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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Rios de barro

Confortável no barco, revejo o mar; sinto o vento branco a tecer novelos sobre as ondas crespas. Navegamos ao largo, cada um imerso em brumas sob a teia de luz que enreda salsugem e suspiros. Mas, de súbito esvai-se o mar celeste das manhãs e do tempo irremediável da aventura, e ficam-nos o rio e seu leito, o rio e suas margens de lantejoulas, o rio e seus dentes de barro e clorofila na paisagem sem fim da tarde enfurecida sobre a paz das águas. Onde o mar, agora só o rio e seus peixes imaginários... E se nos faltam já o vento e as marés, aqui avultam corredeiras, penhascos submersos, bancos insuspeitos de areia no meio calmo do nada. Eis, então, o limite; fecha-se o círculo: de tão próxima, a vida sufoca e dói... (Para Haroldo Jr., com foto "sugada" do Hiroshi Bogéa)

Dinheiro público

Por conta de convênio para a demarcação topográfica de diversos Projetos de Assentamento e o georreferenciamento do perímetro da gleba Tapirapé, o Ministério do Desenvolvimento Agrário liberou R$1.252.944,32 para a Coopserviços, do total de R$4.915.138,58. Foi no dia 29 de agosto, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

Mas será o Binidito?

No monólogo de surdos que foi o encontro de candidatos a prefeito de Marabá, no auditório da Seasp, na última quarta-feira (3), dois fatos merecem destaque. O primeiro, a crítica do candidato continuista João Salame, ao declarar que dinheiro público deve ser investido em obras públicas e "não gasto com escritório de advogados". Tem gente que jura ter sido uma carapuça arremessada diretamente na cabeça do seu patrono, Tião Miranda, que apesar de a Procuradoria Geral do Município possuir entre 15 e 18 advogados, contratou por R$ 120 mil a assessoria de Inocêncio Mártires. O segundo lance foi a resposta de Maurino Magalhães à pergunta de um presente, se ele já se achava o prefeito de Marabá: - Se fô da vontade de Deus...

Registro

A matéria aqui publicada sobre a denúncia da CGU sugerindo que a prefeitura manipulou licitação para favorecer a Construfox, foi censurada pelo jornal Correio do Tocantins, dentro da página "Política & Desenvolvimento", que produzo e sai aos sábados à página 3 do segundo caderno