Pages

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Contraponto

Quando eu era menino, e Don'ana lavava trouxas de roupas alheias no rio Itacaiúnas, tinha sempre uma rã por perto ou debaixo do quaradouro.
Bateu saudades da infância ecológica.

5 comentários:

Anônimo disse...

Irmão de Maurino na Secom
Confirmado pelo próprio prefeito, há pouco: Gilson Magalhães é o novo secretário de Comunicação de Marabá.

Nomeação será publicada nesta quinta-feira.

O futuro chefe da Secom é irmão de Maurino Magalhães.
http://hiroshibogea.blogspot.com/

Anônimo disse...

Prezado Ademir,
Tenho o mais profundo respeito pelo teu trabalho, mas há tempos venho matutando sobre a definição de QUARADOURO, aqui no blog. Vejo que sempre que você se refere ao significado, como no texto de agora, percebe-se que prá você está claro que quaradouro é a tábua de "bater" a roupa ( a rã por perto ou debaixo do quaradouro...). Eu aproveito prá tirar essa dúvida : quaradouro não é o varal de "secar" a roupa? aquela corda estendida no quintal onde nossas mães estendiam peça por peça, uma do ladinho da outra até a secagem pará depois engomar no ferro a carvão? onde aliás vez por outra eu me queimava e doía pacas! Não me leve a mal. Aguardo tua manifestação. Abraços ...

Anônimo disse...

Em tempo, ADEMIR;:
Conhecí muito Dona Ana, de quem também me lembro de sua permanente labuta por tí, Valdez e o Donato, alí ladinho da oficina do Teobaldo (desculpe se errei o endereço. Ela sempre trasnsmitia muita serenidade e paz...

Ademir Braz disse...

Caro das 07:00 e 07:05:
Há diferenças aí: o varal era a última etapa da lavagem da roupa. Na corda estendida nos quintais ficava a roupa já lavada, limpa, apenas para secar, depois de espremida à mão.
O quaradouro, em regra, era um pedaço de chão limpo, na própria beira do rio, onde a roupa ficava uns tempos ensaboada (com sabão em barra e folhas de macela)para amolecer a sujeira renitente.
Como havia muita macela na beira do Itacaiunas, e até uns arbustos sobre os quais as lavadeiras também deixavam a roupa ensaboada, era comum a gente encontrar rãs coloridas se alimentando de insetos e até cobra vinha atrás das rãs.
Tábua de bater roupa era aquela prancha à beira d'água onde as lavadeiras sentavam-se para molhar, ensaboar e bater (bater mesmo) a roupa.
no "Porto das mulheres" havia uma dessas "tábuas" com mais de dois metros de extensão por um de largura e cerca de 10 centímetros de espessura, que tinha uma particularidade sensacional: era inteiramente de pedra! Uma pedra cor de castanha, lisa, pesada, brilhante, linda! Deve ainda estar por lá, agora soterrada pelo assoreamento.
O nome correto do dono da oficina era Leobaldo Santos, o Mestre Leobaldo.

Uma confissão: estou tentando resgatar essas personagens através de um romance que ando escrevendo, provisoriamente denominado "Lugar dos invisíveis".
Vamos ver como vai ficar...

Anônimo disse...

Muito interessante. Conte com seus conterrâneos. Abraços...