Pages

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O crime organizado dos políticos

“Um dia antes da intervenção do Banco Central no Banco Santos, em 2004, Sarney resgatou da sua conta bancária mais de R$ 2 milhões. O MPF (SP) suspeitou que o parlamentar teria informação privilegiada. O inquérito só foi remetido ao STF no dia 19/5/14, dez anos depois. O Procurador-Geral da República pediu a prescrição porque Sarney já tem mais de 70 anos (a prescrição de 12 anos caiu pela metade). Ou seja: crime já está prescrito. Dias Toffoli (no STF) arquivou o caso. Sarney está livre do crime, “se é que aconteceu, disse o PGR”).
O inquérito tramitava na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em SP. Em maio de 2014, dez anos depois dos fatos, foi remetido o inquérito para o STF, porque José Sarney é parlamentar, que deve ser julgado pela Corte Suprema. Na plano penal, o arquivamento se tornou inevitável. No plano criminológico, esse caso possui uma riqueza de detalhes impressionante, a confirmar a tese de que o Estado brasileiro se tornou (também) um grande crime organizado.”
O texto entre aspas é parte de extenso trabalho publicado pelo advogado Luiz Flávio Gomes (dono da LFG, instituição de ensino de Direito), é expõe cruamente a organização “mafiosa” dos bastidores da alta política brasileira. Vale a pena ler.


Nenhum comentário: