tradicional.
Se não funcionar, recomenda-se atear fogo às vestes. Com o cuidado de se despir antes de riscar o fósforo.

Negociatas

Colho do blog do deputado Parsifal esta explicação bem ilustrativa do que pretendem setores evangélicos com apoio a candidaturas majoritárias. O título é "Religião e política", mas bem que poderia ser a máxima franciscana "É dando que se recebe".


A religião e a política têm estado em biunívoca correspondência desde que o gênio humano sistematizou ambas: tempo houve em que aquela assinava as cartas desta. 
O pentecostalismo no Brasil teve dois marcos iniciais: a Congregação Cristã do Brasil, em São Paulo, em 1910, e a Assembleia de Deus, em Belém, em 1911.
Os pentecostais seguiram tímidos até o inicio dos anos 80, quando começou a expansão que se constata hoje.
Há aqueles que pregam, inferindo estatísticas otimistas, que os evangélicos, em 20 anos, serão maioria no Brasil.
Não poderiam, portanto, os políticos, passar ao largo das denominações evangélico-pentecostais que, embora estejam muito aquém em número da esmagadora maioria católica, cultivaram a característica de votarem em bloco, dando carenagem formal significativa ao candidato ao qual declaram apoio.
Assim, tão ou mais importante que dizer que um candidato tem apoio de um partido, é declarar que a "Assembleia de Deus", "fechou", com ele.
As denominações se erigem em um sistema "político" quanto a hierarquia na qual se estruturam. As disputas internas para presidir as diversas convenções, que reúnem um determinado numero de campos, que por sua vez são segmentos da mesma igreja, guardadas diferenças de métodos, são processos eleitorais.
No Pará, a quase centenária Assembleia de Deus, viu-se dividida em dois segmentos, sendo que a liderada pelo Pastor Gilberto Marques, "fechou" com a governadora Ana Júlia.
A outra parte da mesma denominação, liderada pelo Pastor Samuel Câmara, ainda está "em aberto".
Há ainda, com foco mais condensado no Sul e Sudeste do Pará, um outro ministério da Assembleia de Deus, o Madureira, cuja convenção reúne cerca de 500 igrejas na região.
Foi em busca de apoio político desta convenção, que nos fizemos a Xinguara, neste passado final de semana, quando estivemos reunidos com toda a diretoria do Ministério.
O apoio da Assembleia de Deus, Convenção Madureira, à candidatura majoritária do PMDB, tem significativa representação político eleitoral: a denominação está presente em todos os municípios do Sul e Sudeste do Pará.
Ainda poderá, a Madureira, acostar à candidatura majoritária do PMDB, o apoio da igreja da posição Norte e Nordeste do Estado, com menos inserção que no Sul e Sudeste, mas não menos importante do ponto de vista estrutural.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Já não era sem tempo...

Secretário Giorgie Guido, de Comunicação Social, deixou o governo Maurino Magalhães, segundo o blog do Laércio Ribeiro. Assim que assumiu, ano passado, Giorgie arrumou a Secom e começou a elaborar o perfil midiático desse governo que, sem pé nem cabeça, atropelou o trabalho do profissional competente, apesar de jovem (ou, talvez, por isso mesmo), ao contratar segmento da turma importada do Tocantins para fazer o mesmo serviço, ainda que desconhecendo a realidade local. Sem respeito ao secretário, os importados fazem o que querem, convalidados por Maurino, e acabam gerando propaganda mentirosa como a das “122 obras” do prefeito que, na verdade, até agora não tem nenhuma (pintar prédios erguidos em administrações passadas não é obra nova).
“Certamente pesou no pedido de exoneração decisão de Mascarenhas Carvalho, pai de Guido e dono do jornal Correio do Tocantins, pondera Laércio Ribeiro. Mascarenhas nunca morreu de amores por Maurino e sua aproximação com o governo era mais por uma afinidade com o vice, Nagilson Amoury. Mascarenhas mantém de longas datas sólida relação de amizade com Amoury e, obviamente, não gostou nem um pouco do tratamento recebido pelo vice-prefeito por parte de Maurino. Agora, com a saída de Giorgie do governo, o jornal Correio do Tocantins vai ficar mais à vontade para mostrar as deficiências da administração municipal.”
Com a saída de Giorgie da prefeitura, ganha o jornalismo do Correio do Tocantins. 

Aleluia!!!!!

