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sábado, 29 de dezembro de 2012

Suposta proprietária calunia novo bispo de Marabá


No site da CPT Rondônia

Sendo padre Dom Vital intercedeu em Jaru para resolver conflito agrário. Foto Lenir.

Dom Vital Corbellini, padre de Caxias do Sul, que foi empossado como bispo diocesano o dia 21 de 12 de 2012 na Catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Marabá, sofreu injusta calúnia pouco antes duma suposta proprietária de Rondônia, local onde atuava quando foi nomeado bispo. Desde 2011 o Pe. Vital Corbellini era missionário no projeto de Igrejas-irmãs, na Diocese de Ji-Paraná, sendo pároco em Jaru, na Paróquia São João Batista.

A origem das injurias, espalhadas na internet, está numa matéria assinada por Maria Ângela Simões Semeghini, do dia 30 novembro de 2012 e publicado no blog GPS do Agronegócio com o título "Em Rondônia se faz reforma agrária matando os proprietários". 

Na matéria, Ângela Semeghini se diz proprietária uma área de Ariquemes ocupada pela LCP (Liga dos Camponeses Pobres), e que teria recebido no dia 27/02/2012, um telefonema do Pe. Vital Corbellini, "que literalmente me disse “se não desistir da reintegração de posse correrá sangue”, por precaução registrei ocorrência na Delegacia de Polícia, e acrescenta que ela procurou Dom Bruno, bispo de Ji Paraná "comuniquei os fatos e fui tratada de forma desdenhosa", ainda escreve que como prêmio aos problemas causados pelo padre, este foi nomeado bispo, e termina invocando a validade dum decreto de 1949 de Pio XII, de excomunhão contra os comunistas. "Me coloco a disposição de qualquer pessoa para esclarecimentos angelasemeghini@yahoo.com.br".

Segundo informações, Ângela Semeghini é dona dum cartório de Ji Paraná e é totalmente distorcido e malicioso atribuir ameaças ao Pe. Vital Corbellini (hoje Dom Vital). Na época, quando o Pe. Vital era pároco de Jaru (Rondônia), a equipe pastoral da paróquia foi procurada por 120 famílias do Acampamento Canaã (situada em Ariquemes, porém mais próxima de Jaru). Eles estavam fazia onze anos ocupando a terra e trabalhando com grande produção agrícola, quando enfrentavam uma decisão de reintegração de posse

Parte das famílias estavam dispostas a resistir a todo custo o despejo, o qual podia provocar “o derramamento de sangue” que temia o Pe Vital. É muito injusto por parte de Dona Ângela acusar o Pe. Vital de ameaça e a Dom Bruno de desdenho, por ter intercedido junto dela pela paz e resolução deste conflito agrário. E ainda insinuar de serem falsos católicos e de comunistas, como outros sites a partir da informação dela os têm acusado.

A pedido das famílias de posseiros do local, o Pe. Vital com duas irmãs e um representante da CPT RO visitou o local onde elas moravam e se prontificou a mediar. Assim tentou ajudar a resolver o conflito, pedindo para estar dispostos a negociar aos autores do pedido de reintegração de posse, representados por Ângela. Ainda mais sabendo que a terra da qual ela se diz proprietária trata-se duma CATP (Contrato de Alienação de Terra Públicas), é dizer, um título provisório, que o INCRA deu na época da colonização de Rondônia, com a condição de cumprir determinadas cláusulas. Estas condições foram cumpridas somente de forma parcial, e o INCRA tinha entrado na justiça com um pedido de retomada da área para terra pública. Parte da terra abandonada foi ocupada como meio de sobrevivência pelo grupo de 120 famílias, fazia onze anos.

O local estava sendo destinado pelo INCRA para reforma agrária, pois os titulares da ACTP tinham se comprometido a realizar em cinco anos uma exploração de cacau (a Fazenda foi chamada Cacau-Só Arroba). Este condicionante não foi cumprido. Vinte anos depois não tinha nada. Somente a metade da área de cacau foi plantada e logo abandonada. Outra parte tinha sido cedida de forma ilegal a terceiros para exploração de gado. Isto tem sido demonstrado em diversas vistorias realizadas por técnicos do INCRA, pelo qual motivo o Governo Federal pediu a terra de volta, processo que está correndo na justiça federal. 

