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sexta-feira, 16 de março de 2012

Vale tudo


A tendência “PT pra Valer”, da deputada Bernadete ten Caten, gastou cerca de R$ 11 mil com a quitação de contribuição partidária anual de 712 filiados, habilitando-os a participar das prévias marcadas para 25 de março (no Campus I da UFPA, Nova Marabá, e Escola Elinda Simplício Costa, no Laranjeiras). Tudo na expectativa de que esses eleitores – só vota quem está quite – venham a escolher Luis Carlos Pies, marido da deputada, o candidato do partido à sucessão municipal. A denúncia chegou à reportagem dando conta, ainda, de assédio continuado às lideranças petistas da cidade.
Como se recorda, pela primeira vez o PT realiza prévias em Marabá, quando são indicados quatro pré-candidatos: Ademir Martins (Democracia Socialista - DS), Zuca da Emater (Articulação Socialista – AS), Marcelo Alves (Unidade na Luta – UL) e Luis Carlos Pies (PT pra Valer).
Segundo uma fonte, se não for alcançado 50%+1 dos votos válidos, haverá 2º turno emk 15 dias. Neste caso, as tendências DS, AS e UL deverão unir-se para derrotar o PT pra Valer e “acabar com a ditadura de três décadas dessa tendência em Marabá”.
Por volta de 11:20 desta sexta-feira o jornalista tentou contato telefônico com Luis Carlos Pies, chefe de gabinete do Incra, mas não foi atendido. 

Olha o arrastão!


Assaltantes armados agora acertaram com os escritórios de profissionais. Na quinta-feira à tarde, eles assaltaram consultório dentário na Cidade Nova, levando celular, dinheiro e chaves (de carro, casa etc.). os quatro pilas estavam com uniformes escolares.
Na Nova Marabá, também à tarde, escritório de advogadas trabalhistas foi igualmente tomado de assalto, com o roubo de celulares, notebooks, dinheiro e outros objetos. 

Da falta de luz e de caráter

Duas do excelente Parsifal Pontes:

Situação da Celpa é pior do que parece

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A situação financeira da CELPA é contabilmente falimentar: a concordada é um derradeiro suspiro caso a Eletrobras não se apresente à contingência de intervir na distribuidora.
> Todo o Grupo Rede estaria em dificuldades
Agrava a situação o índice de que, diferente do que se havia como certo, as amarguras de liquidez estendem-se à todo o Grupo Rede, que estoca um passivo de aproximados R$ 10 bilhões.
Em sendo a notícia verdadeira, responsabilidades do ministro das Minas e Energia devem ser cobradas: o ministério, que está por ofício obrigado a ter conhecimento destas idiossincrasias, não deveria ter consentido que o Grupo Rede continuasse a estocar dívidas, que ora se revelam impagáveis, quando a concessão que opera é de interesse público incondicional.
> Distribuição de energia no Pará ameaçada
O estado concordatário da Celpa pode levar a um colapso da distribuição de energia no Pará. A empresa não mais conseguirá crédito para tocar as suas atividades assim como não conseguirá fluxo de conta corrente para prover suas terceirizadas, principalmente aquela que lhe faz as manutenções das linhas.
Deste modo, o que a empresa já fazia mal, tende a piorar e, ao cabo, estagnar. Se a Eletrobras não pular no bonde e pegar o timão a estagnação tenderá ao descarrilamento.
> À merencória luz das lamparinas
Então viverá o Pará a ironia de, ao mesmo tempo, ter a maior geradora nacional de energia (Usina Hidrelétrica de Tucuruí) em seu território, tendo os mais abastados que ligarem os seus grupos geradores, e a geral voltar às lamparinas.
A luz das velas em determinadas conjunturas pode até ser romântico, mas na que se apresenta é uma tragédia protagonizada pela negligência.
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Caso prevaleça a Resolução 23.376 do TSE (que nega quitação eleitoral a quem não teve as contas de campanha aprovadas) nas eleições de 2012, para milhares de pré-candidatos o jogo termina no primeiro tempo ou pode acabar no tapetão.
Para tentar reverter a esquizofrenia judiciária superior (causada pela negligência parlamentar em legislar definitivamente sobre o assunto), o Partido dos Trabalhadores lidera um movimento no Congresso Nacional, que já tem adesão de mais 18 partidos, visando apresentar moção ao TSE para que seja revogado o dispositivo da resolução que versa sobre a matéria.
O PT argumenta que até a última eleição a rejeição das contas de campanha não era considerada para efeitos de expedir quitação eleitoral e o TSE não deveria exigir tal requisito já para 2012 quando milhares de processos ainda estão em fase de recurso.
A intenção é requerer ao TSE que difira a norma para as eleições a partir de 2014.

quarta-feira, 14 de março de 2012

No Dia da Poesia, um presente aos leitores


Enseada dos anos
Ademir Braz

O espelho me devolve a barba de vários dias:
umas cerdas brancas, duras, de velho cuandu.

