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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Educação: fórum volta a criticar Seduc

Integrado por UFPA, MST, Fetagri, Fata/Efa, Coopserviços, Lasat, CPT, Sintepp/Marabá e Semed/Parauapebas, o Fórum Regional de Educação do Campo voltou a divulgar esta semana documento em que reitera seu entendimento quanto ao descaminho do Plano Estadual de Educação (PEE), em montagem pela Seduc, desconectado da participação popular e sem afinidade com a construção de uma educação pública de qualidade no Estado. Diz a “3ª. Carta Pública à Seduc” que muitas vezes o Fórum ressaltou, junto aos representantes da Secretaria de Educação, a necessidade de serem reconhecidas “as dificuldades na coordenação do processo e as contradições da realização de um evento tão importante em curtíssimo prazo, algo que se colocava na contramão dos processos e experiências de gestão construídas historicamente pelos movimentos e outras administrações populares”, mas “as críticas não foram ouvidas”. Não obstante, o conjunto das organizações que compõem o Fórum deliberou pela sua participação e contribuição na realização de eventos municipais e regionais de elaboração do plano educacional. “Hoje, poucos dias a véspera da realização da Conferencia Estadual do Plano de Educação, depois de um período marcado pela total falta de informação sobre transporte, hospedagem e programação do evento, diz a carta pública, somos surpreendidos com a decisão do seu cancelamento. Outro fato que se coloca como agravante dos problemas que envolvem o processo e que nos causou surpresa, foi a informação, que nos chegou por acaso, sobre a realização na mesma semana de um seminário que objetiva discutir a reestruturação do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some), denominado no interior do Estado como Grupo de Especial de Ensino Modular (Geem).” Para o Fórum, esse cancelamento da Conferência e a realização de um novo evento “confirmam nossas críticas e preocupações anteriores. A Seduc desrespeita o debate realizado nas plenárias e propostas apresentadas pelos delegados que delas participaram, principalmente em relação a educação do campo, pois não considera as reflexões e proposições que apontaram no sentido da reestruturação do GEEM ser assumida pela coordenação de educação do campo da secretaria e pautada pelos princípios que emanam das experiências pedagógicas desenvolvidas pelos projetos de educação do campo. A secretaria adjunta de logística escolar da Seduc continua responsável pelo ensino médio no campo; os sujeitos e organizações sociais do campo continuam alijados do processo de reestruturação do Geem; não há garantia nenhuma de que os princípios e diretrizes operacionais da educação do campo serão respeitas no processo de reestruturação; e as reflexões acumuladas por este fórum que, inclusive, mantém grupo de trabalho sobre o Geem socializadas na plenária regional, não foram consideradas. Por todos estes motivos, consideramos pertinente perguntar: “O que podemos esperar do plano estadual de educação?”

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