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domingo, 27 de maio de 2007

Só Jesus salva?

A invasão e ocupação por cerca de 600 pessoas do núcleo central da hidrelétrica de Tucuruí traz à tona uma série de questões, algumas que deveriam interessar à mais alta administração brasileira. A UHE Tucuruí é um equipamento estratégico para a Nação, e em breve seus tentáculos chegarão ao extremo norte do país. Embora nos falte uma política mais agressiva de interiorização da energia ali produzida (a usina foi construída para alimentar prioritariamente a Albras-Alunorte, agregar insumos à alumina para exportação), mesmo de forma precária o "Luz para todos" está saindo do papel. Sei que não existe eletricidade ali mesmo no entorno da hidrelétrica, mas a culpa é de quem - além dos sucessivos governos do Estado que fazem de conta que os mega-projetos aqui existentes na verdade foram implantados em Saturno? Aterrador, mesmo, é a ausência de segurança numa empresa com tamanho significado para a economia e o desenvolvimento nacionais. Foi uma ação doméstica de terrorismo, sem dúvida, mas a facilidade de acesso ao coração da usina nos faz imaginar como seria desastroso se - em vez de um grupo de sem-teto - fossem terroristas treinados ou soldados de um país inimigo. E as usinas nucleares brasileiras, construídas próximas de centros urbanos desenvolvidos, na costa do Atlântico, ao alcance de qualquer míssil lançado de um submarino nas águas territoriais? Sabe com que instrumento se pode derrubar uma torre da Eletronorte? Uma simples chave de boca!

3 comentários:

Hiroshi Bogéa disse...

Mermão tô aqui morrendo de rir. Já rolei no chão três vezes antes de sentar para comentar o post. "Uma simples chave de boca" não existe em almanaque algum, nenhum escriba imaginaria dessa forma. Morro de rir, Ademir. Pronto, é isso aí. Tá ferrada a Eletronorte. Uma chave de boca na mão do Roquevam, não fica uma torre em pé num raio de 30 km. E em tempo exíguo no máximo de uma hora. (rindo muito aqui)

Ademir Braz disse...

Se for chave inglesa, regulável, melhor. Contudo, mais rápido que isso é um equipamento portátil de oxiacetileno para cortar as sustentações da torre.
Não é brincadeira!

Anônimo disse...

Hum... esse é um debate de titãs rsrsrs