Clube do Remo com fama de caloteiro
A situação, pelo visto, não anda
nada bem pelos lados do Baenão. Se não bastasse as dificuldades financeiras com
os jogadores que ainda permanecem em Belém, atrás da rescisão amigável com o
clube, o técnico Edson Gaúcho, demitido no dia 22 de agosto, ainda na primeira
fase da Série D, foi a público nas redes sociais afirmar que o diretor de
futebol do Remo, Albani Pontes, teria sustado os cheques usados na rescisão de
contrato.
Na tarde de ontem, o próprio
Edson Gaúcho usou sua conta no twitter para postar a mensagem em tom de
desabafo. A sequência de mensagens deixou clara a decepção do técnico com a
diretoria do clube, já mostrada inclusive durante a passagem dele pelo Remo.
“Minha decepcão da semana: Albany Pontes cara que se dizia meu parceiro ter o desrespeito
de sustar 3 cheques que ele me deu (de) rescisão”, postou Edson Gaúcho.
Em seguida, o treinador falou
sobre ter sido traído por alguém que considerava um bom profissional, e
ironizou a situação fazendo uma projeção inexistente para o Leão Azul. “por
isso, o Remo foi campeão esse ano subiu pra serie C. Fiquem na paz de Deus”,
postou.
Ao final, Gaúcho revelou que iria
rezar pelo diretor e pediu respeito do clube para com a torcida azulina. Edson
Gaúcho deixou o comando do Remo após seis jogos, sendo quatro vitórias, um
empate e uma derrota por 4 a 1 para o Penarol.
Por sua vez, Albani Pontes,
diretor de futebol do Remo, disse desconhecer a situação e que irá procurar o
ex-técnico para saber o que ocorreu a fundo. “Soube disso neste exato momento”,
enfatizou, seguindo. “Não sei do que se trata, mas vou ligar para ele amanhã
mesmo (hoje), para esclarecer qualquer eventual problema”, argumenta o diretor,
dizendo que, por parte da diretoria, nunca teve problemas com a comissão
técnica de Edson Gaúcho. (Diário do Pará)
Tristeza que parece não ter fim no Paysandu
Em mais uma partida abaixo da
expectativa, Paysandu e Santa Cruz (PE) não saíram do zero a zero no estádio
Olímpico do Pará pela 13º rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Com o
empate, tricolores e bicolores permanecem com 16 pontos e estacionados na sexta
e sétima posições, respectivamente. Agora, no próximo final de semana, o Papão
viaja para Marabá para enfrentar o Águia, no Zinho Oliveira, enquanto o Santa
recebe o Cuiabá, no Arruda.
Com os últimos resultados das
duas equipes na competição, o Paysandu marcando seis partidas sem vencer e o
Santa Cruz três, o jogo entre paraenses e pernambucanos prometia ser tenso e
nervoso devido ao tamanho que as duas equipes têm de representatividade no
futebol e também por estarem longe da zona de classificação à próxima fase, que
determina os times que garantirão o acesso à Série B.
E por precisar dar uma resposta
para o seu torcedor de que a equipe não briga para escapar do rebaixamento à
Série D, o alviazul paraense iniciou o jogo marcando o adversário em cima,
tentando abafar e roubar a bola ainda no campo de ataque. Porém, foi o coral
pernambucano quem teve a primeira chance de abrir o placar. Depois do
cruzamento, o atacante Denis Marques, livre dentro da área, cabeceou para fora,
aos 5 minutos do primeiro tempo.
Após o susto inicial, o técnico
Givanildo Oliveira observou que o adversário jogava no esquema com três
zagueiros, então orientou ao volante Vanderson recuar e trabalhar como um
terceiro zagueiro para dar maior liberdade aos alas e meio-campistas ao ataque.
Assim, a pressão bicolor aumentou e as chances começaram a aparecer.
Só que o velho problema de
finalização voltou a assombrar. Ao longo do primeiro tempo a equipe teve várias
oportunidades, mas o lance que poderia dar a vitória da partida aconteceu na
etapa complementar, com o atacante Moisés que, frente a frente com o goleiro
Fred, não teve a tranquilidade de colocar a bola no fundo da rede e arrematou
para fora.
Depois disso, o técnico Zé
Teodoro recuou o Santa para tentar sair nos contra-ataques e o Papão sufocou a
cobra nordestina. Entretanto, não foi o suficiente para que pudesse superar a
defesa adversária e sair do Mangueirão com os três pontos.
Quem foi ao Estádio Mangueirão
assistir a partida entre Paysandu e Santa Cruz percebeu que mais uma vez que o
time comandado por Givanildo Oliveira criou as melhores oportunidades de marcar
o gol da vitória, entretanto o calibre dos chutes não estavam em dia e por isso
o jogo não saiu de um chato zero a zero.
Depois desta 13º rodada, o
Paysandu experimentou cinco duplas de ataque diferentes, revezando entre seis
atacantes, para tentar acabar com esta secura de gols. Com apenas 15 gols
marcados em 13 jogos disputados, tem o sétimo pior ataque entre os 20 clubes da
Série C do Brasileiro. (Diário do Pará)
Após a derrota, João Galvão não deu entrevistas
O Águia de Marabá voltou a decepcionar
no Campeonato Brasileiro da Série C. Dessa vez, diante do lanterna da
competição. Na tarde de ontem, jogando na casa do adversário, o estádio do
Junco, os marabaenses não resistiram às investidas do Guarany de Sobral e
acabaram derrotados por 3 a 1. O Azulão volta para casa sem marcar nenhum ponto
e estagnado na quinta colocação. De quebra, continua sem vencer fora de casa e
com apenas mais cinco jogos na primeira fase para tenta se redimir na
competição.
No primeiro tempo, o time de João
Galvão bem tentou que o pior não acontecesse. Jogava de forma satisfatória, com
boas atuações dos meios campistas Marquinhos e Flamel. Aos 27 minutos, Flamel
perdeu grande chance, quando passou por vários marcadores, mas já de frente
para o gol, o goleiro Wanderley conseguiu desarmar o jogador. O domínio era
grande. Passava a sensação que o jogo seria fácil para o Azulão. Grande engano.
Aos 41 minutos, veio a primeira surpresa desagradável. Pedro Balú (sim, aquele
lateral que passou pelo Clube do Remo no inicio do ano e pouco fez) cruza a
bola na área e a zaga se atrapalha. Melhor para o meia Fernandes que não
desperdiçou: 1 a 0 para o Cacique do Vale.
Após o susto, o Águia voltou para
o segundo tempo disposto a empatar. Logo aos dois minutos, o atacante Wando
chutou bonito de fora da área, mas o goleiro defendeu. Oito minutos depois, o
zagueiro Douglas derruba Flamel na área. Pênalti que o próprio Flamel cobra,
marca e deixa tudo igual. Porém, quando se esperava que a equipe paraense
crescesse, veio o revés. Com garra, o time de Sobral não deixou a vitória
escapar: aos 15 minutos, o zagueiro Douglas se recuperou do pênalti cometido
fazendo o gol da virada e Fernandes, novamente ele, fecha o placar em 3 a 1.
No final do jogo, João Galvão não
falou com a imprensa. Dirigiu-se logo para o ônibus, onde já teve uma primeira
conversa com os jogadores. Todos estavam desolados e sem explicação convincente
para a derrota. “Fizemos um primeiro tempo bom, mas não jogamos tão bem no
segundo. Sentimos bastante o segundo gol deles e eles souberam aproveitar esse
nosso baque”, definiu o volante Daniel. (Diário do Pará)