Apesar disso Dona Ângela, que não consta como proprietária (se diz que entrou em representação dos titulares da CATP em troca duma parte de terra se ganhar na justiça) conseguiu a reintegração de posse contra as 120 famílias de agricultores que faz doze anos moram e trabalham no local. 

Após os agricultores fechar a estrada BR-364 em março de 2012 em Jaru, o Pe Vital e Dom Bruno intercederam pela resolução do conflito agrário junto as autoridades. Representantes do Ministério Público da União e o Padre Vital Corbellini, da Paróquia de São Batista negociaram a desocupação pacífica da BR 364. Os acampados deixaram a BR e ficaram alojados no Centro Catequético da Paróquia até o dia seguinte, que foi realizada uma audiência pública com o superintendente do INCRA de Rondônia sobre o assunto. Ainda, com total intransigência, Dona Ângela se negou em todo momento a negociar um acordo, em Audiência Pública da Ouvidoria Agrária Nacional, celebrada em Porto Velho a inícios de Agosto de 2012, presidida pelo Desembargador Gercino Filho (onde Ângela esteve representada por uma advogado) e em outros intentos de negociação com o superintendente do INCRA. 

Posteriormente, em 14 de setembro de 2012, a reintegração de posse foi suspensa após ação civil pública apresentada pela Defensoria Pública de Ariquemes, acatada pela juiza Elisângela Frota Araújo. Ainda, a decisão da justiça federal de Porto Velho sobre a retomada da área para reforma agrária foi favorável aos proprietários da Fazenda Arroba Só Cacau, cabendo recurso ao INCRA. 

Então, sendo a propriedade de Dona Ângela discutível, como prova o longo processo judicial, o fim do conflito desejável seria um acordo que reguardasse a parte de legítimos direitos dos proprietários e evite o grave problema social do despejo de 120 famílias que hoje tem lugar onde morar e produzir. 

Por outro lado, não somente algum fazendeiro morreu em Rondônia ( e não foi comprovado se a morte de Daniel Stivannin foi por causa de conflito agrário). Somente em 2012 seis pequenos agricultores já morreram em Rondônia vítimas da violência pela terra. 

A CPT Rondônia, que é uma organização ecumênica, rejeita o uso de violência e tenta apoiar a resolução deste e outros conflitos de terra que atingem nossa região e onde, seguindo os princípios da doutrina social da Igreja, procuramos uma melhor distribuição da terra, com paz e justiça para todos.

Em Marabá, local também atingido por grande conflitividade agrária, em declarações ao Diário do Pará, Dom Vital disse: "A questão da violência me preocupa muito. Vou trabalhar com a juventude, com os casais, com as famílias e com as crianças. Isso é muito importante. Temos que dar valor à nossa juventude".

5 comentários:

Anônimo disse...

Eu não gosto de Padre;
Eu não gosto de Madre;
Eu não gosto de Bispo;
Eu não digo amém..... Não !!!!

Anônimo disse...

Esse corbelini tem uma cara muito estranha.

Anônimo disse...

Estamoa ferrados em 2013. Agora assume um Bispo que apoio mais ainda invasões.

Nosse região precisa de desenvovlimento da agricultura e pecúaria e não de incentivadores de invasões.

Anônimo disse...

É das 19:07, só faltou tu dizer tambem que não gosta de mulher. Tá sem bofe é? revoltada, desesperada, juquireira. kkkkkkkk

CONCORRENTE


Anônimo disse...

talvez esse bispo representa uma vertente da igreja que ainda presta pra alguma coisa!!!!
ai fica um bando de fiel querendo so rezar aos domingos e voltar pra casa com sua biblia debaixo do braço!!! por que os problemas sociais que cercam nossa região os cristãos são indiferentes!!! será que jesus cristo seria indiferente diante de tanta opressão aos oprimidos?