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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Achado o corpo do trabalhador assassinado em S. Félix do Xingu



Presidente Henrique Eduardo Alves, da Câmara dos Deputados, criou ontem, 22 de agosto, uma  Comissão Externa, sem ônus para a Casa destinada a verificar denúncias sobre o assassinato de trabalhador rural no município de S. Félix do Xingu, bem como avaliar que providências estão sendo tomadas sobre o caso. A Comissão é integrada pelos deputados Cláudio Puty (PT/PA), coordenador, Asdrubal Bentes (PMDB/PA) e Delegado Protógenes (PCdoB/SP).O Ato da Presidência é de 22 de agosto, quinta-feira.
Na mesma data, e segundo o Diário do Pará, a Equipe ‘Caveira’ da Polícia Civil, comandada pelo delegado Lenildo Mendes, encontrou o corpo do tratorista Welbert Cabral Costa, dentro da Fazenda Vale do Triunfo, pertencente à Agropecuária Santa Bárbara, em São Félix do Xingu, a aproximadamente 15 quilômetros da guarita, local onde ocorreu o assassinato.
Apesar das dificuldades encontradas desde a estrutura policial até as estradas mal conservadas na zona rural de São Felix do Xingu, os policiais conseguiram realizar a operação denominada “Santa Barbárie”.
Na operação de busca e apreensão deflagrada ainda no último dia 8, a polícia apreendeu uma espingarda e uma garrucha além de várias balas. Foram apreendidas ainda duas caminhonetes pertencentes à Agropecuária Santa Bárbara, que serão encaminhadas para perícia, já que existem relatos de que o corpo de Welbert Cabral Costa, desaparecido desde o último dia 24, teria sido carregado pelos funcionários Divo Ferreira e Marciel Berlanda do Nascimento em um dos veículos da empresa. A moto de Welbert foi encontrada pela polícia e está na Delegacia de São Félix do Xingu, assim como os veículos.
O crime teria sido presenciado por outra pessoa que alega ter visto o trabalhador rural ser executado ao reclamar direitos trabalhistas. Depois de prestar depoimento à polícia, a testemunha está escondida por medo de represálias, enquanto tenta ser encaminhada a um programa de proteção do governo federal.
Welbert havia ido à sede da fazenda no dia 24 para reclamar uma quantia que não lhe havia sido paga, depois de passar um tempo afastado porque sofrera um acidente de trabalho.
Segundo as organizações da sociedade civil locais, este pode não ter sido o primeiro homicídio motivado por reclamações iguais. O funcionário da fazenda Divo Ferreira é apontado pela Polícia Civil como autor do disparo que matou a vítima, sendo ajudado por Marciel Berlanda do Nascimento que teria contribuído para sumir com o corpo de Welbert.

A equipe do delegado Lenildo Mendes não encontrou na fazenda onde ocorreu o crime os funcionários Divo Ferreira e Marciel Berlanda do Nascimento, que estão com as prisões preventivas decretadas pelo juiz da comarca, Celso Gusmão. Os acusados já são considerados foragidos da justiça. Segundo o delegado Lenildo Mendes, a prisão dos foragidos “é apenas uma questão de tempo e cita que devem cair logo na cadeia”.
A VÍTIMA
Welbert Cabral tinha 26 anos, esposa e quatro filhos pequenos, o mais velho deles com 5 anos de idade. A família, que vive em Xinguara, cidade vizinha, prestou queixa sobre o desaparecimento em 3 de agosto. (Com dados do Diário do Pará)

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