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sábado, 13 de agosto de 2011

Descaso com o patrimônio público

 Telhado do Palacete Augusto Dias desaba 
Reformado há exatos cinco anos, o teto do Palacete Augusto Dias, que abrigou a Câmara Municipal de Marabá por várias décadas, desabou há cerca de um mês. O fato só foi revelado esta semana, quando a vereadora Vanda Américo (PV) denunciou o ocorrido no Plenário da Câmara, que lamentou o descaso do Poder Executivo para com aquele prédio, que fora entregue à Prefeitura para abrigar o Museu Municipal, que hoje ocupa uma área exígua na Fundação Casa da Cultura de Marabá.

Vanda revelou que o teto do antigo Plenário desabou parcialmente durante o mês de férias, por volta de 14 horas, e apenas as pessoas que passavam no local naquele momento perceberam, tomando um susto com o barulho. Todavia, durante uma forte chuva que caiu na cidade na manhã da terça-feira da última semana, o restante desabou também.
O Palacete Augusto Dias está fechado desde que o Poder Legislativo foi transferido para o novo prédio, na Agrópolis do Incra, no bairro Amapá, no final do ano passado. Quando Miguel Gomes Filho foi presidente da Câmara, entre 2007 e 2009, conseguiu aprovação de um Projeto de Lei para doação daquele prédio para o Museu Municipal, tão logo a Câmara mudasse para sua nova casa, que estava em construção.
A presidente seguinte da Câmara, Júlia Rosa, cumpriu a promessa e o prédio foi entregue ao Executivo, para que passasse por reforma e adaptação do espaço físico. Como é tombado como Patrimônio Histórico Municipal em 5 de abril de 1993, pelo prefeito Haroldo Bezerra, o Palacete Augusto Dias não pode sofrer mudança em sua estrutura física.
Apesar de estar com as portas fechadas à espera de reforma, o prédio público mais antigo da cidade conta ainda com vigilantes, que correm risco de sofrer algum dano físico, caso subam no 1º piso. Ai ficar sabendo da destruição do teto da Câmara, a vereadora Júlia Rosa, veterana naquele Poder, e que era presidente quando o prédio foi devolvido ao Executivo, lamentou a situação e disse que toda a mobília havia sido deixada no prédio, inclusive as centrais de ar condicionado, semi-novas.
 “É lamentável essa situação. A gente sonhava em ver aquele espaço de localização tão privilegiada fosse um centro da memória deste município, mas está esquecido”, desabafou.
O prédio foi construído entre os anos de 1936 a 1939, na gestão do então prefeito Augusto de Figueiredo Dias e passou pela última reforma em julho de 2006, período em que o atual prefeito, Maurino Magalhães de Lima atuou como presidente da Câmara. Àquela época, através de perícias do Corpo de Bombeiros e Centro de Perícias Renato Chaves, foi descoberto que o madeiramento havia sido destruído pelo cupim e apenas os fios de energia elétrica seguravam o foro.
 Uma reforma foi feita às pressas e no mês de agosto daquele ano o Palacete foi reinaugurado em meio à entrega de comenda para personalidades escolhidas pelos vereadores.
Depois que o teto desabou, há cerca de um mês, segundo uma das vigilantes que trabalham na guarda do prédio, a única providência foi determinação expressa por parte de um membro do Gabinete do Prefeito, de não permitir a entrada de ninguém, principalmente da Imprensa.
O mais estranho é que nem Corpo de Bombeiros nem Instituto Médico Legal (IML) foram acionados para realizar perícia no prédio e avaliar a extensão do prejuízo e os riscos para quem trabalha no local.
Vanda disse que conversou com o secretário de Obras, Lucídio Colinetti Filho na quinta-feira última, e este disse que não sabia que o teto do Palacete havia desabado.
Prefeito não sabia
Por telefone, a reportagem conseguiu falar com o prefeito Maurino Magalhães, que ficou também perplexo ao saber, pelo Jornal, que o teto do Palacete havia desabado. Ele prometeu dar maiores informações na próxima semana, tão logo tome ciência do fato e analise com sua equipe técnica que providências tomar.
O gestor confirmou que pretende reformar o antigo o Palacete que, segundo ele, vai abrigar a Secretaria de Cultura no térreo e o Museu Municipal no primeiro piso. (Da Redação do Correio do tocantins, 13/08/11)
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O apedeuta que nos desgoverna havia prometido recuperar o prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico, assim que fosse desocupado pela Câmara. O malandro nunca fez nada! Esse negócio de curtura não tem nada pra nagurá (o apedeuta acha que fala japonês...) Em abril,  numa de suas insuportáveis reuniões com secretários, ele desancou todo mundo porque chegava o aniversário da cidade e ele não tinha nada pra nagurá. Que seus secretários eram tudo uns incompetentes, não lhe davam nada pra nagurá.
Mas como fazer alguma coisa pra ele nagurá - disse lá fora um secretário - se ele não paga fornecedores e falta material até para consumo?
Mas ele não está sozinho no descaso. O último prefeito que mexeu pra valer no prédio construído por Augusto Dias como sede do Executivo foi Haroldo Bezerra, no seu primeiro mandato (1975-1978) como prefeito pro-tempore (nomeado pela ditadura militar). 
É tempo prá dedéu! 

