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sábado, 16 de junho de 2012

'Economist': salário de servidor no Brasil é 'roubo' ao contribuinte'


 No Blog do Noblat

Uma reportagem na edição desta semana da revista britânica Economist afirma que altos salários pagos a parte dos funcionários públicos do Brasil são um "roubo ao contribuinte". Os dados sobre a remuneração dos servidores foram revelados recentemente por meio da Lei de Acesso à Informação.
"A presidente Dilma Rousseff está usando a lei sancionada no mês passado, originalmente criada para ajudar a desvendar atrocidades cometidas pelo regime militar, para expor os gordos salários de políticos e burocratas", diz a revista.
A Economist cita como exemplo de abuso o fato de mais de 350 funcionários da prefeitura de São Paulo ganharem mais que o presidente da Câmara, cujo salário líquido é de R$ 7.223, segundo a Economist.
A publicação compara o salário de uma enfermeira-chefe da prefeitura do município, de R$ 18.300, com a média salarial da iniciativa privada, e conclui que o salário da servidora é 12 vezes mais alto que o pago pelo mercado.
A reportagem lembra que, por lei, nenhum funcionário público pode ganhar mais que R$ 26.700 - a remuneração dos juízes de instâncias federais superiores.
Porém, um terço dos ministros e mais de 4 mil servidores federais teriam rendimentos superiores a esse teto. Incluindo o presidente do Senado, José Sarney, cujo salário chegaria a R$ 62 mil, devido a um acúmulo de pensões.
A revista também classifica como um "roubo ao contribuinte" o fato de membros do Congresso receberem 15 salários por ano, enquanto a maioria dos brasileiros recebe 13.

3 comentários:

Doidão de Raiva disse...

É meu caro Ademir, as coisas por aqui é assim mesmo... vai de mal e pior e que não dá nem ao menos para se compararmos o salário mínimo pago aos brasileiros...
Não sei se um caso desse é pra sorrir ou para chorar, mas na dúvida vou chorar: buááááááááááá
Doidão de tanto chorar...

Anônimo disse...

O que vejo é muito discurso, ja é hora de começar a mudar, ne? SERÁ ATE QUANDO QUE VAMOS SER IDIOTAS?

Ulisses Silva Maia disse...

A Revista Economist faz uma comparação que em nada retrata a realidade brasileira. A reportagem leva para uma generalização, quando na verdade apenas uma pequena, e bem pequena, porcentagem dos servidores ganham remunerações "absurdas".
Ora, fazer a comparação de um motorista que ganha R$7.200,00/mês. Agora pergunto: todos os motoristas do serviço público ganham isso?
Faço uma pergunta: quem acha que a reportagem revela a realidade brasileira sabe quanto ganha um professor de universidade federal?
Um professor com mestrado ganha aproximadamente R$4.000,00/mês.
Isto é muito? Não, não, e não.
Indago: R$4.000,00/mês dá pra viver bem em Marabá? Não, não, e não.
E justifico: R$750,00 da parcela do carro; R$650,00 do aluguel; R$500,00 de alimentação; R$200,00 de energia e água; e mais um tanto de coisas.
Quer mais: um professor da rede municipal, com graduação, lotado com 200horas/mês (=8horas/dia) ganha aproximadamente R$2.200,00/mês.
Dá pra viver bem com esta remuneração em Marabá? Não, não, e não.
Enfim: a revista faz comparação de coisas que não tem como comparar.
É como querer comparar o salário mínimo do Brasil com o da Inglaterra. Ou então como querer comparar o sistema de leis brasileiras com o da Inglaterra.
O mais impressionante é que muitos brasileiros, que nada sabem, e que só criticam com fundamentos infundados, ainda acreditam nessas reportagens furadas.
A realidade dos servidores públicos brasileiros é totalmente diferente do que a revista tenta colocar.
Ao invés de The Economist poderia ser chamada de The Enganamist.