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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Despotismo

Por toda a quarta-feira 23, carro de som buzinou nas ruas da Velha Marabá que a prefeitura vai contratar professores temporários para substituir aqueles em greve desde a sexta-feira 18, contra o reajuste salarial linear de 6% proposto pelo Executivo. Enquanto os grevistas exigem pelo menos 12% de aumento (e a Comissão de Justiça, Legislação e Redação da Câmara considerou inconstitucional o projeto remetido à aprovação da Casa, por estar aquém dos 8% dados ao salário mínimo), o prefeito Tião (“boa praça”) Miranda foi à Rádio Clube ameaçar os trabalhadores com corte dos dias parados e até de demissão.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ei Ademir, por falar em Tião Miranda , parece que o prefeito vai levar para a sucessão o que praticou durante sua gestão: não vai ouvir ninguém e muito menos apoiar A ou B. Engana-se quem pensa que ele vai se posicionar. Só pra vc ter uma idéia, ele declara nos bastidores que não apoia Bernardeth em hipótese nenhuma e muito menos ainda Maurino. Quanto ao Asdrubal nem apoia e nem reprova. Eu heim.. que situação a nossa!!

Ademir Braz disse...

Dizem que Haroldo Bezerra entrou e saiu da prefeitura - nomeado e eleito em dois mandatos - com o apelido que até hoje o persegue: Mandacaru - aquele que não dá sombra nem encosto. É claro que isso é exagero; basta lembrar que ele até hoje leva para cima e para baixo na gangorra da sua vida pública, os mais chegados da sua confiança: Márcio Spíndola e Baratinha. Aliás, foi Bezerra que, em segundo mandato (1993/1996) "inventou" Tião Miranda, o boa praça;levou-o para a secretaria de Obras em 93 e o resultado é este; Tião, Lucídio Collinetti e mais uns 10 apóstolos continuam no poder até hoje (mesmo com uma cassação de mandato pelo meio).Óutro aliás: quando Bezerra assumiu, em 93, valeu-se de uma ação de busca e apreensão para trazer de Tucuruí os motores de várias caçambas e uma usina de asfalto (comprada por Hamilton Bezerra - 1986-1988), que um certo empreiteiro teria levado por acaso no final da desastrosa administração de Nagib Mutran Neto, cassado em novembro de 1992, um mês antes do final de mandato. O distraído empreiteiro, segundo as más-línguas, não seria outro senão o monopolista da pavimentação pública no município.
Caberia melhor, a Tião Miranda, em questões de política, o epíteto de "cerca-velha", aquela em que qualquer candidato que a procure como amparo corre o risco de desabar com ele.
Logo, labora em engano quem acredita que pode tirar alguma coisa de Tião, o boa praça. Ele, ao final desse enredo triste, vai e contar suas economias longe da memória coletiva, como sempre acontece com os maus políticos que por aqui passaram.