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quarta-feira, 26 de março de 2008

E o “Macarrão”, nada?...

Prefeito Paulo Jasper, o “Macarrão”, desabafa que em razão da operação do Ibama, Força Nacional de Segurança, Secretaria de Meio Ambiente e Polícia Federal, “Tailândia virou palmatória da Amazônia, do Brasil e do mundo”. Tailândia é aquele município onde a Operação Arco de Fogo, em andamento, já apreendeu até agora mais de 23 mil metros cúbicos de madeira ilegal, em tora e serrada, aplicou mais de R$ 23 milhões em multas, destruiu 1.175 fornos clandestinos, desmontou completamente 4 serrarias, embargou outras 10, e já contabiliza mais de 4 mil hectares desmatados. Terra boa!... Embora prefeito, porquanto representante do poder público, Paulo “Macarrão” fala como se não tivesse nada a ver com isso, essa desenfreada destruição da natureza em sua doce e virtuosa Tailândia. Ora, a Constituição Federal, que deveria ser livro de cabeceira de todos os cidadãos e cidadãs, dedica um capítulo inteiro (o VI do Título VIII – Da Ordem Social, art. 225), ao meio ambiente e onde se diz que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Para assegurar esse direito, incumbe ao poder público, entre outras coisas, proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. Enquanto prefeito, “Macarrão” representa o poder público. Assim, quando sai em defesa da permanência de atividade lesiva ao meio ambiente, mesmo a pretexto de assegurar trabalho e renda, motivos ali assentados em atividade criminosa, ele está renegando sua obrigação para com o interesse e o direito da comunidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

"MADEIRA LEGAL É MADEIRA PLANTADA" o resto é crime contra a História Natural e contra a humanidade.