16 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bem que só faltam 17 meses pra isso acabar.

Anônimo disse...

Quanto a inaugurações bem que tentaram inaugurar uma escola mas enconram uma forte resistência da comunidade que não aceitou a obra mal feita e prometeu manifestar durante a inauguração.Por via das dúvidas deixaram quieto.

Anônimo disse...

Essa conversa de que casa velha não cai enquanto tiver uma vivalma em seu interior procede mesmo.


Tiririca

Anônimo disse...

Ademir, meio que fora de contexto, responda ao questionário. Você já está filiado a algum partido? Vai sair candidato? E a que pretende candidatar-se?

Tiririca

Anônimo disse...

Demir, já reparou ? O 6 M tem desculpa prá tudo, embora não convença, não é ? Devia mudar o nome para "Desculparino Magalhães", ficaria mais adequado. Em 13.08.11, Marabá-PA.

Plinio Pinheiro Neto disse...

Caro amigo e colega.

Creio que sou um homem parado no tempo, com o cérebro tomado por teias de aranha, pois embora vivendo os tempos da dita modernidade, não consigo desvencilhar-me das memórias e nem consigo desmerecer a importancia do passado para a estruturação do futuro.Nos tempos em que o homem vale pelo que tem, geralmente as pessoas e principalmente os politicos, preocupam-se em amealhar mais e mais dinheiro e bens materiais, sem importar-se que nesse afã, sejam levados a destruir o mundo ao seu redor.Marabá, infelizmente, não é a exceção que gostariamos que fosse.Lembro-me de quando descaracterizaram a praça Duque de Caxias e de quando construiram aquele monstrengo, simulacro do Coliseu Romano, entre uma praça e outra, na Velha Marabá.Quanta tristeza e quanto sentimento de impotencia diante da frieza dos administradores de então e do descaso da maioria, que pouco liga para o passado e nossas tradições.O coreto da Duque de Caxias só não foi derrubado na época do Prefeito Hamilton Bezerra porque em visita ao seu gabinete fiquei sabendo do que iria ocorrer e lhe pedi que não destruisse aquele pedacinho de nossas memórias, no entanto, mais recentemente, o transformaram em loga comercial e colocaram um piso de granito cobrindo a assinatura do Prefeito Augusto Dias que o construi e ao vsitar a obra, aproveitou o cimento fresco para colocar o seu autógrafo.Certamente a pessoa que ali está e usa o coreto como sua propriedade, quis embelezar "sua loja" e lá se foi a nossa memória.Existem muitos outros crimes sendo perpetrados contra o patrimonio histórico de Marabá e creio que chegou a hora de criarmos uma entidade para defendê-lo, já que os responsáveis diretos não o fazem.
Um grande e triste abraço.
O amigo e colega

Plinio Pinheiro Neto

Ademir Braz disse...

Ainda é muito tempo, das 11:43, muuuuuuuiiiiiiito tempo!...

Ademir Braz disse...

Caro das 11:47, dessa eu não sabia! É a primeira vez que tomo conhecimento de que esta comunidade, em regra amorfa e sem espinha, protestou contra uma patifaria administrativa.
Agradeço acrescentar detalhes: onde, quando, como, o que resultou disso. Terminaram a escola, pelo menos?

Ademir Braz disse...

