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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pedro Rios faz greve de fome contra o pacto de silêncio entre a mídia e o governo

A expulsão violenta, em Pinheirinho, de 6 mil de moradores pobres de suas casas em um terreno pertencente à Naji Nahas, foi fotografada e filmada sob os mais diversos ângulos.
Pedro Rios
Pedro Rios diz que enquanto esteve em Pinheirinhos recebeu muitas denúncias de moradores desesperados
No dia anterior à desocupação, havia momentos de pânico por parte da população enquanto era vítima da brutalidade policial na cidade de São José dos Campos, até os depoimentos colhidos o termino da desocupação, com a população alojada em abrigos precários e sendo assediada pelas forças policias que deveriam protegê-las.
Não faltaram denúncias de abuso de poder e de violência extrema, além de denúncias de que muitas pessoas teriam sido feridas e mesmo mortas, mas ninguém parece conseguir informações nem nos hospitais da cidade e nem no (IML) Instituto de Medicina Legal local. O carioca Pedro Rios Leão foi à cidade de São José dos Campos e entrevistou dezenas de moradores que, na frente das câmeras, afirmaram a existência de mortos e feridos que estariam sendo escondidos pela prefeitura e governo estadual.
O ativista encontra-se em greve de fome, acorrentado em uma das entradas da Rede Globo de Televisão no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro, a quem ele acusa de conivência com o Massacre, que vem sendo escondido pela grande mídia ou tratado com total normalidade. Seu protesto é contra o pacto de silêncio entre a mídia e o governo quando o governo e os empresários agem juntos e ilegalmente, em interesse próprio e contra a população, seja utilizando o judiciário ou polícia militar. Ele esteve em São José dos Campos em São Paulo e acompanhou o processo de desocupação do bairro do Pinheirinho. Pedro, que além de documentar os fatos, foi testemunha da barbárie, seu protesto é trazer a barbárie para perto de todos os brasileiros.
Leão aponta não apenas a prefeitura de São José dos Campos, mas também o governo estadual e federal como culpados pelo que considera um crime contra a população de Pinheirinho. Ele se declara em estado de guerra contra governos que são coniventes com o sofrimento da população desalojada e implora para que a presidente Dilma Rousseff tome uma atitude.
Seus vídeos denunciam o medo da população frente à violência com que estão sendo tratados e coleta inúmeras denúncias cuja investigação se mostra urgente. A igreja onde os moradores se refugiaram foi alvo de bombas e tiros – apesar das negativas do padre local que, posteriormente, expulsou os moradores do local – e nas proximidades um homem foi alegadamente assassinado pelas tropas ocupantes do Pinheirinho. No vídeo, repetem-se as denúncias de corpos “sumidos” do IML. (Correio do Brasil)

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