Todas integrantes do grupo Santa Bárbara, de Daniel Dantas,
as fazendas Maria Bopnita (Canaã dos Carajás), Cedro, Caroço do Olho e
Fortaleza – estas, em Marabá – estão sendo vistoriadas por três equipes
técnicas do Incra nacional e da Superintendência Regional do Sul do Pará
(SR-27). Nelas são verificadas a infraestrutura, capacidade de assentamento de
famílias camponesas e outros detalhes, mas não se trata ainda de desapropriação.
Vale destacar a presença de acampados há anos em todas elas, e que esta é a
primeira vez que se faz um trabalho desse tipo nas terras de Daniel Dantas,
cujo laudo será apresentado no final de junho aos movimentos sociais ligados à
reforma agrária. Apenas isso.
São mais de 50 mil hectares de latifúndio, mas não existe
nenhum acordo em pauta no sentido de sua desapropriação, diz Charles Trocate,
uma das lideranças amazônicas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra
(MST). Nem veio o instituto resolver problemas do MST ou de qualquer entidade
como Fetagri, Fetraf ou grup0s independentes de posseiros.
No sul e sudeste do Pará existem 35 mil famílias acampadas –
ligadas ou não aos movimentos organizados. Mas a pauta da luta pela terra,
embora jamais tenha sido descartada pelos camponeses, não é prioridade dos
governos.
Um comentário:
O INCRA veio, certamente, "aliviar" tensões em período pré-eleitoral. Quanto à reforma agrária, basta analisar no site do senado, no item orçamento, o quanto tem sido destinado à questão. Na última consulta, o valor disponibilado pela União era 1/3menor do que o que foi disponivel para açõe de apoio ao agronegócio. Beijão.
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