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sábado, 6 de outubro de 2012

Trabalho escravo. Quem se beneficia?

O Liberal
MTE tira trabalhadores da condição de escravos
 
 

SIDERURGIA
Cerca de 150 pessoas eram submetidas a condições avaliadas como degradantes
Cerca de 150 trabalhadores que atuavam no regime de escravidão na Siderúrgica do Pará (Sidepar), em Goianésia, sudeste do Estado, foram resgatados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os trabalhadores foram encontrados em atividade de carvoejamento e como cozinheiros em completa informalidade, submetidos a condições de vida e trabalho degradantes. Embora as siderúrgicas sejam as destinatárias finais da produção dessas carvoarias, elas não assumem que recebem o carvão produzido de maneira irregular e negam de forma veemente que a atividade desses trabalhadores estejam ligadas à sua produção, de acordo com o Grupo de Fiscalização.
Além das péssimas condições de trabalho, os trabalhadores pernoitavam em construções precárias, que não atendem as mínimas condições de habitabilidade. Depois da operação, segundo o MTE, os trabalhadores foram retirados. Os auditores fiscais fiscais investigam a ligação dos operários com a Sidapar, o que é importante para que sejam feitos os cálculos de rescisões. Foram emitidas 138 guias de seguro-desemprego e 28 Carteiras de Trabalho e Previdência Social aos trabalhadores resgatados. Estudo divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) observa que o Pará é o Estado onde se concentra o maior percentual de trabalhadores em condições de trabalho análogas à escravidão.

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