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sexta-feira, 8 de junho de 2007

Larêdo resgata escritor paraense

O escritor Salomão Larêdo mereceu conceito “excelente” pela defesa da sua dissertação de Mestrado em Estudos Literários do Centro de Letras da Universidade Federal do Pará - UFPA, apresentada esta semana à banca formada pelos professores doutores Josebel Ackel Fares, da UEPA; Joel Cardoso, e Luis Heleno Montoril Del Castilho, da UFPA, este último, seu orientador. Seu trabalho - “Raymundo Moraes na Planície do Esquecimento” – é um resgate deste grande escritor paraense, falecido em 1941, pouco conhecido no Pará, seu estado, embora tenha escrito 17 importantes livros entre romances, ensaios, crônicas e textos jornalísticos. Em correspondência a este jornalista, Larêdo conta que “Raymundo Moraes era prático de navios pelos rios da Amazônia, depois jornalista e aos 52 anos tornou-se escritor que ganhou prêmio da Academia Brasileira de Letras com seu livro “Na Planície Amazônica” , elogiado pela crítica com repercussão nacional e lido até pelo presidente da República Washington Luiz; dirigiu a Biblioteca e Arquivo Público do Pará, escreveu “ O meu dicionário de cousas da Amazônia”, que serviu como subsídio a Mário de Andrade para escrever seu livro “Macunaíma”; é membro fundador da Academia Paraense de Letras. Em Belém, por sua fama, recebeu em sua casa no Largo de Nazaré, a visita do Presidente Getúlio Vargas, em outubro de l940.” Raymundo Moraes faleceu a 03 de fevereiro de 1941. “Como é, então, - indaga o novo Mestre em Estudos Literários - que sendo jornalista e escritor paraense de fama nacional, um nome importante da literatura, amarga um total esquecimento de toda a sociedade paraense? É uma imensa injustiça que deve ser urgentemente reparada. Daí a razão de meu trabalho no sentido de tirar a sanefa do esquecimento sobre quem já esteve no pódio literário.” Raymundo Moraes tem ainda uma irmã viva em Brasília, com 96 anos, e vários sobrinhos-netos em Belém, dentre os quais o jornalista e escritor Raymundo Mário Sobral. Com o entusiasmo que o caracteriza, Larêdo diz haver garimpado nos sebos 15 dos 17 livros que Raymundo Moraes escreveu e que hoje são raridades. Por fim, pede ao jornalista que o ajude “na tarefa de valorizar o que é nosso, valorizar o Pará, divulgar o paraensismo e dar visibilidade ao escritor Raymundo Moraes, que é um dos muitos escritores paraenses que estão no olvido e que merecem e precisam ser conhecidos e reconhecidos. Todos nós precisamos valorizar o que é nosso, o que é do Pará, nossa gente, nossa cultura, nossa identidade.”

6 comentários:

morenocris disse...

Caramba...vc está caprichando!

Assino embaixo, na valorização de nossa identidade.

Estou encantada com tudo aqui!

Beijos.

Anônimo disse...

O Salomão é de fato um grande escritor. Mas você merece ir além das divissas do estado.
Ivete- Belém

Ademir Braz disse...

O Salomão é um amigo antigo, de umas três décadas, creio. Ele é possuído por uma extraordinária paixão tocantina, cametaense que é, dedicado à literatura e a seu aprendizado.
Você vê? Ele acaba de fazer mestrado em Estudos Literários e, estou certo, não ficar por aí: já deve estar armando o bote numa nova direção.

Ademir Braz disse...

Ah! E quanto a você Ivete - Belém, agradeço a sua generosidade.

Ademir Braz disse...

Ôi, Cris: certamente com sua ajuda vou melhorar muito mais. Sou, modestamente, um bom aprendiz rsrsrsr

Edilson Pantoja disse...

Salomão é um grande camarada, dedicado pesquisador e apreciador, o que demonstra comsua obra, do ser-amazônida.
Parabéns pelo blog!