Obrigado pelo interesse, Tiririca. Eu gostaria de concorrer a uma vaga entre os 21 da próxima legislatura - ia ser o máximo tornar-me um estranho no ninho! - mas não tenho partido, nem estrutura financeira para custear uma campanha.
Na verdade, mesmo se tivesse dinheiro não ia gastar com compra de votos, essa prática imoral de parte a parte!
Daí, não vejo como entrar no jogo político.Mas seria bem interessante...
Um abraço!

Ademir Braz disse...

Ilustre amigo Plínio Pinheiro Neto, obrigado pela visita a Quaradouro e pelos comentários pertinentes.
Essa história da Praça Duque de Caxias me resultou numa crônica cruel sobre a transformação do coreto em circo coberto por lona plástica multicolorida e, modéstia à parte, é de minha lavra a denominação de Coliseu do Tião dada àquele monstro que juntou as praças Duque de Caxias e a outra, Augusto Dias, da mesma forma que acabou com o trânsito do vendo vindo do Tocantins.
Também fui eu quem denunciou a doação da Praça Samuel Monção, atrás da Câmara, para a igreja católica - supressão de espaço público onde, na minha infância, jogava-se bola e se ia ao circo instalado ali.
Ignoro qual foi o imbecil de plantão que permitiu a transformação do aterro de acesso às canoinhas na favela da Vila do Rato, onde as pessoas sequer possuem uma sentina por não ter onde construir fossa.
E o campinho da Santa Rosa? E as "doações" graciosas, sem licitação, dos boxes construídos pela prefeitura?
Quem permitiu que se tirasse o nome de Pedro Marinho de Oliveira do Terminal Rodoviária da Folha 32, nome dado por você, através de lei estadual?
É assim, com a corrosiva atividade dos "colonizadores" e apedeutas que por aqui tomam assento, embora nada conheçam da nossa história, que se vão as memórias que nos pertencem.

Anônimo disse...

Ademir é só prestar atenção. Sabe de alguma escola que foi reformada e não foi inaugurada?
A escola fica na Nova Marabá.Sei que o Mauirno andou por lá pegando na mão dos funcionários e fazendo promessa de consertar tudo.Mas não teve coragem de inaugurar.

Anônimo disse...

Ademir
Se esta detruição do palacete for perpetrada tal qual as outras,em breve nada restará.Tenho visto aqui de longe fotos do novo estádio,que parece muito bonito mas temo pelo que farão ao Zinho Oliveira.Pela lógica que se nos mostra ele será o quê?Lembro do arraial do boi,do campo de terra com a ponte ao fundo,depois o estádio cercado onde as tardes eram de heroismo.Marabá x Bangu.Idolos que ainda hoje vejo na lembrança:Mula Preta,Tupi,Adão,Babá,Ivenir,Nagib, Pedro Paixão,Cabeção e tantos outros,inclusive você em uma época.
O que fazer?Ficar com isto só para nós?Onde escreveremos?Para quem ler?Os tempos são outros e as pessoas daí parece que nem sabem disto e daqui a alguns anos quando nós formos também só lembranças na memória dos nossos filhos,nada restará.É isto ou há outro amanhã?
Antonio Pinheiro

Anônimo disse...

achjo que também devia ser tombado a casa dos Mutrans na 5 de abril que está se deteteriorando a olhos vistos! Sem contar que possui uma certa arquitetura da época "auréa"(?) da borracha...

Anônimo disse...

Ademir,
Por favor como atualmente nao resido em Maraba gostaria de um post seu a cerca dos possiveis cadidatos ao cargo de vereador em Maraba, com um ohar sobre os que ja detem o titulo na casa bem como possiveis novos postulantes ao cargo.
Mesmo sendo uma administracao desastrosa como a de Maurino, ha secretarios que conseguiram se destacar neste Desgoverno????

Estudante_UFPA disse...

Eu acho que ainda se salvan pouquissimos..... Acho interessante o trabalho da Diretora do SINE Luana Bastos ela foi minha professora na UFPA no curso de licenciatura em Matematica, muito querida por todos nos e com muitos sonhos!!!! Ai vai meu paupite Abs

Anônimo disse...

Ainda bem que este de 19:17 fez matemática.Meu "paupite" é que ele deveria ter estudado mais um pouco de português.