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quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A fúria de Deus

No apagar das velas de 2007, a Vale tornou a investir contra as guseiras paraenses com a suspensão da venda de minério de ferro. Dessa vez a vítima foi a Usina Siderúrgica do Pará (Usipar), no município de Barcarena, próximo a Belém, ligada ao grupo que detém a Cosipar, em Marabá. A decisão da Vale saiu logo depois que a Secretaria de Meio Ambiente do Pará suspendeu a licença ambiental da usina, indicada como poluidora do Rio Arienga, próximo à sua planta. Em nota à imprensa, a Usipar informa que a decisão do governo paraense foi temporária e que a Justiça estadual já revogou a suspensão da licença. A Usipar alega ainda que vê com espanto a interrupção do contrato com a Vale, porque toda a documentação ambiental necessária foi encaminhada para o departamento comercial da mineradora em 17 de dezembro. Em outubro, a Vale cortou o fornecimento para oito guseiras no Pará, Maranhão e Tocantins.

Dons da oratória

Chamava-se Adoniran, era novo e queria ser pastor de igreja. Não perdia um culto ou simples reunião para soltar o verbo divino. Certa vez, em encontro da Juventude da Assembléia de Deus em Itupiranga, Adoniran pediu a palavra logo na abertura e, dirigindo-se aos jovens, lascou: - “Bom dia, meus jovens, minha mocidade alegre, mocidade corrupta!...” Ele tinha ouvido a palavra, gostado da sonoridade, e não lhe sabia o significado. Doutra feita, numa festa do Dia das Mães, ele emocionou-se e não se conteve: - “Mães, oh mães, essas pobres mães que quando vão parir seus fio a cadeira dilata meio metro...” Foi expulso da festa e da igreja.

Turismo receptivo

Seis turistas de Marabá compraram em Parauapebas passagens de ida e volta a Belém, de onde seguiriam para Maiandeua, aquele paraíso terreal no mar, a que se chega via Marudá. A viagem na Transbrasiliana decorreu em paz, assim como a temporada de entrega aos salitres marinhos da ilha, mas o retorno quebrou todo o astral que os havia regenerado do ano inteiro de trabalho. Deu-se que em Belém, no terminal rodoviário, o cara do guichê da Transbrasiliana recusou-se a aceitar a passagem comprada no Pebas porque o trecho rodoviário para lá era terceirizado, alegou, e os passageiros, se quisessem, que fossem ao Pebas ou ao arcebispo metropolitano reclamar. Pra quê!... Aí, virou o maior barraco. Houve registro de ocorrência na ouvidoria do terminal, discussão, ofensas múltiplas, o bugudu rolou de quatro da tarde às oito da noite, mas os passageiros conseguiram embarcar. Agora, se a Transbrasiliana nossa de cada veraneio vai tomar providências contra seu excelente funcionário, aí só Deus sabe.

Menos conflitos

Levantamento realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) indica que diminuiu 40,8% as escaramuças agrárias contabilizadas como conflitos, em relação ao mesmo período de 2006. A informação foi dada recentemente à agência Radiobras pelo advogado da CPT no Pará, José Batista, para quem isto não significou violência menor no campo. Na pesquisa incluíram-se disputas por terra e por água, acampamentos, invasões e casos de trabalho escravo, entre outros. “Pelos números da pastoral, em 2006, para cada ocorrência, houve 1,2 família expulsa e 16 despejadas, e houve um assassinato para cada 47 conflitos. Este ano (2007), foram registradas cinco famílias expulsas e 19 despejadas para cada ocorrência, e um assassinato para cada 44 conflitos. Ainda segundo a pastoral, o número de famílias expulsas da terra que ocupavam por agentes privados subiu de 1.317 para 2.711.” O maior aumento foi na Região Centro-Oeste, onde não foi registrada expulsão em 2006 e ocorreram 318 em 2007 segundo a Radiobras, que também foi informada na Ouvidoria Agrária, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que até agosto passado 43 pessoas morreram de forma morte violenta no campo. Nenhum dos casos, ainda segundo as investigações da Ouvidoria, decorreu de conflitos agrários. Apesar da queda na quantidade de conflitos, o número de manifestações aumentou. Em 2006 foram realizadas 579, com a participação de 359.998 pessoas. Já em 2007, os números indicam 671 manifestações, com 465.394 pessoas.

Dinheiro

A prestação de assessoria técnica, social e ambiental feita pela Agência de Desenvolvimento e Extensao Rural para Agricultura a 934 famílias dos PÁS Frutão, Serra Azul, Volta do Itapirapé e Volta Grande, neste município, rendeu-lhe agora em dezembro R$ 101.792,02 - última parcela do convênio de R$ 998.478,50 firmado com o MDA. A título de apoio ao projeto “Galpão de Artes de Marabá - GAM", o Ministério da Cultura liberou dia 27 mais R$ 35 mil para a Associação dos Artistas Plásticos de Marabá, por conta do convênio total de R$ 180 mil. De seu turno, o Ministério das Cidades depositou na conta da administração de vocês R$ 21.820,50 finais do contrato de R$ 195 mil para a implantação de pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais. Saíram também para a mesma finalidade, outros R$ 113.489,99 do total de R$ 975 mil (convênio 571579). Os dados foram obtidos do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) no dia 29/12/2007 e, eventualmente, os valores poderão ser atualizados.

Etanol e boiolagem

O consumo diário de álcool promove mudanças no comportamento sexual masculino. A afirmação é de um estudo feito por um grupo da Universidade Penn State, nos Estados Unidos, publicada nesta quarta-feira (2/1) na PloS One, da Public Library of Science, segundo a Agência Fapesp. Mas, atenção seus bêbados, não há motivo para pânico: a pesquisa foi feita com moscas-das-frutas expostas ao alcoolismo crônico. Os pesquisadores administraram doses diárias de etanol a moscas-das-frutas de modo a simular o hábito do consumo freqüente de bebidas e concluíram que os machos submetidos diariamente ao álcool, que tipicamente cortejam fêmeas, passaram também a cortejar ativamente outros machos. Outra conclusão do estudo é que a exposição repetida ao etanol fez com que machos passassem a procurar com maior freqüência a relação com outros machos. A pesquisa mostrou que, sob efeito do álcool, machos de meia-idade e idosos (de duas a quatro semanas) tiveram propensão maior para o contato desinibido com outros machos quando comparados com indivíduos mais jovens, com cerca de quatro dias. Eu, hein?

Ku shai xang



Enquanto isso, na China neo-liberal...
Sugado de Travessia, da Bia.

S.O.S.

Não sei do que se trata, aceito explicações e soluções. Mas do Quaradouro desapareceram todos os acessórios que quantificam visitantes, hora certa, relação de postagens e meus blogs preferidos. Quem puder me ajudar a recuperá-los, eu agradeço