                                ELE VOLTOU, O CHAGUINHA VOLTOU NOVAMENTE...

Ferreirinha está fora das eleições 2010

Somente na eventualidade de uma improvável decisão do Tribunal Superior Eleitoral que modifique a decisão da Justiça Eleitoral de Marabá e do Tribunal Regional Eleitoral, o ex-vereador e presidente do Águia de Marabá, Sebastião Ferreira Neto, não poderá concorrer a cargo político eleitoral na eleição de 2010. É que reunido na manhã desta terça-feira, 29 de junho, o TRE entendeu que havia duplicidade de filiação do candidato, simultaneamente registrado no PSB e no PT, e declarou ambas nulas.
Sem partido político, a intenção de Ferreirinha concorrer à Assembléia Legislativa do Estado pelo Partido dos Trabalhadores foi para o espaço.
A decisão do Tribunal contrariou parecer da Procuradoria Regional Eleitoral, que se manifestou pelo provimento do recurso, por entender que, “não obstante a falta de comunicação à Justiça Eleitoral da desfiliação de Sebastião Ferreira Neto do PSB, o envio das devidas comunicações legais enviadas pelo PSB e pelo PT à Justiça Eleitoral afasta a comunicação de duplicidade partidária”, o que culminaria no reconhecimento da sua filiação junto ao PT.
Para o relator desembargador Ricardo Ferreira Nunes a duplicidade de filiação partidária era fato concreto e o Pleno manteve a declaração de sua nulidade.

Arqueologia da guerra

Daniella Jinkings

As buscas por ossadas de militantes mortos na Guerrilha do Araguaia, na década de 1970, foram retomadas esta semana. No último sábado (26), o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Defesa fez um rastreamento em torno do cemitério de Xambioá (TO), mas as escavações só poderão ser feitas após autorização judicial. A procura tinha sido suspensa em outubro de 2009, devido ao início do período chuvoso na região.
Desde de maio, uma equipe retornou à região para ouvir novas testemunhas e complementar informações recebidas pelas expedições anteriores. Na última terça-feira (22), o grupo deslocou-se para áreas no Tocantins e no Pará com o intuito de reiniciar a fase de escavações.
Um dos principais pontos de busca é a Fazenda Araguaia, no município de São João do Araguaia, no Pará. Porém, segundo o Ministério da Defesa, técnicos que participam da expedição já encontram alguns obstáculos para identificar corpos no local porque, na época do movimento guerrilheiro, muitos garimpeiros viviam na mesma região. Por isso, é grande a possibilidade de que eventuais ossadas encontradas sejam de trabalhadores dos garimpos.
Durante o recesso do grupo que coordena as buscas, parentes de um ex-guerrilheiro fizeram escavações por conta própria e encontraram pedaços de um crânio. Os despojos serão avaliados pela perícia da Polícia Federal junto com outros restos encontrados por expedições da década de 1990.
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento do início da década de 1970, que surgiu para enfrentar a ditadura militar. Muitos guerrilheiros e militares foram mortos em combates na selva amazônica. Até hoje, dezenas de participantes do movimento estão desaparecidos. No ano passado, a juíza da 1ª Vara Federal do Distrito Federal, Solange Salgado, determinou que o governo federal reiniciasse as buscas na região.(Agência Brasil - EBC)

Porque o Afluente sumiu

Que o professor e jornalista Ulisses Pompeu é um profissional brilhante e sério, todos sabemos. O que não sabíamos é que deixou de lado seu blog AFLUENTE, que tanta falta faz numa cidade de ralo espaço crítico, é que ele foi ameaçado pelo questionamento que andou fazendo contra o poder apropriado há pouco tempo pela turma que aí está.
Provocado por Quaradouro, eis o que diz Ulisses Pompeu:

