Vunjanhe é conhecido em Moçambique por ser
crítico à atuação da companhia Vale no país
Folha Online 14/06/2012 21:32
O jornalista Jeremias
Vunjanhe, da ONG Justiça Ambiental, de Moçambique, foi impedido de entrar no
país pela Polícia Federal.
Ele viria participar da Cúpula
dos Povos, movimento paralelo à Rio+20, mas não pôde deixar o aeroporto
internacional de Guarulhos.
Vunjanhe é conhecido em
Moçambique por ser um crítico à atuação da companhia Vale no país. Na Cúpula
dos Povos, ele participaria de um evento chamado 3º Encontro Internacional dos
Atingidos pela Vale.
A instalação da mineradora
brasileira em Moçambique tem gerado polêmica e diversos conflitos entre o
governo e os órgãos de direitos humanos locais.
Jeremias Vunjanhe chegou em
voo de Maputo, na terça-feira, dia 12. Ao desembarcar teve o passaporte
recolhido e um carimbo: Impedido da Sinpi (Sistema Nacional de Impedidos e
Procurados).
Segundo nota divulgada pela
organização da Cúpula dos Povos, não foi explicado a Vunjanhe o motivo de
mandá-lo de volta a Moçambique.
Policiais da Polícia Federal,
em São Paulo, confirmaram o impedimento e informaram que os motivos não serão
divulgados.
Em nota, os organizadores da
Cúpula dos Povos disseram que a Embaixada do Brasil, em Moçambique, concedeu
visto de entrada no país a Vunjanhe.
De acordo com o documento, em
nenhum momento foi feita qualquer restrição à sua vinda ao país.
A Justiça Ambiental informou
em nota que irá ªutilizar todos os meios disponíveis para desvendar esta
questão e razões por detrás deste vergonhoso acontecimento e que não irá desistir
enquanto não for devidamente esclarecido.
Vunjanhe também estava
credenciado como observador da sociedade civil na Rio+20.
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