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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Por que diabos madeireiro não é preso no Pará?

Semana passada, a pedido do MPF, foi flagrada novamente a derrubada ilegal de árvores, mas após saída da PM madeireiros voltaram a ameaçar moradores do PDS Esperança
A situação permanece tensa em Anapu, na região da Transamazônica paraense, onde trabalhadores rurais do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança mantém desde a semana passada um bloqueio na estrada para impedir o trânsito de madeireiros que exploram ilegalmente a floresta do assentamento.
Hoje, 18 de janeiro, acontecerá uma reunião no local, com a presença da superintendente do Incra de Santarém, Cleide Antonia de Souza. Os assentados propuseram a colocação de guaritas de segurança nas entradas do assentamento, para coibir a invasão da área por madeireiros. A medida já foi tomada em outro assentamento de Anapu.
“Concordamos com a colocação das guaritas porque entendemos ser uma maneira mais permanente de impedir a invasão pelos madeireiros. E também vamos trabalhar para punir quem vende madeira para esses criminosos”, alerta o procurador da República em Altamira, Bruno Gutschow.
Na semana passada, após pedido do MPF, a Secretaria de Segurança Pública do Pará enviu homens da Polícia Militar para o local. Eles chegaram a apreender um caminhão carregado de toras retiradas ilegalmente, mas não fizeram nenhuma prisão. Após a saída da PM, de acordo com informações da Comissão Pastoral da Terra, os madeireiros voltaram ameaçar os assentados.
Hoje, o procurador Bruno Gutschow solicitou que a PM volte à área para acompanhar a reunião de amanhã, para garantir a segurança dos produtores rurais e também dos servidores do Incra. O secretário de segurança Luiz Fernandes já confirmou o envio dos policiais.
O padre Amaro Lopes e as freiras Jane Dwyer e Katia Webster, que continuam o trabalho da irmã Dorothy Stang em Anapu, estão no local onde os assentados bloquearam a estrada e continuam acompanhando de perto a situação. (Fonte: Ministério Público Federal no Pará)

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