Deve ser esse fascínio dos 600 anos... Para onde
fluíram em maciez e furor as antigas manhãs?
Onde as noites nevadas de espuma? Onde
o espanto de fardos e fados rarefeitos, verbo
em sangue no guardanapo dos botequins?

O cuandu ri no espelho... Envelhecer é isto?
Esse tumulto com os signos, este enorme,
colossal desapego à posse do supérfluo?
Que é o essencial, quando tudo esvaiu-se?

Ainda gosto de árvores, ternura e afagos;
de cães sarnentos e gatos de beco. Trago n’alma
a enseada morna que os abriga e aos amigos.
Grandes, por igual, são minhas amarras às coisas
que sejam pássaros, mar, plantas e silêncio.

Dessas coisas claras, certifico. Mas o que faço
das lembranças, tumultuárias buganvílias?

Os amores, comparo-os às tainhas de Maiandeua.
Quando as vi, na primeira vez, pareciam milhares
a saltar entre a praia do porto e o manguezal.
Se o tempo as trazia, em época exata de chuva e sol,
fervilhava o mar sob redes e barco, e  pescadores
colhiam mais cardumes que poderiam consumir
ou vender e que, mortos, relançados às marés,
prateavam de escama a fímbria macia do areal.
Tanto o desperdício que, não muito depois,
rarearam até sumir ao longe na costa do Marajó.

(As tainhas que amei, também migraram. Foram
acasalar  bem longe da minha rede de pescador.)

Estes idos amores, contudo, conservo todos aqui
(ainda que tenham durado a sina de uma rosa)...

                                    II
A primeira paixão, na luminosa adolescência,
Levou de mim para sempre a inocência.

                                III
Muitos anos depois, numa cilada, tomou-me
a alma encarcerada o amor mais repentino.
E fui, como um pássaro a bater-se no espelho
resgatar, quem dera, o que perdera em menino.

E vai, um dia, sumiu no arrebol a juruti fagueira...

Se eu tivesse, então, tirado de meus ombros
E lançado a fera à montoeira dos meus sonhos
Não haveriam mais pesadelos, mais escombros,
nem seria o amor senão a doida cachoeira
Que nos arrasta e leva pela vida aos tombos.

                                    IV

A muito amada sentou-se no muro e por trás dela
eu via a luz da casa com o brilho velado da vidraça.
Era um lugar de nome indígena, algo quase assim:
a muito amada vinha do colégio e eu, de muito longe:
da terra mesopotâmica do sol, a mochila encardida
do pó que o vento espalha ao norte dos agrestes.
Lá nos conhecemos, vivíamos, lá um bêbado amou-a
com amor que o fez perder-se dos parceiros de balcão.
Mas ela mudou-se e fui revê-la num insano impulso
e dei com esse vento de soturna lágrima e adeus.
Penso às vezes que morri naquela noite de pétalas
e transmutei-me em pássaro sem abrigo ou canto
e desde então peregrinei sem causa à parte alguma.
Sim, é quase certo que morri naquela noite de pétalas...
                                 
                                       V
Ninguém nunca mais é o mesmo depois do amor.
Ceifada a fonte, chegada a noite espessa da solidão,
rola a alma sem itinerário para lugar nenhum.

                                      VI

Eu, de mim, distribui o que sobrou da ventania.

                                      VII
Em Romana, andávamos nus, a companheira
a espiar navios feéricos sobre o verde mar.
Tão distantes e misteriosos!... À noite, apenas
vela acesa na curva imaginária do horizonte
enquanto nos amávamos sobre palafitas.

                                  VIII

Na cidade de cal, perdida no silêncio do cerrado,
a namorada levou seu visitante a um lugar estranho
- o centro geodésico de alguma coisa – onde havia
uma placa, seixo sem valor e um círculo cimentado
para receber alienígenas e discos voadores.
Lá, sentamo-nos na grama e não vi luzes na manhã.
Trouxe no bornal - e ainda deve estar aí nalguma parte -
um punhado de cascalho sujo e mítico, talvez resto
do que fora  abissal rochedo de  oceano profundo.

                                     IX

Eu olhava a luz a crepitar na chuva da madrugada.
Bebia aguardente e cerveja no bar soturno (só o dono
atrás do balcão) e olhava a luz imunda na rua insone.
Eu era só um artista sem certezas, e a cidade um pássaro
morto sob a chuva. Esse vulto em branco, entretanto,
está bem vivo e úmido à porta, os seios de romã, a face
alada do arcanjo que vai levar-me a qualquer parte.
Alva e transparente no vestido longo, ela pede vodka
e solta o corpo esguio numa cadeira mais ao longe.
Ergo-me e dou a mão ao fado inscrito na noite suja.
Então ela canta, e me dou conta que morrerei esta noite,
fugiremos para as estrelas acima da tempestade, rumo
às galáxias e outros sóis. Nunca mais voltarei! Mas antes
de largar-me quase morto à margem do trago e das taças,
três dias nos amamos entre  cachoeira e saranzais.

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Quer prender seu amor?


MPF assina ação contra Curió por sequestros na guerrilha do Araguaia



Procuradores pedem condenação do oficial que coordenou a repressão pelo desaparecimento de cinco militantes

O Ministério Público Federal assinou ontem (13) denúncia que será encaminhada hoje à Justiça Federal em Marabá em face do coronel da reserva do Exército do Brasil, Sebastião Curió Rodrigues de Moura (na época conhecido como Dr. Luchini), pelo crime de sequestro qualificado contra cinco militantes, capturados durante a repressão à guerrilha do Araguaia na década de 70 e até hoje desaparecidos.
Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Cordeira Corrêa (Lia) foram todos sequestrados por tropas comandadas pelo então major Curió entre janeiro e setembro de 1974 e, após terem sido levados às bases militares coordenadas por ele e submetidos a grave sofrimento físico e moral, nunca mais foram encontrados. Se condenado, Curió pode pegar de 02 a 40 anos de prisão.
Os sequestros ocorreram durante a última operação de repressão à guerrilha, deflagrada em outubro de 1973, denominada de Operação Marajoara e comandada pelo então major Sebastião Curió. “Houve ainda a institucionalização das agressões físicas e psicológicas, não apenas em face dos eventuais detidos, mas também da população civil local”, narra a denúncia criminal do MPF.
“As violentas condutas de sequestrar, agredir e executar opositores do regime governamental militar, apesar de praticadas sob o pretexto de consubstanciarem medidas para restabelecer a paz nacional, consistiram em atos nitidamente criminosos, atentatórios aos direitos humanos e à ordem jurídica. Note-se, aliás, que “o Estado brasileiro reconheceu oficialmente a existência dos ilícitos de sequestro” e desaparecimento de pessoas no episódio do Araguaia, lembra o MPF na peça acusatória.
A denúncia criminal chega à Justiça depois que um Procedimento Investigatório Criminal foi aberto pela Procuradoria da República em Marabá em 2009. Desde então, procuradores da República vinham reunindo documentos e organizando os relatos sobre a guerrilha coletados desde 2001. Após a requisição de informações e a colheita de outras declarações e depoimentos mais recentes de testemunhas, ex-militares e colonos, o MPF no Pará selecionou os primeiros casos de sequestro durante a guerrilha a serem denunciados, por se tratar de crimes permanentes.
A denúncia é assinada pelos procuradores da República Tiago Modesto Rabelo e André Casagrande Raupp, de Marabá, Ubiratan Cazetta e Felício Pontes Jr., de Belém, Ivan Cláudio Marx, de Uruguaiana, Andrey Borges de Mendonça, de Ribeirão Preto e Sérgio Gardenghi Suiama, de São Paulo.
Crime permanente - Para o MPF, é “irrelevante a mera suspeita de que as vítimas estejam mortas”. “O fato concreto e suficiente é que após a privação da liberdade das vítimas, ainda não se sabe o paradeiro de tais pessoas e tampouco foram encontrados seus restos mortais”, diz a ação, que acusa Curió, “em razão de sua participação material e intelectual” nos fatos objeto da denúncia, de ser “um dos poucos agentes criminosos que ainda tem o conhecimento atual da localização das vítimas sequestradas”.
O MPF cita que os relatórios e registros históricos existentes sobre as supostas mortes das vítimas “não interferem na tipificação do delito (de sequestro), pois, além de imprecisos e inespecíficos, não trazem elementos indicativos dessas mortes – e de suas circunstâncias”. “Aliás, os restos mortais dessas vítimas sequer foram localizados. Prova material há efetivamente do sequestro e dos maus tratos. Nada mais”, diz a denúncia.
Os procuradores da República ressaltam que, como os crimes são permanentes - pois não se sabe ao certo do paradeiro das vítimas, que permanecem desaparecidas -, não se pode cogitar de prescrição ou da anistia. Por esse motivo, a ação afirma que a decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 153, quando foi decidida a validade da Lei de Anistia, não impede a responsabilização criminal por crime de sequestro.
