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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vale tem um dia para indenizar quilombolas

A Justiça Federal deu prazo de 24 horas para que a Vale S.A deposite os valores em favor de 788 famílias do Território Quilombola de Jambuaçu, impactadas pela operação de um mineroduto e uma linha de transmissão da companhia. A empresa foi obrigada por decisão do mês de março a fazer os pagamentos, mas pediu mais prazo para o juiz, alegando estar “faticamente impossibilitada de obter as autorizações necessárias e repassar a citada quantia a seus beneficiários”.
Para o procurador da República Bruno Soares Valente, a justificativa e o pedido de mais prazo tem mero “cunho protelatório, considerando que a ré era sabedora da existência da ação desde o ano passado”. O juiz Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho, da 9ª Vara da Justiça Federal, concordou com o Ministério Público Federal e determinou o depósito urgente dos valores para a comunidade.
A Vale está sendo obrigada a, além de compensar a comunidade pelos impactos na forma de pagamentos mensais, implementar um projeto de geração de renda no local. O mineroduto que impactou o Território Jambuaçu atravessa sete municípios paraenses para transportar bauxita da mina Miltônia 3 para a refinaria da Alunorte, em Barcarena, região metropolitana de Belém.
O mineroduto comprometeu cerca de 20% do território da comunidade. Estudo da pesquisadora Rosa Elizabeth Acevedo Marin, da Universidade Federal do Pará (UFPA) comprova “perda das condições de navegabilidade do rio Jambuaçu, além da alteração da qualidade das águas do rio e dos igarapés. A pesca desapareceu desses cursos d’água”. Houve perdas de árvores – castanheiras, açaizeiros, pupunheiras, abacateiros, ingazeiros – e diversos outros prejuízos materiais e imateriais.
“Não se pode aceitar mais na Amazônia que esses tipos de empreendimentos fiquem com os lucros e deixem os impactos e a destruição na conta da sociedade. Se há impacto, tem que haver compensação”, diz o procurador Felício Pontes Jr, um dos responsáveis pelo processo.

Mapará 3 x Aguialinha 2

Mapará remoso não se fez de rogado: moqueou o saco de porradas chamado Aguialinha, sábado passado, dentro do estádio Parque do Bacurau, em Cametá: 3 a 2.  Em conseqüência, está classificado para as semifinais do segundo turno do Parazão 2011.
Enquanto isso, o Aguialinha vai de vento em popa ladeira abaixo, na rota do rebaixamento para 2012 (melhor seria para a autodissolução da equipe e da diretoria fajuta). Na derrota passada, para não demitir-se e levar consigo o Galvão Burro, o alter-ego Ferreirinha preferiu sacrificar a equipe demitindo quatro jogadores que agora fizeram uma falta danada. Inclusive Galvão Burro teve de improvisar para remediar o irremediável.
E agora? Que desculpa vão arranjar os dois carrascos doAguialinha dos ovos de ouro (para eles)?
Na outra chave, o Independente classificou-se também para as semifinais, sábado à noite, ao desossar a Tuna Luso por 2 a 0 no Navegantão, em Tucuruí.
Em ambos os casos, as equipes do Baixo Tocantins fizeram o dever de casa.
Praticamente rebaixado, e nesse andar para trás, falta agora o Aguialinha ser eliminado logo no início da Série C – onde se mantém a duras penas.

Conselho que fazem aos torcedores, os donos do Aguialinha de ouro