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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Dois mortos, vários feridos. Como era mesmo? Ah, sim! O POVO GOVERNANDO

Correio do Tocantins:
03/02/2012
Lombadas na Transmangueiras geram polêmica entre motoristas

Lombadas construídas no início da semana pelos moradores do Bairro Santa Rita, na via conhecida como Transmangueiras, revoltaram alguns motoristas e abriram um precedente perigoso, segundo as próprias autoridades. Questionada sobre esse tipo de intervenção feita pelos próprios populares e sem os critérios técnicos necessários, a direção do DMTU (Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano) reconheceu que a ação não é lícita, mas se eximiu de responsabilidade no caso. Segundo Manoel Vera Cruz, diretor do órgão, o departamento vai mandar retirar as seis lombadas já feitas e construir as corretas até sexta-feira.

No meio do imbróglio ficou perceptível que os órgãos da prefeitura: DMTU e Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop) não estão falando a mesma língua, uma vez que neste tema um depende do outro. Perguntado pelo repórter do CORREIO DO TOCANTINS sobre como funciona a instalação de lombadas, Vera Cruz disse que dependem de pedido formal ao órgão, por escrito e avaliação técnica do DMTU. Feito isso, o próprio departamento solicita a implantação à Sevop, que faz a obra com acompanhamento do técnico de trânsito.

O que aconteceu na Transmangueiras na segunda-feira extrapolou esse tramite e, como resultado, produziu quebra-molas com espaçamento curto entre eles e tamanho claramente fora do padrão, causando prejuízos aos veículos como narram os motoristas.
“Passo por aqui quase todos os dias e hoje me surpreendi com essas lombadas aqui. Na primeira que passei já arrastou todo o fundo do carro. É irresponsável isso aqui, cadê o DMTU pra proibir, só sabem dar multa na gente”, reclamou o motorista Virgílio Miranda, ao volante de um Fiat Uno.

Nem mesmo caminhonetes e caminhões se salvam de passar arrastados pelas lombadas, como narra o motorista Genilson Alves de Oliveira: “Eles construíram muito alto. A gente passa e o caminhão bate o fundo. Aqui também deveria ter uma melhor sinalização”.

MORADORES
Os moradores do Bairro Santa Rita que organizaram o mutirão para construção dos quebra-molas justificam a ação como uma resposta ao “silêncio” da Prefeitura Municipal, depois de seis meses de reivindicações nesse sentido, além de dois protestos com bloqueio da via.

O morador Carlos Silva, que falou com a Reportagem do CT ainda na noite de segunda-feira, quando trabalhava na construção de um dos quebra-molas, disse que a comunidade não tolera mais o perigo dos veículos trafegando por ali em “alta” velocidade e que os condutores que se sentissem contrariados com a ação deveriam reclamar com a prefeitura.

“Nós fizemos isso porque temos filhos e nos preocupamos com eles. Nós inventamos, juntamos a população e compramos o cimento. Aqui foram 20 sacos de cimento e amanhã vamos comprar mais 20”, disse.

Outra moradora, Maria José, defende os vizinhos que tiveram a iniciativa e falou que agora as coisas devem melhorar para os pedestres do trecho.

CONCLUSÃO
As seis lombadas foram construídas parcialmente na Transmangueiras, em apenas uma das mãos, não chegando a ser completadas até ontem, uma vez que os seus autores se deram conta de que estavam muito altas. Isso, no entanto, não arrefeceu a ideia de concluí-los.
Um dos principais incentivadores é o vereador Antônio Hilário, o Antônio da Ótica (PR), o qual, na narrativa das autoridades e de alguns dos moradores, seria a pessoa que doou parte do material usado. Teriam sido empregados 20 sacos de cimento.

DMTU
Em resposta aos leitores que acionaram a Redação, o CORREIO DO TOCANTINS procurou ontem o DMTU, por meio do seu diretor, Manoel Vera Cruz, o qual respondeu que estava tomando providências para equacionar a situação. Ele eximiu o órgão de participação nessa ação e disse que nenhum dos seus comandados se omitiu de impedir a construção das lombadas, mas que os mesmos não podiam entrar em situação de conflito com os moradores do trecho.
Consultado se esse tipo de conduta, de populares construindo lombadas por conta própria não pode abrir um precedente perigoso para outras ações paralelas no município, Vera Cruz concordou que não é um bom exemplo, mas prometeu providências. “No que depender do DMTU vamos correr atrás, vamos padronizar, para não ocorrer de cada um fazer a sua maneira e pensar que aqui não tem comando, pois tem, sim”, respondeu.

Assim que acionado sobre o problema, o diretor do DMTU disse ter procurado a Sevop e, lá, ter ouvido de Jair Labres que a construção dos quebra-molas era uma obra da própria secretaria, o que não condiz com o que foi presenciado pela Imprensa no local. Mais tarde o CT ouviu do Secretário de Segurança Institucional, Antônio Araújo, que a Sevop teria, na verdade, apenas cedido o material por intervenção do vereador Antônio da Ótica.
Araújo afirma ter ouvido da secretária de Obras Adriane Nunes de Melo de que agora, a própria Sevop vai solucionar a situação desmanchando as seis lombadas feitas pelos moradores e construindo apenas quatro, dentro das normas técnicas, porém isso será feito apenas na sexta-feira (3). (Patrick Roberto)

5 comentários:

Anônimo disse...

Adémir,
Veja, como é irresponsavel o talsecretário de segurança,pois, ao declarar que foi apenas uma intervenção do desvereador dos ocúlos,prova com isso sua omissão e co-responsabilidade direta neste fato.Já disse aqui em outra ocasião,desprefeito maulino, demita o pijameiro aposentato, para o Bem de Marabá.

Anônimo disse...

Dr. Adémir.
A única coisa,que o cel. aposentado sabe fazer: É muita farra com o dinheiro publico. Aonde andam, os MPE,MPF!!

Anônimo disse...

Essa prefeitura de maraba virou uma casa de rapariga governado por corno.
todo mundo manda e ninguem obedeçe.
É o povo governando....

Anônimo disse...

Já morreu o primeiro. Quem pagará pela vida dele, que deixou cinco filhos para criar???

Doidão de raiva disse...

Cabe a família uma ação de resonsabilidade contra o município de Marabá. afinal de contas esse é o com toda certeza o irresponsável pelas mortes das pessoas que perderam a vida. Quanto a ação do vereador isso mostra que não há projetos voltados para o bem estar dos cidadãos desta cidade e falo em âmbito geral da câmara legislativa.
Falando do aposentado o que é mesmo que podemos falar????
Doidão de Raiva