Pages

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Morre mais uma criança no HMI

Correio doTocantins

23/01/2012
 Bebê morre no HMI e mãe é submetida a laqueadura
 

O casal Edileide de Jesus Alves e Nataniel Oliveira da Silva, de 24 e 27 anos, respectivamente, não terá nenhum filho. O único bebê que os dois teriam morreu logo depois de nascido, no Hospital Materno Infantil (HMI). O filho, do sexo masculino, nasceu no dia 14 e morreu na última quarta-feira, 18, mais uma vez com cenário recheado de polêmica.
A família mora na Folha 29, Nova Marabá, e Edileide alega que fez o pré-natal completo, o qual recomendava que o parto fosse cesariana, e não natural. Segundo ela, a primeira vez que procurou o HMI para o parto foi no dia 6 de janeiro, já sentindo dores, mas foi mandada de volta para casa, porque faltavam ainda três semanas. No dia 13 retornou às 20 horas, e mais uma vez foi enviada de volta para casa, depois de receber uma medicação que ela não sabe informar qual foi.
No dia 14, as dores se intensificaram, Edileide voltou ao HMI, e os médicos disseram que só fariam seu parto no dia seguinte. “Quando resolveram tirar o menino já era tarde. A criança praticamente já nasceu morta porque não ouvi choro do bebê, ainda levaram para incubadora e segunda-feira transferiram para o Hospital Regional. Terça-feira ainda fui visitá-lo, mas na quarta mandaram a notícia que ele tinha morrido”, narra a mãe, com lágrima nos olhos.
Segundo a mãe, o Hospital Materno Infantil informou que o problema do bebê era grave, porque ele tinha feito coco quando estava na barriga e tinha engolido as fezes, que passaram para o pulmão dele. “Essa foi a desculpa”, alega a mãe.
Pai e mãe alegam que a origem do problema foi a demora do parto. Eles acreditam que as dores iniciais eram o indício para tirar logo o bebê, já que o parto não seria normal. O enterro do bebê, que ganhou o nome de Daniel, aconteceu na quinta-feira, 19.
A reportagem do CT tentou contato com a direção do Hospital Materno Infantil para ouvir a versão sobre o caso, mas não conseguiu. A secretária Ana Paula, coordenadora da Recepção, informou que a médica Alba Valéria, responsável pelo setor Neonatal do HMI estava na sala de parto e não poderia atender.
Na Secretaria de Saúde, o Jornal entrou em contato com Maria Martins, que trabalha no gabinete do secretário Nilson Piedade. Ela informou o telefone de Percília Augusta, coordenadora da média e alta complexidade, mas o celular dela dava na caixa postal. (Luciana Marschall e Ulisses Pompeu)

Um comentário:

Doidão de raiva disse...

Esse é só mais um caso que ficará apenas na memória dos pais e dos familiares.
A justiça em Marabá e em todo o estado ficam a dever e muito para o povo do PARÁ.
Aí a imprensa cai de pau da administração de Belém por estarem presenciando as mesmas tragédias, além é claro de por qualquer chuvinha as ruas ficam totalmente intrafegáveis.
Ó senhor tenha piedade de nós (brasileiros) e dos paraenses.