O MPF afirma que, para fins penais, não se pode presumir a morte, e lembra também, nesse mesmo sentido, recentes decisões do Supremo Tribunal Federal tratando da extradição de militares argentinos implicados no mesmo tipo de crime cometido pela ditadura militar naquele país. “Embora tenham passado mais de 38 ano do fato imputado ao extraditando, as vítimas até hoje não apareceram, nem tampouco os respectivos corpos, razão pela qual não se pode cogitar, por hora, de homicídio”, disse o ministro Ricardo Lewandowski em um dos casos.
Corte Interamericana - Os cinco crimes de sequestro identificados pelos procuradores foram levados à Justiça pouco mais de um ano depois que a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre o caso Araguaia determinou que: “o Estado deve conduzir eficazmente, perante a jurisdição ordinária a investigação dos fatos do presente caso a fim de esclarecê-lo, determinar as correspondentes responsabilidades penais e aplicar efetivamente as sanções”.
A Corte ainda determinou que a promoção da responsabilidade penal dos autores deve ser cumprida em um prazo razoável. E, por se tratar de violações graves aos direitos humanos, o Estado não poderá aplicar a Lei de Anistia em benefício dos autores, nem como nenhuma outra disposição análoga, prescrição, irretroatividade da lei penal, coisa julgada ou qualquer excludente similar de responsabilidade para eximir-se da obrigação de punir os autores desses crimes.
O cumprimento da decisão da Corte IDH, no particular, vem sendo atualmente acompanhado pelo Grupo de Trabalho Justiça de Transição, responsável por discutir as estratégias de atuação e orientar os procuradores da República em âmbito nacional. O grupo de trabalho, criado em outubro de 2011 pela 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, é constituído por procuradores da República de diversos Estados do pais.
Os sequestros – Durante a repressão à guerrilha no Araguaia, as Forças Armadas estabeleceram bases em Marabá (Casa Azul, Incra, um presídio militar e a base conhecida como Bacaba), Xambioá, Araguaína, Araguatins e São Domingos do Araguaia (Oito Barracas e São Raimundo). A militante do Pc do B Maria Célia Correa, conhecida como Rosinha, foi vista por várias testemunhas na base da Bacaba, depois de ter sido capturada em janeiro de 1974. Ela estava sob a guarda das Forças Armadas e está desaparecida desde então. Uma das testemunhas declarou inclusive tê-la visto amarrada em uma cadeira de choque.
Além dos choques elétricos, camponeses e moradores da região do Araguaia que conseguiram sair vivos das bases do Exército relataram ao MPF, em diversos depoimentos, outros tipos de agressões, sevícias e maus-tratos que ocorriam nas bases militares sob o comando do major Curió e muitas vezes por ele infligidas pessoalmente aos militantes e colonos ilegalmente detidos.
Outro desaparecido, Hélio Luiz Navarro Magalhães, conhecido como Edinho, também foi visto com vida na base da Bacaba, após ser ferido a bala em confronto na mata, preso ilegalmente por homens de Curió e levado de helicóptero. Assim como no caso de Rosinha, várias testemunhas viram Edinho ser colocado vivo no helicóptero e chegar em uma maca à base militar. As testemunhas dizem que, depois disso, ele nunca mais foi visto.
No caso do guerrilheiro Daniel Ribeiro Callado, o Doca, testemunhas afirmam tê-lo visto vivo na base militar, de onde foi retirado de helicóptero e depois nunca mais encontrado. A prisão ilegal de Doca com vida foi registrada por ex-militares e colonos, que presenciaram inclusive o Dr. Luchini (Curió) esmurrar e chutar o guerrilheiro Daniel Ribeiro enquanto este estava privado de sua liberdade. Além disso, consta ainda da ação declarações no sentido de que Doca foi coagido a indicar a localização de outros dissidentes políticos.
Outro personagem conhecido da repressão, o tenente José Jimenez, na época conhecido como Chico Dólar, foi quem relatou ter prendido em 24 de janeiro de 1974 o guerrilheiro conhecido como Piauí, Antônio de Pádua Costa. “Jimenez afirma que Piauí foi duramente torturado na base de Bacaba, sendo então posteriormente levado com vida à base denominada Casa Azul, em Marabá”, relata a ação do MPF. Jimenez confirmou todas as informações em seu depoimento à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Além do testemunho dele, o MPF contabilizou 9 testemunhas que viram Piauí vivo depois de preso ilegalmente pelos homens de Curió e uma fotografia dele detido também foi encontrada durante as missões de busca feitas no Araguaia.
Em depoimento ao MPF, dois ex-militares que participaram da operação Marajoara afirmaram que Telma Regina Cordeiro Corrêa, a Lia, chegou presa na base militar no dia 07 de setembro de 1974. Disse ainda que “Sebastião Curió estava presente quando do interrogatório de Telma Regina, tendo sido ela posteriormente levada para a casa do comando. Em seguida, foi ela entregue ao capitão Cabral e levada de helicóptero supostamente para Brasília. Ela continua desaparecida até hoje.
O processo contra o major Curió tramitará na Justiça Federal de Marabá e ainda não possui numeração.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Amigo manda os quadrinhos de Araguaína.
E está coberto de razão!

