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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Soltando os bodes na caatinga

Efeito do Medinho: advogados dos petralhas abandonando o PTitanic e aposentadoria de Barbosa ferram Dilma


2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A nada surpreendente aposentadoria de Joaquim Barbosa, da Presidência e do emprego vitalício no Supremo Tribunal Federal, terá impactos altamente negativos sobre a campanha reeleitoral do PT. Assim que Ricardo Lewandowski assumir, mandará soltar os mensaleiros, e esta noção imagética de impunidade representará um altíssimo desgaste para o partido. Além disso, Barbosa de palestrante franco-atirador vai alvejar a petralhada mais que índio doido nos protestos contra a Copa do Jegue. Barbosa deve tirar o time dele após a Copa ou perto do final do torneio, até o meio de julho.

O pavor de perder a eleição – frustrando os planos de ocupação do poder por décadas – já é um sentimento real dos membros da cúpula do Partido dos Trabalhadores. A tática de propaganda, baseada na chamada “Estratégia do Medo”, apenas reflete, psicologicamente, a tensão defensiva dos petistas – que tem tudo para se transformar, na hora do desespero diante da derrota, em atitudes ofensivas no estilo extremista e violento de regimes totalitários (nos moldes nazistas e comunistas).

Os efeitos colaterais da Operação Lava Jato foram psicologicamente mais destruidores para os petistas que a forçada condenação no Mensalão – que mantém alguns dos líderes do partido-ópio atrás das grades. Já se nota um movimento apavorante de advogados de alguns réus ilustres ensaiando um jeitinho de parar com o trabalho para os encrencados judicialmente no regime petralha. O temor máximo é que, antes, durante e depois da campanha, investigações atinjam o elo mais frágil da corrente: a família de Luiz Inácio Lula da Silva – que tem uma evolução patrimonial inimaginável.

A avaliação sobre o temor petista que começa a sair de controle já é repetida nas conversas de vários lobistas de Brasília e adjacências. O medo concreto de Lula – que será evidenciado no aumento de sua agressividade durante a contraofensiva de campanha – se transformou no ponto mais frágil e vulnerável do petismo, em sua estratégia de manter o poder federal. Concretamente, o PT sabe que corre perigo de ser lavado a jato, se as denúncias bilionárias de lavagem de dinheiro não forem interrompidas pela pizza sabor covardia no forno infernal do judiciário.

A conjuntura política e econômica piora tudo. O clima é de descrença e muita desconfiança. A inflação é real – sem trocadilho. Na avaliação geral, principalmente de analistas do mercado financeiro, Dilma Rousseff perdeu o controle da política econômica, mantendo a alta carga tributária, apesar de algumas desonerações pontuais, para continuar sustentando alto gasto improdutivo e o desperdício de recursos na inchada máquina estatal. A impressão generalizada de descontrole da situação aumenta as chances de derrota do PT na eleição presidencial.


A desorganização para a “Copa do Jegue”, com obras inconclusas e promessas descumpridas, junto com o aumento real do custo de vida, causam impacto negativo na avaliação do governo. Só os muito carentes, beneficiados pelo clientelismo federal nas bolsas assistencialistas, seguem fiéis ao PT. O resto do eleitorado (cerca de 70%, segundo a maioria das pesquisas) deseja mudanças de governo. Os estrategistas do PT se apavoram porque a propaganda ufanista não tem dado os resultados esperados. A esperança deles é a vitória da Seleção Brasileira no Mundial de Futebol. Se o “Brasil perder”, o PT tende a ser jogado para escanteio. O PTitanic afunda, e tudo de errado e ruim vem à tona.

Os pragmáticos aliados de ocasião, que já pressentem o afundamento do PTitanic, ainda fingem seguir no barco, mas já têm planos alternativos para desembarcar na candidatura oposicionista que se mostrar mais viável, no provável segundo turno eleitoral. A traição ao PT é programada. Seu risco cresce com o aumento concreto do risco de derrota, apesar do escandaloso e incompetente aparelhamento da máquina estatal capimunista.

Resumindo o pagode (marca cultural brasileira que a desastrosa Dilma deixou a Fifa ficar dona até o fim do ano): as pessoas de bem estão de saco cheio e a maioria parece pronta para apertar o “botão F”.

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