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domingo, 27 de maio de 2012

“Trabalho escravo” na saúde pública?


CORREIO DO TOCANTINS
25/05/2012
Prefeito oferece 3%, Saúde faz greve e o povo padece 


Servidores públicos municipais da Saúde, do HMM (Hospital Municipal de Saúde), HMI (Hospital Materno Infantil), postos e centros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) cruzaram os braços na manhã de terça-feira (22). Em manifestação em frente ao HMM eles, reivindicavam reajuste salarial de 14,3% mais correções de perdas de 65%, melhoria no atendimento e equipamentos básicos de trabalho.
Enquanto isso, quem precisa de atendimento está sendo penalizado duramente, pois apenas 30% do pessoal da Saúde está trabalhando, conforme norma legal. No Hospital Municipal, onde antes a situação já era caótica, o atendimento ficou pior, devido à redução drástica do número de servidores dos níveis Médio e Fundamental que parou de trabalhar.
E tudo leva a crer que a semana inteira vai se de sofrimento, pois, segundo a Assessoria de Comunicação da prefeitura, o gestor municipal, Maurino Magalhães de Lima (PR) encontra-se em Brasília (DF) e só retorna na próxima sexta-feira (25), quando, então de se reunir com os representantes dos grevistas. 
Segundo o  diretor do Sintesp (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública), Raimundo Gomes Bezerra, recentemente os médicos do município tiveram um aumento de 50%, enquanto a proposta de reajuste para os demais servidores é de 3%.
“Há uma discriminação, além do atraso no pagamento do vale-alimentação, o técnico de enfermagem no município hoje ganha R$ 646, pouco mais que o salário mínimo que é de R$ 622”, compara ele.
Ainda de acordo com Raimundo Bezerra, a greve não visa só os interesses da classe, mas também da população, uma vez que desde novembro passado o Hospital Municipal não realiza cirurgias eletivas – aquelas que não são urgentes, mas são necessárias, por falta de material. "A população é extremamente prejudicada, além de faltar equipamentos básicos como seringas, luvas, tanto nos postos de saúde falta também no Hospital Municipal".
O diretor do Sintesp explica ainda que o sindicato tem uma proposta chamada de “Plano B”, que seria a incorporação, ao salário, do abono que hoje parte dos servidores recebe.
Urgência e emergência
Apenas serviços de urgência e emergência estão funcionando no município. Consultas, mesmo as que estavam marcadas, assim como agendamentos e exames, tudo foi cancelado enquanto durar a greve.  “Queremos que 70% dos trabalhadores abracem à greve, o que dá em torno de 1.200 pessoas”, afirma Raimundo Bezerra. Ele disse esperar que a negociação com o prefeito ocorra com a maior brevidade para que a população volte ter atendimento", disse o presidente do Sintesp. (Emilly Coelho)







6 comentários:

Anônimo disse...

Por isso que a folha ta inchada comprometendo a receita da prefeitura.
Tem servidor da educação lotado no estado e no município no mesmo turno, e detalhe não trabalha. E ainda se rebarba quando chamado atenção, alegando que é amigo do prefeito e do secretario.
O sindicato poderia levantar esses casos, quem sabe não sobraria um dinheirinho para o prefeito da aumento para quem trabalha.

Anônimo disse...

O mais irônico é que quando foram prestar o concurso público, já estavam cientes quanto a remuneração salarial. Não entendo como é que agora concursado que acabou de ser chamado, esta fazendo reivindicação.

Anônimo disse...

Tem muitos casos desses na educação, e na maioria são protegidos ou de políticos ou dos sindicatos.

Anônimo disse...

simples e so demitir os funcionário contratados e assessores que sobra dinheiro

Goreth Valério da Costa disse...

Acho que estão no caminho errado querendo achar culpado na educação para o baixo reajuste, o culpado tá lá no gabinete. A valorização dos profissionais da educação não saiu da noite pro dia , sempre martelavam que não tinha dinheiro para nos dar aumento ai provamos que tinha , então criarão uma série de desculpas esfarrapadas, então foi através da CNTE que conseguimos aprovar leis de abrangência nacional que acabou a bagunça. Acho que o caminho é por ai.

Anônimo disse...

Para dizer a verdade, deve sobrar 50% da folha de pagamento ou mais se essa demissão for feita hj