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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Contra a vida

Da janela do segundo pavimento de um prédio no centro da Cidade Nova é possível ver, no horizonte não tão longínquo, a fumaça da lixeira municipal que avança, esbranquiçada, sobre a cidade desprotegida. Um pouco mais à direita, a intervalos, expiram os pulmões enegrecidos do distrito industrial o ar contaminado por gases e resíduos. Noite e dia, todos os dias dos últimos anos, fumaça, gases e grânulos insolúveis cobrem como um verniz cada vez mais visível e espesso a cidade e seu entorno cada vez menos verde, diariamente mais árido e quente.

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