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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

“Ai daquele que acumula o que não é seu”

propósito da crônica do Dr. Valdinar Monteiro, recebi do amigo e colega Plínio Pinheiro Neto o comentário que, por ser enormemente válido nesses tempos obscuros e de vaidade sem causa em que vivemos em Marabá, deve ser compartilhado para análise e cotejo com a realidade.

Parece difícil entender o que o nosso amado irmão em Cristo Jesus, Valdinar Monteiro de Souza diz ao referir-se à autoridade e ao seu manuseio pelos homens. Na verdade é a autoridade que tem procedência divina e não o eventual agente da autoridade. Agora, quando a autoridade que tem procedência divina está, temporariamente, nas mãos de alguém, por um principio bíblico devemos respeitar este momentâneo agente da autoridade. Não temos obrigação de conviver com ele, pois o salmista nos fala no Salmo nº 1, quenão devemos nos assentar com os escarnecedores”, no entanto, temos o dever de respeitá-lo e, também, de alertá-lo quanto a responsabilidade que detém sobre os seus ombros, pois, se a autoridade for usada de forma desagradável a DEUS o preço a pagar será muito alto. A história antiga e recente nosvários exemplos disso, quanto ao que aconteceu com reis, presidentes, governadores, prefeitos, autoridades eclesiásticas, etc., que transgrediram os princípios divinos e usaram a autoridade DELE como se sua fosse.
Vejo na eleição de alguém que se diz servo de DEUS uma grande oportunidade de este alguém permitir que ELE se glorifique em sua vida e acima de tudo, em seus atos. Preocupo-me, pois ele pode ser uma grande benção na vida dos comandados ou governados, em geral, e na vida do povo de DEUS e consequentemente, na obra do SENHOR no local em que exercer a autoridade. Tudo vai depender do seu testemunho de vida. Não da vida passada, mas da vida nos anos em que o poder temporal estará em suas mãos.
A grande encruzilhada é esta! Ele pode ser uma benção na obra de DEUS, mas poderá ser, também, um grande desastre, quem sabe, de conseqüências difíceis de reparar. Tudo dependerá da sua conduta e da utilização que der à autoridade que não lhe pertence e que tem transitoriamente em suas mãos.
Tenho observado que alguns, todas as vezes que discursam ou tem oportunidade de manifestar-se em público, falam o nome de DEUS e dizem que tem um compromisso de fazê-lo. Isso é muito bom, porém, mais importante do que falar o nome de DEUS, é glorificá-lo em nosso procedimento diário, em nossas atitudes.
A pregação maior é aquela que fazemos comosal da terra e luz do mundo” (Mt 5.13), por isso, quando a “autoridade que procede de DEUS e em Seu nome é instituída” (Rm 13.1 b) e que, pela Sua misericórdia, transitoriamente é dada aos homens, está em suas mãos,  deve haver um esforço  por honrá-la, para o  bem espiritual do agente da autoridade e para honra e glória do Seu Santo Nome.
O profeta Isaias nos alerta sobre os que têm o nome de DEUS em seus lábios, mas tem o coração distante Dele (Is 29.13) e Mateus em seu Evangelho identicamente nos alerta ( Mt 15.8).
 A história nos conta que no ano 62 antes de Cristo, foi levantada uma suspeita sobre a conduta de Pompéia, mulher do imperador romano Júlio César e este a repudiou. Ao ser interpelado porque o fizera, que nada ficara provado, ele disse: “à mulher de César não basta parecer honesta, ela tem de ser honesta”. Não apenas o mundo nos alerta quanto a não vivermos de aparência, a Palavra de DEUS, exige que sejamos transparentes e retos em nosso agir.
A parábola da figueira estéril é um magnífico exemplo (Mt 21.18,19), pois se tinha bela folhagem, fatalmente devia ter frutos, que a figueira apresenta primeiro os pequeninos frutos na ponta dos galhos e depois nasce a folhagem. JESUS no evangelho de Mateus nos fala: “seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disso passar, vem do maligno” (Mt 5.37) e no livro de Apocalipse é dito à igreja de Laodicéia e a nós também: “conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te de minha boca” (Ap 3.15,16).
O meio termo não agrada a DEUS, ou somos o que ELE quer que sejamos e somos DELE, ou não somos e não temos comunhão com ELE.
Outro perigo muito grande para o servo do SENHOR quando está no exercício de um cargo público, é a tentação de se aproveitar das coisas públicas ou de permitir que os seus subordinados o façam. DEUS é muito duro quanto a isso e nos é dito em Habacuque: “Ai daquele que acumula o que não é seu” (Hc 2.6b) e mais: “Ai daquele que ajunta em sua casa bens mal adquiridos” (Hc 2.9ª) e ainda: “Porque a pedra clamará da parede e a trave lhe responderá do madeiramento” (Hc 2.11).
DEUS está dizendo pelo seu profeta, que a própria casa cairá sobre os que se aproveitam do que não é seu. Através do profeta Jeremias o SENHOR também admoesta os seus servos quanto a retidão: “Como a perdiz que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará, e no seu fim será insensato” (Jr 17.11).
O amado irmão Valdinar sente-se no dever de alertar os eventuais agentes da autoridade que procede de DEUS quanto aos riscos do poder temporal, sob a ameaça de incorrer naquilo que JESUS reverberou quando nos fala: “Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lc 19.40).

4 comentários:

Anônimo disse...

Ademir
Belas palavras do Plinio,mas me permito,sem nenhum reparo de mérito,lembrar que César teria dito que a mulher de César não basta ser honesta ela tem de parecer honesta.Digo isto porque o sentido do repudio era a opinião pública e não a pessoal dele.Mais de 2000 anos depois ainda nos debatemos com este dilema:cada qual se diz honesto e trabalha a opinião publica para ele proprio acreditar nisto.
Abraço
Antonio Pinheiro

Ademir Braz disse...

Diga aí, Antônio Pinheiro! Como você está?
Saúde no Ano Novo.

Anônimo disse...

Por aqui e varios outros lugares sempre lendo teu blog que me põe perto das coisas que nunca saem das minhas lembranças.Bom Ano Novo pra tí também,espero em breve ir ver o Itacaiunas dai do Canto Verde.
Antonio Pinheiro

Ademir Braz disse...

Quando você chegar, dá um toque.
Abração.