Outro que já vai tarde!


A queda do cartola Ricardo Teixeira

Por Altamiro Borges

Depois de muita agonia, finalmente os torcedores podem comemorar: na manhã de hoje (12), o cartola Ricardo Teixeira anunciou a sua renúncia à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao Comitê Organizador da Copa-2014 (COL). A sua queda já era esperada há tempo, mas ele adiou a saída para preparar, nos bastidores, uma transição menos traumática. Quem o substitui na CBF é o seu fiel aliado José Maria Marin, o ex-governador malufista de São Paulo.

Mesmo assim, a queda evidencia a fragilidade do bando que dirige a entidade máxima do futebol brasileiro há duas décadas. Além dos protestos crescentes dos torcedores nos estádios, Ricardo Teixeira vinha perdendo influência política. A presidenta Dilma Rousseff sequer o recebia mais em audiências. Para piorar, cresceram as denúncias de corrupção envolvendo sua gestão na CBF. Até a TV Globo, que sempre protegeu o cartola, percebeu que era o momento de deixar o barco.

*****

Tutti buona genti


Do blog do Barata:

FICHA LIMPA – Chico, Rocha e Seffer vetados

        Segundo o site Congresso em Foco, um deputado estadual e dois ex-deputados paraenses, um federal e outro também estadual, estão fora das próximas eleições, devido a Lei da Ficha Limpa. A lei alcança o deputado estadual Chico da Pesca (PT), o ex-deputado federal petista Paulo Rocha (foto) e o ex-deputado estadual Luiz Afonso Sefer (ex-DEM, hoje PP). A matéria do site pode ser acessada pelo endereço eletrônico abaixo:


        Em seguida, a transcrição, na íntegra, da situação de Chico da Pesca, Paulo Rocha e Luiz Afonso Seffer, segundo a matéria do Congresso em Foco:

Chico da Pesca (PT) - O deputado estadual teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) em agosto do ano passado. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, Chico incluiu centenas de pessoas irregularmente no Registro Geral da Pesca em troca de votos, o que configura abuso de poder político e econômico e compra de votos. Ele foi superintendente federal da Pesca no governo Lula. Com base na Lei da Ficha Limpa, Chico foi condenado a oito anos de inelegibilidade e multado em R$ 50 mil. Ainda cabe recurso. O esquema foi descoberto depois que a Controladoria Geral da União notou um aumento inexplicável do número de registros de pescadores no período anterior à eleição. O registro dá direito ao cidadão de requerer benefícios como o seguro-defeso.

Luiz Sefer (PP) - Acusado de pedofilia e de manter uma garota em cárcere privado, o médico renunciou ao mandato de deputado estadual em 2009. A renúncia se deu logo após a apresentação de uma representação do Psol, que pedia a cassação de seu mandato. Pela Lei da Ficha Limpa, fica inelegível por oito anos a contar do término do mandato (janeiro de 2010) para o qual foi eleito. Sefer foi investigado por uma CPI do Senado e por outra, da Assembléia Legislativa, por ter, supostamente, violentado uma menina que morou na casa dele por quatro anos, dos nove aos treze.

