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quinta-feira, 31 de maio de 2007

Pesca bandida

Criado no Maranhão, onde acabou proibido em razão dos danos que provoca à fauna aquática, o “amarrador” é a praga mais recente que se espalha pelo lago de Tucuruí “mais do que a malária e a dengue”. A denúncia está no blog do jornalista Hiroshi Bogéa e interessa, além do Ibama e dos ambientalistas, a todas as comunidades localizadas ao longo do rio Tocantins. O “amarrador”, diz Bogéa, é uma arapuca para apanhar cardumes que sobem o rio e consiste em várias malhadeiras amarradas entre si – nas laterais e em sua altura -, com objetivo de atingir a parte mais funda do reservatório formando depois raio de 360 graus, quando é fechada em determinado ponto do lago com grande quantidade de peixes presa. O arranjo chega a ter 300 metros de comprimento por 80 metros de altura. “Na ponta inferior das malhadeiras – descreve o blog - são colocadas grandes quantidades de chumbo que ajudam o “amarrador” a atingir a parte mais funda do lago. Próximo ao local onde se espalha sobre o rio a arapuca criminosa fica um marginal que eles por lá denominam de “observador”, propriamente dito um jagunço postado no alto de uma árvore, usando binóculo e armado geralmente de revólver ou espingarda calibre 12, para ver quando o cardume entra no “amarrador”. Daí em diante, esse cara sinaliza para o restante da quadrilha que se encontra postada perto das malhadeiras iniciar o serviço de fechamento em círculo da arapuca, geralmente cheia de peixes de todas as espécies e tamanhos. O “observador” tem a missão também de afugentar barcos que se dirijam em direção ao “amarrador” temendo que a embarcação destrua a malhadeira espalhada. Há casos de “observadores” usarem até de violência contra indefesos barqueiros que não obedecem a suas determinações.” Enquanto isso, providência, que é bom, ninguém toma.

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