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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Conta de chegada

Começam a pipocar indícios que a administração de Maurino Magalhães (PR), iniciada em primeiro de janeiro, será tanto ou mais desastrada do que nos cinco meses em que ficou na prefeitura durante a cassação de mandato e afastamento de Tião Miranda em 2007. Por questões de segurança, cuja origem ele não fala nem discute com ninguém, Maurino só anda agora guarnecido por dois policiais militares a paisana. Da mesma forma a sua mulher. Na cidade as fofocas dão explicações nem tanto fantasiosas, como a de que teria faltado acerto de contas com financiadores de inúmeras latitudes da campanha milionária que ele promoveu e agora estaria com dificuldade para resolver. Um desses “credores” estaria pedindo a bagatela de R$ 3 milhões para já, na bucha, senão... Daí a tutela militar descaracterizada. Enquanto na maior parte das prefeituras nacionais os recém-eleitos reduziram a quantidade de secretarias que receberam, em Marabá Maurino elevou o número para 25 com o desmembramento de algumas, por exemplo, aquela que se esfacelou em Cultura, Turismo e de Desportos e criação de outras impensáveis e despropositadas como a de Segurança Pública Municipal. As contas não pagas por Tião já principiam a chegar ao gabinete. A dos ex-prefeitos quase bate nos R$ 2 milhões, o que levou Maurino a peregrinar pelo Tribunal de Justiça do Estado propondo parcelamento. O processo de indenização do núcleo urbano do km-07, incorporado a forceps na malha da Nova Marabá, que transitou irrecorrivelmente em julgado na mais alta instância, chega aos R$ 100 milhões, mais ou menos um terço do orçamento de 2009. Na Justiça Comum avultam as ações indenizatórias, por conta do desrespeito oficial à propriedade privada. Há uma que pede R$ 3 milhões de indenização por conta de uma chácara com quase 25 anos que foi invadida, depredada e loteada pela administração Tião Miranda, sem o devido processo desapropriatório. A expectativa também se adensa em torno do que virá da parte do governo federal, cuja Controladoria Geral da União flagrou em fiscalização de 17 de outubro de 2007 a 11 de janeiro de 2008, diversas irregularidades na aplicação de recursos federais em 18 ações de governo executados na base municipal sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas. Até nosso Ministério Público Estadual constatou o sumiço de R$ 6 milhões nas obras do cais do rio Tocantins. Quem vai pagar, claro, é o contribuinte.

Um comentário:

Anônimo disse...

É incrível, como tem gente que não se manca, com a falta de policiamento nas ruas, pq o prefeito não contrata uma empresa de segurança privada pra andar com ele e a sua mulher ? As secretarias da PMM parecem ser a extensão da Igreja Assembléia de Deus, isso é uma vergonha !