Pages

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Prata da casa

Em razão do seu compromisso com as causas sociais na região, o advogado José Batista Gonçalves Afonso recebeu, ano passado, o Prêmio João Canuto, do Movimento Humanos Direitos. Teólogo, membro da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), desde 1996 ele atua junto à Comissão na diocese de Marabá, sudeste do Pará. José Batista também é um dos articuladores nacionais da Rede Nacional dos Advogados Populares (Renap) e compõe a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará. Atualmente, advoga ainda em causas de camponeses ligados a 16 Sindicatos de Trabalhadores Rurais, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Pará (Fetagri), ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Em recente entrevista ao site IHU On-line, Batista disse que em 40 anos, mais de 800 pessoas foram assassinadas no Estado do Pará por seu comprometimento com a luta pelos direitos humanos. De todos os criminosos envolvidos – geralmente fazendeiros –, somente sete mandantes foram levados a júri popular. E apenas seis foram condenados. O outro foi absolvido. Justamente o que mandou matar a Irmã Dorothy Stang. Vale a pena ler (e arquivar, para não esquecer) no site da IHU On-line a extensa entrevista que o advogado deu por telefone sobre a impunidade que reina em torno do assassinato de lideranças sociais na luta pela reforma agrária, e a omissão dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Todo o meu respeito aos advogados das cusas populares... Parabéns ao Batista!!!!!