"Amigos, colegas, obrigado por lembrarem de mim e do meu blog. Deixei de escrever lá, é verdade, e nunca escondi de ninguém o principal motivo: as ameaças recebidas, não em relação a mim ou meu trabalho, porque a isso não temo. Mas em relação ao trabalho de minha esposa, enfermeira, concursada pelo município e Estado, mas que foi cedida pelo Dr. Nagilson (doutor?) quando secretário de Saúde, para a Sespa.
As ameaças vieram veladas, eu não queria que minha caneta respingasse no trabalho dela, que é séria e não é alinhada com nenhuma tendência partidária.
Nem meu trabalho como assessor específico da Semed me limita a escrever sobre problemas na administração municipal, nem mesmo na própria Semed. Os sindicalistas do Sintepp me respeitam, conhecem meu trabalho, porque não fico no leva-e-traz de um lado para outro. Cumpro meu papel.
Mas sentiram falta de mim? Que bom. A fonte voltará a jorrar e o AFLUENTE voltará a alimentar o rio."
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Assim, vejam os leitores com que estamos lidando: se o jornalista se recusa ao silêncio ou à coonestação (dicionário, por favor), a pressão vem em forma de ameaça. Por isso, é preciso resistir, denunciar, firmar posições intransigentes contra esse tipo de patifaria que não merece abrigo na democracia.

Volta logo, caro Ulisses! Junte-se à trincheira dos que defendem a liberdade de opinião e de expressão.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pastores com Jader. Advinhem pra quê?

Sob o título "Pastores", o blog Sul do Pará, do companheiro João Carlos, publica a seguinte nota:

Depois de presidir a convenção peemedebista, o deputado Jader Barbalho seguirá para Xinguara, onde deve chegar por volta das 17h00. Ali, acompanhado de Domingos Juvenil e do líder do PMDB na Assembléia, deputado Parsifal Pontes, Jader participa de evento da Igreja Assembléia de Deus Madureira. Pastores de todo o sul do Pará vão se reunir com Jader.
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Quando se deu a proclamação da República, com o conseqüente divórcio entre Estado e Igreja no poder do Brasil, não passou pela cabeça dos republicanos que no futuro, não tão distante, a igreja e a fé alheia passassem a ser moedas habituais na barganha de vantagens tão profanas.

