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terça-feira, 11 de março de 2014

A verdade sobre o aeroporto de Belém

No Manoel Dutra

A pista bronqueada do aeroporto de Belém e a usina de desinformação

Desde que a TAM começou a se recusar a pousar em certos horários, uma usina de desinformação foi montada e o resultado foram brigas na estação de passageiros e apreensão dos viajantes. Por que não explicam corretamente o que está acontecendo?
Fotos: Manuel Dutra (28.02.2014)
Cabeceira da pista "reformada" em 2013. Agora, outra "reforma"
A pista principal do aeroporto de Belém deve passar por uma reforma da reforma a que foi submetida recentemente. As companhias aéreas estão cabreiras, especialmente no momento do pouso. A TAM foi a primeira a evitar pousar em horários de chuva, alegando que a pista fica cheia d’água e, portanto, perigosa. Um avião da própria TAM já rodou na há dois anos na pista principal.
A pista "renovada". Será que isso está bem feito. Quem pagará mais essa conta?
Uma, aliás, mais de uma pergunta as pessoas se fazem: as duas pistas do aeroporto Val-de Cans, ou Júlio Cézar, existem desde a década de 1940, numa região sabidamente sujeita à chuva diária em certas épocas do ano. Ao menos da maneira como agora, nunca se ouviu tanta queixa sobre perigo de pouso. Os aviões sempre evitaram pousar durante tempestades, como aliás se verifica em qualquer parte do mundo. Mas agora, parece que qualquer chuvinha cria o problema.

Outra questão é a recente reforma da pista principal e foi justamente após essa reforma que o problema tomou corpo. Afinal, foi reforma ou deformação? Diz hoje a coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que “segundo relatos de pilotos, a condição da pista (de Belém) molhada lembra Congonhas (SP) na época do acidente da TAM em 2007”. E antes, como é que operavam as pistas do Val de Cans, durante décadas? 

A reforma da reforma, agora, será para a abertura de ranhuras da pista, para torná-la mais segura, impedindo ou amenizando derrapagens nos pousos. Uma das explicações, agora, pode ser o tamanho dos aviões, cada vez maiores e mais pesados. Se não, como é que as pistas de Belém operaram durante mais de meio século e os pilotos sabiam exatamente que aqui chove todo dia? Ou será que a reforma do ano passado em vez de reformar, deformou? Quem explica isso e quem paga a conta?

Aliás, desde que a TAM começou a se recusar a pousar em certos horários, uma usina de desinformação foi montada e o resultado foram brigas na estação de passageiros e apreensão dos viajantes. Por que não explicam corretamente o que está acontecendo?

Um comentário:

Anônimo disse...

Pista bonita sio, asfalto bom sio sera que é pros avião do João.