Advogados
das cinco maiores empreiteiras do país buscaram fechar um acordo
considerado "imoral" pelo Ministério Público Federal, na
véspera da deflagração da 7ª fase da operação Lava-Jato, que
levou 23 pessoas à prisão e contou com dezenas de ações de busca
e apreensão em cinco Estados e no Distrito Federal.
A
informação é de André Guilherme Vieira e Juliano Basile,
publicada pelo jornal Valor (19/11).
Na
quinta-feira que antecedeu a etapa "Juízo Final" da
investigação, advogados da Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e de
duas outras construtoras compareceram juntos, em Curitiba, ao prédio
que abriga a força-tarefa que investiga o caso e propuseram o
pagamento de até R$ 1,2 bilhão para livrar as empresas e seus
executivos de sanções judiciais. O plano era fechar um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC). As autoridades recusaram a oferta.
"Todos
se reuniram conosco ao mesmo tempo. Expuseram suas propostas. Nós as
ouvimos. E dissemos obrigado, mas não", disse um dos
investigadores. O advogado da Camargo Corrêa, Celso Vilardi,
confirmou o encontro e a oferta.
Agora,
novas investigações poderão incluir familiares dos empresários e
executivos detidos, o que poderá contribuir para novos acordos de
delação, como ocorreu com Paulo Roberto Costa.
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