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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DIM no fosso

É braba a crise no Distrito Industrial de Marabá. As guseiras Ibérica, Maragusa, Da Terra, Usimar e Terranorte estão paradas desde setembro de 2008. Escapam da quebradeira a Sinobras, produtora de aço, e a Cosipar, funcionando a meio pau. Aliás, a Sinobras é a exceção da regra. Mas, diz uma fonte, vive sujeita às mais absurdas exigências dos fiscais do Ministério do Trabalho, em busca de irregularidades trabalhistas. Hoje, a tonelada de gusa gira em torno de US$ 300, quando ano passado variava de US$ 850 a US$ 900. Ainda assim, falta comprador, enquanto o dólar anda quase 50% desvalorizado em relação ao real. Há siderúrgica com floresta pronta para corte, mas não vale a pena aumentar a produção. Paralelamente, as empresas perdem fazendas para as invasões de terra. A Cosipar, por exemplo, perdeu três áreas grandes: as fazendas São José, Jatobá e Água Fria, onde desenvolvia projeto de manejo e suprimento de matéria-prima. A Simara, por seu lado, perdeu a fazenda Escada Alta, indenizada com os famosos TDAs (Títulos da Dívida Agrária, já considerados “moeda podre”). Noutra ponta ainda mais frágil, mais de três mil e quinhentas pessoas perderam o emprego. Ao longo de três a cinco meses,elas ainda puderam viver do seguro-desemprego, mas esse também já acabou sem que tenham voltado ao emprego.

Um comentário:

Anônimo disse...

As coisas vão se ajeitando conforme a lei do mercado e da justiça. entre esses guseiros, alguns sujeitos que realmente merecem estar defenestrados dos postos de ilustres onde até bem pouco tempo estavam. Em maioria são oportunistas covardes que durante as "vacas gordas" não fizeram outra coisa senão patrocinar a destruição impiedosa do meio ambiente e da dignidade dos funcionários, deixando o exemplo do que um empresário não deve ser. Que fiquem somente os dignos!