Eu não sei se o remédio indicado por Ban Ki-moon teria
alguma serventia por aqui, nas proximidades da Linha do Equador. É que há
poucas semanas o jornalista Décio Sá foi morto a tiros ao chegar a restaurante
em São Luís (MA). Décio era repórter de política do jornal O Estado do Maranhão
e possuía um dos blogs mais acessados do Estado, com denúncias habituais contra
políticos, pistoleiros e corruptos. A polícia acredita que sua morte foi
encomendada. Décio Sá foi o quarto jornalista morto no Brasil esse ano em
circunstâncias similares.
Em abril passado, jornalista e blogueiro foi condenado no
Judiciário a pagar indenização por supostos danos morais cometidos com a
divulgação de fatos públicos envolvendo ex-delegado de polícia, acusado de atos
ilícitos. A questão segue, mediante recurso.
Em 1º de maio, Dia do Trabalho, jornalistas foram agredidos
em Eldorado de Carajás. Segundo denúncia do Sindicato dos Radialistas do Estado
do Pará, em Marabá, a mando do prefeito Genival Diniz Gonçalves.
Desde 2011 o prefeito Maurino Magalhães processa os
blogueiros Chagas Filho, Pedro Netto, Ribamar Júnior, Laércio Ribeiro e Ademir
Braz, melindrado com críticas ao seu notório desgoverno.
"Fazer jornalismo na Amazônia é caminhar sobre a lâmina
do perigo. Cada dia é como se fosse o último", disse à BBC Brasil o
jornalista Carlos Mendes, do Diário do Pará.
E enquanto a BBC fala que no Brasil a perseguição a
jornalista ainda é “analógica”, denuncia que “a intimidação é mais comum contra
blogueiros e jornalistas de veículos de comunicação menores ou que trabalham em
locais distantes de grandes centros urbanos”.
Um comentário:
Estimado Jornalista, você e os demais blogueiros na verdade foram condenados pela Justiça na data de hoje no caso do Maurino.
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