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quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Vale inicia corte de fornecimento a guseiras

A Companhia Siderúrgica do Pará S/A - Cosipar; a Ferro Gusa do Maranhão Ltda – Fergumar; Siderúrgica do Maranhão S/A – Simasa; e a Usina Siderúrgica de Marabá Ltda - Usimar terão a rescisão imediata dos seus contratos de fornecimento de minério de ferro pela Vale do Rio Doce. É o que informou à tarde de ontem a assessoria de imprensa da mineradora. Segundo a nota, em em 28/08/2007 a Vale enviou correspondência a oito empresas produtoras de ferro gusa, solicitando que apresentassem informações e documentação suficientes para atestar que operam na mais absoluta conformidade com as leis ambientais e trabalhistas. Após a análise da documentação apresentada pelas oito empresas, ela decidiu suspender a entrega de minério às guseiras acima relacionadas. Itasider Usina Siderúrgica Itaminas S/A – Itasider; Siderúrgica Ibérica do Pará S/A – Ibérica; Siderúrgica do Maranhão S/A – Viena; e Siderúrgica Marabá S/A – Simara, têm 15 dias, desde ontem, “para que apresentem novos documentos, de forma a permitir uma análise mais adequada e conclusiva”, diz a nota da empresa. Lucros e investimentos A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) dará entrevista coletiva hoje, sexta, a partir das 13h00, em sua sede no Rio de Janeiro. O Diretor-Executivo de Finanças, Fábio Barbosa, falará sobre os resultados da companhia no terceiro trimestre de 2007 por videoconferência com tradução simultânea para o inglês e francês. A multinacional vai anunciar que um ano após inaugurar a maior mina de ferro a céu aberto do mundo, a Brucutu, em Minas Gerais, abrirá outra ainda maior, a poucos quilômetros de distância. Segundo relatório da corretora Link, a nova mina 'gigante' receberá investimentos da ordem de US$ 2,2 bilhões, e deverá ser construída num prazo de cerca de 36 meses, segundo o engenheiro responsável pela área de ferrosos da empresa em Minas. A Vale talvez anuncie também, como fez esta semana em carta circular ao governo federal e à governadora Ana Júlia, do Pará, que investirá US$ 45,5 bilhões no Brasil, chegando a um total de cerca de 148 mil empregos próprios e terceiros em 2012. Os investimentos sociais para 2008 devem chegar a US$ 260,3 milhões, aumentando em cerca de 42% em relação a 2007, de US$ 183,3 milhões. Na área ambiental, entre 2008 e 2012, a projeção de dispêndio será de US$ 1,8 bilhão. “Somente no Pará, acrescenta, os dados são o seguinte: US$ 20 bilhões no estado do Pará, chegando a um total de 68 mil empregos próprios e terceiros até 2012. Os investimentos sociais para 2008, também no estado do Pará, devem ultrapassar US$ 98 milhões, aumentando em mais de 37% em relação àqueles realizados no ano de 2007, de US$ 71,6 milhões. Na área ambiental, a projeção de dispêndio, entre 2008 e 2012, é de mais de US$ 690 milhões.” No primeiro semestre deste ano, a Vale obteve lucros líquidos de 11 bilhõ0es de reais contra R$ 14 bilhões em todo o ano passado, “decorrente da competência da empresa, dos preços elevados das commodities no mercado internacional e do surgimento de novos compradores, ou sobretudo, das taxas de crescimento da China”, segundo o jornalista Lúcio Flávio Pinto, mas também em razão da “isenção de impostos, os créditos favorecidos, a colaboração financeira oficial e o baixo valor da remuneração do trabalho.”

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