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terça-feira, 24 de abril de 2007

Carajás, estado

Deu no blog do Waldyr Silva, de Parauapebas, nesta segunda-feira: Redivisão territorial do Pará divide opinião de deputados A Assembléia Legislativa do Pará (Alepa) debateu na manhã desta segunda-feira (23) a redivisão territorial do estado, numa sessão especial requerida pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS).A sessão teve a participação do vice-governador Odair Correia, dos deputados federais Giovanni Queiroz (PDT), Zenaldo Coutinho (PSDB), Asdrúbal Bentes (PMDB), Zequinha Marinho (PMDB) e Zé Geraldo (PT), e de 21 deputados estaduais, além do secretário executivo da Associação dos Municípios da Calha Norte, do Movimento (Amucan), Antônio de Figueiredo Neto, do coordenador do Movimento pelo Plebiscito de Criação do Estado do Tapajós, Edwaldo Bernardo, e do presidente da Sociedade de Preservação dos Recursos Naturais da Amazônia (Sopren), Camilo Viana, e de dezenas de lideranças políticas das regiões oeste e sul do Pará.O vice-governador, que já presidiu um movimento pelo Estado do Tapajós, defendeu a nova postura do governo do Estado de regionalizar a administração para atender toda a população, mas criticou o fato de 480 mil paraenses do oeste do Pará terem migrado para o Amazonas em busca de melhores condições de vida.Divisão de opiniãoPara o deputado Arnaldo Jordy, sem uma reordenação do pacto federativo que assegure um diferencial capaz de promover a superação de desigualdades entre as regiões, dividir seria fragmentar o subdesenvolvimento.Segundo o parlamentar, é preciso superar desigualdades como as que se vê nos investimentos do BNDS que, de R$ 52,3 bilhões investidos no país, em 2006, destinou 60% dos recursos para o sudeste (R$ 31,414 bilhões) contra apenas R$ 1,318 bilhão destinado ao Norte. Ele criticou a visão maniqueísta com que o assunto é tratado e alertou: “Podemos estar mordendo a isca do processo de exclusão e marginalização do Pará”.Os deputados das regiões sul e oeste do Pará declararam abertamente o seu voto na criação dos novos estados do Tapajós e de Carajás, a exemplo de Alexandre Von (PSDB), Josefina Carmo (PMDB), Júnior Ferrari (PTB) e Carlos Martins (PT).Os deputados Parcifal Pontes (PMDB), João Salame (PPS) e outros se posicionaram pela criação do estado de Carajás. O assunto também divide os deputados federais. Zenaldo Coutinho defendeu a integridade do estado, opinião da qual não comungam Zequinha Marinho, Asdrúbal Bentes e Giovanni Queiroz, que defenderam a criação do estado de Carajás.Dividida quanto à criação dos novos estados, a maioria dos deputados, entretanto, defende o direito da população de ser consultada sobre o assunto.Carlos Bordalo (PT) disse que vai apresentar requerimento à Mesa para que a Assembléia Legislativa se manifeste a favor do plebiscito que foi defendido pela maioria dos presentes.João Salame criticou o fato de o estado ter investido centenas de milhões de reais em obras como o Mangal das Garças, Estação das Docas e o Centro de Convenções, todas em Belém, enquanto em Marabá e Santarém, cidades cotadas para capital dos possíveis estados de Carajás e do Tapajós, não houve investimento algum nessa área. Pará corre risco de sofrer boicote internacional O Estado do Pará corre risco de sofrer boicote a nível internacional por conta dos compradores de ferro-gusa das indústrias de Marabá, sob a alegação de que as empresas estejam cometendo crime ambiental, no consumo de carvão vegetal de origem ilegal, e por isso vendendo produto mais barato para o mercado internacional.Em defesa da indústria paraense, o governo do Estado deve firmar Termo de Ajuste de Conduta com as produtoras de ferro-gusa, para que estas se enquadrem na legislação ambiental e trabalhem na legalidade. O eventual boicote não prejudicaria apenas as empresas guseiras, mas o estado do Pará.

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