Paulo Rocha (PT) - Acusado de participar do esquema do mensalão, o petista renunciou ao mandato de deputado federal em 2005 para escapar do processo de cassação. Naquele momento, porém, já havia sido apresentada uma representação contra ele. Pela Lei da Ficha Limpa, Rocha fica inelegível por oito anos a contar do término daquele mandato, em janeiro de 2007. Ou seja, até janeiro de 2015. Depois da renúncia, Rocha voltou à Câmara em 2007 e exerceu quatro anos de mandato. Tentou, sem sucesso, uma vaga no Senado em 2010. Inicialmente teve o registro de candidatura indeferido, mas acabou beneficiado pela decisão do STF de adiar a aplicação da Ficha Limpa para 2012. Mas não teve votos suficientes para se eleger.

FICHA LIMPA – Jader livre de veto

        De acordo com oCongresso em Foco, o senador Jader Barbalho (foto), o morubixaba do PMDB no Pará, está livre do veto imposto pela Lei da Ficha Limpa, conforme explica o site, em matéria que pode ser acessada pelo endereço eletrônico abaixo:


        A respeito de Jader Barbalho, eis o que informa a matéria do Congresso em Foco:

Jader Barbalho (PMDB) – Figura política controvertida, Jader voltou ao Senado um ano após receber 1,8 milhão de votos dos eleitores paraenses. Ele já presidiu a Casa e renunciou ao mandato após ser alvo de uma série de denúncias, em meio a uma queda de braço com o então senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Na época, por conta da disputa, ele acabou renunciando ao mandato em 2001. Ele ficaria no cargo até 2003. Como os ministros decidiram que a Lei da Ficha Limpa vale para condenações e renúncias ocorridas antes de 2010, conta-se o prazo de oito anos. Oito anos depois de 2003 é 31 de janeiro de 2011. Portanto, Jader não está mais inelegível.

Marabá adota selo de qualidade de alimentos


Marabá adota selo de qualidade de alimentos (Foto: )
A vontade de colocar a teoria em prática e criar um trabalho efetivo para assegurar a produção de alimentos e refeições livres de qualquer tipo de contaminação, mesmo em grandes cozinhas e em larga escala, foi o pontapé inicial para a criação do Projeto Qualidade e Segurança em Sistemas de Alimentação Coletiva, pelos alunos de Tecnologia Agroindustrial em Alimentos do campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa) em Marabá. As atividades iniciaram em 2008, quando a hoje ex-aluna Tainara Castro, então voluntária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), sugeriu ao coordenador do campus, professor Seidel Santos, um trabalho que colocasse estudantes de Tecnologia Agroindustrial dentro da cozinha da sede da entidade. O objetivo: orientar os funcionários sobre como lidar com os alimentos de forma a garantir a saúde dos que deles se alimentam.
A ideia foi um sucesso e o projeto cresceu de tal forma que, há dois anos, chegou às ruas do município para fiscalizar a comida comercializada por vendedores ambulantes e inspirou até mesmo a criação de um selo de qualidade.
QUALIDADE
De acordo com Seidel, a ação, hoje desenvolvida por ele em parceria com outros dois professores do núcleo e 13 universitários, visa capacitar pessoas que manipulam alimentos diariamente para que eles se adequem às normas de segurança e higiene estabelecidas por órgãos fiscalizadores e pela própria Vigilância Sanitária. Depois de 2008, com o apoio da coordenação do campus, o projeto foi institucionalizado como projeto de extensão e conta com a supervisão técnica da professora Ellen Vanessa da Costa, também do curso de Tecnologia Agroindustrial.
Tainara se formou no ano passado, mas as atividades continuaram - e, no que depender dos responsáveis, deve chegar ao status de programa permanente para atender a outros municípios.
“Seguindo as premissas do projeto, é possível combater as doenças mais frequentes transmitidas pelos alimentos, e a nossa meta é chegar ao ponto de garantir que um alimento e o ambiente onde ele é vendido ou consumido não ofereçam riscos à saúde dos consumidores”, explica. A formação desses profissionais acontece na própria universidade, em laboratórios de alimentos e auditórios, e ainda em cozinhas externas.
Esse foi o caso da Apae, onde são realizados treinamentos com atividades teóricas e práticas. A orientação envolve todas as fases do processo: controle de estoque, checagem da validade dos itens utilizados, o que entra e o que sai da cozinha, forma de preparo e higienização dos alimentos, dentre outros. (Ascom Uepa)
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Quem dera tivéssemos, também, um controle rígido da qualidade de prefeitos e vereadores...