A poesia do passado



ESCRITO POR EMILIANO MORAIS   

Os últimos dias na chamada imprensa alternativa - Brasil de fato, Correio da Cidadania, entre outros - foram marcados com uma questão um tanto insólita. Os teóricos da chamada esquerda em declínio (sim, em declínio por ser uma esquerda sem projeto) tomaram parte numa batalha épica.
Os setores desta esquerda atrelada à governabilidade, tendo no ápice das referências Lula e o PT, acreditam desgraçadamente que sendo seu projeto “democrático popular” uma espécie de política social-democrata atenderá aos anseios do povo numa fase de um capitalismo redimido. E através desta redenção do capital elevará do inferno aos céus uma sociedade mais igualitária. Observem o termo, igualitária. Notem que na gramática deste protótipo de esquerda a palavra socialismo não tem tradução.
Os Satãs, tomando a palavra no seu original grego que significa “os adversários”, se revestem de todo tipo de nuance para, de uma forma ou outra, se caracterizarem como o outro, numa posição de embate no grande coliseu das eleições. Mas de Satãs “os adversários” passam a diabos, “os acusadores”, e sem projetos que os caracterizam como alternativa no grande palco do “circo e pão” (eleições), lançam-se no pragmatismo das desqualificações todos os gladiadores.
Nesta luta titânica não foi reservado lugar para um exorcista, e Deus e Diabo, atraídos pelo mesmo engodo, sem apresentar uma alternativa para o país nos seus respectivos projetos, vagueiam entre afirmar o Estado burguês e negá-lo conservando-o, caracterizando assim alternativas “democráticas” que não mudam de conteúdo, apenas de forma. E mais uma vez na história a esquerda brasileira titubeia entre a necessidade de uma alternativa ao capitalismo e o “santo princípio liberal”.
Os gladiadores definem o princípio “Democrático” que norteia as suas elaborações programáticas com um gáudio: democracia, igualdade e liberdade. Tão pobre anseiorobespieriano se a abstração tivesse ido um pouco mais além, pois está exposta no programaliberté, fraternité e egalité. Este sonho iluminista custou a cabeça de um dos maiores expoentes da revolução francesa e agora, como tragédia, retorna ao ideário da esquerda eleitoreira. Os mortos tolhem os vivos, como dizia Marx.
Primeiro tomemos o conceito “democracia” para análise. A democracia é um importante princípio da doutrina liberal, isso para não retomarmos seu original em grego, que nas palavras de Luiz Antônio Cunha consiste no igual direito de todos em participarem do governo através de representantes de sua própria escolha. Essa elaboração baseia-se nas formulações de Rousseau, ideólogo da moderna doutrina democrática.
É bom lembrar que o próprio Rousseau sabia das limitações da real aplicação deste princípio, das dificuldades práticas para a existência de um governo da maioria dos cidadãos.
Rousseau afirmou que, “tomando o termo em rigorosa acepção, nunca existiu, e nunca existirá, verdadeira democracia. É contra a ordem natural que o grande número governe e que o pequeno seja governado. Não se pode imaginar que o povo permaneça incessantemente reunido para dar despacho aos negócios, e com facilidade se vê que, para esse efeito, não poderia estabelecer comissões sem mudar a forma de administração”. Por esse motivo a representatividade vem como a forma mais eficaz para aplicação de tal princípio.
O conceito poderia ser digestivo caso houvesse possibilidade de aplicação apenas de um dos princípios liberais, coisa extremamente inaplicável, pois, ao se aplicar um, todos vem à tona, não conseguem caminhar soltos, estão extremamente interligados.
Ao aplicar o princípio democracia, vossos programas se viram obrigados a considerar de importância ímpar aplicar outro princípio liberal: igualdade.
A igualdade, como pretendem os senhores, tenta transparecer uma nova forma de igualdade, uma igualdade de valores e paridade que não seja desigualdade entre os indivíduos. A igualdade é somente aplicada no modo de produção capitalista e este presume somente a igualdade perante a lei. Como na natureza os homens não são iguais em talento e capacidades, também não podem ser iguais na posse. E, para resolver tal problema, condiciona a igualdade somente junto à lei, igualdade de direitos entre os homens, igualdade de direitos civis.
Com diz Cunha, “todos têm, por lei, iguais direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à proteção das leis”. Marx, em a “Crítica ao programa de Gotha”, afirmou que este igual direito é direito desigual para trabalho desigual. Não reconhece nenhuma diferença de classes, porque cada um é apenas tão trabalhador como o outro. Mas reconhece tacitamente o desigual dom individual — e, portanto, (a desigual) capacidade de rendimento dos trabalhadores — como privilégio natural que uma nova sociedade precisa estabelecer na desigualdade entre indivíduos desiguais.
Ao transcender a igualdade logo se é conduzido à “liberdade”, outro princípio que juram ser de uma necessidade popular, porém apenas transfigurada em outro princípio liberal.
Na liberdade se exalta a livre organização da sociedade civil, conclamam os defensores da livre expressão, da movimentação (e aqui não conseguem ir além de explicar o nada), convocam os deuses em nome da livre atividade política e de organização dos(as) cidadãos(ãs). Esse princípio liberal que a ele empresta o próprio nome pleiteia antes de tudo a liberdade individual, e a partir daí todas as outras: econômica, intelectual, religiosa e política. A liberdade na priori liberal é a liberdade que os indivíduos têm na defesa da ação e das potencialidades, por isso está tão ligada ao princípio do individualismo. Por tal, não é de se admirar o fato de não ter aparecido na base do enfrentamento dos projetos.
Na luta pela transformação da sociedade capitalista em uma sociedade socialista, os proletários precisam munir-se de instrumentos que os botem em força superior aos burgueses, seu projeto não pode confundir-se com anseios liberais (burgueses) e nem com anseios social-democratas (aliança do trabalhador com a pequena burguesia). Seu projeto precisa trazer conteúdo novo e de caráter transformador, revolucionário. Um projeto de classe, da classe proletária, caráter que em momento algum foi planificado pela esquerda na disputa eleitoral.
Florestan Fernandes sabiamente afirmou que “na periferia do mundo capitalista e de nossa época não existem ‘simples palavras’. Se a massa dos trabalhadores quiser desempenhar tarefas práticas, específicas e criadoras, ela tem de se apossar primeiro de certas palavras chaves – que não podem ser compartilhadas com outras classes que não estão empenhadas ou não podem realizar aquelas tarefas sem se destruir ou se prejudicar irremediavelmente”.
 Apegada a conteúdos burgueses, mais uma vez a esquerda brasileira perde a oportunidade de unificar-se na elaboração de uma plataforma única para a disputa política, aguardando somente as ações das movimentações de massas para a composição de um projeto de transformação socialista, já que é só na ação “prático-teórica” que é possível tal elaboração. Dividem-se no casulo que a história os reservou e garganteiam como feirantes o que de bom têm em vossas barracas programáticas.

Emiliano Morais é membro da direção do MST-MG.
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Os grifos são meus. O artigo saiu no Correio da Cidadania.